AS ESCALAS PREDITIVAS DE RISCO DE LESÕES POR PRESSÃO: APLICABILIDADE NA PRÁTICA
Palavras-chave:
Lesão por pressão, Enfermagem, Medição de Risco, EstomaterapiaResumo
Introdução: A Lesão por Pressão (LP) é definida como um dano na pele ou tecidos moles subjacentes, decorrente da pressão intensa ou prolongada exercida sobre uma proeminência óssea ou devido ao uso de dispositivos médicos (CONSENSO NUAP, 2016). Para mitigar o risco de LP o uso de escalas preditivas tem sido uma importante ferramenta para o raciocínio clínico e, consequentemente, um processo de enfermagem assertivo e que contemple a segurança necessária frente ao risco. Essas escalas têm sido utilizadas em vários cenários e populações distintas. Assim, o presente estudo foi elaborado a partir do seguinte problema de pesquisa: "como têm sido utilizadas as escalas preditivas para prevenção das LP em diferentes populações?” Objetivo: Identificar e analisar as evidências quanto a utilização das escalas preditivas do risco de LP em diferentes populações. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde, nos seguinte bancos de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe de informações em Ciências da Saúde, Scielo, BDEnf e PubMed utilizando os descritores indexados Decs/MeSH: Enfermagem, Lesão por pressão, Medição de Risco, Estomaterapia. Foram incluídos artigos publicados entre 2016 a 2021, com texto disponível na íntegra, nos idiomas português e inglês. Para classificação do nível de evidência, foi utilizado a classificação segundo Melnyk BM e Fineout-Overholt E (2005). Resultados: Inicialmente foram identificados 1494 artigos, sendo que após a aplicação dos critérios de inclusão 18 (1,20%) publicações fizeram parte deste estudo. A partir da avaliação dos artigos, observou-se que 15 (83,3%) foram aplicados no público adulto e três (16,6%) no infantil. A escala mais aplicada no público adulto foi a de Braden, em nove (60%) estudos, seguida pela escala de Elpo em quatro (26,6%), e Waterlow e Evaruci em um (6,6%) respectivamente. Em relação ao público pediátrico, dos três estudos (16,6%) identificados, dois (66,6%) utilizaram a escala de Glamorgan e um (33,3%) utilizou a escala de Braden Q. Quando verificado o local onde os pacientes adultos encontravam-se, a escala de Braden foi utilizada em um (11,1%) atendimento domiciliar, dois (22,2%) em adultos institucionalizados, cinco (55,5%) em UTI e um (11,1%) em unidade de internação. Em relação a localização do público pediátrico, a escala de Braden Q, foi utilizada em um (33,3%) estudo em unidade de terapia intensiva, quanto a escala de Glamorgan foi utilizada em dois (66,6%) estudos, sendo um em unidade de internação e um em unidade de terapia intensiva.
Conclusão: Pode-se inferir que a escala mais utilizada para predição do risco de LP no público adulto foi a de Braden, sendo a predominância do seu uso em unidade de terapia intensiva. Já no público infantil a escala de Glamorgan foi a mais utilizada. Assim destacamos a importância de se avaliar as especificidades do público em que a escala será aplicada, a fim de que se possa cumprir de forma fidedigna seu papel de predizer o risco de LP, possibilitando um processo de enfermagem qualificado.
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Referências
CONSENSO NPUAP 2016 - CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO
ADAPTADO CULTURALMENTE PARA O BRASIL. Disponível em: https://sobest.com.br/wp- content/uploads/2020/10/CONSENSO-NPUAP-2016_traducao-SOBEST-SOBENDE.pdf.
Acesso em 28 de jun. 2021. PICKHAM, David; BERTE, Nic; PIHULIC, Mike; VALDEZ, Andre; MAYER, Barbara; DESAI, Manisha. Effect of a wearable patient sensor on care delivery for preventing pressure injuries in acutely ill adults: a pragmatic randomized clinical trial (ls-hapi study). International Journal Of Nursing Studies, [S.L.], v. 80, p. 12-19, abr. 2018. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2017.12.012. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0020748917302869?via%3Dihub. Acesso em: 02 jul. 2021. Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Making the case for evidence-based practice.In: Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Evidence-based practice in nursing & healthcare. A guide to best practice. Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins;2005.p.3-24