Congresso Paulista de Estomaterapia

A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA DE ANTICOAGULAÇÃO NA PRÁTICA DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPÊUTA

2022-12-01T00:34:47-03:00

A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA DE ANTICOAGULAÇÃO NA PRÁTICA DO ENFERMEIRO

ESTOMATERAPÊUTA INTRODUÇÃO Os fármacos classificados como antitrombóticos são utilizados para impedir a formação ou crescimento de trombos vermelhos. Os anticoagulantes, uma classe de antitrombótico auxilia a medicina na prevenção dos eventos cardioembólicos, como Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Encefálico Isquêmico, Trombose Venosa Profunda, entre outros. 2 Muitos pacientes assistidos pela estomaterapia tem histórico de comorbidades cardiovasculares, patologias obstrutivas periféricas prévias e fazem uso de anticoagulantes (temporário ou não), sendo indispensável que o enfermeiro estomaterapeuta saiba identificar as especificidades desta terapia para que na avaliação da pele bem como as equimoses, hematomas, petéquias, edema, exsudato, sangramentos e durante o desbridamento, a avaliação possa ser criteriosa considerando a ação desse medicamento1.

OBJETIVO Ressaltar a importância do enfermeiro estomaterapêuta no conhecimento específico sobre anticoagulantes. METODOLOGIA Revisão integrativa sobre o manejo da anticoagulação na estomaterapia. Descritores: estomaterapia, anticoagulantes. RESULTADOS A identificação prévia da terapia com anticoagulantes e seus efeitos adversos, visam minimizar riscos durante a assistência realizada pelo enfermeiro estomaterapeuta1. Os anticoagulantes injetáveis como as heparinas de baixo peso molecular (enoxaparina), e as heparinas não fracionadas exigem atenção e cuidado assim como os anticoagulantes orais, entre os orais temos o antagonista da vitamina K (a varfarina), e os novos anticoagulantes orais, (dabigratana, rivaroxabana, apixabana e edoxabana)3. Tais apresentações expõem o indivíduo ao risco de sangramento. A varfarina é mais comumente prescrita, disponibilizada pelo SUS e mais laboriosa para o controle, pois sofre alteração na sua absorção por diversos fatores internos e externos (alimentos com vitamina k, fármacos) e exige controle do tempo de atividade da protombina, através do exame laboratorial que evidencia a razão normalizada internacional (RNI) e direciona a manter ou ajustar a dose da medicação, requer um tempo maior em dias de suspensão para que seu efeito seja abolido. Pode causar intoxicação cumarínica, as manifestações tóxicas podem variar de leve, moderada ou severa, comprometendo a vida.2 Portanto é fundamental que o enfermeiro identifique o uso prévio dos anticoagulantes, tipo, via de administração, tempo de suspensão e RNI (varfarina) garantindo assim uma assistência segura. CONSIDERAÇÕES FINAIS A identificação prévia do uso de anticoagulantes, bem como conhecer as particularidades sobre a varfarina, são essenciais para que o enfermeiro estomaterapêuta possa avaliar com especificidade a pele e a necessidade da suspensão da medicação junto ao profissional médico antes da intervenção instrumental, assim como adiar ou interromper um procedimento identificando os riscos da terapêutica, permitindo uma avaliação criteriosa e mantendo uma assistência livre danos. Referências 1. Rosa CA, Fanelli C. Successful Outpatient Treatment of Full-thickness, Necrotic, Lower- extremity Ulcers Caused by Traumatic Hematomas in Anticoagulated Patients. Wounds. 2011 Oct; 23(10):293-300. PMID: 25881106. 2. Leal PM, Amante LN, Girondi JBR, Nascimento ERP, Magalhães ALP. Construindo soluções para segurança do paciente cardiopata em uso de varfarina: estudo qualitativo. Texto Contexto Enferm. 2020. (29): 20180002. 3. Cascalho SIC, Ribeiro LCAN, Gemito MLGP, Mendes FRP. Manejo terapéutico de los usuarios con terapia anticoagulante oral. Enferm. glob. 2016; 15(41): 10-19.

ANÁLISE ECONÔMICA DO TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA EM UMA CLÍNICA DE ESTOMATERAPIA NO RIO DE JANEIRO

2022-12-01T00:55:58-03:00

Introdução: Este estudo teve como objetivo analisar o custo do tratamento de úlcera venosa em uma clínica de enfermagem em estomaterapia. Metodologia: Trata-se de um estudo de Avaliação Tecnológica em Saúde (ATS), sendo uma análise econômica em saúde do tipo parcial. Para fins de avaliação das características da população do estudo, alinhou-se a um estudo quantitativo do tipo transversal. O presente estudo foi realizado em uma clínica de enfermagem especializada em estomaterapia localizada na zona norte do município do Rio de Janeiro, sendo aprovado pelo CEP 26538319.9.0000.5282. A população estudada corresponde ao total de pacientes com o tratamento realizado no ano de 2018 acometidos por úlcera venosa, tendo uma amostra de 46 pacientes. Foi analisado o custo a partir das categorias elencadas, sendo elas: “consulta de enfermagem”, “material, “procedimento”, e o “custo total”. A amostra foi calculada admitindo-se um erro amostral de 5% e Intervalo de Confiança a 95%.

Resultados e discussão: O custo mediano por paciente relacionado à consulta foi de R$ 75,60. No que tange ao custo, em função dos materiais utilizados no tratamento desses pacientes, no ano de 2018 foi de R$ 744,20. Os procedimentos descritos em nosso trabalho caracterizaram-se como: aferição de pressão arterial, verificação da glicemia capilar, seção de terapia fotodinâmica e terapia laser, o que gerou um custo de R$ 977,85 por paciente. Já nosso custo total do tratamento, neste mesmo ano, com tais pacientes obteve-se o valor de R$ 1.740,87. Acerca da temática constatou-se o quanto é importante estudar custo no setor saúde, pois é possível melhorar o processo de trabalho, no que diz respeito à gestão, ao planejamento e à realocação de recursos financeiros. Assim, o estudo de custo possibilita prever gastos, predizer resultados, optar por formas mais viáveis e racionais de tratamento e diagnóstico, dessa forma, possibilitar melhor atendimento em saúde. Conclusão: Nesse sentido, os estudos de custo no setor saúde podem servir como base para solicitação de recursos financeiros, a partir da apresentação dos resultados, que vão proporcionar parâmetros de gastos estimados para os atendimentos oferecidos na atenção à saúde. A realocação do recurso de maneira adequada proporcionará economia ao SUS, pois consequentemente se terá diminuição de pacientes com agravos relacionados à lesão de pele, sabendo que tais agravos geram internações hospitalares e tratamentos onerosos, como cirurgias e amputações. Compreendendo ainda, que o tratamento cirúrgico e ou amputação carecem de continuidade, aumentando assim, o gasto tanto na atenção primaria como na secundária e terciária. Entende-se ainda a importância da ampliação e continuidade dessa pesquisa, e de outras no campo de análise de custo.

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA EM UM CENTRO DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM TRAUMA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-01T01:07:57-03:00

ntrodução: Queimaduras resultam em lesões significativas com complicações tanto físicas quanto psíquicas, as quais exigem tratamento global de reabilitação¹. O cuidado implica manutenção da perfusão tissular e preservação dos tecidos viáveis, manutenção da ferida limpa e úmida, prevenção de infecções e proteção contra traumas, promoção da cicatrização, mantendo a mobilidade e funcionamento da parte afetada³. É de extrema valia atuação da Enfermagem em Estomaterapia em centros de tratamento de queimaduras avaliando clinicamente as lesões e selecionando tecnologias adequadas às características e estadiamento das queimaduras, assim como atuando na reabilitação e nas sequelas produzidas por esse trauma, contribuindo na assistência multiprofissional e interdisciplinar dessas unidades especializadas. Objetivo: Relatar experiência da atuação de Estomaterapeuta do Núcleo de Estomaterapia de um hospital especializado em trauma na unidade especializada em tratamento de queimaduras dessa instituição. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado entre os meses de fevereiro a abril de 2022 a partir da prática do Núcleo de Estomaterapia nas unidades de queimados de um grande centro de urgência e emergência referência em trauma em Fortaleza-CE. Resultados e Discussão: Na instituição do estudo há em funcionamento há quase 10 anos um serviço especializado em feridas, estomias e incontinências contando com enfermeiros especialistas que se dividem nas diversas unidades do hospital para responder pareceres, realizar interconsultas especializadas e realizar prevenção, tratamento e reabilitação nas três grandes áreas de atuação da Estomaterapia. Desde fevereiro do corrente ano com a admissão de novos enfermeiros em concurso público houve a oportunidade de lotação de um enfermeiro desse serviço exclusivamente para a unidade de queimados do hospital. A unidade de queimados conta com ambulatório para pacientes em seguimento após internação e para tratamento de queimaduras que não necessitaram de internação, enfermarias com 32 leitos para pacientes adultos e pediátricos, um centro cirúrgico onde são realizados desbridamentos, enxertos e outros e uma sala de banho e de curativo. A atuação da Estomaterapia se dá em sua maior parte dentro dessas salas supracitadas onde há avaliação clínica durante o procedimento avaliando os graus e extensão da queimadura e decisão integrada junto à cirurgia plástica para procedimentos de limpeza cirúrgica e realização de enxertos, além do acompanhamento em ambulatório. As coberturas selecionadas promovem controle de infecção, desbridamento autolítico, gerenciamento do exsudato, estímulo à epitelização, proporcionando menos trauma e manejo da dor². Dentre as mais utilizadas são os curativos com prata e polihexanida biguanida, telas não aderentes e espumas hidropoliméricas A atuação da Estomaterapia proporciona um manejo mais efetivo das lesões, melhor gerenciamento de custos, integração da equipe multiprofissional, menos tempo de ocupação de leito, aumento da taxa de desospitalização, menos exposição do paciente aos procedimentos. Considerações Finais: A relevância de uma assistência especializada de enfermagem no manejo de lesões complexas como as queimaduras é de suma importância pode promover otimização da cicatrização, tratamento mais efetivo minimizando sequelas e propiciando uma melhor reabilitação e qualidade de vida do paciente. O trabalho teve o intuito também de estimular publicações na área que são escassas.

BRINQUEDO TERAPÊUTICO INSTRUCIONAL NO CUIDADO À CRIANÇA OSTOMIZADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-01T01:14:16-03:00

ezes, consideradas ameaçadoras pelas crianças, exigindo mais do que recreação para que sejam enfrentadas, principalmente, quando se trata de situações enfrentadas pela criança hospitalizada. Dentre as modalidades há o Brinquedo Terapêutico Instrucional (BTI), cuja finalidade é a explicação de procedimentos, sendo indicado para o preparo da criança quanto aos procedimentos aos quais será submetida, para facilitar sua compreensão e envolvimento. OBJETIVO: Relatar a experiência da utilização do Brinquedo Terapêutico Instrucional no cuidado à criança estomizada. MÉTODO: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em janeiro de 2022 em um hospital pediátrico público no sul do Brasil. Paciente de 6 anos e 7 meses, diagnosticada com Abdome Agudo Obstrutivo, submetida a várias cirurgias, com indicação de confecção da ileostomia dupla boca. Durante as trocas do coletor de ileostomia, a criança apresentava-se chorosa e muito assustada, relata quadro álgico importante e por fim, não aceitava os cuidados de enfermagem. Por conseguinte, foi preparada uma boneca com estomia para realizar sessões de Brinquedo Terapêutico, a fim de demonstrar os cuidados relacionados à troca do coletor e uso dos produtos adjuvantes.

RESULTADOS: Dentre os comportamentos observados na criança destaca-se: o uso de “faz de conta”, comportamento de liderança, segurança, alegria, comunicação verbal e não verbal, manipulação e interação com a boneca. Após a interação com o Brinquedo pelas enfermeiras pode-se notar a diminuição da ansiedade e do medo entre os atores envolvidos no processo: equipe de enfermagem, criança e familiares; o que aumentou a confiança para realização de novos procedimentos e fortalecimento dos vínculos, tornando-se uma experiência gratificante para todos culminando em um cuidado humanizado e eficaz. CONCLUSÃO: O cuidado de enfermagem fundamentado no Brinquedo Terapêutico Instrucional demonstrou a importância de valorização de intervenções terapêuticas que eliminam ou minimizam o sofrimento físico e psicológico de crianças e suas famílias no processo de viver com a estomia de eliminação. Ainda, promove um cuidado ético e humanizado, considerando a criança em sua integralidade e individualidade.

CONSTRUÇÃO DE UM GRUPO DE ENFERMEIROS PARA INCENTIVO À IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE LESÕES DE PELE ATRAVÉS DAS PLATAFORMAS DIGITAIS

2022-12-01T01:18:36-03:00

INTRODUÇÃO O panorama de lesões de pele em ambientes hospitalares é um indicador de qualidade e gera preocupação por parte dos profissionais e gestores na área da saúde mediante as consequências geradas por este evento adverso. Os prejuízos vão desde dor, sofrimento, aumento do tempo de internação, risco de infecção e custos hospitalares. (1) O conhecimento sobre medidas de prevenção é amplamente divulgado nas sociedades de Estomaterapia e Dermatologia, universidades, ambientes de pós-graduação, treinamentos no local de trabalho, produções científicas e através da RDC 36 da ANVISA (2), comprovando a necessidade de mudar este aspecto negativo de nossos hospitais, pois, através da construção do conhecimento que o Guideline Internacional nos traz, 95% das Lesões por Pressão (LP) são evitáveis com medidas inclusive citadas no documento (NPIAP). (3) O incômodo e a intriga que leva a direção deste trabalho é que somente o conhecimento não tem sido propulsor da ação e medidas comportamentais devem ser discutidas e incluídas nos planos de ação para que o movimento de prevenção seja realizado efetivamente nos serviços de saúde. O enfermeiro é o responsável por esta implementação conforme resolução do Cofen (567/2018). (4) OBJETIVO Relatar a experiência da construção de um grupo de enfermeiros no incentivo a implementação de medidas preventivas para lesão por pressão em hospitais por meio dos canais digitais com resultados na diminuição de lesões de pele intra-hospitalares e desenvolvimento profissional através de medidas comportamentais verificadas em longos anos de experiência em hospitais de alta performance. METODOLOGIA A construção do grupo se dá por meio de de encontros mensais por plataformas particulares de videochamada e aulas gravadas com mais de 30 horas de conteúdo totalmente relacionados à prevenção de lesões de pele ministrados por enfermeiros e estomaterapeutas, que incentivam a implementação de medidas comportamentais e processo educacionais que visam o estímulo e engajamento da equipe. O conteúdo foi sistematizado através de um planner da prevenção que traz o mapa mental e utilização de ferramentas de gestão para diagnóstico do problema, criação de planos de ação, como Design Thinking, além de ideias de treinamentos com o uso metodologias ativas. RESULTADOS Construção de um canal de divulgação com conteúdo gratuito diários, criação de uma mentoria em grupo que direciona o enfermeiro à implementação de processos de gestão e construção de protocolos, planos de ação, controle dos dados e análise de indicadores de lesão por pressão. Os depoimentos dos enfermeiros são sempre relacionados ao encontro da clareza e direção nos passos e condutas para apresentação aos gestores da instituição, satisfação na realização de um projeto que tem uma direção sinalizada pelo mentor, que já passou pelo processo, além das trocas em grupo com colegas que vivenciam a mesma situação.

Recentemente foi validado este contexto com a redução de lesões de pele chegando a zero durante 180 dias em Hospitais de Aracaju e em Foz do Iguaçu, foi alcançado zero lesões em proeminências ósseas dentro de um período de verificação. Prevenção vai além do conhecimento, é preciso mudar o comportamento da equipe através de estratégias de gestão direcionadas.

FERIDAS, ESTOMIAS E INCONTINÊNCIAS NAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO (FEPENF)

2022-12-01T01:21:41-03:00

INTRODUÇÃO: Profissionais de saúde carecem de instrumentalização para cuidar de pessoas com feridas, estomias e incontinências1. Os enfermeiros podem ter papel significativo na identificação dos sintomas, interação com o paciente/familiares incentivando mudanças comportamentais e atuar no tratamento clínico em consonância com a equipe interdisciplinar2. OBJETIVO: Relatar a experiência de projeto de extensão que objetiva instrumentalizar profissionais de saúde para o cuidado e realizar assessorias e atendimentos de enfermagem nos contextos de cuidados aos pacientes com feridas, estomias e incontinências. MÉTODO: Relato de experiência sobre extensão universitária no sul do Brasil, que promove ações cuidativas, de assessoria e educativas em saúde na área da Estomaterapia visando aprimorar a assistência prestada. O projeto iniciou em 2018, como iniciativa de duas docentes e uma bolsista de extensão universitária. Ao longo do tempo e demandas emergentes, o mesmo foi ampliado quanto ao escopo de atuação e participantes; incluindo atualmente docentes, duas bolsistas de extensão acadêmicas de enfermagem, três enfermeiras estomaterapeutas (duas doutorandas de Programa de Pós- graduação Profissional), enfermeiros assistenciais interessados na temática e residentes de enfermagem da Residência Multiprofissional em Saúde municipal. Para desenvolvimento e operacionalização do projeto há reuniões mensais com definição de temáticas e recursos metodológicos a serem utilizados, elaboração e divulgação de materiais educativos nos formatos físicos e digitais, utilização e criação de manequins de baixa fidelidade. As atividades assistenciais e de assessoria são desenvolvidas in loco conforme demandas e agendamentos prévios, atualmente no hospital universitário, hospital infantil de referência estadual e secretarias municipais de saúde da Grande Florianópolis. RESULTADOS: Dentre

as atividades educacionais desenvolvidas destaca-se cursos, minicursos, oficinas, simpósios, palestras, treinamentos, campanhas e outras atividades de cunho educacional na Universidade Federal de Santa Catarina, no Hospital Universitário (HU/EBESERH/UFSC), em Secretarias Municipais de Saúde da grande Florianópolis (Florianópolis e São José), empresas e demais instituições de saúde públicas e/ou privadas interessadas no formato presencial. Durante a Pandemia da COVID 19 muitas atividades foram adaptadas, à saber palestras e treinamentos síncronos via Google Meet, webnários e lives via Instragran @fepenf. Em 2020 foram 39 lives com 6.719 ouvintes e alcance de 21.047 pessoas, em 2021 foram quatro lives com 838 ouvintes e alcance de 4.678 pessoas. Dentre as atividades assistenciais foram e são realizados atendimentos a pacientes, incluindo utilização de terapias adjuvantes como Laser de Baixa Intensidade, Terapia Fotodinâmica (aPDT), Ozonioterapia Transcutânea e outros. As instituições atendidas são: atendimentos ambulatoriais no Hospital Universitário (HU/EBESERH/UFSC) conforme agendamento e/ou solicitação dos cirurgiões; atendimentos ambulatoriais e domiciliares nas Secretarias Municipais de Saúde, conforme solicitação dos enfermeiros; Hospital Infantil Joana de Gusmão, em pacientes internados, conforme solicitação da Comissão de Cuidados com a Pele; além de teleconsultas e tele atendimentos. CONCLUSÃO: A extensão universitária é capaz de aproximar a relação teórico- prática atendendo necessidades dos serviços, integrando acadêmicos e profissionais de saúde num processo dialógico e de troca de saberes. Mediante instrumentalização para o cuidado de pessoas com Feridas, Estomias e Incontinências será possível prever ações que vão da prevenção ao tratamento dessas condições.

O USO DE PARÓDIA MUSICAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DA HISTÓRIA DA ESTOMATERAPIA

2022-12-01T01:26:30-03:00

Introdução: A Estomaterapia é uma especialidade exclusiva da Enfermagem que atua no cuidado integral a pessoas com estomas, fístulas, feridas crônicas ou agudas, drenos e incontinências. A precursora dessa especialidade foi Norma N. Gill Thompson, que desenvolveu um ótimo autocuidado ao ser ileostomizada por conta de uma doença inflamatória intestinal, sendo convidada pelo médico Rupert Turnbull a prestar e ensinar esses cuidados aos seus outros pacientes. Com objetivo de internacionalizar a Estomaterapia, Norma N. Gill Thompson fundou o World Council of Enterostomal Therapists (WCET), que posteriormente considerou a Estomaterapia especialidade exclusiva da Enfermagem. O conhecimento da própria história é essencial na construção da identidade profissional, e com a ascensão das mídias sociais e tecnologias da informação, adaptar esse conhecimento histórico para formas lúdicas é essencial para atingir além de profissionais, como também o público geral, favorecendo o reconhecimento profissional. Objetivos: Relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem de uma Liga Acadêmica de Estomaterapia (LAET) na criação e divulgação de uma paródia musical sobre história da Estomaterapia. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de caráter qualitativo sobre a criação de uma paródia musical como estratégia lúdica para divulgação da história da Estomaterapia elaborado por membros da Liga Acadêmica de Cuidados de Enfermagem em Estomaterapia (LACEnfE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé para para o Concurso Norma Gill Day da Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST). Resultado: Antes da elaboração da letra da paródia, os estudantes buscaram em artigos acadêmicos e no site institucional da SOBEST informações sobre a história da Estomaterapia, incluindo a chegada e a implementação no Brasil. Após a construção do arcabouço teórico, os autores definiram a música base. Utilizando a técnica de brainstorm, os acadêmicos construíram a letra da música, adaptando as necessidades para formação de uma letra melódica. Assim, a música foi gravada em aplicativo de captação de áudio próprio de dispositivo móvel, sendo transferido para o notebook para tratamento de áudio e adição do instrumental musical no programa gratuito Audacity. Ao final, os autores elaboraram um lyric video para a paródia utilizando o aplicativo Canva Pro. Conclusão: O material confeccionado recebeu premiação no Concurso Cultural da SOBEST, tendo cumprido seu objetivo primário. A divulgação da história da estomaterapia se faz necessário para que mais pessoas conheçam a evolução e importância dessa especialidade, promovendo a valorização profissional. Através da paródia com o lyric vídeo, foi possível elaborar um material de cunho teórico com uma abordagem mais lúdica, sutil e dinâmica, estimulando o interesse de diferentes públicos pelo material.

ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA. DIRECIONADAS A CLIENTES ASSISTIDOS EM DOMICÍLIO.

2022-12-01T01:31:17-03:00

INTRODUÇÃO: A Estomaterapia é a especialidade exclusiva do enfermeiro, reconhecido pela Associação Brasileira de Estomaterapia - SOBEST. O Enfermeiro Estomaterapeuta (ET), é habilitado para treinamentos, orientações e adaptações ao paciente, objetivando a melhora da qualidade de vida do indivíduo e familiares, prestando uma assistência personalizada. Baseado em diretrizes éticas do exercício da Estomaterapia, o Enfermeiro ET, é capacitado a prestar cuidados aos pacientes portadores de: feridas crônicas e agudas, fístulas, drenos, cateteres, estomias, incontinência intestinal e urinária.

Englobando aspectos preventivos, terapêuticos ou de reabilitação. O contexto do cuidado domiciliar é de uma assistência prestada a pacientes e familiares, evidenciando o acompanhamento do tratamento e as considerações de suas demandas, as orientações de enfermagem vem favorecendo novas experiências aos profissionais da saúde, destacando a enfermagem em estomaterapia. A dinâmica das orientações de enfermagem em estomaterapia direcionadas a clientes assistidos em domicilio remete a comprometimento levando em consideração o respeito e a ética impactando no diferencial da assistência que não se reduz a prestar apenas procedimentos técnicos. As orientações deste estudo, são direcionadas para otimizar a vida de pessoas que necessitam de um cuidado especializado no âmbito de enfermagem em estomaterapia no contexto domiciliar. MÉTODO: Estudo bibliográfico, qualitativo, descritivo, do tipo revisão da literatura, busca na BVS entre fevereiro a março 2022, com a utilização de análise de estudos anteriores em relação a orientações de enfermagem em estomaterapia direcionadas a clientes assistidos em domicilio. Após o cruzamento dos descritores e aplicação dos filtros foram selecionados 12 artigos para análise. Evidenciou-se atuação do enfermeiro como de vital importância para intervir nas orientações de enfermagem em estomaterapia a nível domiciliar, pautando a colaboração do enfermeiro na construção das etapas que envolvem a organização do cuidado a clientes assistidos em domicilio. OBJETIVO: Conscientizar pacientes, seus familiares ou cuidadores da importância de procurar um atendimento profissional qualificado na área de estomaterapia, para uma boa intervenção dos cuidados de enfermagem em âmbito domiciliar. RESULTADO: O atendimento do profissional Enfermeiro Estomaterapeuta no ambiente familiar, tem como objetivo realizar as seguintes orientações dos cuidados de enfermagem englobando a etiopatogenia, diagnósticos de enfermagem, planejamento e intervenção, determinando prioridades no processo de tratamento e implementando na prática vivenciada em domicílio, evidenciando a conduta de enfermagem planejada para melhora do estado do cliente assistido. Avaliações e acompanhamento, através de consultas periódicas pré- estabelecidas, visando o alcance dos resultados de melhoria do quadro da etiopatogenia. CONCLUSÃO: As orientações, condutas terapêuticas e intervenções do estomaterapeuta a clientes assistidos em domicilio, foram positivos entre os cuidadores e familiares, apontando que a enfermagem é relevante no apoio a estes clientes. Propõe-se que novos estudos sejam realizados, apesar de haver contribuição do profissional enfermeiro no contexto domiciliar, faz-se necessário que se intensifique sua atuação para a garantia de melhores resultados frente a contribuição para gerenciar as orientações no cuidado, autocuidado. Sendo assim, este estudo busca levar aos ambientes acadêmicos e assistenciais, a motivação para que o assunto de orientações de enfermagem em estomaterapia direcionadas a clientes em domicilio seja relevante aos profissionais de enfermagem e equipes multiprofissionais.

A CONSULTA DE ENFERMAGEM À PESSOA COM ESTOMIA: DIÁLOGOS PARA O AUTOCUIDADO

2022-12-01T01:33:44-03:00

Introdução: No mundo todo, pessoas de todas as idades, etnias, culturas e níveis socioeconômicos são afetadas por doenças crônicas de todas as causas, bem como por trauma, acidente ou violência, condições que podem levar à confecção de um estoma. Esta nova condição, pode alterar a forma como a pessoa se enxerga, podendo levar ao déficit do autocuidado. A consulta de enfermagem à pessoa estomizada por meio do diálogo entre o paciente e o enfermeiro estomaterapeuta pode promover a ressignificação de sua condição e contribuir para a elaboração de estratégias para o autocuidado.

Objetivo: Identificar as evidências científicas sobre a relação do diálogo/escuta como ferramenta na consulta de enfermagem para o autocuidado da pessoa com estomia. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, que permite uma compreensão mais abrangente dos eventos no contexto da prática baseada em evidências. Neste estudo, foram incluídas todas as produções científicas em português, inglês e espanhol, com texto completo disponível e gratuito para leitura, publicadas no período de 2009 a 2022. Resultado: A busca resultou num total de 77 estudos. Desses, 16 contido na base de dados MEDLINE, 23 LILACS, 34 BDENF, 04 IBECS foram feitas as leituras na íntegra de 34 estudos, 05 artigos foram incluídos, sendo 3 artigos da base de dados BDENF e 02 da base de dados LILACS, para a construção desta revisão integrativa. Considerado como ponto de partida para a busca, a publicação da portaria nº 400, de 16 de novembro de 2009, que trata das orientações gerais para o serviço de atenção à saúde das pessoas estomizadas. A consulta de enfermagem possibilita o contato direto entre o enfermeiro e o paciente, tornando um espaço rico e favorável para a interação entre os atores, estreita laços de confiança e permite uma visão aprofundada de cada indivíduo e de suas necessidades, desejos e anseios. Conclusão: Dessa forma, é possível perceber que o diálogo, empatia e a escuta qualificada, tornam-se ferramentas imprescindíveis para a manutenção do vínculo, sendo este fundamental para conhecer as particularidades de cada pessoa e traçar estratégias personalizadas visando o autocuidado. E, a consulta de Enfermagem permite que a pessoa com a estomia tenha qualidade na assistência por ser esse um canal de orientação, discussão, conhecimento de si e do outro e articulado com o enfermeiro, o cuidado torna-se singular e eficaz, considerando sua especificidade.

ANÁLISE LITERÁRIA ACERCA DA INFLUÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ADAPTAÇÃO DO PECIENTE RECÉM-CONFECCIONADO COM UMA COLOSTOMIA INTESTINAL

2022-12-01T01:36:23-03:00

INTRODUÇÃO: A atuação da equipe de enfermagem, com destaque para o profissional enfermeiro, é indispensável em todos os ambientes de assistência à saúde, independente do nível de atenção e/ou quais as áreas atendidas. No tocante às pessoas com estomias intestinais esse cuidado é fundamental, uma vez que este profissional realiza uma prática para além dos cuidados técnicos com o manejo do estoma, pele periestoma e equipamentos coletores. Ademais, o enfermeiro tem papel de destaque na adaptação do paciente após a confecção da estomia, o auxiliando no enfrentamento da sua nova condição1. OBJETIVO E MÉTODO: A presente investigação objetiva analisar as evidências científicas acerca da influência da equipe de enfermagem na adaptação do paciente após a confecção de uma estomia de eliminação intestinal. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi realizada entre os meses de janeiro e março de 2022, na biblioteca virtual em saúde incluindo as bases BDENF, LILACS, MEDLINE e IBECS; no portal de periódicos CAPES através do acesso na Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), e na National Library of Medicine incluindo a PUBMED. Como estratégia de busca definiu-se os termos controlados “Estomia”/Ostomy, “Adaptação”/Adaptation, “Equipe de Enfermagem”/Nursing, Team e “Assistência ao Paciente”/Patient Care, cruzados entre si com os operadores booleanos AND e OR, obtendo-se 414 resultados. Após leitura de título e resumo foram selecionados 27 para leitura completa, e incluídos 7 para a análise interpretativa realizada nesta investigação. RESULTADOS: Como principais resultados, elencam-se a atuação do enfermeiro na promoção e prevenção à saúde da pessoa com estomia intestinal, através da realização de educação em saúde com foco às orientações para o desenvolvimento do autocuidado e consequente prevenção de complicações2; cuidado pré-operatório para alívio aos sentimentos negativos associados ao procedimento cirúrgico, e no pós-operatório com o planejamento da alta juntamente à equipe multidisciplinar. Outrossim, o apoio emocional e o foco na reinserção social do indivíduo não devem ser excluídos3. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que a equipe de enfermagem, especialmente o profissional enfermeiro, desempenha papel inquestionável no auxílio à adaptação do paciente após a confecção de uma estomia de eliminação intestinal, entretanto, ainda há uma carência informativa pelo enfermeiro, além da manutenção do modelo tecnicista focado no cuidado de cunho unicamente físico.

Além disso, faz-se necessário o desenvolvimento de novos estudos, especialmente com melhor nível de evidência científica, a fim de oportunizar uma melhor prática, baseada cientificamente.

CÂNCER COLORRETAL E A PESSOA COM ESTOMIA: VIVÊNCIAS QUE SUBSIDIAM O CUIDADO DE SI

2022-12-01T01:39:57-03:00

Introdução: O câncer é um problema de saúde pública, sendo a quarta principal causa de óbitos antes dos 70 anos no mundo. Sua incidência e mortalidade vêm aumentando. Isso ocorre devido ao envelhecimento e crescimento populacional e pela mudança na distribuição e prevalência de seus fatores de risco. Muitas pessoas com câncer necessitam de cirurgia para remoção do tumor e suas metástases ou, apenas, para possibilitar o funcionamento de um órgão afetado. No caso do câncer colorretal a pessoa necessita da realização de uma estomia. Objetivo: Conhecer o processo de viver da pessoa com estomia a partir do diagnóstico de câncer colorretal com vistas a subsidiar o cuidado de si. Metodologia: Realizou-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de cunho qualitativo. Teve como contexto o Serviço de Estomaterapia de um Hospital Universitário no sul do Brasil. Participaram 11 pessoas estomizadas. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2020 por entrevistas e submetidos à Análise Temática.

Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa conforme a resolução 510/2016. Resultados: Verificou-se que começaram a se sentirem doentes e apresentarem sintomas. Não imaginavam tratar-se de câncer. Frente ao diagnóstico ficaram assustados, surpresos, abalados, deprimidos, preocupados, tristes, para baixo, abatidos, pensando na finitude da vida. Procuraram manter-se positivos, não pensando apenas na gravidade da situação. Preocuparam-se em como comunicar o diagnóstico a outros membros da família e passaram a fazer exames e preparar-se para a cirurgia. Referiram que a estomização apresentou-se como a possibilidade de continuarem vivos e melhorar sua qualidade de vida. Apresentaram no pós-operatório dificuldades de adaptar-se ao uso da bolsa de estomia aderida ao abdômen, apresentando dermatite periestomal. Referiram, também, dificuldades financeiras. E, como facilidade a possibilidade de adaptação à estomização. Frente ao tratamento do câncer após a cirurgia alguns não apresentam efeitos colaterais e outros efeitos colaterais severos. Outros realizam quimioterapia no domicílio por meio de comprimidos, referindo menos efeitos colaterais. Em relação à rede de apoio social recebem apoio da família nuclear e expandida, de pessoas com quem dividiam seu cotidiano de viver. Além da família nuclear amigos, vizinhos, patrões e ex-companheiros se unem para auxiliar no cuidado, sendo o principal auxílio na troca das bolsas de estomia. Conclusão: O processo de viver da pessoa estomizada por câncer colorretal é complexo. Essas necessitam do apoio de uma equipe multidisciplinar e de acompanhamento no Serviço de Estomaterapia por enfermeiro habilitado.

