COMO ABORDAMOS A SEXUALIDADE EM PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO

Autores/as

  • Rosaura Soares Paczek PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
  • Ana Karina Silva Da Rocha Tanaka UFRGS
  • Adriana Maria Alexandre Henriques UFRGS
  • Beatriz Portugal UFRGS
  • Mariana Griebeler UFRGS
  • Maria Eduarda Vargas UFRGS
  • Gustavo Gomboski NACES

Resumen

Introdução: A sexualidade é uma necessidade fisiológica influenciada por diversos fatores, ocorrendo alguma dificuldade pode levar ao isolamento, desinteresse e vergonha nos relacionamentos. Nas pessoas com estomia a sexualidade pode ser impactada pela alteração da imagem corporal, levando a sentimentos de inadequação e desconforto em relação ao próprio corpo. Os relacionamentos interpessoais podem ser dificultados devido ao medo de rejeição e falta de autoconfiança1,2. Dessa forma, é imprescindível que a abordagem dos pacientes estomizados nos serviços de saúde seja personalizada e acolhedora, por meio da implementação de ações de educação em saúde3. Através das orientações em saúde, a equipe multiprofissional desempenha um papel crucial na reabilitação e readaptação fisiológica, psicológica e social dos pacientes estomizados, o que contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas². Frente a esta situação, é fundamental que as equipes de saúde adotem estratégias para facilitar os cuidados com esses pacientes. Objetivo: Relatar sobre como realizamos a abordagem da sexualidade a pacientes com estomia. Método: Estudo tipo relato de experiência realizado no segundo semestre de 2023 no sul do Brasil. Desenvolvimento: A consulta de enfermagem no ambulatório de Estomaterapia é realizada no pós-operatório tardio, após a alta hospitalar, quando o paciente já está se adaptando à sua nova condição. A enfermeira estomaterapeuta conversa com o paciente, explica como foi realizada a cirurgia, os cuidados que deve ter no pós-operatório tardio, pois é neste período que surgem dúvidas, medos, angústias e receios, e muitas vezes surge o tema sobre a sexualidade. A enfermeira aborda as preocupações específicas relacionadas à intimidade após a cirurgia, isso inclui discutir questões emocionais, adaptações necessárias e, se necessário, buscar orientação de profissionais de saúde especializados sobre este contexto. A comunicação aberta e apoio são essenciais para ajudar os indivíduos a manter uma vida sexual saudável e satisfatória após a cirurgia de estomia. A discussão sobre a sexualidade deve ser de maneira sensível e oportuna quando o paciente expressar interesse ou desconforto em relação a sua vida sexual, devendo o profissional abordar o assunto com empatia. O importante é reconhecer a individualidade de cada pessoa e garantir que a conversa seja conduzida com respeito, privacidade e aberta para que o estomizado se sinta à vontade para compartilhar suas preocupações e necessidades. Considerações finais: Abordar a sexualidade com o estomizado é importante no cuidado holístico, devendo ser realizada em momentos apropriados, nas consultas de acompanhamento ou em grupos de apoio. Respeitar a individualidade de cada pessoa, promover um ambiente de confiança e oferecer suporte emocional são fundamentais. A atenção apropriada à sexualidade não apenas aborda as preocupações práticas e emocionais, mas também contribui para a qualidade de vida e bem-estar do estomizado. Contribuições para a Estomaterapia: Abordado por profissional com experiência no assunto que saiba escutar as preocupações específicas daquele indivíduo, tratando com respeito e um ambiente seguro para o diálogo, promovendo uma prática clínica mais inclusiva e centrada no paciente, com melhora da qualidade de vida, saúde mental, adaptação e relacionamento do estomizado.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Publicado

2024-07-06

Cómo citar

Paczek, R. S., Tanaka, A. K. S. D. R., Henriques, A. M. A., Portugal, B., Griebeler, M., Vargas, M. E., & Gomboski, G. (2024). COMO ABORDAMOS A SEXUALIDADE EM PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO. Congreso De Estomaterapia De São Paulo. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/958