O ESTOMATERAPEUTA E SUA INTERFACE COM A INTERNAÇÃO HOSPITALAR:UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA ATUAÇÃO EDUCATIVO-ASSISTENCIAL

Autores

  • Márcia Elaine Costa Do Nascimento HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

Palavras-chave:

Estomaterapia, Equipe de Enfermagem, Cuidados de Enfermagem

Resumo

Introdução: Os cenários da Enfermagem são singulares, exigindo cada vez mais qualificação por parte de seus profissionais. Além disto, igualmente há a necessidade do estabelecimento de relações de trabalho mais colaborativas e de uma atenção baseada na escuta aos indivíduos (1,2,3). O trabalho em equipe na saúde consiste num modo de organização das práticas para abordagem ampliada das necessidades de saúde, na perspectiva da integralidade preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e requer mudanças dos modelos de atenção. Alcançar o trabalho em equipe interprofissional colaborativo é considerado fundamental para qualidade da atenção à saúde, segurança e satisfação de paciente e profissionais (3,4)). Objetivo: Compartilhar a experiência vivenciada por uma estomaterapeuta com a equipe de Enfermagem de uma internação hospitalar no planejamento e execução de uma técnica de curativo aplicada a um paciente com fístula intestinal. Método: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência da consultoria interna realizada pela estomaterapeuta no atendimento a um paciente hospitalizado em uma unidade de internação clínica ,em que realizou-se uma sistemática de trabalho integrada , onde houve a proposição de uma técnica na qual utilizou-se um curativo acoplado ao uso de uma bolsa coletora ,favorecendo uma evolução satisfatória da ferida do paciente .Resultado: O estomaterapeuta reuniu a chefia de unidade, enfermeiros e técnicos de Enfermagem dos diferentes turnos e orientou a técnica proposta junto ao paciente ,onde destacou as características e o modo específico de uso de cada material e sua finalidade no atendimento individualizado ao paciente. Além disso, com a autorização expressa e documentada do paciente, retirou fotos a cada troca do curativo, elaborou e compartilhou a técnica adotada, por meio do uso de uma apresentação em Power Point,no intuito de que todos os integrantes da equipe de Enfermagem pudessem se apropriar do procedimento e ter acesso às imagens . As discussões diárias do caso e a divulgação atualizada das fotos à equipe de Enfermagem objetivou avaliar-se a evolução da ferida e redefinição de condutas. Conclusão: A equipe destacou as dificuldades em manter as mesmas condutas nos diferentes turnos, a demora na execução do procedimento e a falta de materiais em alguns momentos como fatores que dificultaram os atendimentos, no entanto, avaliaram a experiência como positiva pela integração de esforços, compartilhamento de saberes e dúvidas. Destacou-se a excelente evolução da ferida, redução nas trocas de curativos de 4 à 6 ao dia para trocas de 2 à 3 vezes por semana, melhor mensuração do volume de drenagem ,bem estar do paciente, preservação do sono, bem como, maior segurança para a prática de fisioterapia. A Integração da equipe de Enfermagem foi fator primordial para o êxito do procedimento adotado, pois necessitou apropriar-se da técnica do curativo, uniformizou ações e promoveu relações profissionais mais colaborativas e produtivas.

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Referências

Souza GC, Peduzzi M, Silva JAM, Carvalho BG. Teamwork in nursing: restricted to nursing professionals or an interprofessional collaboration. Rev Esc Enferm USP 2016;50(4):640-647. 2. Nascimento M EC. Atenção ao paciente com estomia: um percurso cartográfico potencializando o processo de trabalho em Enfermagem .Porto Alegre.

Dissertação [Mestrado Profissional em Enfermagem] – Universidade do Vale do Rio dos Sinos;2016. 3.Ceccim RB. Equipe de saúde: a perspectiva entre-disciplinar na produção dos atos terapêuticos. In: Pinheiro R,Mattos,R A.Cuidado:as fronteiras da integralidade. Rio de Janeiro: Hucitec;2004 . 4.Cecílio LCO,Merhy, E E. A integralidade do cuidado como eixo da gestão hospitalar .In: Pinheiro R,Mattos RA l. Trabalho em equipe sob o eixo daintegralidade:valores,saberes e práticas.Rio de janeiro:ABRASCO;2007.

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Publicado

2021-08-05

Como Citar

Nascimento, M. E. C. D. . (2021). O ESTOMATERAPEUTA E SUA INTERFACE COM A INTERNAÇÃO HOSPITALAR:UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA ATUAÇÃO EDUCATIVO-ASSISTENCIAL. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/75

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