COMPLICAÇÕES NAS ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO E PELE AO REDOR

2022-12-01T01:42:16-03:00

Introdução: Uma estomia de eliminação mal localizada na parede abdominal ou confeccionada por meio de técnica cirúrgica inadequada gera inúmeros transtornos aos pacientes e causa, inclusive, complicações que impactam de forma negativa o cotidiano da pessoa, afetando diretamente o seu autocuidado¹, demandando aumento de custo com o uso de adjuvantes, tempo maior de internações e maiores dificuldades para a reabilitação² ³. Os dados epidemiológicos (incidência e prevalência) de complicações na estomia de eliminação são raros pelo fato de não serem considerados eventos adversos e não demandarem notificação compulsória. Objetivo geral: Analisar as complicações na estomia de eliminação e pele ao redor e suas repercussões. Objetivos específicos: Estimar a prevalência de complicações na estomia de eliminação; avaliar os tipos de estomia de eliminação, suas indicações e fatores associados com a dermatite; avaliar a capacidade do paciente de realizar os cuidados com o equipamento coletor. Método: Estudo descritivo, transversal, realizado em quatro serviços especializados da rede pública de saúde, localizados no estado da Bahia e Minas Gerais, com amostra de 180 pacientes com estomia de eliminação que atenderam aos critérios de inclusão. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 49807115.0.0000.5149. Resultados: A idade variou de 3 meses a 88 anos, média de 55,52 (±18,49) e mediana de 58 anos. As complicações nas estomias e pele periestomal comprometeram 130 pacientes e resultaram em 188 episódios, sendo 49% dermatite, 6% hérnia paracolostômica, 6% prolapso, 5% retração, 4% granuloma. A prevalência global de complicações foi 72,2%, correspondendo à prevalência de 72,2% de dermatite, 10% de hérnia paracolostômica, 10% de prolapso, 7,6% de retração e 5,6% de granuloma. As complicações na estomia apresentaram significância estatística com sexo (p = 0,003), tempo de confecção da estomia (p = 0,004) e o câncer como causa da cirurgia (p = 0,004). A dermatite apresentou significância estatística com o autocuidado (p = 0,004), tipo de estomia (p = 0,003), consistência do efluente (p = 0,002) e número de eliminações por dia (p = 0,001). Conclusão: A prevalência global de complicações na estomia e pele ao redor foi elevada, com destaque para a dermatite, hérnia paracolostômica e prolapso. A presença da dermatite é influenciada pelo tipo de estomia, consistência e padrão de eliminação do efluente e interfere na realização do autocuidado.

DEMARCAÇÃO: COMO A AUSÊNCIA DA PRÁTICA IMPACTA NA VIDA DOS PACIENTES ESTOMIZADOS

2022-12-01T01:44:17-03:00

Um cuidado fundamental no pré-operatório da estomia de eliminação é a demarcação do local onde irá ser confeccionado o estoma, o qual é de suma importância a adequada localização para uma melhor qualidade de vida. Este estudo tem como objetivo identificar o impacto da ausência da demarcação na qualidade de vida do paciente estomizado. Trata-se de uma revisão integrativa que teve como pergunta norteadora “ Qual o impacto da ausência de demarcação na qualidade de vida do paciente estomizado?”, A pesquisa foi realizada nas bases de dados: Pubmed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências da Saúde (IBECS), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) no mês de março de 2020, tendo como descritores “stoma”, “demarcation” “ostomy”, “quality of life” e preoperative. De acordo com as buscas tivemos como parte de nossa revisão integrativa seis artigos entre os anos de 2014 e 2019. A pesquisa teve como resultado a identificação no impacto da vida do paciente sobre a ausência de demarcação pré-operatória do estoma, estando entre eles complicações como dermatites, retração e prolapso, além da localização dificultosa em pregas de pele, rebordos intercostais e difícil acesso ao paciente o que dificulta a autonomia do paciente em seu processo de adaptação.

DESENVOLVIMENTO DE UM AVENTAL ANATÔMICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE DERIVAÇÕES URINÁRIAS E RESERVATÓRIO ÍLEO- ANAL EM UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA

2022-12-01T01:48:03-03:00

Introdução: considera-se derivação urinária toda forma de drenagem de urina fora dos condutos naturais que envolve a pelve renal, ureteres, bexiga e uretra1. O reservatório íleo-anal, opção cirúrgica para o tratamento de doenças do aparelho digestivo, consiste na formação de uma bolsa interna criada por uma parte do intestino, o que propicia uma continência e função anal satisfatória evitando a necessidade de uma ileostomia definitiva2. Apesar da técnica cirúrgica ser de extrema importância para o sucesso da propedêutica em ambos os casos, é fundamental que o paciente esteja ciente e orientado sobre o procedimento ao qual será submetido e em quais condições ele estará ao se despertar no pós- operatório2. Nesse contexto, o processo de educação em saúde tem se mostrado cada dia mais desafiador, uma vez que os avanços nas formas de comunicação têm contribuído para a inclusão de novas modalidades de tecnologias educativas que podem facilitar o processo de aprendizagem de alunos sobre um tema específico, além de ser uma alternativa para ajudar os pacientes no processo de compreensão de determinadas enfermidades3,4. Tendo em vista as diversas possibilidades de derivações urinárias e a complexidade envolvida nesse processo, bem como no reservatório íleo-anal, e as novas metodologias educacionais que vem sendo utilizadas, desenvolveu-se um avental anatômico para explicar de forma lúdica e clara os tipos de derivações e os órgãos e estruturas envolvidos em cada uma. Objetivo: relatar a experiência dos autores no desenvolvimento de um avental anatômico para facilitar o processo de aprendizagem de alunos de pós-graduação em enfermagem em estomaterapia durante apresentação de um seminário, sobre derivações urinárias e reservatório íleo-anal, do módulo de estomias. Método: após reuniões para discussão do tema foi definido que o avental anatômico seria construído, uma vez que o próprio grupo de trabalho encontrou dificuldade para entender as diversas técnicas utilizadas nas derivações urinárias e no reservatório íleo-anal. A confecção do avental ocorreu de forma manual, utilizando feltros de diversas cores, linha de costura e enchimento com manta acrílica. Os moldes dos órgãos e estruturas foram desenhados em folha sulfite, recortados e delineados nos feltros. Em seguida, foram costurados e preenchidos com a manta acrílica. Cada órgão e estrutura construído recebeu um velcro e, posteriormente, foram posicionados no avental, seguindo a anatomia da cavidade abdominal, formando assim o avental anatômico. Resultado: com o auxílio do avental anatômico apresentou-se as seguintes derivações: nefrostomia; ureterostomia única, bilateral, dupla unilateral, transureter; ureterossigmoidostomia; técnica de Bricker; cistostomia; vesicostomia; Mitrofanoff; Monti; Neobexiga; bolsa ileal em J, W e S; e ileostomia de proteção. Conclusão: observou-se que o uso do avental anatômico foi fundamental para facilitar a compreensão das derivações urinárias e do reservatório íleo-anal, uma vez que o feedback tanto dos alunos quanto dos professores foi muito positivo. Foi mencionado, ainda, que o avental pode ser uma ferramenta essencial para orientar pacientes que serão submetidos a tais procedimentos e familiares que estarão envolvidos no processo de cuidado. Além disso, pode ser utilizado como uma estratégia de treinamento de profissionais de instituições que prestam assistência à saúde.

ELABORAÇÃO DE PROTÓTIPO DE APLICATIVO MOBILE PARA O CUIDADO COM O ESTOMA INTESTINAL E PELE PERIESTOMAL

2022-12-01T01:54:19-03:00

essoas com estomias enfrentam diversas dificuldades, necessitando de apoio da equipe de saúde para o desenvolvimento do autocuidado e reabilitação. O enfermeiro atua como facilitador no processo de aprendizagem, utilizando abordagens multidimensionais para a promoção à saúde(1). Destacam-se como ações educativas, atividades que foquem na reabilitação, incentivo e desenvolvimento de novas habilidades(2). O uso de tecnologias pode auxiliar os profissionais da saúde nesse processo educativo.

Dentre os recursos tecnológicos disponíveis, o uso de dispositivos móveis justifica-se pela disseminação dos aparelhos portáteis na atual era digital. Por serem compactos, quebram a limitação da mobilidade e proporcionam portabilidade aos seus usuários, possibilitando acesso à informação, entretenimento e solução de problemas(3). Entende-se a importância de implantar o uso desses aplicativos em virtude de os indivíduos necessitarem de informações especializadas que não estão ao seu alcance a qualquer momento. Assim, objetivou-se construir um protótipo de aplicativo para auxiliar nos cuidados com o estoma e pele periestomal. Trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido com base no referencial Design Science Research, realizado de setembro de 2020 a janeiro de 2021. Para elaboração do protótipo, contou-se com auxílio de dois profissionais de tecnologia da informação. Realizou-se as etapas do levantamento dos requisitos, sendo realizada revisão da literatura para embasar o conteúdo do aplicativo, reuniões quinzenais para definição dos conteúdos, layout, linguagens, fluxos de telas e funcionalidades. Para estruturar a disposição das telas, elaborou-se um diagrama de fluxo e uma versão protótipo. Utilizou-se as ferramentas Draw.io, Adobe Illustrator e Figma para a elaboração do protótipo. A versão final do protótipo, composto pelas telas de cuidados com o estoma e pele periestomal totalizou em 36 telas. O layout foi organizado em formato de lista e ícones lado a lado. As telas abordaram as temáticas de orientações pessoa com estomia sobre a aparência normal do estoma e pele periestomal; como deve ser realizada a limpeza, esvaziamento e troca do equipamento coletor; produtos e adjuvantes disponíveis para o manejo das estomias; estratégias para retorno às atividades físicas e de lazer; orientações quanto aos aspectos da sexualidade e imagem corporal após a estomia; e, quais as complicações que podem surgir e as ações necessárias. Os elementos de cada temática apresentaram definições, orientações, figuras gráficas, bem como imagens reais das complicações estomais e periestomais. O protótipo elaborado reúne diversas informações que esclarecem aspectos de higiene, manuseio e cuidados corporais relacionados à estomia e equipamento coletor. Essa tecnologia pode auxiliar profissionais e pessoas com estomias quanto aos cuidados necessários e promover maior qualidade de vida a essa população.

ESTRATÉGIAS PARA ADESÃO DE PESSOAS COM DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS AO ATENDIMENTO POR TELEMEDICINA: REVISÃO INTEGRATIVA

2022-12-01T01:57:36-03:00

As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são representadas pela Doença de Crohn e Colite Ulcerativa, causadas pela inflamação crônica do trato intestinal. Por serem doenças debilitantes, afetam, de maneira significativa, a qualidade de vida dos pacientes, e requerem um tratamento medicamentoso longo. Devido à gravidade da doença, ao tratamento prolongado e diversos outros fatores, os pacientes com DII acabam não aderindo ao tratamento e entrando em estado de atividade da doença. A telemedicina é uma ferramenta utilizada para atendimento remoto dos pacientes, com o objetivo de contribuir para o diagnóstico precoce de ativação da doença, e acompanhar o paciente. O objetivo deste estudo é identificar, na literatura, estratégias para otimização sobre a adesão de pacientes com doenças inflamatórias intestinais ao serviço de telemedicina. A metodologia adotada foi a revisão integrativa. A busca foi realizada no portal BVS, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Biblioteca Cochrane, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), usando a plataforma da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e a SCOPUS. São comuns, na maioria dos artigos estudados, estratégias como comunicação direta entre o profissional de saúde e o paciente, linguagem acessível do dispositivo de telemedicina, questionários direcionados e curtos, e confiabilidade no fornecimento de dados. Verifica-se, de acordo com o estudo, a necessidade de mais pesquisas voltadas para a adesão do paciente ao serviço de telemedicina.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO À SEXUALIDADE E IMAGEM CORPORAL DAS PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS: REVISÃO DE ESCOPO

2022-12-01T01:59:55-03:00

Introdução: A pessoa com estomia intestinal sofre mudanças no corpo e cotidiano, devido a isso e ao deficit de conhecimento em relação a sua nova condição, observa-se dificuldades no autocuidado, problemas com a imagem corporal e a sexualidade, dentre outros, dificultando o processo adaptativo. Para facilitar esse momento de adaptação, o enfermeiro tem papel fundamental, uma vez que este acompanha o paciente em todo perioperatório e tem o conhecimento sobre os cuidados e estratégias que ajudam ao paciente nesse momento, proporcionando assim, uma melhor adaptação e qualidade de vida para esses indivíduos.(1-3) Objetivo: Identificar as estratégias utilizadas em relação a sexualidade e imagem corporal necessárias à pessoa com estomia intestinal. Método: Revisão de escopo realizada no período de agosto a setembro de 2020 nas fontes de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online; Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature; Scopus e Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Base de dados em Enfermagem, Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud, Web of Science e Scientific Electronic Library Online. Na literatura Cinzenta: Biblioteca Digital Brasileira de teses e dissertações, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, Theses Canada, DART-Europe E-Theses Portal, National ETD Portal. Utilizou-se a estratégia de busca (Ostomy OR Colostomy OR Ileostomy OR stoma) AND (Self care OR Self-management) AND (Adaptation OR Adjustment) e adaptou-se a cada fonte de dados, de modo a manter a semelhança nas combinações. Foram incluídos estudos que abordavam os cuidados com a sexualidade e imagem corporal das pessoas com estomias. Os estudos foram selecionados, inicialmente, a partir da leitura dos títulos e resumos e após, fez-se a leitura na íntegra para seleção da amostra final. Os dados extraídos foram analisados e apresentados de forma descritiva. Resultados: Selecionou-se 11 estudos para a amostra final, sendo sua maioria publicados no Reino Unido (36,36%) e do tipo revisão narrativa (45,45%). Encontrou-se na literatura as estratégias de cuidados: uso de roupas íntimas que favoreçam a intimidade; esvaziar o equipamento coletor e evitar alimentos que aumentam os flatos antes das atividades sexuais; expressar preocupações ou ansiedades em um ambiente que facilita a comunicação aberta; consultar especialistas para avaliação da necessidade do uso medicações ou estratégias que ajudem nas atividades sexuais; fortalecer a intimidade por meio da comunicação com o parceiro; discutir aspectos que possam melhorar a autoimagem, como: esvaziar a bolsa frequentemente, evitar alimentos específicos, usar uma capa para ocultar a aparência da bolsa, caso seja mais confortável; e buscar orientações sobre educação sexual e exprimir as preocupações junto aos profissionais de saúde.

Conclusão: As estratégias identificadas se relacionam, principalmente, com atitudes para ocultar as estomias, explorar outras formas de intimidade e discutir com profissionais os anseios e dúvidas. Dessa forma, a assistência às pessoas com estomias deve considerar a subjetividade de cada pessoa em busca das melhores estratégias para melhora da qualidade de vida e adaptação às mudanças na sexualidade e imagem corporal.

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE ATENÇÃO À PESSOA LARINGECTOMIZADA NO ESTADO DO CEARÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-01T02:03:03-03:00

INTRODUÇÃO: O câncer de laringe representa aproximadamente 25% dos tumores malignos que acometem a região de cabeça e pescoço e 2% de todas as doenças malignas.¹ Um dos tratamentos que podem ser indicados é a laringectomia total, uma cirurgia que consiste na retirada da laringe. Este procedimento implica na perda da voz e das funções das vias aéreas superiores, como diminuição da umidificação, prejuízo na filtração e aquecimento do ar.2 No Brasil, é sabido que a assistência especializada à pessoa estomizada e a distribuição de equipamentos é amparado em Portaria nº400, de 16 novembro de 2009, entretanto a distribuição de insumos está consolidada para pacientes com estomias intestinais e urinárias, ficando incipiente esta ação junto aos com estomas respiratórios.3 Diante disso, torna-se imprescindível a criação e manutenção de serviços especializados que visem à assistência integral das pessoas laringectomizadas. OBJETIVO: Relatar a experiência sobre a implementação de um serviço especializado no atendimento à pessoa laringectomizada no Ceará.

MÉTODO: Estudo descritivo, tipo relato de experiência, a despeito do atendimento de pacientes laringectomizados em um Serviço de Estomaterapia de um hospital especializado em doenças respiratórias na cidade de Fortaleza, Ceará. RESULTADO: Em dezembro de 2020, a Secretaria de Saúde do Estado (SESA) propôs um serviço que contemplasse atendimento e distribuição de insumos para pessoas laringectomizadas acatadas por judicialização. Anteriormente à implementação deste serviço, os atendimentos a este público limitava-se às consultas em ambulatórios de cabeça e pescoço e a acompanhamento voluntário de fonoaudiólogos. Todavia, com a necessidade da distribuição dos insumos, foi solicitado a assistência do estomaterapeuta, enfermeiro especializado para avaliação da estomia, capacitado a prevenir e tratar complicações, a dar orientação quanto aos cuidados com a pele periestoma e a indicar produtos específicos. Em abril de 2021, teve início o fornecimento de filtros permutadores de calor e umidade HME e adesivos profundos e planos, além da avaliação do estoma pelo enfermeiro estomaterapeuta. O primeiro processo de compras pela SESA contemplou 32 pacientes.
Destes, três foram a óbito no período, dois entraram em cuidados paliativos e quatro não receberam os insumos devido cenário de pandemia de Covid-19 ou impossibilidade de comunicação por telefone.
Dentre os obstáculos encontrados, houve dificuldade na elaboração e implementação de instrumentos padronizados, por se tratar de uma temática peculiar dentro da Estomaterapia. O correto fluxo para aquisição de insumos se mostrou um grande desafio. CONCLUSÃO: A criação de um serviço especializado nessa área foi uma grande conquista para os laringectomizados e para a Estomaterapia do Ceará, contribuindo para o aperfeiçoamento teórico-prático sobre esta estomia, melhorando a qualidade de vida desses usuários.

INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO NAVEGADOR NA ASSISTÊNCIA AO IDOSO ESTOMIZADO POR DOENÇA DE CROHN: RELATO DE CASO

2022-12-01T02:06:33-03:00

Os idosos estomizados por Doença de Crohn (DC) podem apresentar muitas dificuldades com os cuidados de sua estomia intestinal e evoluírem com complicações, sendo que a intervenção do enfermeiro navegador (EN) pode ser fundamental para coordenar o autocuidado e garantir uma atenção integral. Objetivou-se relatar a experiência de intervenção do EN a um idoso estomizado por DC com importante lesão periestomal. Trata-se de um relato de caso único, cujo seguimento foi realizado no período de abril a maio de 2021, em um hospital público paulista, com obtenção de dados do prontuário eletrônico do paciente e acompanhamento por teleatendimento, devido ao isolamento social, imposto pelo momento pandêmico. Esse estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob parecer de número 5.226.585. Realizou-se teleatendimento por dois meses e seis dias, com resolução total da lesão periestomal. Os resultados encontrados reforçam as evidências pré-existentes e o potencial benéfico da inclusão do EN no cuidado clínico a pacientes não oncológicos e com estomias. Especialmente na resolução de complicações, assim como a ferramenta de teleatendimento, que foi eficaz na assistência ao paciente.

O PROCESSO CIRURGICO DE ESTOMIZAÇÃO POR CANCER COLORRETAL: IMPLICAÇÕES NA FORMA DE VIVER

2022-12-01T02:10:39-03:00

Introdução: A cirurgia submete a pessoa à desconstrução de sua imagem, de sua posição e de sua função no seu micro espaço social. A mesma pode apresentar sentimentos conflituosos que, por sua vez, podem inibir o processo de adaptação e aceitação da nova condição de vida, demandando um processo de adequação à nova imagem, identidade e autoconceito, na busca pelo sentido existencial de seu novo corpo. A presença da estomia constitui-se um fato de impacto emocional, pois, pessoas submetidas a tal procedimento têm a perspectiva de vida e a imagem corporal alteradas, mudanças nos padrões de eliminação, dos hábitos alimentares e de higiene. A principal causa da necessidade de uma estomização é o câncer. Objetivo: Conhecer as implicações na forma de viver da pessoa a partir do processo de cirurgia de estomização após o diagnóstico de câncer colorretal. Metodologia: Realizou-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de cunho qualitativo. Teve como contexto o Serviço de Estomaterapia de um Hospital Universitário no sul do Brasil. Participaram 11 pessoas estomizadas. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2020 por entrevistas e submetidos à Análise Temática. Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa conforme a resolução 510/2016. Resultado: A necessidade da cirurgia gerou ansiedade, preocupação quanto aos cuidados no pós-operatório, tristeza e vergonha.

Alguns ficaram felizes e tranquilos. Após a estomização, alguns pacientes apresentaram uma tendência ao isolamento social, o uso de roupas mais compridas para manter a bolsa de estomia coberta e o uso de uma faixa abdominal aderida ao abdômen para manter a bolsa fixada com vistas a possibilitar a prática de uma atividade física. A vida passa a ter restrições. Alguns não podem mais desenvolver sua atividade laboral e tem sua vida sexual afetada. Alguns continuam realizando o tratamento quimio ou radioterápico, consultas, exames, tratamentos, tendo sua vida organizada em torno do câncer. Referiram como grande mudança a necessidade da bolsa coletora de fezes aderida ao abdômen. Alguns tornam-se dependentes de um cuidador. Quando a estomia é definitiva obrigam-se ao enfrentamento de um novo viver, construindo uma identidade como pessoa estomizada, adaptando-se e aprendendo a realizar seu autocuidado de forma autônoma. Conclusão: Dessa forma, a retirada do tumor e realização de uma estomia causa implicações na vida da pessoa, exigindo uma adequação à sua nova condição de estomizado, o que inclui a adaptação da bolsa coletora para o controle da incontinência intestinal. Assim, a decisão pela cirurgia exige uma preparação psicossocial do paciente no pré-operatório. Essa preparação tem potencial para revelar sentimentos de ansiedade e medo, referentes à anestesia, às modificações da imagem corporal, às alterações no modo de viver e a preocupação com o risco de morte e ao próprio procedimento cirúrgico.

PREVENÇÃO DE LESÃO PERIESTOMA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

2022-12-01T02:13:24-03:00

A estomia intestinal é definida como uma abertura no abdome realizada cirurgicamente, que permite que um segmento intestinal seja exteriorizado para eliminação de fezes. As principais complicações relacionadas a estomia são as lesões periestomais, que possuem como causa mais comum a má adaptação ao dispositivo coletor, criando o contato dos efluentes com a pele, além de retração, prolapso e hérnia periestomal. Objetivou-se buscar na literatura publicações que falem sobre prevenção de lesão periestoma. Trata-se de uma revisão de literatura realizada em abril de 2022 nas bases de dados Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Utilizaram-se os descritores “Disease Prevention”, “Ostomy”, “Wounds and Injuries”, que foram aplicados em dois cruzamentos: “Disease Prevention AND Ostomy” e “Wounds and Injuries AND Ostomy”, sendo encontrados 255 estudos. Após aplicação de filtros de busca (texto completo e está presente nas bases de dados citadas acima entre os anos de 2012 e 2022), critérios de inclusão (disponíveis na íntegra em português, inglês e espanhol) e critérios de exclusão (texto completo não disponível na íntegra e temática não associada com o desejado, teses, dissertações, revisões e editoriais) foram selecionados 5 artigos. Evidenciou-se que as lesões periestomais ocorrem, geralmente, devido a exposição da pele aos efluentes do estoma e a umidade decorrente, o que pode levar a inflamações e erosões na área circundante, além de refletir sobre a qualidade de vida do indivíduo. Essa lesão, em 40% dos estudos, afirma-se que pode ser prevenida quando há a marcação adequada pré-operatória no local da estomia, a partir, concomitantemente, da avaliação qualificada do enfermeiro WOC/ET na escolha, por este profissional, dos produtos, ajustes do equipamento, na colocação e na identificação do estoma saudável. Ademais, a situação de ausência e precariedade da informação ao paciente sobre a regulação, trocas e esvaziamento, indubitavelmente leva a complicações periestomais, em que o profissional de enfermagem, por sua vez, deve atuar nas intervenções educacionais e acompanhamento, com medidas de orientação acerca do uso da bolsa, sua colocação, equipamento adequado, assim como amparar os potenciais impactos sociais que o indivíduo poderá enfrentar. Outrossim, em um estudo refere-se uma diminuição significativa de vazamento frequente da bolsa e da irritação da pele periestoma mediante uma aula do grupo de intervenção educativa. Dessa forma, compreende-se que ações educativas, assim como a atuação profissional na marcação adequada pré-operatória e análise e acompanhamento do enfermeiro auxiliam, consideravelmente na prevenção da redução de perca de efluentes e nas lesões que a umidade e dejetos orgânicos causam na região.

PRIMEIRA CONSULTA AO PACIENTE COM ESTOMA INTESTINAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-01T02:16:07-03:00

Introdução: As principais doenças que transcorrem na construção de um estoma de eliminação intestinal são as neoplasias do cólon e reto por obstrução, doença diverticular, perfuração intestinal, doenças inflamatórias intestinais, doenças congênitas, entre outras¹. A estomaterapia utiliza um conhecimento extenso nos aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação, prestando cuidados abrangentes, buscando uma melhor qualidade de vida para os pacientes². A enfermagem é responsável pelo cuidado, oriundo da obtenção de conhecimentos científicos e habilidades técnicas, e para a realização do cuidado com a pessoa que vivencia a confecção cirúrgica de um estoma, é necessário que este detenha uma visão holística e que considere as especificidades necessárias para a adaptação e a reabilitação dessa pessoa³. A consulta de enfermagem realizada por um enfermeiro especialista em estomaterapia faz com que o cuidado seja diferenciado no que tange às orientações, qualidade do cuidado, na autonomia e adaptação com o estoma. Permite a criação de formulários padronizados para a avaliação da condição de saúde do indivíduo, além de criar um bom vínculo com os mesmos, o que impacta positivamente na continuidade do cuidado4. Objetivo: Descrever a prática de uma acadêmica de enfermagem no atendimento da primeira consulta ambulatorial de pacientes estomizados. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a primeira consulta de enfermagem para pacientes estomizados, realizado em um serviço especializado em estomaterapia no Sul do Brasil, no período de janeiro a abril de 2022, durante o estágio obrigatório. Relato de experiência: No decorrer do estágio curricular foi possível assistir e realizar o atendimento a primeira consulta de enfermagem a pessoas com estomia, com o preenchimento de um formulário estruturado, onde constam todos os dados a serem coletados, como: dados de identificação, história pregressa, história atual, motivo que levou a confecção do estoma, exame físico, localização do estoma no abdome, registro sobre as condições do estoma, da pele periestomal e como realiza a troca do equipamento. A primeira consulta se faz essencial na promoção do autocuidado, pois é nela que são sanadas as dúvidas, é realizado orientações sobre o manejo do dispositivo e educação em saúde na orientação com os cuidados, é visto quem ficará responsável pelo cuidado, já que em muitos casos a pessoa com estoma não tem condições de realizar o autocuidado devido tratamento da patologia que levou a confecção do estoma. Além disso, é nessa consulta através da avaliação do enfermeiro que se avalia e decide o melhor dispositivo para aquele paciente, pois isso muda conforme as necessidades de cada indivíduo. Conclusão: O conhecimento teórico-científico sobre essa temática torna-se relevante para efetivar práticas de cuidado adequadas, contribuindo para o fortalecimento da enfermagem enquanto ciência do cuidar. Dito isso, torna-se fundamental conhecer o cuidado da enfermagem às pessoas com estoma intestinal de eliminação, a fim de identificar os saberes e as práticas que constituem o fazer profissional junto a essa população.

PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO PARA PACIENTES COM ESTOMIAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-01T02:19:44-03:00

Introdução: As estomias intestinais caracterizam-se por um procedimento cirúrgico com a finalidade de comunicar o intestino à superfície externa, através de uma abertura na parede abdominal, para o desvio e eliminação de resíduos fecais em um equipamento coletor.¹ A educação em saúde deve surgir como uma forma de estimular a população de que é necessária uma autoavaliação crítica a respeito da realidade vivenciada, determinando suas próprias metas diárias, como exemplo, realizar a troca da bolsa coletora de forma correta sem auxílio, tendo em vista o autocuidado.² Para promover o autocuidado o enfermeiro precisa exercer o papel de educador, sabe-se que essa função é essencial no processo do cuidar, incentivando o paciente e seus familiares na busca por conhecimentos, autocuidado e autonomia.³ Objetivo: Relatar a vivência de uma acadêmica de enfermagem durante estágio obrigatório no atendimento ambulatorial a pacientes com estomias. Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência de um estágio obrigatório, realizado em um serviço especializado em estomaterapia no Sul do Brasil, no período de janeiro a abril de 2022. Relato de experiência: A educação em saúde se faz presente em todas as esferas do serviço, pois a partir do acolhimento na primeira consulta já é observado a importância e a necessidade do saber: orientar, cuidar, fornecer informações, sanar dúvidas, acalmar e tranquilizar os mesmos, pois geralmente encontram-se mais ansiosos e angustiados pela quantidade de novas informações e também da nova condição de vida. O papel do enfermeiro nesse contexto é crucial, pois com as orientações certas tanto o paciente quanto o familiar ficam aliviados, prestam mais atenção nas orientações e sentem-se mais seguros, é um trabalho que demanda tempo e paciência, visto que muitos no primeiro momento não conseguem cuidar do dispositivo por medo de olhar para o mesmo. No decorrer do tempo e na realização das consultas o enfermeiro incentiva e motiva o paciente, visando a confiança e segurança nesse processo, mostrando que o mesmo é capaz do autocuidado. Em alguns casos mais peculiares, de pacientes com estomas há alguns anos, se faz necessário uma outra forma de abordagem, de percepção e análise da razão pela qual o mesmo ainda precisa de acompanhamento ambulatorial, porque o enfermeiro estomaterapeuta visa é a autonomia desses pacientes no seu próprio cuidado, logo, é preciso investigar e buscar por novas formas de educar, de abordar e de auxiliar esse paciente. Em alguns casos o paciente permanece na assistência direta por dermatite na pele periestomal, má aderência do equipamento coletor, por alguma limitação do próprio paciente ou pelas características do estoma. Conclusão: A experiência de acompanhar o enfermeiro e presenciar a evolução dos pacientes no autocuidado é enriquecedora para o crescimento profissional, mas também pessoal, observando a resolução das limitações e obstáculos com a evolução, autonomia e desenvoltura dos mesmos no seu cuidado. O estágio obrigatório propicia a formação de futuros enfermeiros humanizados e com cuidado individualizado, além de promover educação em saúde e troca de saberes entre paciente e enfermeiro.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: CONSULTA AMBULATORIAL COM ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA PARA DEMARCAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DE CONFECÇÃO DE ESTOMIA ABDOMINAL EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO PAULO.

2022-12-01T14:17:43-03:00

TRODUÇÃO: As estomias intestinais de eliminação é a exteriorização pela parede abdominal das alças intestinais, íleo ou cólon, para a eliminação de efluentes fecais e podem ser temporárias ou definitivas¹.

Algumas complicações pós cirúrgicas podem ocorrer nas estomias, devido confecção em locais que dificultam o autocuidado, além de complexificação da técnica cirúrgica como: necrose, descolamento muco cutâneo, retração, prolapso de alça, hérnia paraestomal, dermatite periestomal entre outros¹,². Este cenário pode gerar um impacto na auto imagem do paciente, provocando baixa autoestima ou até sentimento de mutilação³. A consulta de enfermagem pré-operatória proporciona ao paciente esclarecimentos referentes a sua condição de saúde e a futura cirurgia, bem como aos cuidados pós cirúrgicos, além de ser o momento da confecção da demarcação da futura estomia¹. A literatura demonstra que a demarcação do estoma é um importante fator para diminuição de complicações pós cirúrgicas. OBJETIVO: Relatar a experiência em implementar a consulta de enfermagem pré-operatória para confecção de uma estomia no serviço ambulatorial. MÉTODO: Relato de experiência da primeira consulta de enfermagem para orientação e demarcação cirúrgica na confecção de um estoma de eliminação, realizado em março de 2022, no Ambulatório de Estomaterapia de um Hospital Privado, em São Paulo. RESULTADOS: A consulta de enfermagem com o especialista em estomaterapia foi realizada um dia antes do procedimento cirúrgico para a confecção da estomia intestinal com os seguintes objetivos: esclarecer a cirurgia a ser realizada, os cuidados relacionados a estomia no pós-cirúrgico, a realização da demarcação abdominal e o primeiro contato com equipamento coletor. A demarcação prévia foi utilizada pelo cirurgião para a confecção do estoma, o paciente apresentou segurança durante os primeiros cuidados com o estoma e troca de equipamento coletor. CONCLUSÃO: Diante das observações, surge a necessidade da consulta de enfermagem no pré-operatório de estomias, no sentido de possibilitar ao paciente melhor aceitação de sua nova condição clínica e do seu tratamento. A avaliação pré-operatória de uma cirurgia geradora de estomia é imprescindível para que se alcance uma reabilitação eficiente e redução das suas taxas de complicações.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: DESENVOLVIMENTO DE CARTILHA PARA ORIENTAÇÕES AO PACIENTE COM ESTOMAS DE ELIMINAÇÃO EM UM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA EM SÃO PAULO

2022-12-01T14:23:20-03:00

Introdução: A confecção de uma estomia resulta em mudanças no cotidiano do paciente, que serão evidenciadas em todos os níveis da sua vida, assim como a necessidade da realização do autocuidado e intervenções educativas para manutenção da qualidade de vida, rotina de atividades diárias deste paciente e minimizar possíveis complicações. O enfermeiro age como um grande aliado do paciente para colaborar em seu processo de enfrentamento e adaptação à estomia, no auxílio do autocuidado e na sua reabilitação, portanto o quanto antes iniciarem as intervenções educativas para preparar o paciente sobre sua nova realidade, maiores a chances de uma melhor qualidade de vida, diminuindo o tempo de internação, complicações e reduzindo os custos com tratamento. Visando a melhora e recuperação desse paciente observou-se a necessidade de ofertar informações, de forma didática e ilustrativa aos mesmos, pois estes apresentavam dificuldade de reter as orientações dadas durante as consultas de enfermagem. Objetivo: Elaboração de uma cartilha educativa com orientações sobre cuidados com estomias intestinais e urinárias abrangendo paciente, familiar e cuidador, com intuito de prevenir complicações e facilitar a reabilitação e reinserção do paciente ao seu cotidiano. Método: Trata-se de um relato de experiência a partir da observação dos atendimentos no ambulatório de estomaterapia de pacientes com estomias onde foi realizado: diagnóstico situacional e descrição de conteúdo, avaliação e revisão do marketing, revisão da literatura, aprovação da equipe técnica, diagramação da cartilha , padronização e impressão da cartilha e distribuição na rede. O trabalho foi desenvolvido entre os meses de maio de 2021 a fevereiro de 2022. Resultados: A criação desta cartilha tem como intuito informar o paciente e seus familiares sobre como realizar a troca da bolsa coletora, lidar com as dificuldades do dia a dia, cuidar da pele periestomal e quais os materiais mais adequados a serem utilizados, assim, tornando mais fácil a adaptação a esta nova condição. Pôde-se observar que com este material ilustrativo, que os pacientes e familiares encontravam-se mais seguros durante a manipulação da estomia e se tornou um material de consulta para esclarecimentos de dúvidas futuras. Conclusão: Os materiais educativos fazem parte do processo de educação, não substituindo as orientações verbais, mas reforçando as orientações recebidas e podem ser utilizados pelo paciente e sua família sempre que surgirem dúvidas. Isso promove a socialização do conhecimento, promoção da saúde e prevenção de complicações, resultando em autonomia, melhora da autoestima, autoconfiança, auto realização e segurança para sua reinserção na sociedade. Durante a construção da cartilha pode-se perceber a importância que a educação em saúde tem no autocuidado dos pacientes, por isso faz-se necessário a elaboração de mais materiais educativos para auxiliarem no tratamento de pacientes com estomias.

