EFEITO DO TRATAMENTO TÓPICO DA MEMBRANA DE QUITOSANA E ALGINATO ASSOCIADO AO GEL DE INSULINA EM FERIDAS DE CAMUNDONGOS HIPERGLICÊMICOS

Autores

  • Jéssica Da Silva Cunha Breder UNICAMP
  • Beatriz Barbieri UNICAMP
  • Flávia Figueiredo Azevedo UNICAMP
  • Thiago Cantarutti UNICAMP
  • Ângela Maria Moraes UNICAMP
  • Maria Helena Melo Lima UNICAMP

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus tipo 2, Insulina, Cicatrização, Estomaterapia, Curativos

Resumo

Introdução: Está bem estabelecido na literatura que na presença do diabetes o processo de cicatrização está prejudicado. A insulina, neste contexto, tem sido relevante como agente terapêutico, pois é um hormônio com ações metabólicas e de regulação do crescimento celular. Outro potente agente que tem sido estudado são as coberturas de polímeros, dentre eles a membrana de quitosana e alginato, esta cobertura se mostrou eficaz na fase inflamatória e na fase de remodelagem da ferida de animais hiperglicêmicos. Objetivo: Analisar o efeito do tratamento da membrana de quitosana e alginato (CAM) associado ao gel de insulina em camundongos hiperglicêmicos. Métodos: o estudo foi composto por três grupos: animais hiperglicêmicos submetidos ao tratamento tópico com soro fisiológico à 0,9% (SF); animais hiperglicêmicos submetidos ao tratamento tópico com membrana de quitosana e alginato (CAM) e animais hiperglicêmicos submetidos ao tratamento tópico com membrana de quitosana e alginato associado ao gel de insulina (CAMI). O diabetes foi induzido por administração intra-peritoneal de streptozotocina na dose de 50mg/Kg durante 5 dias consecutivos, após jejum de 8 horas. A ferida foi confeccionada na região dorsal, com um molde de 0,8cm2. A análise macroscópica do processo de cicatrização foi realizada por imagens fotográficas nos dias 0, 3, 7 e 14 pós-lesão e analisadas pelo software Image J. Nos 3º, 7º e 14º dias pós-lesão foi realizada a extração da área da ferida para avaliação histológica por Hematoxilina e Eosina e Western Blotting. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de ética no uso de animais sob o protocolo número 5350-1/2019. Resultados: Na análise qualitativa verificamos que, no 3º e 7 º dias após lesão os animais tratados com CAMI apresentaram menor quantidade de células inflamatórias, maior número de vasos sanguíneos em comparação aos outros grupos de tratamento. No 14º dia pós lesão, o grupo CAMI apresentou uma reepitelização completa, grande presença de vasos sanguíneos, maior quantidade de folículos pilosos em relação aos grupos SF e CAM. A análise quantitativa demonstrou que no grupo CAMI, no 3º dia, a expressão de PCNA foi maior em relação aos outros dois grupos (p<0,01). E no 7º dia, no grupo CAMI a expressão de PCNA foi menor em relação ao grupo SF (p<0,05) Conclusão: O grupo de animais tratados com CAMI apresentou maior proliferação celular no 3º e a maior visualização de vasos sanguíneos, sugerindo que a insulina tem um importante papel na fase proliferativa e na angiogênese.

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Referências

Breder JSC, Pires ALR, Azevedo FF, Apolínário PP, Cantaruri T, Jiwani SI, et al. Enhancement of cellular activity in hyperglycemic mice dermal wounds dressed with chitosan- alginate membranes. Brazilian J Med Biol Res. 2020;53(1):e8621. Available from:https:// doi.org/10.1590/1414-431x20198621. Chen X, Liu Y, Zhang X. Topical insulin application improves healing by regulating the wound inflammatory response. Wound Repair Regen.

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Publicado

2021-08-05

Como Citar

Breder, J. D. S. C. ., Barbieri, B. ., Azevedo, F. F. ., Cantarutti, T. ., Moraes, Ângela M. ., & Lima, M. H. M. . (2021). EFEITO DO TRATAMENTO TÓPICO DA MEMBRANA DE QUITOSANA E ALGINATO ASSOCIADO AO GEL DE INSULINA EM FERIDAS DE CAMUNDONGOS HIPERGLICÊMICOS. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/94