INVESTIGAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DE PACIENTES COM ESTOMIAS INTESTINAIS

Autores

  • Mércia Maria Costa De Carvalho Claro CENTRO UNIVERSITÁRIO CEST
  • Larissa Fernanda Silva Ribeiro CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTA TERESINHA - CEST

Resumo

Introdução: A realização de uma estomia intestinal consiste em um procedimento cirúrgico em que há a exteriorização de parte do intestino delgado ou grosso. Assim, as estomias intestinais são aberturas criadas no intestino grosso (colostomia) e delgado (ileostomia), permitindo a saída de fezes e gases através da parede abdominal. São comumente causadas por câncer colorretal, traumas ou doenças inflamatórias intestinais. Nesse contexto, indivíduos com estomias intestinais podem enfrentar obstáculos ao tentar retomar suas rotinas diárias, o que às vezes leva a uma redução em seu bem-estar e afeta negativamente sua qualidade de vida. Objetivo: Apontar a tendência sociodemográfica de pacientes com estomias intestinais. Metodologia: Esse estudo baseia-se em uma revisão bibliográfica, de caráter narrativo, para qual foram consultadas as bases de dados: BVS, Scielo e Google Acadêmico, em que as pesquisas foram encadeadas através dos DeCS: Perfil de Saúde, Estomia e Estomaterapia. Quanto aos critérios de inclusão, foram selecionados artigos publicados desde 2017, escritos em português e que atendessem a temática proposta. Foram excluídos artigos restringidos a estomias pediátricas. Por fim, foram selecionados sete artigos para composição dos resultados. Resultados e discussão: De acordo com os estudos levantados, observa-se que o sexo masculino representa a maioria da população com estomias intestinais, representando 85,7% da amostra analisada. Quanto a faixa etária, evidencia-se que 71,4% dos indivíduos acometidos são idosos, com idade acima de 59 anos. Nenhum dos estudos apontou uma faixa etária menor do que 40 anos, evidenciado por serem pesquisas aplicadas ao público adulto, descartando assim as estomias pediátricas. Esses dados apontam que a equipe de enfermagem, principalmente estomaterapeuta, devem estar qualificados para oferecer assistência eficaz para essa população, visto que possuem mais déficit no autocuidado. A respeito da raça, esse dado apresentou-se ausente em 57,1% dos estudos, entretanto, nos que apresentaram, predominou a raça/cor branca (28,6%). Em relação a escolaridade, 85,7% das pesquisas referiram que os pacientes cursaram até o ensino fundamental, em que 50% era ensino fundamental incompleto. Quanto ao estado civil, “casado ou união estável” prevaleceu em 71,4% dos estudos. No que diz respeito a ocupação, em 42,8% dos artigos apontaram “aposentado”, justificado pela maioria dos pacientes acometidos serem idosos. Acerca da renda, as pesquisas se apresentarem heterogêneas, visto que o Brasil é repleto de desigualdades socais, entretanto, a faixa de renda dos pacientes analisados nos artigos variou de 1 a 3 salários-mínimos. Conclusão e Contribuição para estomaterapia: Esse trabalho aponta o perfil sociodemográfico dos pacientes com estomias intestinais, do qual evidenciou-se a população idosa masculina. Esses dados fazem-se importante para que a conduta do enfermeiro seja voltada para esses indivíduos, traçando plano de cuidados específicos para essa população. Também ressalta-se a contribuição essencial do estomaterapeuta nessa prática, visto que sua especialidade também é voltada para esse ramo.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Claro, M. M. C. D. C., & Ribeiro, L. F. S. (2024). INVESTIGAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DE PACIENTES COM ESTOMIAS INTESTINAIS. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/971