TECNOLOGIA LEVE-DURA PARA AUXILIAR PACIENTES COM ESTOMIAS NO CORTE ADEQUADO DO EQUIPAMENTO COLETOR

2022-12-01T14:25:37-03:00

INTRODUÇÃO: As estomias de eliminação intestinal são resultantes de intervenções cirúrgicas realizadas na exteriorização de um segmento, através da parede abdominal, criando uma abertura artificial para a saída de fezes e flatos. As pessoas com estomias enfrentam mudanças na reconfiguração anatômica e no hábito diário, as quais podem tornar-se um processo traumático e agressivo que reduz significativamente sua qualidade de vida. Nesse contexto, o corte adequado do equipamento coletor evita complicações como dermatite, hiperemia e granulomas, melhorando diretamente a qualidade de vida dessas pessoas. Desse modo, o uso de tecnologia leve-dura proporciona aos profissionais possibilidades de ações de baixo custo na área da estomaterapia para orientação dos pacientes. OBJETIVO: Relatar a experiencia do uso do papel acetato de vinila como tecnologia leve-dura na orientação de pacientes com corte inadequado da base adesiva do equipamento coletor. METODOLOGIA: Relato de experiência da utilização de acetato de vinila, também conhecido como EVA na orientação do corte adequado do equipamento coletor em pessoas com estomias de eliminação que foram recadastrados e avaliados em um Programa de Ostomizado em Teresina-PI, no período de setembro de 2021 a abril de 2022. Em todos os pacientes com corte inadequado era feito a mensuração da altura e largura do estoma, no qual era feito um desenho, realizado o corte e entregue o molde em retângulos de EVA medindo em torno de 8x6cm e entregue ao paciente com orientações de verificação do tamanho porque o estoma pode alterar o tamanho, devendo ser sempre medido. RESULTADOS: O serviço atende em torno de 1500 pacientes ao mês e mil já foram recadastrados e avaliados. Verificou-se que a maioria dos pacientes apresentaram corte inadequado da base adesiva, maior do que o tamanho do estoma e com consequência dificuldade de aderência do equipamento e elevada prevalência de complicações como dermatite e granulomas.

Notou-se também, falta de orientação no pós-operatório sobre os cuidados básicos, como limpeza, corte e posição adequada do equipamento coletor. Em relação as réguas mensuradoras disponibilizadas no programa, são no formato circular e a maioria dos estomas tem diferentes formatos com predomínio do oval. CONCLUSÃO: Tendo em vista os fatos observados, o uso do EVA para mensuração dos estomas auxiliou os pacientes a realizarem o corte adequado do equipamento coletor, de maneira simples e de baixo custo, considerando que é um material que pode ser lavado e reutilizado. A avaliação dos resultados obtidos aponta que a implementação de tecnologia leve-dura serviu para aperfeiçoar procedimentos de rotinas e a necessidade de enfermeiros capacitados em hospitais e ambulatórios para orientar de forma efetiva pacientes com estomias, evitando assim complicações e melhorando sua a qualidade de vida.

TELECONSULTA DE ENFERMAGEM ÀS PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO: MELHORA DO ACESSO E SEGUIMENTO

2022-12-01T14:28:10-03:00

Introdução: Com a declaração de pandemia pelo novo coronavírus oficializada pela Organização Mundial da Saúde em março de 2020, os serviços de saúde se reorganizaram para manter o atendimento adequado1. Uma alternativa foi usar recursos da tecnologia digital por meio da teleconsulta, autorizada pelo Conselho Federal de Enfermagem por meio da resolução 634/20202. A telefonia é uma estratégia útil para assistência e acompanhamento das pessoas com estomia, através da teleconsulta3.

Enfermeiros que realizam teleconsulta ainda estão praticando o cuidado, apenas o fazendo de uma maneira diferente4. Objetivo e método: Descrever a organização da teleconsulta de Enfermagem no cuidado de pessoas com estomias de eliminação. Trata-se de relato de experiência sobre um serviço de referência da Atenção Secundária à Saúde da rede municipal de saúde de Florianópolis, Santa Catarina. Os atendimentos por teleconsulta iniciaram em maio de 2021 e são realizados através do aplicativo WhatsApp®. Desde o início, já foram realizado mais de 100 atendimentos. Resultados: As teleconsultas são realizadas, na maior parte das vezes, através de troca de mensagem/imagens, mediante aceitação formal pela pessoa/familiar/cuidador, ao enviar mensagem com o texto dizendo que aceita e concorda que a consulta seja realizada dessa maneira. As teleconsultas por videochamada são realizadas para orientação quanto à adaptação de novos equipamentos coletores (bolsas, bases adesivas e adjuvantes) e manejo de complicações. Quando realizadas por troca de mensagens de texto, acontecem para dúvidas quanto a questões organizacionais e para avaliação de alterações referente ao uso do equipamento, sendo a mais comum a dermatite periestomal. Quando necessário, é solicitada avaliação presencial para melhor elucidação do quadro clínico e uso de materiais específicos, sempre de acordo com aceitação prévia e tomando as medidas de segurança sanitárias necessárias para profissional e pessoa a ser atendida. Os contatos realizados por profissionais de saúde da rede municipal de saúde são mais freqüentes para tratar de questões organizacionais. O contato realizado por enfermeiros da atenção primária, além das questões organizacionais, também acontece para sanar dúvidas quanto a intercorrências e manejo de equipamentos. Conclusão: há boa aceitação pelas pessoas e profissionais quanto ao uso da tecnologia da teleconsulta, que emerge como uma nova forma de cuidar, cujo uso demanda para a reflexão sobre as transformações no processo de trabalho do enfermeiro. Neste sentido os enfermeiros precisam estar capacitados para a teleconsulta validando-a como sistematização da assistência de enfermagem. É essencial sua manutenção como uma opção permanente além deste momento epidemiológico, diminuindo barreiras de acesso e possibilitando a comunicação entre pessoas e profissionais. É útil para orientação, acompanhamento, educação em saúde e identificação das complicações que porventura aconteçam.

TELECONSULTA DE ENFERMAGEM COMO POSSIBILIDADE TECNOLÓGICA DE ATENDIMENTO À PESSOA COM ESTOMIA INTESTINAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

2022-12-01T14:31:43-03:00

Introdução: A consulta de enfermagem é uma das atribuições do profissional de enfermagem, a partir dela o enfermeiro encontra um espaço oportuno para exercer a prática clínica, interagindo com o cliente, avaliando as condições biopsicossociais do indivíduo e suas necessidades, afim de promover o cuidado individualizado. Com o advindo da pandemia de COVID-19, bem como a necessidade das unidades básicas de saúde em atender em áreas remotas, em 2020 o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) autorizou a teleconsulta de enfermagem, possibilitando o diálogo, troca de informações e o intercâmbio à distância entre o enfermeiro e o paciente. Os avanços tecnológicos trouxeram importantes contribuições para a prestação de cuidados qualificados e seguros ao integrar as tecnologias de informação e comunicação ao setor saúde, viabilizando a superação das barreiras socioculturais, econômicas e geográficas Objetivo: Identificar as evidências científicas sobre a teleconsulta de enfermagem como possibilidade tecnológica de atendimento à pessoa com estomia intestinal Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, permitindo uma compreensão mais abrangente dos eventos no contexto da prática baseada em evidências. Neste estudo, foram incluídas todas as produções científicas em português, inglês e espanhol, com resumo, texto completo disponível e gratuito para leitura, publicadas no período de 2016 a 2022. Resultado: A busca pelos estudos se deu de dezembro de 2021 a abril de 2022, e resultou num total de 53 estudos. Desses, 35 contido na base de dados MEDLINE, 07 LILACS, 05 BDENF e 06 IBECS. Dessa forma, foi feita a leitura na íntegra de todos os resumos, foram selecionados 06 artigos para leitura na íntegra. Um artigo foi incluído para a construção desta revisão integrativa, sendo este da base de dados MEDLINE. O estudo revelou que a teleconsulta de enfermagem no pós-operatório mediada por tecnologia diminuiu a taxa de readmissão do paciente estomizado, além de reduzir o tempo gasto com viagens até o ambulatório. O estudo ainda evidenciou haver uma lacuna de qualidade considerável entre os profissionais da teleconsulta, mostrando ser este um desafio. Conclusão: A teleconsulta de enfermagem no Brasil, especialmente para pessoas com estomias, em alguns casos, pode diminuir a barreira causada pela distância geográfica, uma vez que tem o poder de levar informação, cuidado e ciência às pessoas de forma rápida e interativa, utilizando-se das tecnologias da informação. Destaca-se uma grande lacuna nas pesquisas relacionadas a teleconsulta à pessoa com estomia, sendo interessante mais estudos científicos que abordem a temática e o avanço dessa a fim de ampliar o atendimento a esse indivíduo, sendo ainda emergente a discussão.

TRATAMENTOS REALIZADOS POR ENFERMEIROS EM COMPLICAÇÕES ESTOMAIS E PERIESTOMAIS: REVISÃO DE ESCOPO

2022-12-01T14:34:24-03:00

Introdução: a estomia é uma criação cirúrgica para abertura a partir de um órgão na superfície da pele. A mais comum, a intestinal, possui como objetivos a alimentação ou a eliminação de excreções fecais. As causas mais frequentes que levam à confecção de uma estomia intestinal são os traumas, câncer colorretal e as doenças inflamatórias intestinais1. Após a cirurgia, complicações relacionadas ao estoma e à pele periestomal podem surgir e, com isso, interferir na qualidade de vida do indivíduo e no processo de adaptação à sua nova condição2. Nesse sentido, a atuação da enfermagem na assistência individualizada com orientações ao autocuidado é de extrema importância para a prevenção e tratamento das complicações2,3. Objetivo: mapear os tratamentos realizados pelo enfermeiro em complicações estomais e periestomais. método: trata-se de uma revisão de escopo realizada no período de agosto a setembro de 2020 nas fontes de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online; Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature (CINAHL); Scopus; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde; Base de dados em Enfermagem, Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud; Web of Science e Scientific Electronic Library Online. E na literatura Cinzenta: Biblioteca Digital Brasileira de teses e dissertações; Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal; Theses Canada; DART-Europe E-Theses Portal e National ETD Portal. Utilizou-se a estratégia de busca (Ostomy OR Colostomy OR Ileostomy OR stoma) AND (Self care OR Self-management) AND (Adaptation OR Adjustment). Foram incluídos estudos que abordavam os cuidados realizados pelo enfermeiro no tratamento de complicações e excluídos os tratamentos realizados por outros profissionais. Os estudos foram selecionados pelo título e resumo e, após, lidos na íntegra. Extraiu-se dados de caracterização e do objetivo da pesquisa, os quais foram analisados e apresentados de forma descritiva. Resultados: selecionou-se 34 estudos nas fontes de dados, dos quais 67,6% foram encontrados na base de dados CINAHL, o tipo de estudo mais prevalente foi a revisão narrativa (67,6%) e a maior parte das publicações são originadas do Reino Unido (55,8%). Os tratamentos encontrados referem-se ao uso de pó para estomias nas dermatites de contato irritantes; uso de coletor convexo nos casos de retração; cinto de suporte, bolsa de uma peça e produtos barreira para hérnias periestomal; remoção cuidadosa e uso de removedor adesivo em caso de lesões mecânicas na pele periestomal; uso de pó para estomias e pasta protetora na separação mucocutânea; gerenciamento de granulomas com pó para estomias, anel moldável e nitrato de prata; e, manejo da necrose com avaliação da extensão da área acometida e nos casos de aumento da área necrótica, comunicado ao médico para revisão cirúrgica. Conclusão: conclui- se que existem diferentes tratamentos, realizados por enfermeiros, com uso de adjuvantes para cada tipo de complicação estomal e periestomal, sendo necessário habilidades e conhecimentos específicos do enfermeiro para realizar a seleção dos produtos adequados para cada condição e pessoa. A partir disso, destaca-se a necessidade de qualificação e educação continuada aos profissionais para o manejo adequado das complicações.

VIVÊNCIA DURANTE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM AMBULATÓRIO MUNICIPAL DE CUIDADOS À PACIENTES COM ESTOMIA

2022-12-01T14:36:56-03:00

Introdução: Estomia é, por definição, a exteriorização de órgãos ou vísceras para o meio externo através da parede abdominal ou a partir de outros órgãos, para fins de drenagem, eliminação ou nutrição.¹ Os pacientes estomizados passam por mudanças importantes no seu modo de vida, sejam elas físicas ou mentais. Tais mudanças impactam diretamente no autocuidado e na qualidade de vida desses pacientes.² A atuação do enfermeiro estomaterapeuta por meio da prática educativa, colabora de forma facilitadora na adaptação dessa nova condição de saúde, sanando dúvidas e motivando a autonomia desses indivíduos.³ Objetivo: Relatar a vivência de uma acadêmica de enfermagem durante estágio obrigatório no atendimento de pacientes com estomias em um ambulatório. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência de um estágio obrigatório, realizado em um serviço especializado em estomaterapia no Sul do Brasil, do período de janeiro a abril de 2022. Relato de experiência: Algumas das atividades desenvolvidas são a consulta de enfermagem, que engloba anamnese, a troca do dispositivo coletor, avaliação do estoma, escuta ativa, reavaliação das quantidades de equipamento coletor e adjuvantes para a realização do autocuidado, visita domiciliar, outras atividades contempladas são a contagem de materiais realizada no início do mês, solicitação de materiais para o mês consecutivo, escala de tarefas e supervisão dos funcionários. Durante as atividades desenvolvidas no estágio obrigatório foi possível compreender a complexidade dos cuidados aos pacientes estomizados, pois são pessoas que possuem uma vulnerabilidade psicológica devido às alterações fisiológicas que ocorrem com a realização do estoma. Se deparar com esta nova realidade imposta em muitos casos por alguma patologia ou trauma, aceitar-se, aprender a fazer o manuseio de equipamentos coletores seja de urostomia, nefrostomia, ileostomia e/ou colostomia e seus respectivos cuidados, requer muito discernimento tanto da equipe que orienta quanto do paciente que faz o uso do dispositivo. Ao longo desse período realizando o estágio pude identificar como o trabalho do enfermeiro estomaterapeuta se faz imprescindível na vida dos usuários, visto que atua diretamente na educação em saúde promovendo orientação visando que o usuário realize seu autocuidado quando possível, possibilitando uma melhor qualidade de vida e auxiliando na adaptação dessa nova condição de saúde. Essa experiência no cuidado ao paciente com estomias proporcionou um aprendizado diferenciado e ímpar, uma vez que há uma lacuna na formação ao longo da graduação dos enfermeiros. Além de incentivar a busca por mais conhecimento nessa área, capacita futuros enfermeiros na sistematização do cuidado.

Conclusão: A experiência de realizar consulta de enfermagem com o paciente estomizado acrescenta conhecimentos técnico-científicos. Aprendendo a entender cada paciente, prestar um cuidado humanizado, fomentar o autocuidado e a autonomia desses indivíduos e mostrar que são capazes de uma vida normal, mesmo após a confecção do estoma é de grande valia. Por conseguinte, se faz essencial a continuidade de estágios em serviços especializados, visando a extensão dos conhecimentos que agregam para a futura vida profissional.

PREVENÇÃO DE DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA

2022-12-02T00:35:31-03:00

INTRODUÇÃO:A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um conjunto de estratégias compostas por cinco etapas, que exige do enfermeiro uma visão holística, proporcionando uma assistência individualizada, possibilitando a identificação, prevenção e avaliação de consequências, tornando-se possível um planejamento em cima de prioridades, definindo metas e resultados esperados desse processo. OBJETIVO: Relatar a aplicação da sistematização da assistência de enfermagem na implementação do cuidado a um paciente que apresentava fatores de risco para o desenvolvimento de Dermatite Associada à Incontinência (DAI).MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado pelas enfermeiras do Grupo de Estudos de Lesão de Pele, de uma instituição privada localizada no estado do Rio de Janeiro. Foi selecionado um paciente idoso com internação prolongada em uma Unidade de Internação Clínica. Na primeira fase da SAE foi identificado no exame físico que o paciente apresentava períodos de desorientação e múltiplos fatores de risco para o desenvolvimento de DAI adicionados à Diarréia. O acompanhamento do caso ocorreu por um período de dois meses, sendo possível traçar diagnósticos de enfermagem, planejar, implementar as ações de enfermagem e avaliar o processo. RESULTADOS: Acompanhando esse paciente foi possível visualizar e participar do processo de enfermagem, sendo aplicado através de um planejamento qualificado na intervenção para a prevenção do desenvolvimento de DAI. Os fatores de riscos identificados foram: Condições nutricionais inadequadas, que interfere na elasticidade da pele e reduz o fornecimento de oxigênio para os tecidos; nível de consciência alterado, diminuindo a mobilidade e percepção sensorial; idade avançada, visto que, o envelhecimento reduz o colágeno e a elasticidade da pele, alterando sua espessura e textura; contato direto com substância irritante(fezes),aumentando a umidade e permeabilidade, impactando na função de barreira protetora, enfraquecendo a pele. Diagnósticos: Risco de integridade da pele prejudicada caracterizado por pele úmida relacionado a irritantes e mobilidade no leito prejudicada, caracterizada pela capacidade prejudicada para virar-se de um lado para outro, relacionado à força muscular diminuída.

Foram implementadas medidas preventivas, baseadas na meta, sendo elas: Higienização suave com produtos que tenham pH semelhante ao da pele, aplicação diária de Película líquida na área de contato com a substância irritante, troca imediata de fralda com fezes, mudança de decúbito a cada 2 horas e hidratação da pele. O resultado para o planejamento esperado obteve sucesso com a ausência de Dermatite Associada à Incontinência. CONCLUSÃO: Observamos que a aplicabilidade da sistematização da assistência de enfermagem facilita o gerenciamento do cuidado, permitindo a preservação da segurança do paciente, e ainda se faz valer de um documento legal que respalda o enfermeiro através do registro realizado em prontuário, garantindo credibilidade nas ações desenvolvidas. Através dessas ações e estratégias utilizadas, se faz possível a prevenção de Dermatite Associada à Incontinência na ótica de uma assistência com qualidade, eficácia e comprometimento de toda a equipe envolvida no cuidado. 1.Pós-Graduada em Enfermagem em Estomaterapia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ. E-mail:joycevichi@gmail.com 2.Pós-Graduada em Enfermagem em Cuidados Paliativos pela Faculdade UNYLEYA.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÃO POR FRICÇÃO

2022-12-02T00:51:06-03:00

INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um conjunto de estratégias compostas por cinco etapas, que exige do enfermeiro uma visão holística, proporcionando uma assistência individualizada, possibilitando a identificação, prevenção e avaliação de consequências, tornando-se possível um planejamento em cima de prioridades, definindo metas e resultados esperados desse processo. OBJETIVO: Relatar a aplicação da sistematização da assistência de enfermagem na implementação do cuidado de dois pacientes que apresentavam Lesão por Fricção. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado pelas enfermeiras do Grupo de Estudos de Lesões de Pele de uma instituição privada, localizada no estado do Rio de Janeiro. Foram selecionados dois pacientes idosos com internação prolongada em uma Unidade de Internação Clínica. Na primeira fase da SAE foi identificado no exame físico que os pacientes apresentavam períodos de desorientação com alguns fatores de risco para o desenvolvimento de novas lesões por fricção. O acompanhamento ocorreu por um período de 30 dias, sendo possível traçar diagnósticos de enfermagem, planejar, implementar as ações de enfermagem e avaliar o processo. RESULTADOS: Acompanhando esses pacientes foi possível visualizar e participar do processo de enfermagem sendo aplicado através de um planejamento qualificado na intervenção para o tratamento e prevenção da lesão por fricção. Os fatores de risco identificados foram: Alteração de nível de consciência e diminuição da percepção sensorial; agitação psicomotora; equimoses e idade avançada, visto que, os idosos possuem rigidez masculoesquelética

,redução da acuidade visual e cognição, aumentando o risco de traumatismos. Diagnósticos: Confusão aguda caracterizada por percepções errôneas relacionado à idade maior que 60 anos e Integridade da Pele Prejudicada caracterizada por rompimento da superfície da pele (epiderme) relacionado a fatores mecânicos. Foram implementadas medidas de tratamento e prevenção com sua respectiva meta, sendo elas: Utilização do sistema de classificação STAR para avaliar grau de perda tissular e coloração

,controle de sangramento, realinhamento do segmento de pele categoria 1a,instalação de compressa com emulsão de petrolatum e malha tubular, avaliação de contenção química em caso de agitação psicomotora, aplicação de creme barreira na pele integra e educação para paciente e acompanhante. O resultado para o planejamento esperado obteve sucesso com a cicatrização e prevenção de novas lesões por fricção. CONCLUSÃO: Observamos que a aplicabilidade da sistematização da assistência de enfermagem facilita o gerenciamento do cuidado, permitindo a preservação da segurança do paciente, e ainda se faz valer de um documento legal que respalda o enfermeiro através do registro realizado em prontuário garantindo credibilidade nas ações desenvolvidas. Através dessas ações e estratégias utilizadas, se faz possível o tratamento e a prevenção da lesão por fricção na ótica de uma assistência com qualidade, eficácia e comprometimento de toda a equipe envolvida no cuidado. 1.Pós-Graduada em Enfermagem em Estomaterapia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ). 2. Pós-Graduada em Enfermagem em Cuidados Paliativos pela Faculdade FUNYLEYA. E-mail: mi.captivo@gmail.com

A IMPORTANCIA DA AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE PESSOAS COM FERIDAS

2022-12-02T00:52:51-03:00

Objetivo: Identificar e analisar as evidências quanto a importância da avaliação subjetiva global feita por enfermeiros no processo de cicatrização de pessoas com feridas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca de artigos na Scielo, LILACS, Ebsco, Medline, BDEnf e PubMed utilizando os descritores indexados Decs/MeSH: Cicatrização, Avaliação nutricional, Ferimentos e lesões, Estomaterapia, Enfermagem; fazendo a utilização conjunta do operador booleano (AND). Foram incluídos artigos publicados entre 2017 a 2022, com textos disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês. Os artigos obtidos foram agrupados em duas partes, a primeira com dados que permitissem a caracterização dos estudos e a segunda, considerando dois tópicos principais: a avaliação nutricional por enfermeiros no processo de cicatrização de pessoas com feridas, e o impacto da avaliação nutricional no processo cicatricial. Resultados: Inicialmente foram identificados 229 publicações, que após a aplicação dos critérios de inclusão, totalizaram seis estudos. 100% destes demonstraram a importância da avaliação nutricional no processo de cicatrização, entretanto há um número limitado de publicações acerca da participação do enfermeiro neste processo avaliativo. Segundo Pimenta 2018, a avaliação subjetiva global é uma avaliação nutricional simples a partir de um instrumento com questões fechadas que permite identificar pessoas com maior risco de sofrerem complicações associadas ao seu estado nutricional e, pode e deve ser realizada por qualquer profissional da área da saúde treinado. Sendo ela uma avaliação preditiva, pode dar o início a uma avaliação mais profunda realizada pelo nutricionista.

Conclusão: Os aspectos nutricionais tem um grande destaque na evolução do processo cicatricial, demonstrando ser imprescindível sua realização no monitoramento da pessoa com ferida. A inserção do profissional enfermeiro como agente deste processo ainda é um desafio, bem como a utilização da avaliação subjetiva global como fator disparador para uma avaliação mais profunda do estado nutricional de pessoas com feridas.

A INFLUÊNCIA DAS TRANSIÇÕES NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO NO USUÁRIO COM LESÃO COMPLEXA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-02T00:57:40-03:00

Introdução: O Ambulatório “Prof.ª Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima” -UNOESTE, situado em um município no interior do Estado de São Paulo é responsável pelo atendimento ambulatorial multiprofissional de diversas especialidades. Incorporado ao departamento de Dermatologia, o ambulatório de lesões complexas vasculares, direciona seu atendimento à pacientes que convivem com feridas vasculares de membros inferiores e lesões de pé diabético. Após a avaliação do professor (Enfermeiro) com seus estudantes, se inicia o tratamento e condutas individualizadas com prescrição de coberturas primárias e secundárias. Objetivo: Descrever as reflexões emergidas de estudantes de enfermagem durante a experiência vivenciada em um ambulatório de lesões vasculares complexas.

Método: Trata-se de um relato de experiência que ocorreu no período de novembro de 2021 a março de 2022. A experiência e reflexões emergidas foram analisadas à luz da teoria das transições de Affaf Meleis. Resultado: Foi possível definir duas categorias para discussão: A transição experienciada pelo usuário como um caminho para o cuidado de enfermagem e o papel do cuidador no processo de cicatrização. A vivência do processo de saúde-doença pelas pessoas é reflexo de seus valores, crenças, experiências individuais e significados, tanto coletivos quanto individuais, o enfermeiro deve reconhecer estes aspectos como simplificador ou agravantes no decurso da transição do paciente. O cuidador também tem um papel central quando é analisado pela teoria das transições, pois este, também é um indivíduo com toda sua complexidade e passará pelos processos de transição para assumir seu papel com maestria como cuidador do portador de lesões complexas, desta forma o cuidado de enfermagem deve ser direcionado a este cuidador no sentido de compreender seus sentimentos em relação ao novo papel. O cuidado do enfermeiro baseia-se na elaboração de um plano de cuidados, utilizando as intervenções pautadas no julgamento clínico e visa os melhores resultados com os usuários que convivem com uma ferida crônica, indo além da abordagem terapêutica. Durante os atendimentos é possível identifica a redução da capacidade no desenvolver de algumas atividades de vida diárias (AVD), o usuário demonstra sentimentos de fragilidade, tristeza e culpa pelas escolhas de vida no passado.

Conclusão: As transições desencadeiam mudanças geradas aos sujeitos, o grau de sofrimento psíquico dos portadores destas lesões, sendo elas por limitações físicas dolorosas que dificultam a deambulação e a realizações das atividades de vida diária (AVD), impactando negativamente à qualidade de vida, também, torna mais fácil o processo quando há compreensão do cuidador de tal transição. Cabe ao enfermeiro atenção, conhecimento e experiência no cuidado com esse usuário e reconhecer quando há fragilidades no núcleo familiar em relação ao apoio para o cuidado. Foi possível notar melhor evolução da cicatrização daqueles que eram assistidos por um cuidador informal, geralmente um familiar próximo. Em contraponto ao que não tinham cuidador responsável, notou-se baixa adesão ao tratamento, dificuldade em acesso ao ambulatório e retardo no processo de cicatrização.

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DO CURATIVO COMPOSTO POR TLC-AG E FIBRAS POLIABSORVENTES FRENTE A ATUALIZAÇÃO DO GUIDELINE DE INFECÇÃO EM FERIDAS 2022

2022-12-02T00:58:58-03:00

INTRODUÇÃO: A cicatrização é um processo fisiológico, porém muitos fatores podem contribuir para que esta ação cesse, um deles é a infecção. Quando a infecção se instala é fundamental uma abordagem holística sobre o paciente e a ferida, uma vez que a sua progressão pode levar à amputação, como desfecho de uma úlcera do pé diabético e até ao óbito por sepse de foco cutâneo, quando uma lesão por pressão evolui de maneira deletéria, por exemplo. Além do impacto na qualidade de vida, os serviços de saúde ficam sobrecarregados financeiramente pelo aumento no tempo de internação e a manutenção do paciente no cuidado ambulatorial em virtude da inativação da cicatrização, uma das consequências da infecção. Sobre o cuidado da ferida, os antimicrobianos são grandes aliados dos profissionais para o tratamento da infecção local. Curativos inovadores tem se mostrado mais acessíveis e econômicos pois englobam em uma única cobertura o maior número de ações necessárias para que a infecção seja abolida e a cicatrização restabelecida. OBJETIVO: Analisar se o curativo com TCL-Ag e fibras poliabsorventes atende as características citadas pela atualização do guideline de infecção em feridas 2022 para um antimicrobiano eficaz. MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura através da estratégia de busca com o MeSH na base de dados PubMed. Foram encontrados 3 artigos, todos contemplavam o tema. Acrescentado na discussão o Guideline Infecção de Feridas na Prática Clínica 2022. RESULTADO: Um estudo observacioal envolvendo 2270 pacientes demosnstrou que a tecnologolia com TLC-AG e fibras poliabsorventes foi capaz de proporcionar o fechamento ou a melhora na cacatrização em 83,4% nas feridas crônicas e 97,1% das feridas agudas em 3 semanas, além disso, todos os tipos de feridas apresentaram redução do tecido esfacelado e aumento do tecido de granulação. No geral, a proporção de tecido esfacelado diminuiu de 48±26% no início do estudo para 22±23% na visita final. Todos os sinais clínicos locais de infecção como mal odor, granulação friável, eritema local, edema e dor também foram reduzidos substancialmente 1. Uma revisão integrativa descreveu que a tecnologia em questão é capaz de reduzir os sinais clínicos de infecção em várias etiologias de feridas 2. Sobre a capacidade de atingir o biofilme, segundo um estudo in vitro, após 1 dia de exposição ao biofilme de MRSA, houve redução de 99,99% de células sésseis e a atividade antibiofilme foi mantida por 7 dias com redução de até 4,0 log.3. CONCLUSÃO: Considerando as características apontadas pelo guideline de infecção em feridas 2022 para um antimicrobiano eficaz, que são: cicatrização completa da ferida entre 8-12 semanas, melhora do tipo de tecido do leito da ferida, redução dos sinais e sintomas clínicos de infecção local da ferida e redução de microorganismos ou biofilme confirmado em laboratório4, a tecnologia atendeu 03 características com alto nível de evidência, através do maior estudo com prata já realizado1, já sobre a capacidade da cobertura reduzir o biofilme são necessários estudos com maior nível de evidência.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO MANEJO AO PACIENTE COM QUEIMADURA TÉRMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-02T01:01:38-03:00

Introdução: Queimaduras são caracterizadas por ferimentos que destroem parte ou toda a pele, atingindo camadas mais profundas como tecidos subcutâneos, músculos, tendões e ossos¹. Como resultado, os ferimentos são classificados de acordo com a quantidade de tecido lesionado, podendo ser de primeiro, segundo ou terceiro grau¹ ². Os cuidados de enfermagem a pacientes queimados são imprescindíveis, visto que o enfermeiro detém a responsabilidade de avaliar e observar de forma holística os fatores locais, sistêmicos e externos atrelados aos processos de cicatrização² ³. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada, no processo de cicatrização de uma queimadura térmica nos dedos da mão esquerda, desencadeada por um acidente doméstico. Método: Refere-se a um relato de experiência de caráter descritivo, que foi desenvolvido em uma clínica pioneira no tratamento de feridas do Centro-Oeste Mineiro, em parceria com uma Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia de uma Universidade Federal. Trata-se de uma paciente de 75 anos que obteve os cuidados iniciais pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com indicação de amputação dos dedos indicador e médio. Diante da possibilidade de amputação a mesma recorreu aos cuidados que poderiam ser ofertados por um profissional estomaterapeuta que compõe a equipe do Instituto. As consultas de enfermagem foram prestadas de forma semanal, de maneira a realizar condutas e intervenções necessárias em relação ao tratamento da ferida. A pesquisa partiu da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia, sendo submetida ao Comitê de Ética sob parecer do número 863.835. Resultados: Foram realizados 23 curativos, desbridamento instrumental pelo estomaterapeuta, desbridamento cirúrgico e amputação parcial do dedo indicador da mão esquerda realizado pelo cirurgião vascular, além de, 15 sessões de oxigenoterapia hiperbárica como tratamento adjuvante. Destaca-se que as consultas eram realizadas semanalmente e diante a avaliação do contexto da lesão os procedimentos e prescrições eram modificados e replanejados. Como curativos interativos foram indicados Hidrofibra com AG+ Extra, Alginato de Cálcio, com cobertura não aderente com PHMB, Placa de Petrolatum associado a fotobiomodulação. Mesmo diante ao fator dificultador referente a idade, tornou-se possível uma boa evolução cicatricial com a presença de tecidos de granulação, retorno dos movimentos e de sensibilidade aos dedos afetados. A associação dos cuidados da enfermagem com especialidade em estomaterapia somadas as condutas terapêuticas, trouxe equilíbrio entre instalação das medidas de prevenção a possíveis complicações.

