FERRAMENTA EDUCACIONAL EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19 - SIMULADOR DE BAIXA FIDELIDADE PARA ORIENTAÇÃO DOS CUIDADOS COM A JEJUNOSTOMIA.
Palavras-chave:
Estomaterapia, Simulação, Jejunostomia, Estomia, COVID-19Resumo
INTRODUÇÃO: Com o advento da pandemia pelo vírus da SARS-CoV-2, a educação em saúde nos cursos superiores passou por diversos ajustes em decorrência da necessidade de dar continuidade às atividades de ensino. Neste sentido, a simulação tem se tornado uma metodologia ativa de grande relevância em tempos de pandemia da Covid-19. As práticas simuladas apresentam-se favoráveis para o aprimoramento de competências e o estímulo da segurança entre os estudantes, colaborando para a redução de riscos, imprudências, imperícias e negligências. 1,2,3
OBJETIVO E MÉTODO: Apresentar um simulador de baixa fidelidade e baixo custo utilizado para desenvolver orientações de cuidados com a jejunostomia. Trata-se de um estudo piloto do tipo transversal, o qual está caracterizado pelo desenvolvimento de um simulador de baixa fidelidade e de baixo custo. O referido estudo seguiu as recomendações adotadas pela diretriz SQUIRE entre os meses de abril a julho de 2021 junto aos estudantes do curso de enfermagem de uma universidade pública do sul do país. A intervenção desenvolvida foi o uso de um simulador de baixa fidelidade e de baixo custo para os cuidados com a jejunostomia a pacientes na transição do cuidado entre hospital e domicílio.
RESULTADO: O simulador é constituído pela elaboração do equipo e bolsa de dieta, os quais foram confeccionados, respectivamente, com um segmento de tubo de borracha para revestir fios condutores e uma bolsa de 500ml de SF 0,9% com prazo de validade expirado (fornecido voluntariamente por uma instituição de saúde). Para a conexão de ambos materiais foi utilizado apenas o encaixe manual, introduzindo as extremidades menores nos tubos de maior diâmetro, concluindo desta forma o simulador de jejunostomia de baixa fidelidade. Para desenvolver a simulação, uma das autoras gravou de oito vídeos pequenos (com duração total de onze minutos), onde é usado o simulador para desenvolver os cuidados com a jejunostomia. Para avaliação desta atividade, participaram 13 alunos das disciplinas de fundamentos para a prática e processo de viver humano na condição clínica e cirúrgica. No que se refere aos métodos de ensino utilizados nesta simulação e se foram úteis e eficazes 53,8% pontuam como excelente; quanto a aprendizagem nas orientações dos cuidados domiciliares do paciente com jejunostomia por meio da simulação, 53,8% pontuaram como muito bom; quanto ao estar satisfeito com o que foi ensinado, 61,5% pontuaram como excelente. Já para os materiais utilizados na elaboração do simulador e da simulação foram motivadores e ajudaram-me a aprender, 61,5% excelente. Quanto às sugestões para melhorias e ajustes, destaca-se: a importância de haver uma cartilha como apoio a este material.
CONCLUSÃO: O simulador de baixa fidelidade foi desenvolvido com material de baixo custo e recicláveis, além de ser considerado pelos estudantes como excelente para apoiar o desenvolvimento do cuidado com a jejunostomia.
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Referências
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