CARACTERIZAÇÃO DE ENFERMEIROS DA APS E A DEMANDA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE SOBRE OS CUIDADOS A PESSOAS COM ESTOMAS DE ELIMINAÇÃO

Autores

  • Janderson Cleiton Aguiar PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
  • André Aparecido Da Silva Teles ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO EERP-USP
  • Antonio Jorge Silva Correa Júnior ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO EERP-USP
  • Camila Maria Silva Paraizo- Horvath ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO EERP-USP
  • Helena Megumi Sonobe ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO EERP-USP

Resumo

Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) constitui a porta de acesso às Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Brasil e o enfermeiro da APS necessita de conhecimentos sobre múltiplas temáticas para a sua atuação profissional, incluindo-se o cuidado às pessoas com estomas de eliminação. Objetivo: analisar as características sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros da APS e a demanda de educação permanente sobre estomas de eliminação intestinal. Método: Trata-se de um estudo transversal quantitativo, realizado com enfermeiros que atuavam na APS em um município paulista (Aprovação CEP da Instituição proponente sob Parecer 5.435.383; CAAE 55910222.2.0000.5393). Para obtenção dos dados sociodemográficos, de formação e de experiência profissional utilizou-se questionário estruturado, com processamento de dados por estatística descritiva; e por meio de entrevista, utilizando-se a Técnica dos Incidentes Críticos (TIC) obteve-se informações sobre as necessidades de aprendizagem sobre o tema, sendo analisado por Análise de conteúdo dedutivo. Resultados: A amostra, constituída por 25 enfermeiros, apresentava idade entre 24 e 50 anos, média 36,3 anos e desvio padrão de 6,8 anos; tempo de formação variou entre 3 e 26 anos, média de 13 anos e desvio padrão de 6,3 anos; e o tempo de atuação na APS variou entre 1 e 22 anos, média de 9,68 anos e desvio padrão de 5,89 anos, sendo que 10 (40%) possuíam experiência assistencial em outros contextos de atendimento à saúde, além da APS; e 15 (60%) somente atuaram na APS. Houve relatos da necessidade de educação permanente sobre os cuidados específicos à pessoa com estomia relacionados ao esvaziamento, higienização, troca, recorte da base do equipamento e manutenção da bolsa, bem como da necessidade do estabelecimento de uma Linha de cuidado para estas pessoas. O estigma, as crenças e o preconceito, tanto do paciente, como do cuidador e do profissional, foram indicadas como fatores que influenciam a assistência desta clientela. Conclusão: Os profissionais da APS relataram a necessidade de educação permanente sobre os cuidados às pessoas com estomias de eliminação, bem como a necessidade de estruturação de uma Linha de Cuidados para uma atuação mais consistente da Enfermagem, para a qualificação do cuidado a esta clientela, com melhoria da integração dos diferentes níveis de atendimento na RAS. Contribuições para a Estomaterapia: As pessoas com estomias de eliminação necessitam de cuidados em diferentes pontos da RAS, considerando que a APS constitui a porta de entrada do Sistema Único de Saúde e a esta cabe, a responsabilidade do ordenamento da RAS, que constitui um campo fértil para atuação do estomaterapeuta na melhoria da assistência desta clientela, bem como na educação permanente dos profissionais da APS.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Aguiar, J. C., Teles, A. A. D. S., Júnior, A. J. S. C., Horvath, C. M. S. P.-., & Sonobe, H. M. (2024). CARACTERIZAÇÃO DE ENFERMEIROS DA APS E A DEMANDA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE SOBRE OS CUIDADOS A PESSOAS COM ESTOMAS DE ELIMINAÇÃO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1093