Conclusão: Diante do exposto, fica nítido que o protagonismo da enfermagem combinada aos cuidados e métodos de tratamento resultaram em uma evolução progressiva do paciente. Percebe-se a importância de estimular o trabalho interdisciplinar e multiprofissional, de modo a assegurar o controle dos fatores que influenciam na cicatrização, garantindo o reparo total do tecido lesado em menor prazo e melhora na qualidade de vida do paciente.

ATENDIMENTO A PESSOA COM LESÃO TRAUMÁTICA INFECTADA EM SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-02T01:04:41-03:00

Introdução: As feridas traumáticas consistem numa solução de continuidade inesperada de tecido na superfície do corpo, associada a lesão mecânica devido a agressão ou acidente; lesão irregular da pele, mucosa ou tecido, tecido doloroso e magoado, drenagem e perda de soro e sangue; associada a tecido pouco limpo, sujo ou infetado. Pessoas vítimas de feridas traumáticas podem ser acometidas por lesões, desde uma simples escoriação cutânea, a uma ferida com grande destruição dos tecidos e com perda de substância, até amputações. Dessa forma o manejo envolve conhecer a história clínica e da lesão para definir e compreender o mecanismo do trauma e as possíveis complicações. O controle da hemorragia, da dor e verificar a existência de corpos estranhos são primordiais. Objetivo: Relatar experiência dos enfermeiros do Núcleo de Estomaterapia a pessoa com ferida traumática causada por perfuração de dente de peixe. Método: relato de experiência realizado entre janeiro à março de 2022 no setor de internação de um hospital referência em trauma em Fortaleza, Ceará. Paciente, masculino, 59 anos, admitido por lesão traumática infectada em braço esquerdo causada por perfuração de dente de peixe.

Por tratar-se de relato de experiência das práticas de enfermagem, considerou-se desnecessário o encaminhamento do projeto para Comitê de Ética e Pesquisa. Discussão: paciente admitido em 02/01/2022, na internação com ferida infectada em braço esquerdo com necrose de tendão em grande extensão, esfacelo, biofilme e odor intenso. Ferida medindo 50x20cm face interna e externa do membro. Em 02/02/2022 manteve as mesmas dimensões porem apresentava-se com tecido viável em toda a extensão pós debridamento cirúrgico para remoção de tendão necrosado. Mantido curativo com gaze com PHMB para manutenção do leito. Com a evolução do tecido cicatricial, paciente encaminhado para enxerto de pele que aconteceu em 2 etapas em decorrência da extensão da lesão. Em 09/03/2022 recebeu alta da Estomaterapia mantendo acompanhamento com Cirurgia Plástica. Considerações: A importância do cuidado de Estomaterapia na propiciou a pessoa com lesão traumática retorno ao convívio domiciliar, favorecendo a descolonização da microbiota viabilizando a cicatrização da ferida.

Percebe-se ser possivel cuidar de feridas complexas por meio de atendimento especializado e qualificado.

ATUALIZAÇÃO DE UMA PROTOCOLO DIFERENCIANDO LESÃO POR PRESSÃO X SKIN FAILURE X ÚLCERA TERMINAL DE KENNEDY DURANTE A PANDEMIA COVID 19.

2022-12-02T01:07:07-03:00

As Lesões por Pressão (LP) são consideradas um evento adverso relacionado à saúde, e na maioria dos casos, são consideradas evitáveis. Pacientes submetidos a cuidados críticos, quando comparados ao setor de internação, elevam a incidência das lesões em dez vezes mais. Com a pandemia causada pelo Coronavírus (COVID-19), a prevenção da LP foi muito desafiadora no setor da saúde, pois as alterações decorrentes da infecção causam maior instabilidade clínica e hemodinâmica, aumentando o tempo de internação em UTI e dificultando o reposicionamento, fatores que contribuem para o desenvolvimento das LP’s. Um dos fatores que favorecem o desenvolvimento de lesões cutâneas em pacientes com COVID é a coagulopatia sistêmica e oclusão microvascular.O termo Skin Failure sugere lesões que decorrem da terminalidade e da gravidade do paciente, com má perfusão tecidual, podendo estar relacionada à fase final de vida. A falência aguda da pele ou Acute Skin Failure (ASF) não tem uma definição clara na literatura, porém se referem como falência aguda na pele decorrente de instabilidade clínica e hemodinâmica e hipóxia tecidual, podendo acometer qualquer área do corpo, não necessariamente em proeminência óssea. A falência da pele relacionada à fase final de vida inclui as SCALE e as Úlceras Terminais de Kennedy (UTK). É importante reconhecer as diferenças entre LP e Úlcera Terminal de Kennedy (UTK).Objetivo: Descrever a atualização de um protocolo de prevenção de LP em novo cenário da Covid-19, facilitando o entendimento e diagnóstico das lesões pelo profissional da saúde. Método: Trata-se de um estudo descritivo, dividido em 3 etapas: 1ª Etapa: Atualização do protocolo com a inclusão de diferenciais na avaliação das lesões baseada em evidências. 2ª Etapa: Trabalho educativo para aculturar a equipe multidisciplinar. 3ª Etapa: Implementação do protocolo na prática clínica.Resultados: Na primeira etapa, o protocolo já padronizado na instituição foi atualizado incluindo as diferenças entre lesão por pressão tissular profunda, skin failure e úlcera terminal de Kennedy, já que é um grande desafio identificá-las. Na atualização do protocolo foi feita uma descrição e comparação das patologias citadas, bem como o diagrama de ishikawa para o diagnóstico da causa raíz; um script com os principais pontos a serem avaliado durante a análise e um fluxograma para facilitar o raciocínio clínico.

Na segunda etapa, realizamos treinamento com a equipe de especialistas. Na terceira etapa, realizamos os treinamentos como médicos, enfermeiros assistenciais, enfermeiros do núcleo de segurança do paciente, equipe de nutrição e gerência de enfermagem.

BIOTECNOLOGIAS E INOVAÇÕES EM CURATIVOS APLICADA NO TRATAMENTO DE LESÕES EM PÉ DIABÉTICO

2022-12-02T01:08:26-03:00

ESUMO Area de Submissão: Feridas TÍTULO: BIOTECNOLOGIAS E INOVAÇÕES EM CURATIVOS APLICADA NO TRATAMENTO DE LESÕES EM PÉ DIABÉTICO AUTORES: RIBEIRO, Daniela Cristina

Prado; DA SILVA, Adrielly Campos; MARQUES, Juliana Hino; GOMES, João Junior; ZUMIOTI, Lucimar; GALLINA, Viviane Fernandes O diabetes é uma das doenças crônicas mais incidentes e prevalentes da atualidade, um grave problema de saúde pública, com uma prevalência global de 10,5%, 536,6 milhões de indivíduos de 20 a 79 anos em 2021. Brasil está 6º posição mundial em incidência de diabetes, com 15,7 milhões de doentes de 20 a 79 anos. A úlcera em pé diabético é uma complicação crônica que pode evoluir para amputação não traumática. Para se evitar a amputação é necessária uma intervenção intensiva para atenuar a progressão do pé diabético. As recentes pesquisas da área da Engenharia Tecidual trazem novas biotecnologias em biopolímeros e substitutos cutâneos para melhorar a qualidade dos curativos e coberturas no tratamento do pé diabético. OBJETIVO: Descrever as recentes biotecnologias e inovações em curativos aplicada no tratamento de lesões em pé diabético. MÉTODO: Estudo revisional de literatura de caráter bibliográfico exploratório descritivo de abordagem qualitativa, embasado em leitura exploratória artigos indexados nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde - BVS, Scielo, Lilacs e PubMED. RESULTADOS: Foram identificados 11 artigos relacionados a pergunta da pesquisa evidenciando que atualmente se utiliza as seguintes biotecnologias: Curativo Temporário, Substitutos Cutâneos Duráveis de Camada Única e Substitutos de Pele Compostos, polímeros naturais (proteínas, polissacarídeos e polinucleótidos) e polímeros sintéticos. Porém as pesquisas mais recentes apontam a combinação de biopolímeros com entrega de fatores de crescimento do Plasma Rico em Plaquetas, a membrana de látex natural com extrato de barbatimão, bioimpressão em 3D, cicatrização de feridas baseada em siRNA e miRNA e o uso de quimiocinafator-1 derivado de células estromais. Estas inovações se configuram a última geração para o tratamento de úlcera de pé diabético. CONCLUSÃO: Estas biotecnologia quando indicadas e aplicadas de modo correto cicatrizam as ulceras crônicas de pé diabético precocemente, evitam a perda de tecido e a amputação e podem restabelecer a função do membro. O enfermeiro precisa acompanhar a evolução das biotecnologias sua aplicabilidade e correta indicação o que lhe possibilita eleger as melhores biotecnologias direcionando o tratamento para garantir prognostico de excelência nos casos de úlceras de pé diabético.

CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UMA CARTILHA EDUCATIVA NO AUTOCUIDADO NUTRICIONAL JUNTO A PACIENTES COM LESÕES DE PELE

2022-12-02T01:10:17-03:00

Introdução: Os profissionais de saúde, em equipe buscam desenvolver melhores formas de tratamento de lesões e para isso desenvolvem constantemente métodos que possam ser acessíveis, de fácil compreensão e uso. A construção de uma cartilha com orientações nutricional em diversos contextos patológicos, torna-se importante para saúde pública que busca minimizar o tempo de recuperação de uma lesão, tendo além dos métodos externos de cobertura e curativos, a ajuda do organismo. Unir a Educação e a Saúde é um processo que envolve as relações entre os profissionais da área de Saúde e a comunidade, que necessita construir seus conhecimentos e aumentar sua autonomia nos seus cuidados. Objetivos e Método: Construir e Validar uma cartilha educativa do autocuidado nutricional junto a pacientes com lesão de pele em um ambulatório de feridas. Estudo metodológico de desenvolvimento, elaborado em três etapas: pesquisa bibliográfica, construção da cartilha e validação do material pelos juízes especialistas no assunto e representantes do público-alvo. Realizou-se a validação por 9 juízes sendo enfermeiros estomaterapeuta, nutricionistas, designer e 8 representantes do público-alvo.

Resultados: Considerou-se a respostas de acordo com os instrumentos apresentados e comparação e semelhanças das mesmas. Para validação da cartilha por enfermeiros e nutricionistas foi avaliado, objetivos, estrutura, apresentação e relevância, quanto a designer, conteúdo, linguagem, ilustrações gráficas, motivação e adequação cultural. E para o público-alvo a organização, estilo de escrita, aparência e motivação foram os critérios estabelecidos. A cartilha foi avaliada pelos juízes e com aceitação dos itens propostos, tanto entre os juízes quanto os representantes do público-alvo. Entretanto, os juízes propuseram sugestões de melhorias da cartilha, que foram aceitas e modificadas para versão final do material. Conclusão: A cartilha foi validada em todos os aspectos objetivos, estrutura, apresentação e relevância, quanto a designer, conteúdo, linguagem, ilustrações gráficas, motivação e adequação cultural devendo-se ser considerada no contexto da orientação nutricional como um instrumento capaz de favorecer as medidas preventivas, tratamento e reabilitação dos pacientes orientados e que para os profissionais de saúde sejam um meio importante no enfrentamento dos cuidados das lesões de pele que possui dificuldade de tratamento.

DERMATITE PERILESIONAL ASSOCIADA À UMIDADE TRATADA COM EXTRATO OLEOSO DE CALENDULA OFFICINALIS EM COMBINAÇÃO COM ÓLEO DE COCO: RELATO DE CASO

2022-12-02T01:12:44-03:00

Introdução: A lesão de pele associada à umidade é classificada como uma dermatite de contato irritativa causada pela exposição prolongada a fluidos, como a exsudação de feridas. Dentre as classificações existentes, está a maceração/dermatite periferida associada à umidade (DPAU). Terapias tópicas que tratem e controlem a exsudação, além de produtos que protejam a pele perilesional devem ser utilizados como prevenção, como cremes, pomadas ou filmes. Em caso de inflamação, corticóide tópico pode ser utilizado1,2. A Calendulaoficinalis, bastante estudada na prevenção e tratamento da radiodermite, age prevenindo o estresse oxidativo devido à grande quantidade de polifenóis que possui e que atuam como antioxidantes da pele, devendo ser utilizado com outro veículo oleoso para aplicação3,4. O óleo de coco melhora a função de barreira da pele e diminui a perda de água transepidérmica5. Objetivo e método: Descrever a experiência do uso de extrato oleoso de Calendula officinallis 100% puro associado a óleo de coco extravirgem no controle da DPAU. Trata-se de relato de caso desenvolvido na atenção primária à saúde (APS) sobre uma pessoa idosa de 65 anos com dermatite perilesional decorrente de lesão por pressão em região sacral. Por meio da consulta de enfermagem foram realizados atendimentos semanais pelo enfermeiro estomaterapeuta de referência. Nos demais dias, pela equipe de enfermagem da APS e aos finais de semana, na unidade de pronto-atendimento municipal. A evolução foi acompanhada através de registros fotográficos mediante autorização escrita, respeitando os preceitos éticos. Resultado: Conforme registros de enfermagem, o Sr. L.P. apresentava relato de internação de 80 dias em unidade de terapia intensiva devido às complicações da COVID-19, com história de hipertensão e diabetes. Teve alta hospitalar em dezembro de 2020 para acompanhamento junto à equipe da APS e estomaterapeuta de referência. Observou-se lesão por pressão em região sacral estágio 4 medindo 10 x 9 cm e com descolamento de 6cm às 9h, exsudação serosa em grande quantidade, leito com esfacelos e pele perilesional íntegra. No primeiro atendimento, foi realizado desbridamento instrumental e iniciado tratamento com polihexanida e hidrofibra com prata e óxido de zinco como barreira protetora, com troca diária. Ao longo do tratamento evoluiu lentamente com melhora do aspecto do leito e diminuição dos limites da ferida. Pele perilesional evoluiu satisfatoriamente até setembro de 2021, quando iniciou com DPAU em toda a área ao redor. Área apresentava-se hiperemiada, endurecida e com pele íntegra.

Devido a dificuldade na resolução, foi utilizado dexametasona 1mg/g creme duas vezes ao dia por cinco dias, sem melhora. Então, foi iniciado extrato oleoso de calêndula associado a óleo de coco extravirgem (proporção de 1:1). Ao fim do primeiro mês, houve diminuição da área da dermatite e a pele apresentou- se menos vermelha. Ao final do segundo mês de uso, a pele apresentava-se com a coloração quase que normal na sua totalidade. O tratamento foi mantido juntamente à terapia tópica. Conclusão: a associação de extrato oleoso de calêndula com óleo de coco extravirgem (proporção 1:1) mostrou bom resultado no controle da DPAU, sendo um recurso de baixo custo para ser utilizado na APS.

DOSIMETRIA DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS COMPLEXAS: REVISÃO INTEGRATIVA.

2022-12-02T01:15:10-03:00

Teresina; 2022 [Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Estadual do Piauí]. Introdução: A utilização do LASER de baixa potência, em aplicações clínicas, apoia-se no potencial de interações não térmicas com o tecido, que são capazes de modular o processo de regeneração tecidual. Os parâmetros principais da dosimetria são o comprimento de onda que determina qual o tipo de LASER mais adequado para determinada etiologia da lesão, a densidade de potência ou intensidade e a densidade de energia, dose ou fluência. Objetivo: Levantar as evidências científicas referente a dosimetria do LASER de baixa potência para cicatrização de feridas complexas. Método: Revisão integrativa da literatura. Os dados foram coletados a partir de uma busca nas bases de dados utilizando a estratégia PiCo e exportados para o aplicativo Rayyan. Elencaram-se como critérios de inclusão artigos de estudos primários indexados nas bases de dados, publicados nos idiomas inglês, português e espanhol, relacionados à temática de investigação e com delimitação de recorte temporal dos últimos 10 anos. Excluiu-se artigos que não responderam a questão de pesquisa, repetidos nas bases de dados, oriundos de revisão integrativa, estudos metodológicos, notas, monografias, dissertações, teses, estudos que trouxeram o uso do LASER na cicatrização em outros tecidos que não foram o tecido cutâneo e no tratamento da dor, uso exclusivo do Light-Emitting Diode (LED), estudos que não mostraram a dose do LASER utilizada, estudos in vitro e estudos em animais. Resultados: 205 publicações entre os anos de 2012 à 2022.

Destas, 11 artigos foram encontrados na BVS, 39 na MEDLINE/PUBMED, 50 na Web of Science, 16 na CINAHL/Cochrane Libary, 20 na SCOPUS/Elsevier, 16 na EMBASE/Elsevier e, por fim, 53 artigos na SciELO. A amostra final contou com 6 artigos que estavam alinhados a delimitação da pesquisa.

Conclusão: A dosimetria do LASER de baixa potência para a cicatrização de feridas complexas, encontrada na literatura mais atual, compreende a utilização de uma dose entre 2 e 4J/cm2 em um intervalo de 48/48h até o fechamento da lesão. A diminuição da dor no local da lesão foi um achado unânime.

ELABORAÇÃO DO PROTOCOLO SOBRE O USO DA FOTOBIOMODULAÇÃO COM O LASER DE BAIXA POTÊNCIA COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DE FERIDAS EM UM HOSPITAL QUARTENÁRIO NO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO

2022-12-02T01:17:21-03:00

INTRODUÇÃO:O Laser de Baixa Potência ( LBP) tem sido amplamente utilizado como adjuvante no tratamento de feridas, pois possui efeitos analgésicos, propriedades moduladoras do processo inflamatório e bioestimulantes, que aceleram o processo de cicatrização. Estudos têm sugerido que a LBP pode estimular a cicatrização, pois promove o aumento da deposição de colágeno e aceleração do processo de reparação tecidual. Acredita-se que o LBP estimula o metabolismo mitocondrial, com aumento da produção de ATP, o que resulta em uma maior diferenciação e proliferação de fibroblastos e, consequentemente, maior deposição de colágeno. Este efeito bioquímico está atrelado a liberação de substâncias pré-formadas (histamina, serotonina, bradicinina), que além de estimular produção de ATP, inibem a produção de prostaglandinas, diminuindo os efeitos inflamatórios, melhorando a dor e promovendo a reparação tecidual. OBJETIVO: Descrever a elaboração de um protocolo sobre o uso da fotobiomodulação com o laser de baixa potencial como adjuvante no tratamento de feridas em um hospital quaternário no interior do estado de São Paulo. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de caso, que consistiu na elaboração de um protocolo sobre o uso da fotobiomodulação com o laser de baixa potência como adjuvante no tratamento de feridas. Para a elaboração deste material foi realizada uma revisão da literatura sobre a temática direcionada às demandas da instituição, após a elaboração do material o mesmo foi submetido a avaliação e discussão com enfermeiros e fisioterapeutas com notório saber na área e também com a equipe da CCIH, para validação do procedimento.

RESULTADO: O protocolo foi elaborado para padronizar o uso da fotobiomodulação, através do laser de baixa potência como adjuvante no tratamento de feridas na instituição. Neste protocolo está descrito o material necessário para o procedimento, indicações e contraindicações, os tipos de comprimentos de onda vermelha e infravermelha e suas respectivas ações e indicações, o modo de aplicação do laser (quantidade de energia, distância entre os pontos de aplicação, posicionamento do aparelho, etc), peculiaridades da aplicação do laser em crianças e lactentes, o procedimento para aplicação do laser com os 2 diferentes tipos de equipamentos disponíveis na instituição, cuidados com biossegurança do profissional e do paciente. Além disso, neste protocolo está descrito como deve ser realizado o registro do procedimento no prontuário eletrônico e físico do paciente (e em um impresso próprio desenvolvido para esta finalidade) e como elaborar o processo de enfermagem com diagnósticos e prescrição de enfermagem . Após a finalização do protocolo foi realizado um treinamento na formato de um curso, na modalidade híbrida, com 20 horas de duração para capacitação dos enfermeiros . CONCLUSÃO: Foi realizada a elaboração do protocolo sobre o uso da fotobiomodulação com o laser de baixa potencia como adjuvante no tratamento de feridas, bem como um curso para a capacitação dos enfermeiros, garantindo assim a padronização do procedimento, a assistência segura para o paciente e a biossegurança do profissional que realiza o procedimento.

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE OS CUIDADOS NA PREVENÇÃO DE LESÕES DE PELE EM NEONATOS

2022-12-02T01:20:18-03:00

INTRODUÇÃO: A manutenção da integridade da pele do recém-nascido (RN) é fundamental a fim de evitar dermatites, queimaduras, úlceras, traumatismos, entre outros, os quais, torna-se um desafio para os profissionais, e destaca-se o enfermeiro, que, por meio de ações implementadas, continuadas e individualizadas, podem evitar e/ou diminuir as lesões de pele. MÉTODO: Trata-se de uma Revisão Integrativa (RI). OBJETIVO: Analisar os cuidados na prevenção de lesões de pele em neonatos evidenciado na literatura. A pesquisa foi realizada na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); PUBMED/MEDLINE e na Biblioteca Eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) em um único dia (27 de março de 2021) e a análise ampla da literatura foi efetuada entre abril e maio de 2021, o qual obteve-se uma amostra final de 11 artigos, realizado no município de Fortaleza-Ceará-Brasil. Por se tratar de uma RI, o estudo não foi enviado para o Comitê de Ética e Pesquisa. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a maior parte estava publicada na base de dados da LILACS com oito (72,8%) publicações, o periódico que se destacou foi a Revista da Escola de Enfermagem da USP com três (27%), os anos que obtiveram o maior número de publicações foram 2014, 2019 e 2020 com duas publicações cada (18%); sobressaíram-se as abordagens qualitativas com nove publicações (82%), e destes, têm-se a Pesquisa Convergente Assistencial com duas publicações (18%) e com nível de evidência IV. Diante do que foi visto sobre os cuidados, pode-se organizar em duas categorias temáticas, a destacar: 1) Estratégias de cuidados gerenciais e 2) Estratégias de cuidados assistenciais. No que se refere aos cuidados de enfermagem gerenciais, destacou: adequado dimensionamento da equipe de enfermagem, identificação dos fatores de riscos de leões de pele, padronização de ações, aplicação de modelo de uma prática assistencial sistematizada, capacitação de cuidadores, desenvolvimento de tecnologia para educação e saúde, além da avaliação de eficácia de escalas para a prevenção das lesões, enquanto que os cuidados assistências, destacaram-se: práticas voltadas para a proteção da pele com uso de coberturas à base de silicone, filme de poliuretano, dentre outros, regulação térmica e a identificação das condições anatômicas. CONCLUSÃO: Conclui-se que é de grande importância que o processo do cuidado de prevenção de lesão de pele em neonatos, que estes sejam devidamente sistematizado com a observância de suas particularidades, bem como a necessidade de capacitação profissional, vislumbrando a melhoria da assistência a ser instituída pelo enfermeiro.

EXPERIÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA ASSISTENCIA DA EPIDERMÓLISE BOLHOSA: NUTRIÇÃO E ESTOMATERAPIA

2022-12-02T01:23:13-03:00

Epidermólise Bolhosa (EB) representa um grupo heterogêneo de doenças relativamente raras, ocasionadas por mutações em várias proteínas estruturais da pele, que se caracterizam pelo aparecimento espontâneo de bolhas epiteliais decorrentes dos mínimos traumas mecânicos sobre a pele, acometendo a pele e, em alguns casos, também as mucosas1. De acordo com Caprara e Veras2, pacientes com essa patologia, por apresentarem quadros com variados graus de intensidade, requerem uma abordagem cuidadosa de todos os profissionais envolvidos por meio de suporte clínico que tenha o objetivo de prevenção de novas bolhas e infecções. Sendo assim, o planejamento assistencial feito a partir da avaliação da equipe multidisciplinar deve garantir que o indivíduo tenha um cuidado adequado à sua pele e mucosas, evitando maiores complicações no sentido de desencadear ou agravar o surgimento de lesões3.Temos como objetivo ressaltar a importância da assistência da nutrição e da estomaterapia diante dos pacientes portadores de Epidermólise Bolhosa, através de um relato de experiência da assistência multiprofissional na Epidermólise Bolhosa. A experiência vivenciada na assistência multiprofissional com os pacientes de Epidermólise Bolhosa, aplicando métodos na avaliação clínica personalizada, e a avaliação da estomaterapia, dão subsídios para avaliação das necessidades energéticas do paciente, considerando a extensão das lesões. A integração da nutrição e estomaterapia tem apresentado resultados significantes na diminuição do prurido e das lesões, ressaltando que somente a estomaterapia não alcançaria resultados tão efetivos, em razão da gravidade da doença e seus aspectos multifatoriais, deixando evidente a importância da nutrição direcionada para cada subtipo da epidermólise bolhosa. O processo de cicatrização está relacionado a suplementação alimentar e alimentação adequada as necessidades nutricionais do paciente. A piora das lesões estão associadas a uma variedade de fatores. Nesse contexto, percebemos que o consumo de alimentos sólidos pode causar lesões no trato gastrointestinal, pode ocasionar perda do apetite e evidencia grande perda nutricional, causando desnutrição, retardo no desenvolvimento, prejudicando a cicatrização das feridas e anemia. Deixando evidente a necessidade de uma dieta bem analisada, voltada para o paciente e seu subtipo de Epidermólise Bolhosa4. De acordo com Amaral3, a Epidermólise Bolhosa é uma afecção crônica e possui variados graus de intensidade, o que requer uma abordagem interdisciplinar para proporcionar aos indivíduos acometidos e os seus familiares uma assistência eficaz, bem como a compreensão da doença e dos cuidados necessários, para que estes sejam mantidos no domicílio. Além disso, o estudo evidencia que o indivíduo acometido por Epidermólise Bolhosa requer intervenções visando à prevenção do aparecimento de sequelas, o que pode dificultar a sua integração social.

Concluímos que a Estomaterapia e a nutrição são potencialidades, pois revelam intervenções mais que necessárias e capaz de obter resultados satisfatórios, visando a melhora da qualidade de vida dos pacientes de Epidermólise Bolhosa.

FOLHETO PARA PREVENIR LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTE COM COVID-19 EM DECÚBITO DE PRONA

2022-12-02T01:25:07-03:00

FOLHETO PARA PREVENIR LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTE COM COVID-19 EM DECÚBITO

DE PRONA INTRODUÇÃO: Com intuito de melhorar o padrão respiratório em pacientes com SRAG, o posicionamento em prona teoricamente torna a ventilação mais homogênea, pois diminui a distensão alveolar ventral e o colapso dorsal alveolar ao reduzir a diferença entre as pressões transpulmonares dorsal e ventral, além de reduzir a compressão dos pulmões melhorando a perfusão destes, o paciente pode apresentar como complicação a lesão por pressão.1,2,3 OBJETIVO: Desenvolver e validar um folheto para orientar os profissionais da saúde nas medidas preventivas relacionadas à lesão por pressão nos pacientes em decúbito de prona durante a pandemia da COVID-19. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura junto às bases de dados das Ciências da Saúde, MEDLINE, SciELO, Biblioteca Cochrane e LILACS. Os descritores controlados em Ciências da Saúde: Lesão por pressão; Decúbito ventral; Pronação. A estratégia de busca ocorreu a partir de suas diferentes combinações, utilizando-se o operador booleano OR nos idiomas português, espanhol e inglês. Os critérios de inclusão foram apenas estudos primários disponível na íntegra e publicados entre 2016 e 2021. A partir deste levantamento, foi construído o folheto que compreendeu uma sequência de procedimentos descrita em três etapas: 1: Cuidados que os profissionais devem ter antes de posicionar o paciente em prona, 2: Técnica para colocar o paciente em decúbito ventral, 3: Medidas preventivas pós posicionamento dos pacientes na posição de prona. A validação do folheto foi feita por 59 profissionais da saúde (enfermeiros, fisioterapeutas e médicos), utilizando-se a técnica Delphi. O presente estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer número 4.845.564. RESULTADOS: Foram identificados 15.415 artigos por meio da busca nas bases de dados em ciências da saúde. Um total de 5.523 artigos foram excluídos por estarem duplicados, 9.892 artigos selecionaram- após leitura do título e 163 para a leitura do resumo, foi realizado leitura de 112 artigos, sendo selecionado 30 artigos para a construção do folheto. O Coeficiente alfa de Cronbach variou entre 0,90 a 0,91. No primeiro ciclo de avaliação, o conteúdo do folheto foi considerado pelos juízes de “inadequados” a “adequados”; o Índice de Validade de Conteúdo foi de 71,15 a 98,09%. Após implementados os ajustes sugeridos pelos juízes, o folheto foi reenviado para o segundo ciclo de avaliação, no qual todos os itens foram julgados “adequados a totalmente adequado”, resultando em um Índice de Validade do Conteúdo entre 98,08 a 100%. Conclusão: O folheto desenvolvido nesta pesquisa foi validado quanto ao conteúdo, demonstrando que é confiável para ser aplicado pelos profissionais da saúde durante a pandemia da COVID-19 visando na técnica correta do posicionamento do paciente em decúbito de prona e na prevenção das lesões por pressões.

Financiamento: “Programa de Iniciação Científica da Universidade do Vale do Sapucaí”

INFECÇÃO POR ERISIPELA EM IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA

2022-12-02T01:28:50-03:00

1 INTRODUÇÃO A Erisipela é uma infecção bacteriana que acomete tecidos moles, se caracterizando pelo aparecimento de eritema, dor, edema e rubor e sua disseminação se dá pelos vasos linfáticos da derme. Seu principal agente etiológico é estreptococos ? – hemolítico do grupo A (EGA), geralmente o Streptococcus pyogenes. Atinge todas as faixas etárias, porém possui maior incidência em indivíduos entre 60 a 80 anos¹. 2 OBJETIVO Descrever as principais repercussões que a erisipela provoca em idosos. 3 METODOLOGIA Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que foi desenvolvida através do acrômio População/Paciente, Intervenção, Comparação/Controle e Desfecho/ “Outcomes” (PICO), estratégia indicada para formulação da questão de pesquisa. P=Idosos, I=Tratamento de ferida, C=Principais agravantes e O=Cura². As buscas por artigos se deram nas bases de dados bibliográficas Literatura Médica e Sistema de Recuperação Online (Medline) via PubMed e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram utilizados termos exatos, definidos na ferramenta virtual Descritores em Ciências da Saúde/ Medical Subject Headings (DeCS/MeSH), para o cruzamento dos termos recorreu-se aos descritores booleanos AND e OR, a saber: Streptococcus pyogenes OR Haemophilius influenzae tipo b AND Cuidados de Enfermagem AND Idoso nas buscas na Medline via PubMed, enquanto na Lilacs foram Erisipela AND idoso. Incluíram-se artigos originais, estudos primários e publicados entre 2012 e 2022. Em seguida foi lido todos os títulos dos estudos selecionados, os que não se adequaram ao objetivo da pesquisa foram descartados, logo após, o mesmo processo procedeu com a leitura do resumo e trabalho completo. Excluíram artigos repetidos. As análises dos dados foram mediadas pelo instrumento de URSI 2005³. Obteve-se 11 estudos: 10 PubMed e 1 Lilacs, após a aplicação dos critérios de inclusão se somou 4 e 0, respectivamente. 4 RESULTADOS A erisipela se manifesta por meio de lesão pele sendo encontrada predominantemente nos membros inferiores de adultos e idosos. Dentre suas complicações, a mais grave é a bolha necrotizante pois existe um alto número de amputação e também pode ocorrer óbito. Outros agravantes são encontrados com frequência quando a lesão não possui a assistência adequada, são eles: abscesso, necrose e Trombose Venosa Profunda (TVP). A insuficiência venosa como fator local e o excesso de peso como fator sistêmico são predisposições mais encontradas em idosos e a porta de entrada principal para o agente causal da doença são os pés. Sobre os fatores de risco para os idosos, foram destacadas na literatura: diabetes, neoplasias, linfedema e comprometimento prévio por erisipela. Além disso, a lesão micótica superficial é tida como a principal responsável pela penetração da bactéria. Nesse âmbito, a Estomaterapia atua de forma distintiva pois é necessário a presença do conhecimento técnico-cientifico para conduzir as demandas da lesão e assim proporcionar o tratamento eficaz. 5 CONCLUSÃO Enfatiza-se a importância de um Histórico de Enfermagem criterioso, o Enfermeiro Estomaterapeuta usufrui de embasamento para prescrever correlatos que aceleram o processo de cura e assim evita danos nocivos ao paciente, proporcionando qualidade de vida e bons resultados na cicatrização. Vale ressaltar que o público idoso exige cuidados específicos devido suas alterações metabólicas e funcionais.

