AÇÕES DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DE LESÕES DE PELE EM PACIENTES CRÍTICOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores

  • Isabelly Christina Gomes Vieira ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
  • Ivone Kamada UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Palavras-chave:

Cuidados de Enfermagem, Estomaterapia, Unidade de Terapia Intensiva, Lesões dos tecidos moles

Resumo

Introdução: Uma pele intacta atua como barreira contra microorganismos patogênicos, além de evitar a perda de fluidos e atuar na termorregulação do corpo1. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um ambiente destinado a assistir pacientes graves e instáveis, por si só, a internação em uma UTI já se caracteriza como um fator de risco aumentado para o desenvolvimento de lesões de pele2,3. O aumento da incidência de lesões de pele no ambiente hospitalar, é um fator que vem preocupando cada vez mais os enfermeiros, por se tratar de um dos componentes do cuidado de enfermagem, e acaba refletindo a assistência prestada pela equipe de saúde, além de aumentar os gastos hospitalares4,5. Objetivo: Identificar as principais ações dos enfermeiros na prestação do cuidado às lesões de pele em paciente críticos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com dez enfermeiros assistenciais lotados na UTI de um hospital público de ensino de Brasília, Distrito Federal. A coleta de dados ocorreu entre julho e outubro de 2018 por meio de entrevista semiestruturada, que foram gravadas e posteriormente transcritas na íntegra. Os dados foram submetidos a análise de conteúdo temática proposta por Bardin. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob número de parecer 2.718.377. Resultados: A maioria era do sexo feminino, com idade média de trinta e três anos e mais da metade têm seis anos ou mais de formação e tiveram acesso aos conteúdos teóricos e práticos sobre lesões de pele durante a graduação. A maioria dos entrevistados trabalha na unidade há menos de quatro anos. Do processo de análise de dados, emergiram três categorias: medidas preventivas, medidas de tratamento e educação permanente relacionadas às lesões de pele em pacientes críticos. As medidas preventivas foram agrupadas por semelhança, as mais citadas pelos enfermeiros, respectivamente, foram a mudança de decúbito, hidratação da pele, uso de colchão pneumático, avaliação da pele e proteção de proeminências ósseas. As medidas de tratamento de lesões de pele também foram agrupadas por semelhança, foram citadas a realização de curativos, utilização de coberturas especiais e a avaliação da lesão. Foram citadas como as coberturas mais utilizadas na unidade, durante o tratamento das lesões de pele, o Alginato de Cálcio, a placa de Hidrocoloide e o Ácido Graxo Essencial (AGE). Os entrevistados destacaram ainda as principais dificuldades e falhas durante o tratamento, como: falta de coberturas adequadas, falta de conhecimento sobre algumas coberturas e déficit na avaliação nutricional do paciente. Quanto à educação permanente, a maioria afirmou nunca ter tido capacitação voltada para o cuidado de lesão de pele em pacientes críticos. Conclusão: É possível afirmar que as ações desenvolvidas pelos enfermeiros são voltadas predominantemente para a prevenção de lesões por pressão. Os resultados apontam para a necessidade de aprimoramento condizente com o processo de ensino e aprendizagem dos enfermeiros da UTI, no que concerne aos conhecimentos específicos necessários aos cuidados de lesões de pele em pacientes críticos.

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Referências

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Bare BG, Smeltzer SC, Hinkle JL, Cheever KH. Brunner e Suddarth. Tratado de enfermagem medico- cirurgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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Publicado

2021-08-05

Como Citar

Vieira, I. C. G. ., & Kamada, I. . (2021). AÇÕES DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DE LESÕES DE PELE EM PACIENTES CRÍTICOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/82