INTERVENÇÕES DE UM SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA EM UM CASO DE PÊNFIGO BOLHOSO INDUZIDO POR FÁRMACOS EM UM HOSPITAL DE TRAUMA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-02T01:34:09-03:00

rodução: O pênfigo bolhoso é uma doença autoimune que acomete gravemente a pele e mucosa, caracteriza-se por erosões que deterioram o tecido muco cutâneo e geralmente evoluem com infecções locais ¹. O tratamento requer intervenção sistêmica e tópica². Nessa perspectiva o enfermeiro estomaterapeuta deve adotar um tratamento tópico englobando a limpeza das feridas com soluções padronizadas e aplicação de coberturas com amplo espectro antimicrobiano e que gerenciem o exsudato. Objetivo: Relatar experiência dos enfermeiros do Núcleo de Estomaterapia de um hospital especializado em trauma quanto as intervenções de cuidado há uma paciente com diagnóstico de pênfigo bolhoso com etiologia farmacológica. Método: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado entre os meses de março à abril de 2022 a partir da prática do Núcleo de Estomaterapia nas unidades de queimados e Unidade de Terapia intensiva de um grande centro de urgência e emergência referência em trauma em Fortaleza-CE. Resultados e Discussão: A experiência se dá através da evolução de um caso desafiador de pênfigo bolhoso originado provavelmente após internação por trauma de fêmur e uso contínuo de fármacos, sendo o caso inicialmente conduzido com Síndrome de Steves Jonhson , logo após diagnosticado como pênfigo bolhoso pelo resultado de estudo histopatológico. A etiologia do penfigóide bolhoso ainda não é totalmente estabelecida, no entanto, é conhecido que algumas drogas são capazes de induzir o seu desenvolvimento ³ O caso foi inicialmente conduzido na unidade de queimados do hospital pois necessitava da realização de balneoterapia anestésica para limpeza e drenagem de bolhas de forma asséptica e sem dor, com agravamento do quadro há a transferência do cuidado para a unidade de terapia intensiva. Após um tempo realizando curativos convencionais com sulfadiazina de prata em sessões de balneoterapia, foi iniciado a intervenção da Estomaterapia com um protocolo de limpeza com soluções surfactantes e antimicrobianas como a solução de Polihexanida biguanida e iniciando o uso de hidrofibra com prata que permite amplo espectro antimicrobiano pela liberação sustentada de prata iônica, gerenciamento do exsudato, estímulo ao desbridamento autolítico e epitelização Com apenas uma troca (aprazada para 05 dias após o primeiro curativo) houve significativa melhora das lesões de alguma das partes do corpo que estava totalmente acometido por essas, prosseguido tratamento com curativos com prata, espera-se alcançar o desbastamento da infecção do leito para que se inicie intervenção com espumas de silicone proporcionando um curativo mais atraumático. Os principais desafios na intervenção do caso são a grande extensão da lesão, a grande quantidade de materiais dispensados para realização dos curativos e o manejo da dor nas trocas de curativo, recorrendo a Comissão de Dor da instituição para melhor gerenciamento do caso.

Considerações Finais: A relevância de umas assistência especializada de enfermagem no manejo de lesões complexas como as das doenças bolhosas é de suma importância pois pode promover otimização da cicatrização, tratamento mais efetivo minimizando sequelas e propiciando uma melhor reabilitação e qualidade de vida do paciente

INTERVENÇÕES EM FERIDA GOTOSA: UM RELATO DE CASO

2022-12-02T01:37:27-03:00

Introdução: A gota é artropatia inflamatória mais comum causada pela deposição de cristais de monourato sódico em líquido sinovial e outros tecidos e está associada à hiperuricemia, habitualmente primária. Sua prevalência é crescente, aumentando com a idade. È observado em doentes com longa evolução da doença, seguimento inadequado e/ou má adesão ao tratamento um estágio clínico tardio, constituído como gota tofácea crônica. O tofo gotoso caracteriza pelo acumulo subcutâneo de cristais de urato de monossódio numa matriz de lípidos, proteínas e mucopolissacáridos, rodeados de inflamação crônica mononuclear e de células gigantes. O local mais comum da formação é a primeira articulação metatarsofalangiana. Outros locais típicos de formação incluem as articulações dos dedos das mãos e dos pés e em volta dos joelhos, cotovelos, pulsos e tornozelos4. A presença de tofo tem impacto em muitos aspectos da vida do paciente, sendo uma doença incapacitante causando dor, uma gama restrita de movimentos articulares, deformidade articular e complicações tais como infecção e ulceração3. O tratamento adequado da ulceração trás uma resposta rápida a cicatrização, melhorando a qualidade de vida e evitando complicações como infecções e septicemia. Objetivo: O trabalho tem como objetivo trazer o conhecimento da ferida de etiologia gotosa e o manejo para o sucesso de sua cicatrização.Metodologia: Relato da abordagem de ferida gotosa em um paciente de sexo masculino de 78 anos de idade.Resultados: Paciente encaminhado da reumatologia para tratamento de ulceração gotosa em evolução há 6 meses, sem sinais de melhora da cicatrização após uso de várias terapias tópicas. A ferida inicialmente possui tecido de granulação em 100% do leito com presença de cristais, bordas elevadas, descoladas e epíbole, com dimensões de 2,3 x 2,9cm. A abordagem inicial foi desbridamento do leito para retirada de excesso dos cristais e uso de hidrofibra com prata com troca 2 vezes por semana. Após uma semana da conduta sem sucesso na evolução da cicatrização optado por indicar Papaína 4% creme uso diário. A lesão apresentou grande melhora com inicio de redução das dimensões. Após um mês a lesão já apresentava dimensões 1,7X 2,4 cm e foi inserido no serviço tratamento com laser. Associado então a terapia com papaína, aplicação de laser 0,5 J pontual no leito e 2 J infravermelho em borda em 4 pontos. Após dois meses a lesão apresentava-se completamente cicatrizada. Conclusão: O enfermeiro é o profissional responsável pela avaliação e indicação do tratamento mais adequado para cada tipo de lesão. Devido à grande importância do seu papel é preciso ter domínio nos conhecimentos a respeito dos processos de cicatrização, tipos de coberturas e indicações. O uso da papaína associada à laserterapia mostrou-se eficaz no tratamento da ulcera gotosa apresentando como resultado a cicatrização completa da lesão.

LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES COM COVID-19 EM PRONAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO

2022-12-02T01:38:45-03:00

INTRODUÇÃO: Várias pesquisas relatam entre 10% e 15% dos indivíduos com Covid-19 necessitaram de internação em unidade de terapia intensiva por causa Síndrome do desconforto respiratório aguda.1,2 Além do tratamento medicamentoso e ventilatório é necessário colocar o paciente em decúbito ventral, com o objetivo de distribuir mais uniforme o estresse e a tensão pulmonar, melhorando a relação ventilação/perfusão. Esses indivíduos podem apresentar como complicação a lesão por pressão3.OBJETIVO: Identificar a incidência da lesão por pressão nos pacientes com Covid-19 em posição de prona MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo exploratório, de caráter epidemiológico, realizado com pacientes internados numa unidade de terapia intensiva adulto de um hospital universitário do sul do estado de Minas Gerais. Antes de colocar os pacientes em decúbito ventral foi realizado o exame físico para identificar presença de lesão por pressão e fatores de risco para o paciente desenvolver lesão por pressão, também foram colocados os dispositivos de proteção nas regiões do tórax, pelve, face, punho e anterior das pernas. Após o posicionamento do paciente em prona foram realizados os cuidados com dispositivos médicos. A avaliação clínica dos pacientes foram realizadas todos os dias, no período de 15 de agosto a 15 de setembro de 2021. Os critérios de inclusão foram: pacientes do sexo masculino e feminino, ser maior de 18 anos; ter sido submetido a decúbito de prona e não apresentar lesão por pressão no momento que foi submetido em pronagem. Foram excluídos pacientes internados com diagnóstico de Covid-19 que não foram pronados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa, sob parecer 4.845.908 e CAAE número 4 7568721.9.0000.5102.

RESULTADOS: A incidência da lesão por pressão foi de 20,83%. A média de idade foi de 61,40 anos, e a média que o paciente permaneceu em decúbito de prona foi de 13 horas. As regiões anatômicas em que os pacientes apresentaram lesão por pressão foram joelhos (3; 25%), mama e tórax (2; 16,66%), além de face, cotovelo, calcâneo, orelha e região frontal (1; 8,33%). Quando observados os valores atribuídos na avaliação de risco para o desenvolvimento de lesão por pressão por meio da escala de Braden nos participantes em decúbito de prona que apresentaram lesão por pressão, dois (40%) dos pacientes apresentaram risco moderado para desenvolver lesão por pressão e três (60%) alto risco para adquirir lesão por pressão. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes apresentou alto risco para desenvolvimento de lesão por pressão, segundo os resultados da escala de Braden. Financiamento: “Programa de Iniciação Científica da Universidade do Vale do Sapucaí”

LESÕES DE PELE EM CRIANÇAS INTERNADAS EM UM HOSPITAL DO SUL DO BRASIL

2022-12-02T01:40:33-03:00

INTRODUÇÃO: A pele é o maior e um dos mais ativos órgãos do corpo humano, desenvolve múltiplas funções incluindo a de barreira contra perda de água, proteção à agressão a irritantes, prevenção de infecção e sensibilidade1. Ao nascer a criança apresenta uma pele muito sensível, fina e frágil, passando por um processo progressivo de adaptação ao ambiente externo, cujo processo de amadurecimento se completa aproximadamente aos doze meses de vida2. As lesões de pele em crianças podem estar associadas à fatores externos, como a pressão, umidade, fricção, cisalhamento e trauma mecânico3. O cuidado às crianças e adolescentes hospitalizados requer da equipe de enfermagem o reconhecimento das necessidades e o conhecimento das especificidades da pele considerando as diferentes etapas do desenvolvimento. OBJETIVO: Identificar a prevalência de lesões de pele em crianças internadas em um hospital do Sul do Brasil. MÉTODO: Estudo epidemiológico, observacional, transversal, exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada em um único dia utilizando-se um instrumento com dados sociodemográficos, informações sobre o diagnóstico, condições da criança e sobre a presença de lesões. O projeto foi autorizado pela instituição e aprovado pelo CEP da Universidade sob o Parecer n° 5.295.662. RESULTADOS: O hospital mantém 55 leitos de pediatria, a amostra foi constituída por 45 (81,8%) das crianças em idade de zero à 13 anos internadas nas enfermarias e UTIs. Do total de participantes, 51,1% eram do sexo feminino. Em relação as idades das crianças 46,6% tinham menos de 1 mês de vida e 84,4% eram brancas. Prematuridade e desconforto respiratório foram os principais motivos da internação representando 31,1%. O tempo de internação variou de 1 dia a 2 meses com a média de 8,46 dias. Ao todo foram observadas 14 crianças com lesão de pele o que representa uma prevalência de 31,1%, deste total 02 internaram com lesões e 12 desenvolveram no hospital. Foram observadas 17 lesões, onde 7 (41,1%) lesões por dispositivo médico, 3 (17,6%) lesão por pressão, 02 (11,7%) dermatite associada à umidade, 02 (11,7%) lesão por adesivo,

01 (5,8%) dermatite irritativa, 01 (5,8%) Fournie, 01 (5,8%) dermatite alérgica. DISCUSSÃO: As lesões por dispositivo médico representaram a maioria das lesões observadas. A fragilidade da pele da criança e a presença de um ou mais dispositivos constituem os principais fatores de risco para este tipo de lesão demonstrando a importância da implementação de medidas de prevenção. A utilização de protocolos e de instrumentos de avaliação de risco podem auxiliar os profissionais, tendo em vista que o comprometimento da função de barreira da pele aumenta o risco para infecção e outras complicações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A maioria dos estudos disponíveis apresentam dados de prevalência específica por tipo de lesão o que dificultou a comparação dos resultados. A escassez na literatura sobre como se prevenir lesões de pele em especial as lesões por dispositivo e adesivo em prematuros é outro aspecto a se considerar, pois a maioria das barreiras e produtos disponíveis não são aconselhados para uso em RN principalmente prematuros

MEDIDAS DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA: ELABORAÇÃO DE UM PROTOCOLO PARA UMA ASSISTÊNCIA SEGURA

2022-12-02T01:42:24-03:00

INTRODUÇÃO: A dermatite associada à incontinência( DAI), ocorre quando a pele fica em contato com fezes e/ou urina por um tempo prolongado, causando alterações nas camadas da pele e podendo levar ao desenvolvimento de lesões, predispondo a infecções, aumentando o tempo de internação e até os custos hospitalares. Alguns estudos demonstram que as limpezas frequentes e de forma abrasiva podem potencializar o aparecimento da DAI, além destas, as respostas inflamatórias desencadeadas pela umidade. A problemática DAI, exige que as instituições elaborem protocolos que visem prevenir seu aparecimento e o tratamento de forma correta, pois assim é possível garantir a qualidade e segurança da assistência ao paciente. Uma visão holística do paciente requer avaliação diária da pele, manejo da etiologia da incontinência, limpeza e hidratação suave, aplicação de barreiras cutâneas, tratamento de infecção secundária e o uso de dispositivos de contenção fecal e urinário, se indicado. OBJETIVO: Descrever a elaboração de um protocolo com as medidas de prevenção e tratamento de Dermatite Associada à Incontinência, em um hospital escola de um município no interior do estado de São Paulo.

MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de caso, que consistiu na elaboração de um protocolo com a descrição do procedimento operacional padrão sobre as medidas de prevenção e tratamento de Dermatite Associada à Incontinência. Para a elaboração deste material foi realizada uma revisão da literatura sobre a temática, após a elaboração do material o mesmo foi submetido a avaliação e discussão com enfermeiros e um dermatologista para validação do protocolo. RESULTADO: O protocolo foi construído com a padronização de medidas de prevenção e tratamento de Dermatite Associada à Incontinência na instituição. Neste protocolo está descrito sua finalidade, os executantes, todo material necessário para o procedimento, as medidas de prevenção que foram divididas em medidas não farmacológicas e medidas farmacológicas. As medidas de tratamento foram estratificadas de acordo com a gravidade e características da DAI; para melhor padronização foram divididas em 4 grupos: Dermatites leves, Dermatites moderadas e intensas, Dermatites com presença de eczema e por fim Lesões micro-papulosas. Para facilitar a visualização das informações foi elaborado um fluxo com as informações resumidas, tornado a consulta mais prática e rápida para o profissional sanar as suas dúvidas, foi disponibilizado o protocolo completo na intranet da instituição e realizado uma apresentado para os enfermeiros do núcleo de estomoterapia da instituição divulgando as atualizações.

CONCLUSÃO: Foi realizada a elaboração do protocolo com as medidas de prevenção e tratamento de Dermatite Associada à Incontinência e este material está disponível para a consulta, o fluxograma elaborado auxilia o profissional da área da assistência, pois torna a consulta ao protocolo mais rápida e prática. Assim,podendo garantir a padronização da prevenção e tratamento da DAI na instituição, sempre com foco na segurança e qualidade da assistência do paciente.

O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO QUANTO A IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO

2022-12-02T01:45:17-03:00

Segundo o regulamento do COFEN 567/2018 o enfermeiro deve avaliar, prescrever e executar curativos em todos os tipos de feridas nos pacientes sob seus cuidados e o estadiamento da lesão por pressão é imprescindível para que o tratamento adequado seja iniciado precocemente. O objetivo deste trabalho foi identificar o conhecimento dos enfermeiros (as) assistenciais das unidades de internação, de um Hospital de ensino, de alta complexidade, frente ao estadiamento da lesão por pressão, este levantamento foi realizado através de um questionário de múltipla escolha com 14 questões fechadas. O método utilizado foi o quantitativo, mediante a técnica exploratória, com coleta de dados primários, por meio da compreensão da realidade estudada. Mediante os resultados coletados foi possível levantar as dificuldades dos enfermeiros no estadiamento da lesão por pressão, tanto na descrição anatômica de suas características, quanto pela análise das imagens. Sendo assim conclui-se há necessidade do aprimoramento dos enfermeiros assistenciais sobre o tema, bem como investimento das instituições hospitalares em educação continuada, uma vez que o estadiamento incorreto acarreta atraso no tratamento e na desospitalização, risco de infecção cutânea e coloca em risco a segurança do paciente.

O USO DE CURATIVOS COM TECNOLOGIA LÍPIDO COLOIDE EM LESÕES DE PESSOAS COM EPIDERMÓLISE BOLHOSA

2022-12-02T01:47:17-03:00

INTRODUÇÃO Epidermólise Bolhosa (EB) é uma doença genética hereditária, autossômica dominante ou recessiva, não contagiosa e sem cura. Causa alterações na síntese de proteínas que unem as camadas da pele. Trauma, atrito e altas temperaturas rompem as células formando as bolhas1. A Tecnologia Lípido Coloide (TLC) em contato com o exsudato da lesão forma uma gelificação simulando uma matriz extracelular (matriz lipofílica e carboximetilcelulose) estimulando a cicatrização com a proliferação de 70% a mais de fibroblastos em 48h, ativa 53% de ácido hialurônico e 80% de colágeno e não aderente. A TLC vem se mostrando uma alternativa terapêutica com resultados positivos na prática clínica. Com base nisto, temos como objetivo principal desta pesquisa identificar na literatura as evidências cientificas que comprovem a eficácia da TLC em lesões advindas da patologia EB. Descritores: Estomaterapia; Epidermólise Bolhosa; Cicatrização; Ferimentos e Lesões; Consenso; MÉTODO Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura através da estratégia de busca com os Decs nas bases de dados da BVS. Foram excluídos os artigos indisponíveis em texto completo. Encontrados 9 artigos, sendo que 5 artigos não contemplavam o tema. Selecionados e lidos 4 artigos na íntegra.

Acrescentado na discussão o Guideline publicado pela Debra e o documento atualizado da CONITEC. RESULTADO Por sua raridade percebe-se o desconhecimento dos profissionais de saúde no manejo da EB que consiste em evitar os traumas desencadeadores das lesões e infecções, facilitando a cicatrização das feridas com o uso sistemático de curativos4. A TLC é indicada para as lesões agudas e crônicas nas fases de granulação e de epitelização com alta aceitabilidade, tolerância e eficácia no tratamento de lesões das pessoas com EB. O curativo se mostrou simples e fácil de ser manipulado pelos pacientes, familiares e profissionais3. Recortável, moldável, adaptável com outras coberturas secundárias, proporciona ambiente úmido prolongado, atraumático e sem dor3. Referenciado para o tratamento de EB pelo Consenso Internacional da Debra e Conitec (PCDT). Indicado como camada de contato em todos os tipos de EB desde a Simples até a Kindler1,2. É a primeira escolha de cobertura quando disponível para bebês e áreas de bolhas erodidas em pacientes com EB Juncional1. Além disso, é indicação primária em lesões com presença de fungos associado a prata (TLC Ag). A remoção atraumática também pode auxiliar na redução da granulação excessiva. Blanchet é um dos três estudos citados pelo PCDT na avaliação da segurança e eficácia dos curativos no tratamento de lesões bolhosas. Seu principal resultado foi a cicatrização de 19 de 20 feridas comprovando uma melhor qualidade de vida para crianças e adultos3. CONCLUSÃO: A escolha da cobertura é desafiadora, exige capacidade técnica e conhecimento das tecnologias disponíveis. Observa-se uma escassez de material didático com alto nível de evidência para embasamento na tomada de decisão do prescritor e direcionamento na educação da família para a melhor conduta, necessitando de novas e mais pesquisas com a temática. Até que haja uma cura, são necessários estudos prospectivos para avaliar a dor, a qualidade de vida e a cicatrização de feridas.

O USO DE POLIHEXAMETILENO BIGUANIDA (PHMB) NA PRÁTICA CLÍNICA: REVISÃO INTEGRATIVA

2022-12-02T01:49:33-03:00

1 Introdução O tratamento de feridas nas últimas décadas tem sido palco de inúmeros avanços, sobretudo de novos materiais. Uma dessas inovações é a polihexanida (PHMB) que é a designação dada à hidrocloro-polihexametileno biguanida, substância dotada de ação antibacteriana e de um mecanismo de ação que se baseia em propriedades fortemente alcalinas1. Que permite obter resultados extremamente encorajadores, sendo considerada uma eficaz solução para o tratamento e limpeza de feridas2. 2 Objetivo Identificar e sintetizar as melhores evidências disponíveis na literatura, sobre os benefícios do uso da PHMB para o tratamento de lesões. 3 Metodologia Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura na qual foi direcionada pela pergunta problema mediante o acrômio População/Paciente, Intervenção, Comparação/Controle e Desfecho/“Outcomes” (PICO), onde P= Indivíduos com ferimentos, I= Higienização de ferimento(s), C= Uso de PHMB, O= Cicatrização/Cura3. As buscas por artigos ocorreram nas das bases de dados bibliográficas da Literatura Médica e Sistema de Recuperação Online (Medline) via PubMed e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Pesquisou-se termos exatos na ferramenta virtual Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH), encontrando apenas Enfermagem. Captou-se dois termos alternativos: ferida e limpeza. Foi necessário acrescentar dois termos não controlados, sendo eles: Poli-hexanida e PHMB. Para o cruzamento dos termos utilizou- se operadores booleanos, dispostos da seguinte maneira: Enfermagem AND Limpeza AND Ferida AND Poli-hexanida OR PHMB. Incluíram-se artigos originais, grátis, completos, que envolvesse seres humanos, publicados entre 2017 a 2022. Ocorreu a leitura todos os títulos dos estudos selecionados, os que não se adequaram ao objetivo foram descartados, o mesmo processo foi feito na sequência de resumo e trabalho completo. Excluiu-se artigos repetidos. Se obteve um total final de 08 artigos. 4 Resultados O PHMB se mostra eficiente contra microorganismos, desencadeando benefícios durante o processo de repitalização e consequentemente, favorecendo o surgimento de células. Nesse sentido, a substancia evidenciou respostas positivas contra biofilme imaturo de Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (MRSA) e biofilme de candida albicans. Também tem comprovação científica no combate a Enterococcus faecalis e Staphylococcus epidermidis. O PHMB revelou efeito antimicrobiano imediato sobre sarratia marcescens, uma bactéria causadora de infecção hospitalar. O uso continuo apresenta alta redução de bactérias vivas confirmando sua atividade antibacteriana. Quando comparado com limpadores de prata, surfactante e solução salina, ele tem superioridade comprovada na limpeza de feridas. Quando utilizado com esponjas de Fibroína de Seda (SF), resultou na inibição do crescimento de Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Os resultados sugerem que PHMB/SF possuem potencial para serem usadas como novo curativo para feridas abertas. Ao ser investigada a eficácia do PHMB junto ao antisséptico undecilenamidopropil betaína (UB), constatou forte ação de inibição, crescimento, fixação e própria formação de biofilme. 5 Conclusão O PHMB deve ter o uso encorajado nas instituições de saúde, pois são observadas tendências de melhores recuperações de lesões quando higienizados com polihexanida. O Enfermeiro deve se apropriar do arcabouço científico no qual orienta o uso deste produto e também contribuir com mais pesquisas sobre a temática visto que são profissionais que atuam diretamente com a assistência ao paciente.

PARÂMETROS PARA REGISTRO FOTOGRÁFICO DA FERIDA CRÔNICA NO CENÁRIO DA ASSISTÊNCIA: REVISÃO DE ESCOPO

2022-12-02T01:53:10-03:00

INTRODUÇÃO: Feridas são um desafio para os profissionais de saúde. A prevalência e incidência têm aumentado com o envelhecimento da população e o acréscimo de condições crônicas¹. O tratamento dessas feridas é responsabilidade legal do enfermeiro e a expansão da sua atuação vem contribuindo com o avanço do conhecimento da enfermagem. O desenvolvimento científico e tecnológico da assistência de enfermagem a pacientes com feridas tem sido uma realidade²-³. O conhecimento produzido colaborou para a utilização da fotografia na prática clínica, uma vez que apoia a escolha do melhor tratamento, fornecendo resultados sobre antes e depois4. Na prática clínica as fotografias são realizadas sem parâmetros. Portanto, o mapeamento dos principais conceitos do registro fotográfico de ferida na prática é necessário, para reprodução da realidade com o máximo de detalhes e informações relevantes, considerando que é um tipo específico de fotografia4. OBJETIVO: identificar os parâmetros para o registro fotográfico da ferida crônica no cenário da assistência. MÉTODO: trata-se de revisão de escopo (scoping review), realizada conforme o Instituto Joanna Briggs. Utilizou-se a pergunta norteadora: “o que há na literatura sobre os parâmetros para o registro fotográfico da ferida crônica?”. Foram realizadas buscas em 06 bases de dados nacionais e internacionais, sem limite de tempo de publicação. Identificados 26.852 estudos com 03 estratégias. Todos foram analisados pelo título e resumo, resultando na seleção de 90 artigos. Esses passaram pela leitura na íntegra com seleção de 8, que atenderam os critérios de inclusão e compuseram a amostra. RESULTADOS: Os oito estudos foram publicados no período de 2004 a 2019, realizados nos Estados Unidos, Inglaterra e Brasil. Os autores eram da área da saúde, principalmente médico, médico fotógrafo e enfermeiro. As recomendações foram organizadas em 09 parâmetros para garantir a segurança e qualidade do registro fotográfico da ferida: 1-equipamento; 2- iluminação; 3-posicionamento da câmera (distância e angulação entre o equipamento e a ferida); 4- posição e preparo do paciente; 5-identificação da ferida; 5-cor de fundo da imagem; 6-consistência das cores; 7-foco; 8-termo de consentimento livre esclarecido; 9-armazenamento da imagem. CONCLUSÃO: A revisão permitiu identificar os parâmetros do registro fotográfico da ferida crônica no cenário da assistência. Pesquisas nessa área podem auxiliar o enfermeiro assistencial a fotografar, documentar e acompanhar as feridas, com visualizações comparativas repetíveis ao longo de um período para tomada de decisão quanto ao tratamento.

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME

2022-12-02T01:54:52-03:00

Introdução: A Doença Falciforme apresenta-se como uma manifestação hereditária resultante de um distúrbio genético autossômico recessivo que afeta a estrutura e a função dos eritrócitos levando a uma série de complicações sistêmicas. Objetivo: conhecer o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com Doença Falciforme cadastrados no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí – HEMOPI. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com consulta ao banco de dados dos pacientes com doença falciforme cadastrados no HEMOPI. Resultados: Foram identificadas 727 pessoas com doença falciforme, com predominância do sexo feminino (53%), pardas (58,6%), do interior do Piauí (52,4%), com ensino médio (26,5%) e escola, como ocupação (44,8%), com hemoglobinopatia SS (56,1%), apresentando como manifestação clinica mais frequente, as dores generalizadas (37%), seguida da colecistopatia (22,4%), do acidente vascular encefálico (6,5%) e das úlceras de membros inferiores (5,4%); ademais a pneumonia é infecção mais recorrente (82,1%). Conclusão: o conhecimento acerca das características dessa população contribuirá para a prestação de uma assistência individualizada, que atenda suas necessidades específicas de modo integral e efetivo, merecendo também atenção multiprofissional, uma vez que suas manifestações clínicas impactam de forma direta na qualidade de vida do paciente.

PREVALÊNCIA DE DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA EM PACIENTES DE TERAPIA INTENSIVA

2022-12-02T01:57:06-03:00

INTRODUÇÃO: A Dermatite Associada à Incontinência (DAI) é a resposta inflamatória da exposição prolongada da pele às fezes e/ou urina, causando desconforto considerável, além de ter custo elevado para o tratamento diante do aumento do tempo de assistência de enfermagem e internação(1) .

Especialistas recomendam que seja coletado regularmente a prevalência/incidência de DAI e que seja considerado como um indicador de qualidade sensível à assistência de enfermagem (2) . OBJETIVO E MÉTODO: Objetivou-se descrever a prevalência de DAI e fatores associados à sua ocorrência em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e epidemiológico, de prevalência pontual de 01 (um) dia, em unidades de terapia intensiva de um hospital de grande porte na cidade de São Paulo. As unidades de terapia intensiva da instituição, possuem 124 leitos, dos pacientes elegíveis, quarenta aceitaram participar da pesquisa e assinaram o termo de consentimento. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento de coleta para identificar perfil, DAI e fatores associados. A avaliação da pele dos participantes e preenchimento do formulário foi realizada por enfermeiros expert´s. As informações obtidas deram origem a um banco de dados que foram armazenadas no Excel® 2010 , os dados referentes foram analisadas por meio da análise descritiva, utilizando-se frequência absoluta e relativa. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 4.778.220. RESULTADO: O perfil dos pacientes avaliados tinham média de idade de 74,7 e média de internação de 22 dias. Em relação ao estado geral, 22,5%(n=9) estavam em uso de estimulantes intestinais nas últimas 48 horas, 7,5%(n=3) tinham incontinência urinária e 45%(n=18) incontinência fecal, 42,5% (n=17) usavam fralda e 35% (n=14) apresentavam lesão por pressão (LP) em região sacral. A prevalência de DAI foi de 22,5%(n=9). Destas, de acordo com a escala Ghent Global Incontinence Associated Dermatitis Categorization Tool -GLOBIAD (3) 55,5% (n=5) foram categorizadas em 1A e 44,4%(n=4) em 2A. A média de idade dos pacientes com DAI era 73 anos e a média de internação em uti 30 dias. Quanto ao risco de LP conforme BRADEN (4) 22,2% (n=2) apresentaram risco muito alto,22,2% (n=2) risco alto, 11,1% (n=1) risco moderado, 44,4% (n=4) risco baixo. Em relação ao estado geral dos pacientes com DAI, 22,2% (n=2) estavam em uso de estimulante intestinal nas últimas 48h, 11,1% (n=1) apresentava incontinência urinária, 44,4% (n=4) incontinência fecal e, 22,2% (n=2) em uso de fralda. CONCLUSÃO: A prevalência de DAI e seus fatores associados encontrados neste estudo podem auxiliar no entendimento e relacionamento do acometimento e desenvolvimento deste agravo, além de auxiliar na tomada de decisão dos gestores de saúde e na elaboração de projetos de melhoria na prevenção e tratamento de DAI.

PROCESSO DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO DE PACIENTES COM FERIDA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA: REVISÃO INTEGRATIVA

2022-12-02T01:59:43-03:00

Introdução: No Brasil, dentre os serviços que atendem pacientes com feridas, destacam-se a Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde como a principal porta de entrada desses pacientes no processo de assistência. Os profissionais desse nível articulam a rede, com a referência à Atenção Secundária, para atendimentos ambulatoriais e especializados, considerando a complexidade e necessidade de cada paciente.1 Nesse sentido, o enfermeiro é responsável por coordenar a Sistematização da Assistência de Enfermagem e operacionalizar o Processo de Enfermagem2, além de avaliar, selecionar e indicar tecnologias para o tratamento das feridas.3 Objetivo: identificar na literatura a implementação do Processo de Enfermagem no atendimento de pacientes com ferida na Atenção Primária e Secundária do Brasil. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa composta por estudos identificados e selecionados nas bases de dados da LILACS, BDENF, IBECS, CUMED, CINAHL, Medline (via Pubmed), EMBASE, Scopus e Science Direct, publicados entre 2010 e 2021, considerando o ano de publicação da resolução 358/2009, que dispõem sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem. Resultados: a amostra foi composta por nove estudos, cinco foram realizados em instituições do Sudeste, dois no Sul e dois no Nordeste, sendo que seis foram realizados na Atenção Primária e três na Secundária, do Sistema Único de Saúde. Nenhum estudo descreveu as cinco etapas do processo. A coleta de dados estava presente em quatro estudos, sendo que em um, o enfermeiro avaliava exclusivamente, sob a solicitação do técnico. Em dois estudos, a avaliação do enfermeiro era somente da ferida. A fase de implementação de ações foi realizada em todos os estudos. O planejamento do cuidado estava presente em três estudos e o diagnóstico em dois. A documentação e o registro do Processo de Enfermagem não foram descritos nos estudos. Conclusão: constatou-se que na prática clínica há incompletude da execução e registro do Processo de Enfermagem, devido à falta de capacitação e conhecimento, alta demanda de trabalho, interrupções nos atendimentos e ausência de protocolos.

PRODUTOS TECNOLÓGICOS DO TIPO APLICATIVO PARA AVALIAÇÃO DAS FERIDAS

2022-12-02T02:01:35-03:00

INTRODUÇÃO: Feridas são um problema de saúde pública (1) e pela complexidade do seu processo torna-se essencial uma criteriosa avaliação, que deve contemplar métodos científicos com parâmetros confiáveis a fim de subsidiar as decisões do plano terapêutico(2). Diante das inovações tecnológicas mundial surge a inquietação com a seguinte pergunta: Quais os produtos tecnológicos do tipo aplicativo que auxiliam na avaliação das feridas? OBJETIVO: Analisar na literatura científica as evidências sobre os produtos tecnológicos, do tipo aplicativo, que auxiliam na avaliação das feridas. MÉTODO: Revisão Integrativa realizada em janeiro de 2022 seguindo as etapas(3): seleção da questão de pesquisa, desenvolvidas através do acrônimo PICO(4) (P- população: refere-se as pessoas com ferida; I- intervenção: produto tecnológico do tipo aplicativo; C- não houve grupo comparação; O- desfecho avaliação criteriosa da ferida). Para as buscas nas Bases de dados: Scopus, SciELO, LILACS, BDENF, PubMed/ MEDLINE e EMBASE foram utilizadas palavras-chaves que refletiam a questão de pesquisa, com os operadores booleanos AND e OR. Por conseguinte foi realizada categorização e análise dos estudos de acordo com as diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses (PRISMA)(4); interpretação e síntese dos resultados e finalmente, apresentação da revisão.

Foram critérios de inclusão: estudos publicados em português, espanhol e inglês; por se tratar de uma inovação tecnológica buscou um equilíbrio de publicação antiga e recente, do qual ficou determinado recorte temporal de 2001 a 2022. De acordo com a estratégia de busca inicialmente foram levantados 677 artigos. Os estudos excluídos foram os: incompletos e que não tratavam de tecnologia do tipo aplicativo ou tecnologias que não avaliavam feridas, estudos de revisões de literatura, resumos de conferências, teses, dissertações e capítulos de livros. Os dados elencados foram: autor(es), ano, objetivo, tipo de pesquisa, produto, principais resultados e conclusão. Na sequência foi realizada análise descritiva dos resultados dos artigos incluídos, seguindo para síntese e as comparações entre as pesquisas. RESULTADO: Amostra foi composta por 12 estudos primários, sete datados de 2021, e na sua maioria na língua inglesa. Dos estudos elegíveis, seis eram comparativos, e cinco de validação e avaliação da precisão do produto tecnológico, onde a maior parte dos estudos o aplicativo foi testado em feridas de etiologia geral, três em ferida de pé diabético, uma lesão por pressão e uma ferida em neonato. A ferramenta em sua maioria é apontada entre outros como, versátil, ágil, fácil manuseio, permite maior precisão na avaliação de feridas e acesso ao cuidado remoto, e como principal desafio o desenvolvimento de mais pesquisas. CONCLUSÃO: Este estudo mostra que o dispositivo móvel para avaliação de feridas se traduz numa ferramenta efetiva para a prática clínica no cuidado a pessoa com ferida, podendo contribuir para que os enfermeiros se sintam estimulados a desenvolver outras inovações tecnológicas baseadas em evidências científicas na avaliação de feridas.

QUEIMADURA DE TERCEIRO GRAU POR ESCALDO EM PÉ DE INDIVÍDUO COM DIABETES MELLITUS: RELATO DE CASO

2022-12-02T02:04:00-03:00

Introdução: A polineuropatia simétrica distal caracteriza-se pela degeneração progressiva do nervo motor e/ou sensitive e resulta na perda de sensibilidade protetora plantar(1), esse comprometimento torna o indivíduo susceptível e com maior do risco de acidentes como queimaduras por líquido ou vapor, sendo que grande parte das queimaduras em pessoas com DM acontecem no ambiente doméstico, principalmente pelo uso de água ou compressas quentes para o tratamento dos sintomas da neuropatia periférica(2). Objetivo: Relatar o caso de um indivíduo com Diabetes Mellitus tipo 2 e perda de sensibilidade protetora plantar, que sofreu queimadura de terceiro grau no pé direito, após escaldo.

Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, do tipo relato de caso, desenvolvido em um ambulatório de Estomaterapia de uma operadora de saúde complementar e aprovado por comitê de ética. A amostra foi constituída por paciente único, com diagnóstico de DM tipo 2 de longa data e perda de sensibilidade protetora plantar, que sofreu queimadura de terceiro grau no pé direito após escaldo. O paciente foi acompanhado duas vezes por semana pela enfermeira estomaterapeuta, entre os meses de abril e junho de 2021, para a evolução da ferida utilizou-se o Pressure Ulcer Scale for Healing - PUSHO (3), os dados e registros fotográficos foram coletados através da revisão do prontuário eletrônico. O relato deste estudo de caso baseou-se no The CARE Guidelines (4). Resultados: A principal preocupação do indivíduo era a possível perda do pé, devido ao antecedente de amputação transfemoral do membro contraleteral. O tratamento proposto foi multidisciplinar por Endocrinologia, Cirurgia Vascular e Enfermagem em Estomaterapia. Foi realizado acolhimento, intervenção educativa e tratamento tópico com coberturas adequadas para cada fase do processo de cicatrização, com foco na prevenção de infecção e complicações. Após dois meses houve a cicatrização completa da queimadura e preservação do membro. Conclusão: O presente estudo de caso visou alertar e sensibilizar a equipe de saúde, quanto à prevenção de queimaduras, cuja gravidade se destaca nas pessoas com Diabetes Mellitus, esses profissionais devem, portanto, considerar não somente as úlceras neuropáticas e isquêmicas, tão prevalentes em nosso país, mas também outras ocorrências como as queimaduras por cuidado inadequado. A equipe multidisciplinar e o serviço especializado em estomaterapia de referência foram essenciais para o desfecho positivo alcançado.

RELATO DE EXPERIENCIA: MONITORAMENTO PÓS ALTA DE PACIENTES COM FERIDAS CRÔNICAS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA

2022-12-02T02:05:51-03:00

INTRODUÇÃO: O processo de cicatrização em feridas complexas é um desafio na atualidade, seu dinamismo é lento e está associado a doenças crônicas¹. O tratamento deve abordar o autocuidado do paciente e realizar orientações preventivas para controlar a doença, tendo como objetivo principal a cicatrização e a prevenção de recidivas¹,².O telemonitoramento pode ser uma ferramenta utilizada por enfermeiros para identificação precoce de sinais e sintomas de doenças crônicas, além de promover maior controle de possíveis complicações³,4. Na área da Estomaterapia pode ser utilizado como facilitador da relação profissional-paciente, ocasionando melhor adesão ao tratamento, além de diagnóstico e tratamento precoce de recidivas ou novas lesões³. OBJETIVO: Descrever a experiência da equipe de estomaterapia em realizar monitoramento pós alta de pacientes com feridas crônicas atendidos em ambulatório de estomaterapia. MÉTODO: Relato de experiência sobre o monitoramento telefônico pós alta do tratamento de feridas crônicas em um Hospital privado da cidade de São Paulo-SP, no período de abril/2020 a março/2022. RESULTADOS: Após a cicatrização da lesão, os pacientes elegíveis foram monitorados por contato telefônico em 15, 30, 90, e 180 dias através de um questionário estruturado e registro em prontuário eletrônico. No período de abril/2020 a setembro/2021, foram realizadas 126 altas, 118 pacientes não apresentaram recidiva no período de 180 dias e foram considerados aptos para seu autocuidado. Oito indivíduos apresentaram recidiva (6 pacientes) ou nova lesão (2 pacientes), foram orientados sobre possíveis complicações e notificados a retornar ao serviço ambulatorial. Aqueles em que durante contato telefônico foi observada predisposição para recidivas, foram notificados a comparecer à consulta multiprofissional para reavaliação da doença crônica.

CONCLUSÃO: Realizar o monitoramento após a alta trouxe para a equipe de enfermagem a percepção da importância na continuidade da assistência e a possibilidade de evitar e/ou minimizar complicações. Ao paciente, traz uma percepção de pertencimento, lembrança e importância.

SIMULAÇÃO REALÍSTICA COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO PARA ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

2022-12-02T12:21:09-03:00

Introdução: As feridas crônicas são um problema de saúde pública que pode complicar a depender das condições socioeconômicas, educativas e qualidade do atendimento hospitalar e pré-hospitalar, assim como controle primário e secundário dos fatores de risco.¹ O enfermeiro como profissional qualificado poderá atuar nas salas de curativo, propiciando a melhoria da assistência de saúde, com consultas sistematizadas, com indicação do melhor produto, de acordo com as condições clínicas da ferida, avaliação das doenças de base, além da prescrição de ações para o autocuidado.² A capacitação qualifica o aluno para que ele conquiste autonomia no espaço em que atuar enquanto profissional.³ Nessa perspectiva, a simulação realística é uma ferramenta para o aumento do conhecimento científico dos futuros profissionais de enfermagem, sendo assim, esses passam a dominar técnicas fundamentadas no conhecimento científico. Objetivo: Relatar a experiência da utilização da simulação realística sobre cuidados com feridas para alunos do curso de graduação em enfermagem. Método: Trata-se de um relato de experiência de estratégia realizada em abril de 2022 no laboratório do departamento de enfermagem em virtude do programa de ensino e pesquisa realizado pela Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAEE). A simulação realística ocorreu para alunos do curso de graduação em enfermagem, membros da LAEE, com o intuito de capacitar os alunos a avaliar, cuidar e intervir em feridas crônicas e ocorreu em três etapas: A primeira foi a busca por referências bibliográficas sobre os cuidados com as feridas crônicas, seguido da elaboração de material didático para os alunos. A segunda parte foi a explanação dos alunos sobre diversos assuntos. Por fim, os alunos foram estigados a fazer uma simulação prática, que foi dado um caso clínico e eles deveriam colocar em prática tudo o que foi abordado. Resultados: A simulação realística foi feita em 2 dias, no 1º dia foi realizada a explanação do assunto com os alunos, além de ser um espaço para tirar possíveis dúvidas. Abordou-se como avaliar o paciente, buscando principalmente por fatores de risco; Quais materiais utilizar; Como retirar o curativo; Avaliação correta da ferida; Colocação e retirada da luva estéril; Limpeza da ferida; Fixação e Registro adequado. No 2º dia, os alunos foram divididos em dois grupos, e foi realizada a simulação prática com o estudo de caso. Considerou-se que a simulação foi bem sucedida, além de ter sido realizada de forma dinâmica e leve. Conclusão: O estudo identificou impacto positivo dos estudantes da graduação em Enfermagem sobre a simulação realística enquanto estratégia de ensino e aprendizagem. No cenário estudado, a simulação é percebida como uma técnica que permite uma vivência prévia da prática, o que permite relacionar a teoria e a prática em um ambiente seguro, no qual, ajuda na aprendizagem dos alunos. Por ser uma estratégia dinâmica e ativa, a simulação promoveram integração e contribuíram para discussões acerca do assunto. Além de aumentar a autonomia e segurança dos estudantes para a realização dessa prática. Portanto, sugere-se a realização de outras pesquisas e a cooperação multicêntrica nessa área do conhecimento.

TERAPIA DE FERIDA POR PRESSÃO SUBATMOSFÉRICA (TFPN) EM PACIENTE ONCOLÓGICO COM FASCIÍTE NECROZANTE: RELATO DE CASO

2022-12-02T12:23:48-03:00

sumo: Objetivo: Verificar os resultados da terapia de ferida por pressão subatmosférica (TFPN) em uma criança com diagnóstico de Leucemia Linfóide Aguda (LLA) e Fasciíte Necrozante (FN) em Hospital Público Infantil da Cidade de São Paulo. Métodos: Estudo descritivo, narrativo e reflexivo, em formato de relato de caso, em uma criança de 2 anos e 2 meses submetida a TFPN no período de 39 dias. Os dados foram coletados e registrados na evolução de enfermagem, e realizado prescrição de enfermagem do cuidado do curativo a partir de observação a cada troca do curativo. Foi avaliada e acompanhada a evolução da lesão pelo menos uma vez por semana por meio de mensuração e fotografias da lesão.

Foram utilizados 8 kits de curativos, 8 reservatórios, 8 trocas de cobertura e 1 dispositivo computadorizado de pressão subatmosférica. As coberturas foram trocadas no período de 3 a 6 dias. Resultados: Houve redução de dias de internação, da área da ferida, e da infecção, e melhor aspecto do leito da ferida para preparação para enxertia. Conclusão: A TFPN é uma alternativa viável no tratamento de ferida. É importante que a equipe interdisciplinar avalie e tenham decisões precisas e precoces na reparação da ferida, diminuindo custos e dias de internação. É necessário o empoderamento da equipe para realização de protocolo operacional da TFPN e que sejam coesos na tomada de decisão.

TRATAMENTO DE FERIDAS COM TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE: REVISÃO DE ESCOPO

2022-12-02T12:32:00-03:00

Introdução: Os custos monetários no tratamento de feridas geram um grande impacto à Saúde Pública, além de afetar a qualidade de vida e autoestima do paciente, interrupção das atividades laborais e necessidade de cuidadores¹. Posto isto, compreende-se a necessidade de buscar melhores efeitos no reparo tecidual e aceleração do processo cicatricial. A Laserterapia apresenta-se como adjuvante no tratamento de feridas, auxiliando na tecnologia de cuidados, que propicia o processo de reparo cicatricial através do estímulo à atividade celular². Os efeitos da fotobiomodulação podem reduzir a duração da inflamação aguda, proliferar e reorganizar fibras de colágeno, modular a produção dos fatores de crescimento e diminuir as prostaglandinas, resultando em propriedades analgésicas e antiflamatórias²,³. Objetivo: Relatar as evidências científicas mediante a utilização de Laser de Baixa Intensidade na cicatrização de feridas em adultos. Método: Trata-se de uma Scoping Review protocolado no Open Science Framework, número do registro: 10.17605/OSF.IO/QCRBV. As bases de dados foram acessadas em 12 de janeiro de 2022 utilizando a busca avançada, citadas respectivamente: Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Banco de Dados em Enfermagem, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Cochrane Library, Embase, PubMed/Medical Literature Analysis and Retrievel System Online, Scientific Electronic Library Online, Scopus, Web of Science e Google Scholar. Dentre os critérios de inclusão, optou-se por artigos originais disponíveis online a partir do acesso via Comunidade Acadêmica Federada publicados na língua portuguesa, inglesa e espanhola, com recorte temporal entre 2017-2021. O s critérios de exclusão foram estudos que não atendiam à questão de pesquisa, editoriais, cartas ao editor, anais de eventos científicos (resumos), artigos de opinião, artigos de revisão, textos indisponíveis online na íntegra, publicações duplicadas e estudos cuja população estudada não seja em seres humanos. Resultados: Com base nos parâmetros estabelecidos para a busca, obteve-se um total de 2101 artigos científicos. Posteriormente a exclusão dos duplicados e a execução dos critérios de elegibilidades, 15 artigos constituíram a amostra final. No Brasil houve uma visibilidade maior, pois, desenvolveu 33,3% (n=5) dos estudos incluídos. A prevalência do número de estudos ocorreu na base de dados Embase 46,7% (n=7), sendo 2017 e 2018 os anos de maiores publicações, quatro em cada ano. Com relação a utilização do laser de baixa intensidade como um dispositivo eficiente no processo cicatricial de feridas ocorreu em 93,3% (n=14) dos artigos, e observou- se uma carência em um consenso científico referente à dosimetria e aplicabilidade. Conclusão: As evidências científicas indicaram que a aplicabilidade do laser de baixa intensidade propicia a cicatrização de feridas, contudo, o estudo aponta a não padronização dos protocolos de tratamento estipulados, considerando a necessidade de novas pesquisas para a regulamentação destas ferramentas para a prática clínica.

USO DE DACC E TERAPIA MULTICAMADAS EM ÚLCERA VENOSA DE PERNA: RELATO DE CASO

2022-12-02T12:35:02-03:00

Introdução: A úlcera venosa de perna, na maioria dos casos, é uma situação crônica em que os pacientes sofrem por longos anos com lesões exudativas, com infecções recorrentes, hospitalizações, desbridamentos e elevados custos. O agravo da lesão está associado ao desconhecimento, tratamento inadequado e tecnologias educativas que deem autonomia ao paciente pode reduzir complicações de úlceras venosas1-3 Objetivo: Relatar caso de tratamento de úlcera venosa de perna com uso de DACC e terapia multicamadas com orientações para autonomia do paciente. Metodologia: Estudo de caso de paciente com úlcera venosa de perna. O protocolo do estudo de caso incluiu: Avaliação usando a ferramenta Time, mensuração do pH da lesão, verificação da temperatura corporal na região frontal, perilesão e no leito da ferida, limpeza da perna com sabonete degermante e da ferida com DACC Swab e Soro Fisiológico em jato abundante. A cobertura primária foi o DACC associado a terapia multicamadas com trocas a cada 5 dias. O secundário composto de gaze seca fixada com atadura, trocado a cada 24 horas. O paciente foi orientado a realizar a trica do secundário em seu domicílio. Resultado: Paciente, sexo masculino, 46 anos, com úlcera venosa há 13 anos, tendo com causa acidente automobilístico com ferimento grave que evoluiu para úlcera venosa. Ao longo dos anos, realizou desbridamentos, enxerto de pele sem sucesso, cursando com infecções e internações hospitalares e chegou a ser indicado amputação. A lesão, localizada no dorso do pé esquerdo até região medial da perna, apresentando necrose de liquefação, infecção e inflamação, exsudação abundante e bordas irregulares, 18X17 cm e área total de 306 cm2, iniciado tratamento por enfermeiro estomaterapeuta o qual realizava seguindo o protocolo de limpeza a cada troca. O pH inicial foi 8, Temperatura 36ºC corporal e no leito 350C. Foram realizadas desbridamento utilizando fricção com DACC swab e mantido DACC no leito associado a terapia multicamadas. Ressalta-se a hidratação da perna e perilesão com troca de luva antes da aplicação do DACC. O tratamento durou 20 semanas com redução para área de 132cm2. pH oscilou entre 8 e 7, temperatura do leito menor que a corporal. A autonomia do paciente na troca do secundário contribuiu para redução de maceração e recidiva de infecção. Conclusão: Houve redução progressiva da lesão com uso da tecnologia do DACC, terapia multicamadas e consequente melhoria da autoestima do paciente e da qualidade de vida. O tratamento com estomaterapeuta associado a tecnologia com antisséptico e terapia multicamadas proporcionou alinhamento e redução da úlcera venosa com possibilidade de enxerto de pele em condições adequadas. Sugere-se pesquisas com mais pacientes com avaliação até desfecho e estudo clínico comparando outras tecnologias.

USO DO ÓLEO ESSENCIAL DE LAVANDA (LAVANDULA ANGUSTIFOLIA) COMO ANTIMICROBIANO EM FERIDAS INFECTADAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-02T12:38:38-03:00

INTRODUÇÃO: A aromaterapia foi incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas (PNPIC) através da Portaria 702/2018, cuja definição é o uso intencional de Óleos Essenciais (OEs) a fim de promover ou melhorar a saúde, o bem-estar e a higiene1. Essa Prática Integrativa Complementar é reafirmada como especialidade de Enfermagem por meio da Resolução nº 389 do Conselho Federal de Enfermagem2. Ela pode agregar benefícios ao paciente, e colaborar com a economia de gastos da instituição pública por utilizar matéria-prima de custo relativamente baixo1. OBJETIVO: descrever a atividade antimicrobiana do OE de Lavandula angustifolia para tratamento de feridas infectadas. MÉTODO: trata-se de um relato de experiência fundamentado em estudos disponíveis nas bases de dados e na prática profissional de uma enfermeira estomaterapeuta. Resultados: o OE de L. angustifolia apresenta diferentes propriedades biológicas, como atividade antimicrobiana, antioxidante, ação analgésica e anti-inflamatória. Os componentes bacterianos têm sido destacados como fatores prejudiciais durante a cicatrização de feridas devido à sua interferência nas interações célula-matriz e pela redução da resposta inflamatória que produzem. No ambiente clínico, a formação de biofilme é um desafio urgente que leva a infecções crônicas. A prevenção da formação de biofilme é considerada preferível à sua remoção, pois esta é uma tarefa muito difícil e exigente, podendo causar problemas de recontaminação devido à liberação descontrolada de células bacterianas e toxinas após seu rompimento. Uma das excelentes propriedades antimicrobianas do OE de L. angustifolia é que também pode ser eficaz mesmo contra biofilmes microbianos3, este óleo essencial pode estimular a resposta do macrófago inato humano a uma bactéria o que pode sugerir o potencial deste extrato vegetal como um coadjuvante antiinflamatório e imunorregulador antimicrobiano4. O OE de L. angustifolia têm não apenas a capacidade de inibir a atividade de crescimento bacteriano, mas também de reduzir a concentração ativa necessária de antibióticos por sua atividade sinérgica5. CONCLUSÃO: A falta de soluções perante a patogenicidade dos microrganismos tem impulsionado o estudo de novas alternativas antimicrobianas, inclusive para o tratamento de feridas. O óleo essencial de lavanda pode ser artefato promissor em relação ao tratamento de feridas, especialmente em feridas crônicas, onde o tratamento de infecções e inflamações ainda são questões importantes. Uma possibilidade interessante do uso do óleo essencial de lavanda, seria sua incorporação em curativos, uma vez que podem prevenir ou tratar infecções em feridas e auxiliar na regeneração de tecidos.

VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA PARA PACIENTE COM FERIDAS CRÔNICAS

2022-12-02T13:52:03-03:00

Introdução: Os principais benefícios em se utilizar uma tecnologia em saúde como ferramenta são: comunicação clara e objetiva com finalidade de incentivar o paciente a ter mais autonomia nos cuidados com feridas crônicas.¹ Objetivo: Desenvolver e validar uma tecnologia sobre feridas crônicas, direcionado aos profissionais e pacientes. Método: Estudo metodológico realizado em Março e Abril de 2022, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o parecer 4.026.647. O desenvolvimento da tecnologia aconteceu em duas fases: A primeira, referente a construção da tecnologia ocorreu após busca na literatura sobre cuidados com feridas crônicas e fatores que influenciam na qualidade de vida dos pacientes acometidos. A segunda fase foi o processo de validação, realizado de maneira online, por meio do Google Forms enfermeiros estomaterapeutas mediante questionário em relação a cinco aspectos: objetivo, conteúdo, relevância, o estilo da escrita e a organização, cabendo aos juízes julgar se esses aspectos estavam muito adequados, adequados, pouco adequados ou totalmente inadequados, segundo a escala Likert.² Os dados obtidos foram expostos em planilha de dados online, sendo codificadas e tabuladas, para serem analisados utilizando a estatística descritiva. O Índice de Validade de Conteúdo (IVC) foi empregado, tendo sido considerado o índice superior ou igual a 0,75 para o julgamento de cada item como o julgamento global da tecnologia.3-4 Utilizou-se o índice Kappa como indicador de concordância, onde varia entre o intervalo de 0 a 1, para o item ser aceito e sem a necessidade de alteração, foi adotado o nível de concordância acima de 0,61.4 Resultados: A tecnologia educativa intitulada: “Diário da Ferida” foi produzida em formato de cartilha, com conteúdos claros, objetivos e de linguagem acessível, onde o paciente deve registrar algumas características da lesão: sangramento, secreção, odor, e dor, bem como questões subjetivas: se a lesão atrapalha sua vida e como a pessoa se sente vivendo com a ferida naquele dia. Há um espaço também para o estomaterapeuta registrar profundidade, tamanho, classificação, odor, tratamento realizado e observações. Para o processo de validação contou-se com 11 juízes, sendo 10 mulheres (90,9%) e 1 homem (9,1%), com idade média de 42 anos e tempo de formado com média de 16 anos, estomaterapeutas, com o tempo de especialização em média 7 anos, quatro (36,4%) eram mestres e dois (18,2%) doutores. O item sobre objetivo o IVC foi 0,72 e o índice Kappa foi 0,44, valor abaixo do esperado, com isso, a tecnologia foi modificada de acordo com o parecer dos juízes. Os itens conteúdo, relevância, estilo da escrita e a organização o IVC foi de 1 e o índice Kappa foi 1, sendo validados. Conclusão: Na avaliação global, o IVC foi de 0,91 e o Índice Kappa foi de 0,82, além disso, as modificações sugeridas pelos juízes trouxeram melhorias, deixando a tecnologia mais clara e objetiva. Acredita-se que o material produzido contribuirá para o acompanhamento da evolução das feridas crônicas, além de analisar a percepção do paciente sobre sua situação, podendo favorecer a mudanças de hábitos e, consequentemente, melhora na qualidade de vida.

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO MANEJO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM GESTANTES E PUÉRPERAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

2022-12-02T13:54:35-03:00

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU), segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS) é definida como a perda involuntária de urina, sendo evidenciada entre as doenças mais prevalentes na população feminina1,3. Alguns estudos apontam que métodos cirúrgicos e medicamentosos eram a primeira escolha para o tratamento da IU em puérperas, contudo a ICS aponta a reabilitação do assoalho pélvico (AP) como a primeira opção de tratamento da IU, uma vez que os exercícios perineais são de baixo custo e risco, não invasivos que combatem a diminuição da Força Muscular do Assoalho Pélvico (FMAP) e, desse modo são capazes de prevenir, diminuir ou curar a IU, além de promover o bem-estar¹. Desse modo, ressalta-se a necessidade do envolvimento do enfermeiro especializado em estomatarepia no atendimento de gestantes e puérperas trabalhando não só no tratamento como também na prevenção da IU². OBJETIVO: compreender como o enfermeiro atua no manejo da IU em gestantes e puérperas, analisando na literatura disponível nacional e internacional os artigos que abordam esse tema. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada entre os meses de janeiro e fevereiro de 2020. A busca dos artigos foi realizada na base de dados LILACS, MEDLINE e BDENF por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): incontinência urinaria; complicações na gravidez; terapia por exercício, enfermagem e período pós-parto. RESULTADOS: O levantamento bibliográfico localizou 3451 resultados em publicações indexadas. Mediante os critérios de inclusão foram selecionados trabalhos publicados em periódicos com texto completo, disponíveis nos idiomas inglês e português, nas bases de dados elencadas no período de 2015 a 2020, sendo 3149 excluídos por não atenderem a proposta do estudo.

Foram analisados 302 artigos, no qual 14 artigos compuseram a análise da revisão. Dentre os estudos avaliados tornou-se possível evidenciar maior predominância nos temas sobre: força muscular do assoalho pélvico na prevenção da incontinência urinária; fatores de risco para incontinência urinária; relação entre incontinência urinária e vias de parto; terapêuticas utilizadas em gestantes e puérperas com incontinência urinária. Contudo notou-se a escassez de estudos sobre a atuação do enfermeiro no manejo da incontinência urinaria em gestantes e puérperas, o que evidencia a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto, uma vez que a figura do enfermeiro se torna primordial na avaliação, diagnóstico, tratamento, e prevenção da IU no ciclo gravídico e puerperal, servindo inclusive de suporte eficaz ao paciente. Esse acompanhamento é fundamental para educar a mulher sobre o funcionamento do trato urinário inferior e a realização de exercícios da musculatura do assoalho pélvico, para fortalecer a contração voluntária do músculo ao esforço. CONCLUSÃO: Dessa forma, o enfermeiro tem um papel fundamental na avaliação, diagnóstico, tratamento e prevenção da incontinência urinária no ciclo gravídico puerperal, proporcionando um acompanhamento holístico e humanizado, visto que esse profissional deve ser capacitado e orientado acerca do manejo da incontinência em gestantes e puérperas. Diante disso, percebe-se a relevância de inserir como proposta esse tema na caderneta da gestante, a fim de contribuir no atendimento dessas mulheres.

ELABORAÇÃO DO MATERIAL EDUCATIVO PARA ORIENTAÇÃO DA CRIANÇA SUBMETIDA A AMPLIAÇÃO VESICAL E SUA FAMÍLIA

2022-12-02T13:57:34-03:00

INTRODUÇÃO: A ampliação vesical consiste na utilização de um pedaço do intestino ou de um tecido do trato urinário para ampliação vesical e assim aumentar a capacidade da bexiga e evitar o risco de lesão do trato urinário superior por refluxo vesicoureteral. Além disso, é realizada a criação de um conduto cateterizável entre a bexiga e a pele do paciente (estomia), onde será realizado cateterismo intermitente limpo, para remoção da urina. Na técnica de Mitrofanoff esse conduto cateterizavel é construído com o apêndice e na técnica de Monti é construído com um pedaço do íleo. A ampliação vesical é o tratamento de escolha para pacientes com disfunção vesical e deterioração da função renal. Diante da complexidade do procedimento e da magnitude dos cuidados no pós operatório, existe a demanda da elaboração de material educativo para orientação do paciente e sua família. OBJETIVO: Descrever a elaboração de um material educativo para ser utilizado na orientação de crianças submetidas a ampliação vesical em hospital escola no interior do estado de São Paulo. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de caso, que consistiu na elaboração de um material educativo para orientação da criança com ampliação vesical e sua família. Para a elaboração deste material foi realizada uma revisão da literatura sobre a temática e após a elaboração do material o mesmo foi submetido a avaliação por um grupo de enfermeiras com notório saber na área de cuidados com ampliação vesical, em seguida foram realizadas alterações de acordo com as sugestões dos avaliadores. Para facilitar o entendimento dos cuidados e procedimentos foram elaboradas ilustrações educativas por um dos enfermeiros do grupo. RESULTADO: O material educativo foi elaborado na forma de um livreto no tamanho A4, no formato retrato, de forma ilustrada, composto por 8 páginas, que contemplam as seguintes orientações: definição e conceito da ampliação vesical, importância dos cuidados de higiene com a estomia, higiene das mãos do paciente e cuidador, material necessário para o cateterismo, etapas do procedimento do cateterismo, registro do número de vezes que o procedimento foi realizado, bem como volume e características da urina, orientações para o cateterismo durante a noite, sinais de infecção urinária, e por fim observações importantes e condutas em caso de intercorrências. Além disso, o material conta com um campo onde é possível colocar a identificação da criança, o tipo de procedimento e a data que foi realizado.

CONCLUSÃO: Foi realizada a elaboração de um material educativo para alta orientação à criança com ampliação vesical traqueostomia e que está sendo utilizado como material educativo pelos profissionais, visando orientar os cuidadores da criança para uma assistência segura.

INFOGRÁFICO: UM GUIA ORIENTADOR PARA CUIDADOS HOSPITALARES COM DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA EM PEDIATRIA.

2022-12-02T13:59:36-03:00

INTRODUÇÃO: Dermatite Associada à Incontinência (DAI) é uma manifestação clínica com danos na pele relacionados à exposição de urina e/ou fezes. Classificam-se nas categorias 1, 2 e 3 em consonância aos sinais e sintomas clínicos, desde eritema, edema e vesículas, até casos mais severos, com erosão da pele, aumentando o risco de infecções fúngicas, bacterianas e Lesão por Pressão.

OBJETIVO: Elaborar Infográfico com cuidados relacionados à prevenção e tratamento de Dermatite Associada à Incontinência em pediatria no âmbito hospitalar. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada entre janeiro e fevereiro de 2022, utilizando artigos selecionados através de buscas em base de dados virtuais da saúde e consensos internacionais dos últimos 10 anos.

RESULTADO: A partir dos dados levantados e, considerando as tecnologias disponíveis na instituição (hospital público de referência em pediatria no sul do Brasil), foi construído um Infográfico para orientar a conduta dos profissionais de saúde quanto aos cuidados com a pele em região de fralda para prevenção e tratamento da DAI. A avaliação clínica deverá ocorrer através da aplicação da escala de NIX. Caso a criança não apresente DAI orienta-se a prevenção através da troca de fralda em até três horas, higiene padrão do períneo com água e algodão, e se evacuação, higiene com sabonete líquido neutro e aplicação de óxido de zinco. Caso a criança não apresente DAI, a conduta será de acordo com a categorização. Na categoria 1, a pele encontra-se íntegra com eritema e edema, sendo a conduta indicada otimização da higiene padrão e aplicar creme barreira. Na categoria 2, há ruptura da pele, podendo apresentar vesículas ou bolhas, eritema e edema, nesse caso, realizar higiene padrão, aplicar pó de hidrocolóide em áreas desepitelizadas e spray barreira cutânea na área comprometida. Na categoria 3 há infecção fúngica associada, onde a conduta segue as recomendações das categorias anteriores, associada a uma avaliação conjunta com a equipe médica, sugere-se intercalar creme barreira com pomada antifúngica. No instrumento salientamos que nas categorias 1 e 2 é indicado laserterapia por enfermeiro capacitado a cada 48 a 72h. CONCLUSÃO: A pele da criança é naturalmente frágil, e durante uma internação, vários fatores de risco associados como uso de antibioticoterapia, nutrição parenteral, estado nutricional e outros contribuem para o desenvolvimento de DAI. A criação de um Infográfico incluiu uma variedade de elementos, como imagens, texto e diagramas para transmitir mensagens que auxiliarão a tomada de decisão da equipe de saúde em relação a prevenção e tratamento da DAI, a partir de condutas baseadas em recomendações e diretrizes científicas atualizados, melhorando a qualidade da assistência de enfermagem nesse contexto.

REFLEXÕES SOBRE AS REPERCUSSÕES DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM PESSOAS COM LESÃO MEDULAR

2022-12-02T14:02:25-03:00

Introdução: A incontinência urinária tem sido apontada como um importante problema de saúde pública, em decorrência da magnitude de sua ocorrência e consequências, podendo afetar pessoas de todas as faixas etárias¹, dentre elas, aquelas que apresentam lesão medular. A lesão medular é toda injúria às estruturas contidas no canal medular, podendo levar a alterações motoras, sensitivas, autonômicas e psicoafetivas, sendo um dos mais graves acometimentos que pode afetar o ser humano, gerando importantes repercussões física, psíquica e social.2 E as repercussões urológicas causadas pela lesão na medula espinhal constituem umas das maiores preocupações para a equipe de saúde, sendo uma delas, a bexiga neurogênica, uma disfunção miccional que pode ocasionar incontinência urinária, com repercussão na qualidade de vida². Objetivo: refletir sobre as repercussões da incontinência urinária para as pessoas com lesão medular. Método: estudo de reflexão com abordagem qualitativa, do tipo descritiva, a fim de abordar as repercussões que envolvem a incontinência urinária para as pessoas com lesão medular. Resultados: Evidencia-se que a incontinência urinária ocasiona grande impacto na qualidade de vida de pessoas com lesão medular. Destaca-se que o cateterismo vesical é um procedimento muito utilizado em pacientes com bexiga neurogênica, sendo de grande importância à análise dos impactos da realização deste procedimento e a compreensão dos seus benefícios para melhora da qualidade de vida dessas pessoas.3 Evidencia-se que esses pacientes, além das alterações geniturinárias também possuem redução da mobilidade física, déficit na sensibilidade, alterações circulatórias e gastrointestinais, tornando-os vulneráveis a uma série de complicações graves que afetam o seu processo de reabilitação e inserção na sociedade.4 Identifica-se também que é muito frequente o aparecimento de lesões de pele, sendo as mais comuns as lesões por pressões e a dermatite associada a incontinência. Todas essas questões repercutem de forma significativa na esfera psíquica, social, física e laboral, afetando, sobremaneira, a qualidade de vida dessas pessoas. Torna-se fundamental integrar os familiares neste processo para melhor adaptação às modificações do cotidiano do paciente, fornecendo as informações necessárias, com vistas à melhora da sua autoestima e ao incentivo do autocuidado.

Conclusão: As limitações que decorrem desse agravo repercutem negativamente na vida dessas pessoas. Destaca-se a fundamental importância do enfermeiro estomaterapeuta como facilitador da recuperação do indivíduo, neste processo de reabilitação e como integrante da equipe multiprofissional. Entende-se que o suporte psicoemocional, as modificações comportamentais e as ações de planejamento da assistência de enfermagem contribuem no processo de adaptação e reabilitação.

Destaca-se também a importância de o enfermeiro orientar quanto a realização do cateterismo vesical intermitente para minimizar as complicações. Assim, busca-se favorecer para a reabilitação e reinserção social da pessoa com lesão medular, respeitando suas limitações e a capacidade para o autocuidado.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: APLICAÇÃO DO DIÁRIO MICCIONAL NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AMBULATORIAL A PACIENTES COM DISFUNÇÕES DO SOALHO DA PELVE.

2022-12-02T14:05:30-03:00

INTRODUÇÃO: O Diário Miccional (DM) consiste em uma ferramenta importante de avaliação terapêutica para Incontinência Urinária (IU). Pode registrar os horários e volumes das micções, episódios de IU e número de absorventes higiênicos utilizados, além de outras informações como ingestão hídrica e severidade da urgência miccional e da IU1. O Diário Eletrônico é de maior confiabilidade que a versão impressa, mas sua aplicabilidade requer mais pesquisas2. Apesar de não categorizar a IU revela sintomas de armazenamento, tais como frequência miccional, micções em “etapas” e noturnas, noctúria e pode, assim, auxiliar no diagnóstico urológico, além de monitorar a eficácia do tratamento1. OBJETIVO: Descrever a aplicação do diário miccional na assistência de enfermagem ambulatorial a pacientes com disfunções do Soalho da Pelve (SP), com a finalidade de avaliar a eficácia das intervenções terapêuticas. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência profissional, sobre a aplicação do DM em pacientes submetidos à Reabilitação Perineal em um Hospital Privado localizado na zona norte de São Paulo. RESULTADO: O DM é um instrumento importante no sentido de retratar os sintomas relatados pelo paciente, constituindo forma não invasiva de avaliação e de fácil aplicabilidade. Com relação à duração, pode ser de dois dias, consecutivos ou não3. Na nossa prática “solicitamos três dias, mas aceitamos dois dias de preenchimento do impresso” a depender da disponibilidade do paciente, mas não abrimos mão de que sejam consecutivos, uma vez que comumente o paciente relata o efeito de monitoramento: “urinar com maior ou menor frequência” no primeiro dia de preenchimento, o que pode impactar na ocorrência da IU. Acreditamos que incluir a variável magnitude da IU “fideliza” o paciente na reabilitação, uma vez que possibilita seu monitoramento em relação à regressão dos escapes urinários, atuando como fator motivacional, uma vez que o mesmo colabora com o preenchimento do impresso e o empodera no seu tratamento. CONCLUSÃO: Apesar de o Estudo Urodinâmico avaliar objetivamente as queixas dos pacientes, pode não retratar a realidade e não reproduzir a IU: a bexiga é uma testemunha infiel4. Outrossim, há demanda reprimida de realização desse exame na rede de saúde pública, o que retarda o diagnóstico urológico. A interpretação do DM compete ao enfermeiro e possibilita e implementação rápida de medidas comportamentais. Na nossa prática utilizamos o DM como principal instrumento de avaliação, pois o mesmo é capaz de evidenciar queixas, que por vezes passam despercebidas no momento da consulta médica. Além disso, pode elucidar o quadro clínico e em interface com a equipe médica alterar o desfecho terapêutico, evitando ou postergando intervenções cirúrgicas.

REPERCUSSÕES DA ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO NA VIDA DO INDIVÍDUO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

2022-12-02T14:07:49-03:00

INTRODUÇÃO: Em 2018 no Brasil, a estimativa de indivíduos com estomias (considerando as de eliminação) foi acima de 207 mil pessoas. Estomia ou ostomia são termos que se referem a um procedimento cirúrgico que consiste na exteriorização de parte do sistema respiratório, digestório e urinário criando um orifício entre os órgãos internos e o meio externo, podendo ser temporárias ou definitivas. A nomenclatura varia de acordo com o segmento corporal exteriorizado. O individuo que é submetido a este procedimento sofre repercussões na sua vida e enfrenta desafios de vencer a doença e de retomar ao cotidiano1,2. Considerando estes aspectos a assistência de enfermagem deve ser abrangente e individual. OBJETIVOS: Descrever a repercussão da estomia de eliminação na vida do indivíduo e a assistência de enfermagem. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nos últimos 12 meses, nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo, utilizando os descritores segundo o DeCs: estomia; estomaterapia; perfil de impacto da doença e cuidados de enfermagem, mediante a questão norteadora: “qual a repercussão da estomia de eliminação na vida do indivíduo e a assistência de enfermagem? ”. Foram incluídos estudos disponíveis na íntegra, no idioma português publicados nos últimos dez anos. Em uma primeira busca elencou-se 24 estudos e após leitura dos resumos e considerando os critérios de inclusão finalizou-se em 18 estudos.

RESULTADOS: Os estudos foram agrupados em 7 ideias centrais 1) As repercussões fisiológicas: associada a perda do controle de eliminação das fezes e gazes; impacto na qualidade do sono também relacionado com o aspecto morfológico do estoma; repercussão no hábito alimentar interferindo diretamente na frequência e característica das eliminações e a presença de lesões periostomias e prolapsos 2) Auto cuidado: importância do conhecimento sobre o autocuidado para adaptação no processo de convivência com a estomia; 3) aspectos psicoemocionais: evidenciam a estreita relação do indivíduo com estomia e baixa autoestima e autoimagem; 4) aspectos sociais: o principal cuidador é o familiar, e o não retorno às atividades sociais, devido as mudanças no cotidiano relacionadas a estomia, é outro fator a ser considerado; 5) sexualidade: é relevante quando se fala de estomia, pois após a cirurgia a vida sexual dos pacientes é diminuída e quase nula; 6) Enfrentamento: a aceitação é processo inicial necessário para reintegração nas atividades e convívio social, entretanto, dependerá de características dos pacientes: cultura, religião, experiências e processos emocionais; 7) assistência de enfermagem: a orientação da equipe de enfermagem está relacionada ao autocuidado, por meio da educação e treinamento do paciente desde o período pré operatório com o objetivo de desenvolver a sua autoconfiança e independência3,4. CONCLUSÃO: As repercussões fisiológicas, psicoemocionais e sexuais do indivíduo estomizado, revelam barreiras e dificuldades no enfrentamento e cuidado com a estomia. O suporte social da família é relevante para a reabilitação. A assistência de enfermagem voltada para o cuidado, acolhimento e educação em saúde deve contribuir para o desenvolvimento da autonomia e retomada o mais precoce possível de suas atividades de vida diária.

RISCOS PARA IATROGENIA EM IDOSOS RELACIONADOS A INCONTINÊNCIA URINÁRIA

2022-12-02T15:29:53-03:00

Os problemas enfrentados acerca do envelhecimento populacional estão ligados à qualidade de vida de pessoas na velhice e às doenças que acometem essa população, sendo estes problemas de saúde pública. A incontinência urinária é um dos problemas que ocorre com grande frequência nos idosos. A incontinência urinária traz diversas limitações no âmbito pessoal e social para os idosos que afetam significantemente a sua qualidade de vida e convívio social. O enfermeiro pode identificar os fatores de risco para a incontinência urinária e realizar intervenções para a prevenção e para o tratamento desse problema, contribuindo assim para a melhora da qualidade de vida da pessoa afetada. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é apresentar os principais riscos para iatrogenia a incontinência urinária em idosos pode apresentar. Método: Foram utilizados artigos científicos encontrados em bancos de dados como: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PUBMED. Foram selecionados os trabalhos científicos apropriados ao tema, disponibilizados na língua portuguesa entre o ano de 2018 a 2022. Para a análise de dados e desenvolvimento do trabalho, após a definição do tema e seleção do material, foi efetuada leitura crítica, analítica e cautelosa para a elaboração e construção dos resultados. Ao final da seleção, foram inclusos 9 estudos que integram a presente revisão. Resultado: A incontinência urinária (IU) tende a ocasionar mudanças na rotina do idoso, isolamento social devido ao constrangimento diante das exigências trazidas por esse problema, com consequente redução da autoestima daquele idoso, com prejuízos na sua qualidade de vida. A IU é considerada uma importante síndrome geriátrica, além de ser uma circunstância clínica estigmatizante, muitas vezes negligenciada, e capaz de desencadear comprometimento funcional nos idosos. O cuidado sustentável centrado na pessoa, no que diz respeito à promoção da continência, exige uma liderança e cultura positiva comprometida, incluindo a educação contínua de pessoal e de acompanhantes de pessoas idosas no cenário hospitalar, e também o alerta às autoridades e responsáveis pela gestão de pessoal e de materiais; logo, todos devem estar engajados neste objetivo. Ao reconhecer a IU na pessoa idosa como problema, medidas e intervenções serão planejadas, executadas e avaliadas, reduzindo suas consequências para a pessoa acometida e o fardo desta síndrome geriátrica aos cuidadores e ao sistema público de saúde

TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

2022-12-02T15:31:18-03:00

Introdução: A incontinência urinária é um problema de saúde pública que afeta negativamente a qualidade de vida, principalmente do público feminino¹. A incontinência urinária de esforço é o tipo mais comum em mulheres e está relacionado, principalmente, a uma incompetência da musculatura do assoalho pélvico². O tratamento desta injúria merece atenção dos profissionais de saúde, em especial dos enfermeiros Estomaterapeutas e também dos generalistas, a fim de contribuir para a melhora da perda urinária neste público, melhorando a qualidade de vida destas mulheres. Objetivo: Descrever e discutir, de acordo com o encontrado na literatura, condutas de tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, retrospectiva do tipo revisão integrativa, realizada nas bases de dados Lilacs e PubMed, de artigos publicados entre 2011 e 2021. Resultados: Nove artigos foram incluídos no estudo, destes, cinco tratam do treinamento da musculatura do assoalho pélvico e o definem como método de primeira escolha para o tratamento de incontinência urinária de esforço, condizendo com o recomendado pelas diretrizes nacionais³ e internacionais4. Quatro artigos avaliados neste estudo, refletem acerca de técnicas cirúrgicas, entra elas destacando-se o sling de uretra média como procedimento de primeira escolha. Conclusões: O treinamento da musculatura do assoalho pélvico deve ser sempre a primeira escolha no tratamento da perda urinária aos esforços. Profissionais da saúde precisam estar capacitados para ensinar as mulheres sobre esta técnica que não tem custos e é altamente eficaz. A técnica cirúrgica tem bons resultados mas tem riscos e pode oferecer dor pós operatória.

A INFLUÊNCIA DA ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA PARA UMA ENFERMEIRA DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL, O IMPACTO FRENTE AOS CUIDADOS COM A PELE DO RECÉM-NASCIDO: UM RELATO DE CASO.

2022-12-02T18:18:36-03:00

Introdução: A Estomaterapia é uma especialidade destinada ao profissional Enfermeiro, há 30 anos está presente no Brasil formando profissionais nas áreas de Estomias, Feridas e Incontinências. 1 Nesse enfoque, os cuidados com a pele estão intimamente vinculados à atuação deste profissional e a individualidade da pele do recém-nascido necessita de um atendimento voltado para as particularidades desse tegumento. 1,2 A pele, considerada o maior órgão do corpo humano é responsável pelo revestimento e proteção de todas as estruturas internas, o recém-nascido possui características específicas acerca da morfologia das camadas da pele e a maturidade do desempenho das funções fisiológicas a depender da idade gestacional.3 À vista disso, uma enfermeira durante a realização de sua especialização em estomaterapia pôde notar o quão significativo tem sido sua atuação na UTI Neonatal através da implementação dos conhecimentos assimilados para a realização de treinamentos com a equipe e a disseminação de boas práticas acerca dos cuidados com a pele do recém- nascido. Objetivo: Relatar qual a influência da especialização em enfermagem em estomaterapia para uma enfermeira de uma UTI Neonatal e o impacto frente aos cuidados com a pele do recém-nascido. Método: Trata-se de um relato de experiência de uma enfermeira que observou a melhoria de sua prática profissional quanto aos cuidados com a pele do recém-nascido e a implementação de treinamentos com a equipe de enfermeiros e técnicos de enfermagem da unidade. As características específicas da pele do bebê trazem consigo inúmeras peculiaridades, a partir da especialização em estomaterapia verificou-se que algumas condutas poderiam ser modificadas e outras aprimoradas. Foi implantado um formulário de notificação de eventos adversos voltados para acometimentos com a pele do recém-nascido: Lesões por adesivos, lesão por pressão, lesão de pele relacionada a dispositivos médicos, lesão cutânea relacionado ao extravasamento de droga vesicante. Resultados: A ocorrência de cada evento passou a ser notificada e o objetivo deste, é traçar um perfil de cada evento supracitado com a finalidade de identificar qual planejamento será necessário para melhoria da qualidade da assistência. Práticas foram modificadas, materiais como adesivos para fixação de punções venosas foram trocados a partir de relatórios elaborados pela enfermeira em questão, nos quais foram descritos a necessidade de insumos mais adequados para a pele do neonato. As fixações dos equipamentos nasais, rodízio de dispositivos instalados e reposicionamento adequado no leito são continuamente monitorizadas por toda a equipe para evitar lesões de pele. Conclusão: A implantação de um protocolo de cuidados com a pele do recém- nascido está em andamento, este será importante aliado para a aumentar o conhecimento da equipe e modificação de antigas práticas. O cuidado frente a infusão de drogas e prevenção de extravasamento cutâneo, quanto a implementação de cuidados imediatos e tardios caso haja o evento citado. A manutenção de treinamentos e educação continuada com toda a equipe faz parte do projeto, visto que, aperfeiçoando a prática assistencial através dos conhecimentos adquiridos com a estomaterapia e pesquisas científicas conduz a uma melhoria da qualidade assistencial e consequentemente os indicadores dessa Unidade de Terapia Intensiva.

CONTEÚDOS EM ESTOMATERAPIA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: ESTUDO DE REFLEXÃO

2022-12-02T18:20:16-03:00

Introdução: Durante a formação universitária, o graduando de enfermagem é apresentado a diferentes disciplinas e conteúdos. Entende-se que os enfermeiros necessitam ter uma formação integral e diferenciada, a qual permita uma visão crítico-reflexiva para a prática, já que objeto de trabalho desse profissional, que é o cuidado, deve ser o foco de todo o processo, para garantir a qualidade assistencial¹. Objetivo: refletir a respeito da importância da abordagem dos conteúdos de Estomaterapia nos cursos de graduação em enfermagem. Método: estudo de reflexão com abordagem qualitativa, do tipo descritiva, a fim de abordar as perspectivas de discussões sobre os conteúdos relacionados à Estomaterapia no ensino de graduação em Enfermagem. Resultados: Evidencia-se que os currículos dos cursos de graduação em enfermagem abordam de forma incipiente os conteúdos envolvendo o cuidado à pessoa em situação de estomaterapia². E, considerando, a mudança no perfil epidemiológico do país, faz-se necessária uma reflexão acerca de alterações nestes currículos. Identifica-se que, muitas vezes, os conteúdos relacionados à Estomaterapia são discutidos em disciplinas eletivas e/ou em momentos pontuais dentro do currículo formal. Faz-se mister fortalecer as competências dos graduandos de enfermagem, a fim de que se tenha uma prática clínica com excelência, estando preparados tanto tecnicamente quanto cientificamente para cuidar de pessoas acometidas com problemas relacionados à área da estomaterapia. Assim, os graduandos de enfermagem em seus processos formativos precisam compreender a dinâmica do cuidado nesta área do conhecimento para futuramente atuarem em seus postos de trabalho de forma mais eficaz, com o conhecimento técnico-científico necessário, o qual confere maior cientificidade à prática, proporcionando sustentabilidade à práxis que converta na autonomia profissional e na qualidade do cuidado. Isso também é importante para estarem aptos a ofertarem qualidade de vida às pessoas em situação de estomaterapia, as quais, por vezes, acabam desassistidas, pelo desconhecimento por parte dos profissionais no que tange a estes cuidados de maior especificidade e até, de maior complexidade3. Conclusão: Considera-se relevante promover, nos cursos de graduação em enfermagem, o fortalecimento de conteúdos ligados às feridas, estomas e, principalmente no que diz respeito ao eixo de incontinência, o qual é um problema frequente na população idosa e nas mulheres, resultando em sérios prejuízos biopsicossociais para tal população, considerando-se que existe uma lacuna sobre estas temáticas na maioria dos currículos de enfermagem. Apesar da graduação objetivar a formação de enfermeiros generalistas, é de fundamental importância que se tenha o mínimo relevante do conteúdo ligado à área da estomaterapia, a fim de possibilitar ao futuro profissional a identificação de determinados problemas de saúde, ofertando, assim, um cuidado holístico e seguro, isto porque é notória a necessidade da apreensão de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades específicas que são requeridas na prática profissional.

IMPLEMENTAÇÃO DA COMISSÃO DE CUIDADOS COM A PELE E PREVENÇÃO DE FERIDAS EM UM HOSPITAL INFANTIL

2022-12-02T18:27:49-03:00

INTRODUÇÃO: Para realizar cuidados relacionados à pele de neonatos e crianças, o enfermeiro deve atentar para determinadas especificidades. Tais cuidados devem estar alinhados e pautados nas melhores evidências científicas, embora na pediatria ainda existam muitas lacunas a serem exploradas. Assim, a implantação de uma comissão de cuidados com a pele e prevenção de lesões visa estruturar e servir como assessoria nesse contexto de cuidado, a fim de melhorar a qualidade da assistência.

OBJETIVO: Relatar a experiência da implementação de uma Comissão de Cuidados com a Pele e Prevenção de Feridas (CCPP) em um hospital Pediátrico do sul do Brasil. MÉTODO: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência de enfermeiros na CCPP de um hospital Pediátrico do sul do Brasil. RESULTADO: A CCPP foi criada e homologada em setembro de 2021, com o intuito de subsidiar os cuidados preventivos com a pele e tratamentos de crianças e adolescentes com feridas internadas ou acompanhadas ambulatorialmente. A comissão é composta por quatro enfermeiros, uma bolsista acadêmica de enfermagem e uma professora assessora. Atua na elaboração de protocolos, rotinas e elaboração de materiais científicos; além da gestão dos casos encaminhados para avaliação e acompanhamento; mantendo a enfermagem de cada setor enquanto protagonista desse cuidado. Desde o primeiro mês de atuação até o 8º mês, teve um aumento de 150% nos pedidos de avaliações e atendeu mais de 300 crianças e adolescentes. A CCPP têm conseguido minimizar o surgimento de novas lesões e tratar de forma efetiva complicações de pele, através do atendimento individualizado, além de visar, também, a educação em saúde das equipes assistenciais. CONCLUSÃO: Destaca-se a importância da criação de comissões para o cuidado com a pele na Pediatria, visando despertar o interesse dos profissionais da área da saúde, no desenvolvimento de programas de qualidade nos serviços, prestando uma assistência baseada na segurança e com maior eficácia. Sugere-se a participação da equipe multiprofissional na composição na comissão.

PAPEL DO ENFERMEIRO E FISIOTERAPEUTA NA PREVENÇÃO E CONTROLE DAS OCORRÊNCIA DE INCONTINÊNCIAS APÓS BRAQUITERAPIA PÉLVICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-02T18:30:46-03:00

Introdução: A sobrevida de mulheres com câncer ginecológico vem aumentado devido às novas tecnologias e combinações de terapias para o tratamento das neoplasias, contudo, o aumento das taxas de sobrevida precisam estar atrelados a melhor qualidade de vida da mulher (1). Entretanto, durante e após o tratamento de braquiterapia pélvica, algumas mulheres podem desenvolver efeitos adversos imediatos e tardios, ocorrendo sangramento vaginal, estreitamento e encurtamento das paredes do canal vaginal, cistite e retite actínicas, menopausa precoce, perda de lubrificação, enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico, alterações gastrointestinais e geniturinárias, e também, alterações psicológicas, que afetam diretamente na qualidade de vida da mulher (2-3). Estes efeitos podem ser atenuados e até mesmo prevenidos se essa mulher possuir um cuidado continuado e especializado por Enfermeiros e Fisioterapeutas. Destaca-se as ocorrências de incontinências, visto que aproximadamente 25% das mulheres saudáveis e não grávidas desenvolvem incontinências e bexiga hiperativa, e os efeitos e impacto nos distúrbios do assoalho pélvico não são amplamente compreendidos no contexto da braquiterapia pélvica (4). Objetivo e Método: Relatar atuação de enfermeiros e fisioterapeutas no cuidado de mulheres com câncer ginecológico em braquiterapia com incontinências. Relato de experiência descrito por acadêmica de enfermagem, bolsista de iniciação científica, entre 2020 e 2021, tendo como fonte de dados observação participante realizada em ambulatório de braquiterapia de alta taxa de dose registrada em diário de campo (notas de campo) de pesquisa desenvolvida em um hospital oncológico no sul do Brasil, sob apreciação ética (parecer 4.050.347); Resultados: O enfermeiro na braquiterapia pélvica, no referido cenário de atenção, tem como papel primordial o acolhimento da mulher, orientações e acompanhamentos pré, trans e quando da alta da braquiterapia. Quanto à educação em saúde, o enfermeiro destaca a terapêutica e seus efeitos colaterais, incluindo as incontinências urinárias e fecais. Avaliação clínica, orientações para o autocuidado e materiais educativos são ofertados para melhor atenção à saúde. O fisioterapeuta mantém o atendimento continuado à mulher após o término do tratamento (a cada três meses). Nas consultas, o fisioterapeuta realiza anamnese clínica, exame físico, incluindo avaliação ginecológica, identificando queixas de saúde. Observou-se a ocorrência de 67,6% (23) mulheres com incontinência, 19 apresentaram incontinência urinária, duas incontinência urinária e fecal e uma incontinência fecal sendo relatadas durante a avaliação do fisioterapeuta. Nos relatos as mulheres apontaram que deve-se dar destaque, no período da braquiterapia, às orientações aos exercícios de contração do assoalho pélvico, considerando a necessidade dos cuidados preventivos e a manutenção dos acompanhamentos por fisioterapeuta. Conclusão: O profissional enfermeiro, assim como o fisioterapeuta, devidamente capacitado, têm um papel de grande valia na prevenção e controle das ocorrências de incontinências urinárias e fecais. A parceria entre enfermeiros e fisioterapeutas permite atuação mais eficaz e melhor qualidade de vida à mulher. A iniciação científica proporcionou a acadêmica uma visão sobre a atuação dos profissionais sobre os eventos adversos, contribuindo de forma significativa para sua formação em Enfermagem.

VIVENCIANDO O PROCESSO DE ACREDITAÇÃO EM CURSO DE ESTOMATERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

2022-12-02T18:32:21-03:00

INTRODUÇÃO: A estomaterapia é uma especialidade exclusiva do enfermeiro, vem crescendo nas últimas décadas, contribuindo para aperfeiçoamento de profissionais que trabalham com estomias, fístulas, feridas, cateteres, tubos e drenos e incontinências. Evidencia-se um crescente interesse pela criação dos cursos lato sensu, entretanto na área da Estomaterapia para assegurar a qualidade do curso, ele precisa ser avaliado e acrditado pela Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) respaldada pela World Council of EnterostomalTherapists (WCET). Processo este que requer rigorosas etapas a serem alcançadas. Evidências apontam que os programas de acreditação aprimoram o processo de atendimento prestado pelos serviços de saúde1. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada no processo de acreditação em curso de estomaterapia. MÉTODO: Relato de experiência de Acreditação, vivenciado durante o processo de avaliação pela Associação Brasileira de Estomaterapia, no ano de 2021. RESULTADO: O curso de estomaterapia foi idealizado com a finalidade de capacitar o enfermeiro a proporcionar assistência especializada aos pacientes com feridas agudas, crônicas e complexas, pacientes com estomias, incontinentes (urinário e anal), fístulas, cateteres e drenos proporcionando ao Enfermeiro bases para o uso das melhores práticas clínicas e evidências científicas; conhecimento das tecnologias disponíveis no mercado e raciocínio clínico na assistência a esta clientela. A Sobest® é o único órgão oficial da estomaterapia no Brasil desde sua fundação. A vinculação ao WCET™ ocorreu no ano de 19922. Quando solicitada o órgão avaliador disponibiliza não somente orientação curricular, mas também realiza assessoria e consultoria para as instituições, buscando garantir uma formação de enfermeiros estomaterapeutas com padrão internacional3. O processo envolveu uma avaliação presencial de representantes da SOBEST, o qual fizeram uma análise rigorosa de documentações dos discentes, docentes e da instituição. Foram avaliados processos e protocolos, bem como a infraestrutura do prédio onde ocorriam as aulas presenciais. Numa etapa posterior foi realizada visitas aos locais de prática clínicas onde os profissionais tiveram acesso aos estágios curriculares. Realizou-se também reuniões com a coordenação, corpo docente e discente para melhor conhecimento e esclarecimento de dúvidas. Evidenciou-se a seriedade do processo diante da ética e compromisso dos profissionais envolvidos na avaliação. CONCLUSÃO: O resultado apontou a necessidade de alguns ajustes para otimização do programa apresentado. O curso foi acreditado, o que instiga a criação de novos processos para manutenção da titulação recebida, diante do compromisso para capacitação de enfermeiros estomaterapeutas.

AVALIAÇÃO DA VALIDADE DE CONTEÚDO DO “INDICE DEL SELF-CARE PER PERSONE CON STOMIA”

2022-12-02T18:39:11-03:00

Introdução: O autocuidado é essencial para que pessoas com estomias de eliminação possam viver com autonomia, independência e segurança, pois permite que o indivíduo saiba prevenir e identificar precocemente possíveis complicações, impactando positivamente em sua qualidade de vida e reduzindo os custos do tratamento dessas complicações para o sistema de saúde (1,2). Em 2018 foi desenvolvido na Itália o Indice del Self-Care per Persone con Stomia (ISCPS), com o objetivo de avaliar o autocuidado em pessoas com estomias de eliminação (2). O instrumento é auto aplicado e possui 32 itens, avaliados por uma escala Likert de cinco pontos, distribuídos em quatro domínios (2). No Brasil, não existe um instrumento capaz de mensurar o autocuidado em pessoas com estomias e, por isso, a sua disponibilização auxiliará profissionais a identificarem lacunas no conhecimento dos pacientes e, dessa forma, planejarem estratégias que contribuam para o autocuidado do paciente. Objetivo: Avaliar a validade de conteúdo do Indice del Self-Care per Persone con Stomia. Método: Estudo metodológico que após os estágios de tradução, síntese e retrotradução, passou por avaliação de um comitê formado por seis especialistas (3). O comitê foi formado por três enfermeiros estomaterapeutas (um especialista, um doutor e um doutorando), dois enfermeiros com expertise em estudos de validação (um mestre e um doutorando) e uma pessoa com estomia de eliminação há três anos e quatro meses. Todos os itens do instrumento foram avaliados em relação às equivalências semântica, idiomática, conceitual e cultural entre a versão original e versão-síntese e receberam pontuações que variavam de 1 (não equivalente) a 4 pontos (equivalente). Também foram avaliadas a clareza e representatividade, que receberam notas que variaram de 1 (não claro e não representativo) a 4 pontos (claro e representativo), além da relevância dos itens, com pontuações que variaram de 1 (desnecessário) a 3 pontos (essencial). O estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição sob número do CAAE 40028020.9.0000.5404. Resultados: Após a primeira rodada de avaliação pelo comitê de especialistas, iniciou-se uma etapa quantitativa. A partir das notas recebidas por cada item, foram calculados o Índice de Validade de Conteúdo (que variou entre 0,82 e 1,00) (4), do Coeficiente Kappa Modificado (que variou entre 0,82 e 1,00) (4) e do Content Validity Ratio (CVR) (0,33 e 1,00) (5). Dezoito itens tiveram CVR abaixo do estabelecido (0,33 a 0,67), porém nenhum item recebeu nota 1 (desnecessário) e somente o item 27 recebeu sugestões de modificação. Após análise e alteração do item, o mesmo foi submetido a uma segunda rodada de avaliação e a concordância foi de 100%. Conclusão: O processo realizado demonstrou que o ISCPS possui evidências de validade de conteúdo. Entretanto, recomenda-se que outras avaliações das propriedades de medida sejam conduzidas para que este instrumento possa ser utilizado para um diagnóstico fidedigno do autocuidado das pessoas com estomias.

COMPLICAÇÕES DE ESTOMAS INTESTINAIS E PELE PERIESTOMA EM UM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA.

2022-12-02T18:42:42-03:00

INTRODUÇÃO: A confecção de um estoma pode causar modificação na vida de uma pessoa, abrangendo aspectos físicos, psicossociais e econômicos, podendo levar a alterações na imagem corporal, autoestima, relacionamentos e em outros aspectos da vida¹. O cuidado inadequado do estoma pode levar a diversas complicações, sobretudo no estoma e pele periestoma². Dessa forma torna-se relevante identificar as complicações mais comuns no grupo estudado para auxiliar na tomada de decisão para instituir ações prioritárias para prevenção destas. OBJETIVO: Descrever as complicações relacionadas às estomias intestinais cirúrgicas e pele periestoma em pacientes atendidos em um ambulatório especializado de enfermagem em Estomaterapia de uma universidade pública do interior do Ceará. MÉTODO: Trata-se de um estudo documental, exploratório, retrospectivo, com abordagem quantitativa que evidenciou as complicações em estomas intestinais e pele periestoma em um serviço ambulatorial especializado em Estomaterapia, localizado na cidade de Crato no interior do Estado do Ceará, vinculado a uma universidade pública, voltado ao atendimento de pessoas da região do Cariri sem fins lucrativos sendo referência na região. A coleta de dados foi realizada no período de maio de 2021 a fevereiro de 2022. Os critérios de elegibilidade dos participantes foram todos os pacientes que realizaram confecção do estoma e que receberam atendimento no Ambulatório de Estomaterapia no período da coleta de dados. A organização dos dados foi realizada através de planilha Microsoft Excel 2016 e distribuídos em quadros. Os procedimentos ético-legais da pesquisa seguiram as normas contidas na Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012³. O projeto foi apresentado ao Comitê de Ética em Pesquisa da instituição proponente por meio da Plataforma Brasil, e aprovado sob o Parecer no 4.132.481. RESULTADOS: Foram analisados 77 prontuários de pessoas atendidas em um Ambulatório de Enfermagem em Estomaterapia de uma universidade pública do interior cearense. Quanto às complicações do estoma cirúrgico, obteve-se uma maior frequência de pessoas que apresentaram hérnia paraestomal 10 (12,98%), seguido por complicações do tipo prolapso e retração ou afundamento 7 (9,09%), granulomas 3 (3,89%). No que se refere às complicações da pele periestoma obteve-se maior frequência de pessoas com eritema ou irritação 34 (44,15%), seguido de granulomas, hiperpigmentação e erosão ou hiperemia ambos com 2 (2,59%) e maceração 1 (1,29%). Constatou-se ainda que uma pessoa apresentou mais de uma complicação no estoma e três apresentaram mais de um complicação na pele periestoma. CONCLUSÃO: Com o presente estudo é notório que as complicações no estoma e no peristoma é um evento recorrente, dentre as mais frequente obteve-se irritação para pele periestoma, e hérnia paraestomal. Desse modo, os aspectos relatados no presente estudo são de suma importância, uma vez que é possível identificar as principais complicações, sendo exequível o preparo mais qualificado do profissional enfermeiro em atender o público-alvo no tratamento e profilaxia de tais complexidades.

FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES DE ESTOMIA INTESTINAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

2022-12-02T20:41:37-03:00

Introdução: O paciente oncológico com estomia intestinal vivencia alterações físicas e psicológicas geradas pelo impacto de possuir um diagnóstico do câncer e o processo de adaptação após a confecção do estoma. O enfermeiro contribui para sua reabilitação e o desenvolvimento do autocuidado considerando aspectos que influenciam a qualidade de vida da pessoa e as complicações associadas à estomia intestinal. Objetivo: Analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de complicações relacionadas à estomia intestinal em pacientes oncológicos. Método: Estudo exploratório observacional de abordagem quantitativa e corte transversal. Foram entrevistados 26 pacientes pessoas estomia intestinal que realizam tratamento em uma instituição de saúde de Florianópolis, referência estadual em Oncologia e Cuidados Paliativos. Foram critérios de inclusão: possuir estomia intestinal de caráter temporário ou permanente, com diagnóstico médico de câncer do intestino, idade igual ou superior a 18 anos. A coleta de dados foi realizada por entrevista mediante roteiro de formulário estruturado em 9 domínios (dados sócios demográficos, fatores clínicos, situação de saúde atual, fatores relacionados à confecção da estomia, características do estoma, complicações da estomia, equipamento coletor e produtos adjuvantes, cuidado relacionados à estomia e fatores relacionados com os recursos de saúde. A coleta aconteceu entre agosto e dezembro de 2021. Para verificar associação entre variáveis e complicação da estomia utilizou-se teste de qui-quadrado (Exato de Fisher). O nível de significância foi de 95%. Todos os preceitos éticos foram respeitados e a pesquisa foi aprovada sob parecer 4.827.209 e CAAE: 2620031900000121. Resultados: A amostra foi composta por 26 pacientes, 13 mulheres e 13 homens, faixa etária entre 20 a 59 anos (50%) e 60 anos ou mais (50%); com diagnósticos de Adenocarcinoma de cólon (42,3%) e reto (38,5%). Com relação à situação de saúde atual, 17 pacientes (65,4%) estavam internados com alguma alteração clínica aguda, enquanto nove (34,6%) estavam em pós-cirúrgico. Os tipos de cirurgia realizados para confecção de estoma foram Retossigmoidectomia (23,1%), Colostomia em alça e Colectomia (19,2%), sendo que não houve demarcação pré-operatória. O procedimento diminuiu a interação sócias dos pacientes e 96,2% nunca participou de grupos de apoio. Sobre complicações prévias, 26,9% pacientes relataram ocorrências, sendo a dermatite periestomal a mais frequente (85,7%). Pacientes que possuíam retração apresentaram complicações, utilizavam bolsa coletora opaca, tinham vazamento de efluentes e eram parcialmente dependentes ou dependentes para o autocuidado. Foram detectadas nas entrevistas fragilidades nas orientações fornecidas aos pacientes durante o período perioperatório, o que pode ter contribuído para uma maior dificuldade no processo de autocuidado. Conclusão: A obesidade foi associada ao desenvolvimento de complicações. Dentre as características do perfil, ressalta-se a baixa escolaridade que pode interferir no aprendizado, logo o enfermeiro deve adaptar as orientações em consonância à clientela. Conhecimentos sobre o cuidado de um paciente com estomia intestinal e os tipos de equipamentos e outras tecnologias podem favorecer a assistência e diminuir as chances de desenvolvimento de complicações.

TECNOLOGIAS EDUCATIVAS PARA O ENSINO DE CUIDADORES DE CRIANÇAS COM ESTOMIAS GÁSTRICAS E INTESTINAIS

2022-12-02T20:48:01-03:00

Introdução: Crianças com estomias são consideradas Crianças com Necessidades Especiais de Saúde devido à dependência de dispositivos tecnológicos. A criança com estoma, gástrico e/ou intestinal, apresenta necessidades específicas e singulares tornando-se imprescindível o ensino a familiares/cuidadores com os cuidados relacionados ao mesmo. Destaca-se, pois, o papel essencial do enfermeiro na promoção de um processo educativo continuado, o qual deve acontecer durante toda a internação e após a alta hospitalar. Objetivo: Identificar as tecnologias educativas utilizadas por enfermeiros no ensino de cuidadores frente aos cuidados de crianças com estomias gástricas e intestinais. Método: Revisão integrativa desenvolvida em seis etapas metodológicas, realizada nas bases de dados: BDENF, CINAHL, LILACS, Scielo e PUBMED. Foram elencados artigos publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, recorte temporal de cinco anos: de janeiro de 2017 a dezembro de 2021. Foi adotado o fluxograma PRISMA para a representação do processo de elegibilidade e seleção dos artigos. Os resultados foram retratados em quadro sinóptico e o corpus de análise foi composto por três categorias conforme a análise temática de conteúdo. Resultados: A partir da revisão foram encontrados 133 artigos, na qual analisou-se 22 na íntegra, constituindo-se a amostra final por oito artigos. A maioria dos estudos foram publicados em 2020, no Brasil, sendo pesquisas qualitativas (n= 2) e quase experimentais (n= 2). As tecnologias educativas utilizadas por enfermeiros são cartilhas, cursos presenciais teórico-práticos, flip-chart, folhetos, guias, manuais, rodas de conversa, simulações de baixa fidelidade, sites e vídeos educativos, representando na maioria tecnologias do tipo leve-duras. Apenas três estudos apresentaram uso de uma das tecnologias de forma isolada, os demais empregaram associação de uma ou mais tecnologias para o ensino. A partir da análise foram formadas as categorias temáticas: 1. Instrução e desenvolvimento para habilidade de cuidar. 2. Prevenção e redução de complicações. 3. Redução da ansiedade ou medo e da carga de cuidados. Conclusão: No processo educativo o enfermeiro possui um papel ímpar realizando o preparo adequado dos cuidadores e das crianças. A utilização das tecnologias educativas consistem em um diferencial para cuidado e se tornam inerentes ao processo de cuidar. Estudos futuros são necessários para alavancar a discussão sobre o uso de tecnologias nas práticas educativas com cuidadores de crianças com estomias gástricas e intestinais, incluindo a relevância da educação ocorrer ainda no pré-operatório e dar continuidade a esse processo educativo no pós-operatório imediato, mediato e tardio; em consonância às necessidades de aprendizagem. Recomenda-se estudos sobre o uso de Tecnologias Assistivas para promover a inclusão no âmbito da saúde.

USO DA TELENFERMAGEM COMO ESTRATÉGIA NA ADAPTAÇÃO DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS

2022-12-02T20:50:26-03:00

Introdução: estomia é uma abertura artificial criada para a região externa do abdômen, por onde ocorre o desvio e eliminação de fezes e urina.(1) Esse procedimento causa inúmeras consequências físicas, psicológicas e sociais na vida das pessoas que o realizam. O cuidado de Enfermagem ganha importância nesse contexto, pois o papel do enfermeiro torna-se indispensável ao processo de adaptação.(2) Assim, o paciente necessita de um acompanhamento com o profissional para sanar dificuldades enfrentadas em seu dia a dia. E muitas vezes, essa comunicação e interação com o paciente, pode ser estabelecida a partir da telenfermagem, a qual independe de barreiras como a distância para ser estabelecida.(3) Objetivo: verificar a adaptação das pessoas com estomias intestinais após intervenção da telenfermagem. Método: trata-se de um estudo longitudinal, realizado de maio a dezembro de 2018 em Natal, no Centro Especializado em Reabilitação e Habilitação do Rio Grande do Norte. Obedeceu-se aos seguintes critérios de inclusão: ser maior de 18 anos, capacidade cognitiva para responder, ter estomia intestinal com tempo de realização da cirurgia ? 12 meses e possuir um contato telefônico. Excluiu-se as pessoas que não completaram o instrumento, pessoas privadas de liberdade e indivíduos sob efeito de álcool/drogas ilícitas. A amostra, contendo os grupos de intervenção (que receberam orientações convencionais e acompanhamento telefônico) e controle (receberam apenas orientações convencionais presenciais) foi escolhida por intencionalidade e realizada a randomização simples. As pessoas com estomia responderam a um questionário contendo aspectos sociodemográficos e clínicos e a Escala do Nível de Adaptação do Estomizado (ENAE), baseado no modelo adaptativo de Roy, a fim de identificar o nível de adaptação e a partir dos escores gerados verificou-se os modos adaptativos mais afetados. Utilizou-se a estatística descritiva e inferencial para análise dos dados. Para comparar o pré e pós teste entre os dois grupos aplicou-se o Teste T de Student. A pesquisa obteve parecer favorável do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1.527.460). Resultados: identificou-se a predominância de pessoas do sexo masculino (72,7%), com idade menor ou igual a 60 anos (72,7%), com renda de até 1 salário mínimo (69,7%) e câncer intestinal como causa principal para confecção do estoma (39,3%). O grupo intervenção obteve diferenças significativas no modo fisiológico

INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

2022-12-02T22:40:27-03:00

INTRODUÇÃO: O manejo da lesão por pressão é um desafio no ambiente hospitalar por ser um problema frequente, poder ter sua cura em tempo prolongado e gerar custos extras às instituições. Estudo de incidência auxiliam a conhecer a extensão do problema e a traçar estratégias para prevenir ou minimizar o problema. OBJETIVO: Conhecer a incidência de lesão por pressão (LP) em pacientes internados em um hospital universitário. MÉTODOS: Estudo longitudinal aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE:51125821.1.0000.5505). Os dados foram coletados em duas unidades de terapia intensiva e uma enfermaria de cuidados paliativos, num total de 30 leitos, de um Hospital Universitário de São Paulo, Brasil. Participaram do estudo os pacientes que estiveram internados no mês de junho de 2021 sem lesões de pele no momento da admissão nas unidades. Para as análises, foram utilizados os testes de Qui- quadrado, Mann-Whitney e o Teste Exato de Fisher (significância de 5%). RESULTADOS: No período de estudo, foram avaliados 131 pacientes e 45 apresentaram pelo menos uma lesão por pressão. A incidência cumulativa foi de 6,3%, com predomínio de pacientes do sexo feminino (n=27/60,0%), idade de 61,6±18,2, o principal motivo de internação foram as doenças neurológicas (n=12/26,7%) e as comorbidades mais frequentes foram a hipertensão arterial (n=27/60,0%), diabetes (n=16/35,5%) e doenças neurológicas prévias (n=16/35,5%). Quanto as demais características clínicas, 11 (24,4%) pacientes estavam com alterações no nível de consciência, 9 (20,0%) em uso de sedativos, 29 (64,4%) em uso de suporte de oxigênio, 17 (37,8%) em ventilação mecânica, 9 (20,0%) em uso de droga vasoativa, 25 (55,5%) com dieta enteral, 33 (73,3%) apresentavam com incontinência fecal e 21 (46,7%) estavam com risco para alto para desenvolver lesão por pressão, segundo escala de Braden. Houve o desenvolvimento de 85 feridas, sendo que 52 (61,2%) se tratavam de lesão por pressão em sua forma clássica, 24 (28,2%) lesão por pressão por dispositivo médico rígido e 9 (10,6%) lesão por pressão em membrana mucosa. Houve predomínio de lesões no estágio 1 (n=23/27,1%) e lesão tissular profunda (n=18/21,2%) e as áreas mais acometidas foram as orelhas (n=13/18,3%), região sacral (n=9/10,6%) e calcâneos (n=8/9,4%). Os pacientes em uso de oxigênio tiveram maior predomínio de desenvolvimento de lesões por pressão (p?0,009) quando comparado aos pacientes sem o uso deste suporte. CONCLUSÃO: A incidência cumulativa de lesão por pressão foi de 6,3%. As áreas mais acometidas pela lesão foram as orelhas, região sacral e calcâneos e houve predomínio de lesões estágio 1 e lesão tissular profunda. Os pacientes em uso de oxigênio desenvolveram mais lesões quando comparado aos pacientes que não fizeram o uso deste suporte.

PREVALÊNCIA DE DERMATITE ASSOCIADA À UMIDADE EM PACIENTES DE TERAPIA INTENSIVA

2022-12-02T22:44:01-03:00

INTRODUÇÃO: A Dermatite associada à umidade (MASD) é classificada no CID-11(1) como uma dermatite de contato irritante devido a fricção, sudorese ou contato com fluidos corporais. Consenso de especialistas recomendou manter o termo ‘MASD’ para não sobrecarregar profissionais de saúde com terminologia diferente. No entanto, é importante notar que “umidade” não é o único fator relevante nessas áreas de dano à pele. As formas de MASD podem ser subdivididas em: Dermatite associada à incontinência (IAD), Dermatite periestomal, Dermatite intertriginosa (intertrigo), Dermatite/ Maceração periferida (2). Indivíduos com MASD têm sintomas como, dor, queimação e prurido, interferindo na qualidade de vida (3). OBJETIVO E MÉTODO: Objetivou-se descrever a prevalência de MASD e fatores associados à sua ocorrência. Trata-se de estudo observacional, descritivo e epidemiológico, de prevalência pontual de 01 (um) dia, em unidades de terapia intensiva (UTI´s) de um hospital de grande porte na cidade de São Paulo. As UTI´s da instituição, possuem 124 leitos, dos pacientes elegíveis , quarenta aceitaram participar da pesquisa e assinaram o consentimento. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumento de coleta para identificar perfil, prevalência de MASD e subtipos adicionados aos fatores associados. As informações obtidas deram origem a um banco de dados que foram armazenadas no Excel®, que foram analisados por meio da análise descritiva, utilizando-se frequência absoluta e relativa. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 4.778.220. RESULTADO:O perfil dos pacientes avaliados tinham média de idade de 74,7 e média de internação de 22 dias. A prevalência de MASD foi de 32,5% (n=13). Destas, a prevalência de DAI condiz a 69,2% (n=9), dermatite periestomal 7,6% (n=1), Dermatite intertriginosa 30,7% (n=3) e Dermatite periferida 0% (n=0). Em relação a DAI de acordo com a escala Ghent Global Incontinence Associated Dermatitis Categorization Tool -GLOBIAD (BECKMAN 2018) 55,5% (n=5) foram categorizadas em 1A e 44,4%(n=4) em 2A. Em relação ao estado geral dos pacientes com DAI, 22,2% (n=2) estavam em uso de estimulante intestinal nas últimas 48h, 11,1% (n=1) apresentava incontinência urinária, 44,4% (n=4)Incontinência fecal e, 22,2% (n=2) em uso de fralda. No que tange à Dermatite intertriginosa, sobre a localização, 33,3% (n=1) tiveram a dermatite na prega glútea, 33,3% (n=1) na região da mama, 33,3% (n=1) na região do interglúteo, 33,3% (n=1) na região da coxa e 66,6% (n=2) na região suprapúbica, e destas, 100% (n=3) tiveram perda de epiderme e 66,6% (n=2) apresentaram ulceração, 66,6% (n=2) tem obesidade, 100% (n=3) estavam em uso de antibióticos e 33,3% em uso de corticóide. Em relação a tipo de estoma com dermatite periestomal, 100% (n=1) de traqueostomia, 100% (n=1) com características de eritema. CONCLUSÃO: A prevalência de MASD e seus fatores associados encontrados neste estudo podem auxiliar no entendimento deste agravo, além de contribuir na tomada de decisão dos gestores de saúde e na elaboração de projetos de melhoria na prevenção e tratamento de MASD. Incentivar a prática da coleta de prevalência de MASD e do acompanhamento de indicadores de qualidade pode nortear cuidados e pesquisas.

RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO ASSOCIADO AO POSICIONAMENTO PERIOPERATÓRIO EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS UROLÓGICAS E GINECOLÓGICAS PELA VIA ROBÓTICA

2022-12-02T22:46:38-03:00

Introdução: A tecnologia está cada vez mais presente no sistema de saúde, proporcionando técnicas cirúrgicas mais seguras e menos invasivas ao paciente, como a cirurgia robótica. Esta ganha espaço entre procedimentos urológicos e ginecológicos, se assemelhando à videolaparoscopia, porém com vantagens de proporcionar visão tridimensional e maior precisão. O posicionamento cirúrgico adequado é imprescindível para o êxito da intervenção robótica e prevenção de possíveis complicações, como as lesões por pressão (LP), que impactam diretamente na qualidade da assistência prestada. Objetivo: Identificar o risco de ocorrência de LP no período intraoperatório em pacientes submetidos a cirurgias urológicas e ginecológicas por via robótica. Método: Pesquisa de campo, transversal, observacional, realizada no centro cirúrgico de um hospital privado, de extra porte, de São Paulo, que possui três robôs da Vinci®. A amostra foi composta por 65 pacientes submetidos a cirurgias urológicas e ginecológicas por abordagem robótica, entre fevereiro e julho de 2021. Para a coleta de dados foram utilizados os instrumentos: um formulário para caracterização do paciente e do procedimento e a Escala de Avaliação do Risco para o Desenvolvimento de Lesões Decorrentes do Posicionamento Cirúrgico (ELPO). Os dados foram tratados estatisticamente por média, mediana e desvio padrão, além de testes de probabilidade de significância de 5% e exato de Fisher. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sede do estudo, de acordo com as normas e preceitos ético- legais da Resolução 466/2012 (CAAE 41184220.4.0000.0071 e Protocolo 4.528.631). Resultados: No presente estudo, a avaliação de risco, realizada por meio da aplicação da ELPO, demonstrou que entre os 65 pacientes que compuseram a amostra, 70,77% apresentaram maior risco para o desenvolvimento de LP, com variação de pontuação entre 15 e 25 pontos, e média de 20,75 pontos. Quando analisadas as variáveis da ELPO, entre os pacientes classificados com maior risco, houve relevância em: sexo masculino (76,92%, p=0,04); posição de Trendelenburg acentuada, associada à Litotomia (85%, p=0,005); presença de comorbidades (75%, p=0,02), como hipertensão (88,57%, p=0,0009), diabetes (100%, p=0,003) e obesidade (95%, 0,003); peso e índice de massa corpórea (IMC) altos (p=0,001), representando uma tendência de aumento do risco para desenvolvimento de LP, conforme elevação do peso e do IMC. Conclusão: Observou- se que os pacientes cirúrgicos apresentam características que os colocam em risco para desenvolver LP. Em procedimentos por abordagem robótica, tem-se o desafio adicional das posições serem distintas do convencional, sendo que, aliadas aos demais fatores, podem impactar nesse risco. É de responsabilidade da equipe perioperatória a adequada avaliação de risco do paciente, o posicionamento cirúrgico seguro e o uso de medidas preventivas eficazes, a fim de mitigar a ocorrência das LP. Desta forma, se faz necessário o engajamento dos profissionais em processos de melhoria contínua, para implementação de melhores práticas de prevenção de tais lesões no contexto cirúrgico.

VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM FERIDA PARA GERAÇÃO DE INDICADORES ASSISTENCIAIS, CLÍNICOS E FINANCEIROS

2022-12-02T22:48:44-03:00

Introdução: Instrumentos para avaliação da ferida são identificados na literatura, todavia, enfocam aspectos relacionados ao processo cicatricial, tratamento, classificação da ferida ou do risco para o seu desenvolvimento.1,2 No contexto da Atenção Primária e Secundária à Saúde, os registros não apresentam dados sobre sua evolução.3,4 Essa fragilidade impossibilita a produção parametrizada de dados. Objetivo: validar um instrumento para avaliação do paciente com ferida atendido na Atenção Primária e Secundária à Saúde com vista na geração de indicadores assistenciais, clínicos e financeiros. Método: Estudo metodológico envolvendo a elaboração de instrumento embasado nas recomendações e diretrizes nacionais e internacionais específicas. Constituiu-se de 90 itens organizados em 04 dimensões: 1 – Histórico de Enfermagem (26 itens); 2 – Anamnese e Exame Físico do Paciente (31 itens); 3 – Avaliação da Ferida (17 itens) e 4 – Tratamento da Ferida (16 itens). O instrumento foi submetido à validação de conteúdo por 21 juízes que atenderam os critérios de inclusão. A coleta ocorreu no período de novembro de 2020 a janeiro de 2021. Os juízes avaliaram as dimensões e cada item quanto à abrangência, clareza, pertinência e representatividade por meio de uma escala Likert de cinco pontos: 1 – inapropriado, 2 – parcialmente inapropriado, 3 – indiferente, 4 – parcialmente apropriado e 5 – apropriado. Os dados foram analisados por estatística descritiva e pelo Índice de Validade de Conteúdo, foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer 4.329.008. Resultados: os juízes atuavam em diferentes regiões do Estado de Minas Gerais, média de experiência de 7,4 anos (DP=5) na Atenção Primária e 7,8 anos (DP=7) na Atenção Secundária. O Índice de Validade de Conteúdo parcial de cada item e de cada dimensão variou de 0,95 a 1. O Índice de Validade de Conteúdo médio foi 0,99 na dimensão 1, 2 e 4 e 1,0 na dimensão 3. O valor global do instrumento foi 0,99 e permite gerar 23 indicadores, sendo 4 clínicos, 16 assistenciais e 5 financeiros. Conclusão: O instrumento validado permite a parametrização da avaliação do paciente com ferida, além de gerar dados para avaliação de indicadores clínicos, assistenciais e financeiros do serviço.

ALTA HOSPITALAR DA PESSOA COM DISFUNÇÃO MICCIONAL E CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO

2022-12-02T22:50:38-03:00

INTRODUÇÃO: O adequado funcionamento do trato urinário inferior depende da ação sincronizada entre a bexiga e mecanismo esfincteriano, culminando nas duas fases da micção, são elas, armazenamento e esvaziamento vesical. Essa sincronia vesico-esfincteriano depende da integridade do sistema nervoso central e periférico, e este mecanismo de armazenamento e esvaziamento vesical pode sofrer alterações decorrentes de inúmeros fatores, culminando com sintomas de retenção ou incontinência urinária, além de complicações como infecção urinária de repetição, hidronefrose, litíase vesical e em casos mais graves, insuficiência renal. Neste cenário, o cateterismo intermitente limpo se destaca como importante estratégia para manutenção da regularidade de esvaziamento vesical. OBJETIVO: Descrever o fluxo e procedimento de orientações de cuidados na alta hospitalar da pessoa com disfunção miccional e cateterismo intermitente limpo, em um hospital quaternário no interior do estado de São Paulo. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de caso, que consistiu na elaboração de um protocolo com a descrição do fluxo e procedimentos da alta hospitalar da pessoa com disfunção miccional e indicação de cateterismo intermitente limpo. Para a elaboração deste material foi realizada uma revisão da literatura sobre a temática e após a elaboração do material o mesmo foi submetido a avaliação e discussão com equipes médicas da neurocirurgia, cirurgia do trauma, urologia, enfermeiros das unidades de internação, ambulatório de cirurgia e CCIH, para validar todas as informações. RESULTADO: O protocolo foi construído com a finalidade de capacitar o paciente, familiar, cuidador ou responsáveis quanto aos cuidados relacionados ao cateterismo intermitente limpo e o uso do cateter vesical externo pós-alta hospitalar. Neste protocolo está descrito todo material necessário para o procedimento, a necessidade de convocação da família para receber as orientações, o uso do manequim para ensino simulado, escolha do calibre do cateter, número de procedimentos ao dia, a técnica do procedimento de CIL na mulher e no homem, uso de cateter externo, cuidado com frasco de drenagem e bolsa coletora, orientações sobre o preenchimento de diário miccional, e entrega dos impressos de alta e orientações por escrito. Para facilitar o entendimento e padronizar as orientações foram elaborados quatro impressos, são eles: solicitação de material para o procedimento na unidade básica de saúde do município de origem; impresso de diário miccional, que deve ser orientado seu preenchimento para o próximo retorno ambulatorial; folder com orientações para cateterismo intermitente limpo, preenchido com o material necessário, freqüência e cuidados gerais e, encaminhamento ao ambulatório de disfunção miccional. Além disso, foi negociado com a administração do hospital o fornecimento de um kit de alta, contando materiais básicos para os primeiros dias CIL, até que o paciente tenha acesso ao material em seu município e pactuado com a equipe médica a importância de encaminhar este paciente ao ambulatório de Urologia. CONCLUSÃO: Foi realizada a elaboração do protocolo com a descrição do fluxo e procedimento de orientações de cuidados na alta hospitalar da pessoa com disfunção miccional e indicação de cateterismo intermitente limpo, garantindo assim a padronização do procedimento e uma alta segura.

AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE INCONTINÊNCIAS EM MULHERES COM CÂNCER GINECOLÓGICO TRATADAS COM BRAQUITERAPIA

2022-12-02T22:52:07-03:00

Introdução: A braquiterapia pélvica, realizada pela inserção de uma fonte de radiação ionizante no canal vaginal, pode ser indicada para o tratamento de neoplasias ginecológicas (1). A radiação associada a outros fatores, como a doença, o tratamento e idade da mulher podem levar à ocorrência de incontinência (fecal e urinária) e bexiga hiperativa (2), que se explica pela ocorrência da menopausa precoce e pelo enfraquecimento da musculatura pélvica. No hospital referência no atendimento oncológico em Florianópolis, as mulheres realizam acompanhamento fisioterápico para a reabilitação do assoalho pélvico, onde é orientado pela fisioterapeuta, o exercício de contração para o fortalecimento da musculatura no tratamento de incontinências. Objetivo e Método: Identificar as ocorrências de incontinências urinárias e fecais em mulheres e sua evolução em um ano de acompanhamento pós-braquiterapia pélvica. Estudo longitudinal e retrospectivo, incluindo mulheres com câncer ginecológico pós-braquiterapia em acompanhamento fisioterápico com no mínimo uma consulta anual em dois anos de seguimento. As variáveis investigadas em prontuário das pacientes consistiram em idade, diagnóstico, ocorrência de incontinências e dose de radiação utilizada. Apreciação ética registrada sob o número 31818820.0.3001.5355. Resultados: De 127 (100%) mulheres, 98 (77,16%) foram diagnosticadas com câncer de colo uterino, 27 (21,25%) com câncer de endométrio, uma (0,8%) paciente com câncer de ovário, e uma (0,8%) com câncer de vagina; 34 (26,80%) apresentaram incontinências na primeira avaliação; dessas, 28 (22,05%) com incontinência urinária, quatro (3,15%) incontinência fecal, duas (1,60%) incontinência fecal e urinária. Das 34 mulheres que apresentaram alguma incontinência no primeiro ano de acompanhamento, 18 (52,94%) alegaram não possuir mais a incontinência no segundo ano de seguimento. Das 93 mulheres (73,20%) sem incontinência na primeira consulta, 18 (19,35%) referiram perda de urina ou fezes no segundo ano de acompanhamento. Dessas mulheres, 14 (77,80%) receberam a dose de radiação igual a 28 Gy (braquiterapia de alta taxa de dose). Analisando a segunda avaliação, das 34 mulheres que desenvolveram ou continuaram com a incontinência urinária, 26 (76,47%) receberam 28 Gy de radiação. Observou-se que as mulheres que continuaram ou desenvolveram a incontinência, receberam uma dose maior de radiação por inserção, o que pode ter contribuído para essa ocorrência. A American Brachytherapy Society (3) recomenda a dose total radiação de 25-30 Gy, 5 inserções de 5,5 Gy (4-5 frações separadas), diferindo do cenário de estudo, que administra a dose total de 21-28 Gy, 7 Gy por inserção (3-4 frações). Conclusão: O acompanhamento do fisioterapeuta e a realização do exercício de contração do assoalho pélvico pelas mulheres pós- braquiterapia contribui para o controle da incontinência no grupo com queixas na primeira consulta. Ressalta-se a importância do papel do fisioterapeuta na redução e prevenção dos efeitos adversos ocasionados pelo tratamento e melhor qualidade de vida e recomenda-se que os as orientações aos cuidados preventivos das incontinências iniciem com atuação conjunta entre enfermeiros e fisioterapeutas durante o tratamento.

CUIDADOS DE ESTOMATERAPIA A UM PACIENTE COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ESTUDO DE CASO

2022-12-02T22:54:17-03:00

A disfunção do assoalho pélvico, situação clínica de funcionamento anormal dos músculos dessa região, ocorre em homens e mulheres tendo como principal consequência a incontinência urinária e anal1. Esta condição gera angústia e sentimento de incapacidade no indivíduo acometido, considerada um agravo econômico e organizacional no sistema de saúde pública2. O enfermeiro estomaterapeuta é fundamental na identificação precoce e manejo do tratamento do indivíduo com incontinência, tendo em vista a negligência nos serviços de saúde e o baixo nível de conhecimento sobre sua terapêutica. Objetivou-se relatar os cuidados de estomaterapia a um paciente com incontinência urinária em um serviço ambulatorial. Estudo de caso documental sua coleta de dados foi realizada entre os meses de maio de 2021 e abril de 2022, no ambulatório de enfermagem em estomaterapia de uma universidade pública. As informações foram obtidas por meio do histórico do paciente, dados clínicos do prontuário, avaliação de enfermagem e acompanhamento do diário vesical registrado pelo participante. Obedecendo às exigências éticas de pesquisa com seres humanos, Resolução 466/12, o estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (Parecer nº 3.779.482). Realizado com um participante do sexo masculino de 71 anos, no início do manejo foi identificado que o indivíduo apresentava perda de urina aos esforços após realização de uma cirurgia de prostatectomia. Admitido no dia 20/05/20, o qual se identificou um Oxford: 1s, sem presença de sustentação da musculatura pélvica, apresentando perda de urina aos esforços. Utilizou-se preenchimento do diário vesical, exercício para fortalecimento da Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP) e eletroestimulação para fibras tônicas. A terapêutica estabelecida foi a seguinte: eletroestimulação em região suprapúbica e perianal com os seguintes parâmetros (500 us, 10Hz, 1s, 3s, 1s, 1s, 20 min); exercícios para MAP em 3 séries de 10 contrações, seguido de diário vesical. No terceiro atendimento de retorno do paciente, observou- se melhora significativa de seu quadro, embora ainda apresentasse perda de urina. Assim foi realizado o ajuste no tratamento com exercícios de fortalecimento modificado para 5 séries de 10 contrações. Após 50 atendimentos (1 ano e 1 mês), evoluiu para alta por cura. Após o procedimento cirúrgico da prostatectomia ocorreu fraqueza nos músculos do assoalho pélvico do paciente, porém por meio das técnicas adequadas de exercício para fortalecimento da musculatura, ingesta de água ideal, utilização da eletroestimulação, diário vesical e trabalho multiprofissional, contribuir para o processo de evolução do quadro em que o participante se encontrava inicialmente3. A adesão dos exercícios da MAP, alimentação e eletroestimulação empenhadas pelo participante e pelo estomaterapeuta influenciaram diretamente no fortalecimento da MAP e resolução do quadro de incontinência, impactando positivamente na qualidade de vida do indivíduo.

FATORES ASSOCIADOS À CONSTIPAÇÃO INTESTINAL ENTRE INDIVÍDUOS IDOSOS

2022-12-02T22:56:41-03:00

INTRODUÇÃO: A última versão elaborada pela Rome Foundation (Roma IV) definiu constipação intestinal (CI) como um distúrbio funcional intestinal com predomínio de defecação difícil, infrequente ou incompleta, com início dos sintomas 06 meses antes do diagnóstico e persistência dos 03 últimos meses1. Considerada uma afecção de alta prevalência na população em geral, em idosos é 4 a 5 vezes mais frequente do que em adultos jovens, acometendo um em cada dois idosos acima dos 80 anos. Na senescência ocorrem alterações no intestino grosso como mudanças macroscópicas estruturais e alterações no assoalho pélvico que afetam a plasticidade e complacência intestinal que associadas a fatores como hábitos e estilos de vida estão envolvidos na constipação intestinal entre idosos2. OBJETIVO: Identificar na literatura fatores associados à constipação intestinal entre indivíduos idosos. MÉTODO: Tratou-se de um estudo de revisão integrativa realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde e Scielo, entre novembro de 2021 e março de 2022. Os critérios de inclusão foram estudos no idioma português e inglês publicados nos últimos onze anos, utilizando os descritores, segundo o DeCs: constipação intestinal, idoso e estomaterapia, combinados entre si e que respondessem à pergunta norteadora: quais são os fatores associados à constipação intestinal entre indivíduos idosos? A amostra foi composta por 15 estudos. RESULTADO: Os resultados foram agrupados em ideias centrais. 1) Fatores associados a presença de comorbidade: afecções como demência, doença de Parkinson, acidente vascular cerebral; diabetes, obesidade, hipotireoidismo, imobilismo e outras contribuem para desencadear ou intensificar os quadros de CI em idosos; 2) Polifarmácia: entre as medicações frequentemente associadas a CI entre idosos são analgésicos opioides, antidepressivos tricíclicos; agentes anticolinérgicos; bloqueadores de canal de cálcio; medicamentos antiparkinsonianos; antipsicóticos; suplemento ferroso; antihistamínico e diuréticos; 3) hábitos alimentares: a baixa ingestão de fibras e de água influenciam significativamente no desenvolvimento e agravamento da constipação, devido ao ressecamento e endurecimento das fezes. Aumentar o consumo de fibras diáriamente associada a hidratação adequada contribui na formação do bolo fecal, diminui o ressecamento das fezes facilitando a eliminação3. 4) Atividade física: estudos evidenciam que a atividade física estimula a motilidade intestinal, além do impacto positivo nas funções sociais e psicológicas. 5) Nível sócio-econômico: o consumo de fibras e alimentos saudáveis em geral é baixo na população como um todo, mas é ainda menor entre indivíduos pertencentes às classes menos favorecidas, relacionando-se com maior prevalência de CI; 6) Condições psicológicas: ansiedade, estresse e depressão predispõem a CI entre indivíduos idosos. Intervenções psicológicas em paciente com CI e terapias comportamentais para redução da ansiedade auxiliam no relaxamento da musculatura pélvica e contribuem para melhora da CI entre indivíduos idosos2,4,5. CONCLUSÃO: Os fatore associados a CI entre indivíduos idosos foram os que apresentam alguma doenças neurológicas; endócrino metabólicas e psíquicas, além de inatividade física, baixa ingestão de fibras e líquidos, que também relaciona-se com o nível sócio-econômico. Considerar fatores associados, conhecimento sobre alimentação e hábitos de vida é fundamental na elaboração de condutas para prevenção e tratamento adequado da constipação intestinal entre indivíduos idosos.

MONITORAMENTO PÓS-ALTA EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO PERINEAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

2022-12-02T22:58:58-03:00

INTRODUÇÃO: Os músculos do soalho pélvico (SP) desempenham papel importante na sustentação dos órgãos pélvicos e participam ativamente das funções urinária, defecatória e sexual1,2. As disfunções do SP ocorrem devido a danos estruturais e funcionais de músculos, nervos, fáscias ou ligamentos e podem acarretar em incontinência urinária e anal3. A Sociedade Internacional de Continência (SIC) aponta a reabilitação do SP como a primeira linha de tratamento para as incontinências. O cuidado ao paciente incontinente transcorre todo o processo de reabilitação e o monitoramento pós-alta visa a minimizar as recidivas, conscientizar o paciente quanto a necessidade de implementar as medidas comportamentais e oferecer suporte na fase de transição para continuidade do cuidado domiciliar. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência profissional sobre a implantação e resultados obtidos através do Monitoramento Pós-Alta de um Serviço de Reabilitação Perineal, de um Hospital Privado, da Zona Norte de São Paulo. OBJETIVO: Assegurar a continuidade do cuidado após alta ambulatorial minimizando recidivas e oferecendo suporte ao paciente na fase de transição para continuidade do cuidado em domicilio. RESULTADO: O monitoramento domiciliar se provou eficiente na administração do cuidado e no empoderamento de pacientes. Portanto, colocar essa estratégia em ação, de maneira eficiente garante a continuidade do cuidado, diminui as recidivas e aumenta a qualidade de vida4. De 2017 a 2018, não era realizado o monitoramento pós-alta e observamos que 15,88% dos pacientes (N = 81, do total de 510 pacientes atendidos) apresentaram recidiva do quadro no primeiro ano após a alta. Em contrapartida, no período entre 2019 a 2021, após implantação do monitoramento pós-alta a recidiva diminui para 7,7% dos pacientes (N = 45 pacientes, do total de 578 pacientes atendidos), demonstrando a efetividade da ação. Dentre os fatores que impactam nas recidivas podemos destacar a falta de tempo e desmotivação para a realização dos exercícios, por esquecimento ou outros motivos. Neste contexto, os enfermeiros, em especial os Estomaterapeutas possuem papel fundamental, sendo os responsáveis por implementar estratégias de promoção e educação em saúde, visando a aumentar a adesão aos tratamentos; de forma individualizada, de acordo com as necessidades dos pacientes. CONCLUSÃO: A limitação encontrada para a realização do estudo decorreu de falta de publicações acerca do tema. Observou-se uma evolução significativa dos pacientes em monitoramento pós alta, diminuindo a taxa de recidivas, garantindo a continuidade do cuidado e aumentando a qualidade de vida. Esperamos que esse relato de experiência inspire outros profissionais a aplicar o método e realizar novos estudos, pois a ferramenta de monitoramento pós-alta se mostrou efetiva gerando resultados positivos na transição segura do cuidado.