ESTOMIAS INTESTINAIS EM RECÉM-NASCIDOS: UM DESAFIO MULTIFACETADO PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM. A IMPORTÂNCIA DO ESTOMATERAPEUTA NO PLANEJAMENTO E PREPARO DOS CUIDADORES PARA ALTA HOSPITALAR. UM RELATO DE CASO.

Autores

  • Lais Carvalho Mendanha Pinheiro -

Resumo

As condições de saúde que definem a confecção de estomas em pacientes recém nascidos são diversas, lidar com as particularidades desse público no que diz respeito ao alinhamento de condutas com a equipe para evitar e tratar complicações, norteando o cuidado às especificidades do paciente neonato e principalmente, preparar os pais e a rede de apoio para a alta, é certamente um desafio para os serviços de saúde.1,4 O objetivo deste trabalho, foi relatar a experiência clínica de uma estomaterapeuta em uma UTI Neonatal e evidenciar a relevância do trabalho especializado principalmente na assistência do neonato estomizado. Visto que, este profissional possui propriedade e direcionamento para evidenciar questões clínicas que irão nortear a equipe durante a internação e realizar o preparo dessa família para a alta hospitalar. Em uma UTI Neonatal foi observado que as enfermeiras possuíam dúvidas e algumas dificuldades no manejo com paciente estomizado e a ocorrência de alguns eventos como: Descolamento precoce do equipamento coletor, dúvidas em relação ao recorte da placa, complicações na ferida operatória, descolamento mucocutâneo, desconhecimento da variedade e funcionalidade dos diversos equipamentos coletores que há no mercado, recursos adjuvantes, dentre outros. Esses fatores foram determinantes para a conduta da estomaterapeuta. Diante disso, iniciou-se a beira leito o esclarecimento e exposição dos cuidados assistências a cada troca de turno, durante o plantão realizado a explicação acerca de: Avaliação da localização anatômica e origem do estoma, tipo de efluente, características e avaliação da mucosa e pele periestoma, quando esvaziar e trocar o equipamento, identificar fatores de risco para complicações e como tratar, indicação do equipamento coletor conforme as necessidades de cada paciente, expor para a equipe os recursos adjuvantes disponíveis na unidade e reconhecer quais as funções e aplicabilidade em cada caso. Foi observado que, a equipe possuía pouco ou nenhum conhecimento acerca da explanação. Ex: O recorte da placa maior que a estomia, fixação inadequada, utilização de excesso de adjuvantes e o tempo de troca e esvaziamento do equipamento excedido. A partir da identificação dos fatores que estavam levando ao descolamento precoce do equipamento coletor consequentemente complicações de pele periestomia, descolamento mucocutâneo e deiscência da ferida operatória, foi possível direcionar as orientações, melhorar a assistência e preparar a família para a alta hospitalar. Tendo em vista a necessidade de ampliar os treinamentos, aperfeiçoar o atendimento, e preparar a equipe no cuidado com o paciente neonato e a família. Foi proposto à coordenação da Unidade uma masterclass com Hands on com a temática em questão, o objetivo da exposição teórica e prática é o melhor aproveitamento e aplicabilidade do conhecimento adquirido. Em síntese, a estomaterapia tem notável papel nas diversas esferas do cuidado em se tratando da neonatologia e pediatria ainda há um longo caminho a percorrer. O preparo para a alta hospitalar possui grande relevância, pois ele impactará na qualidade de vida dessa criança e sua família. Almejando especializar o cuidado e atender a essa população que dispõe de características tão específicas se torna cada vez mais necessário explanação sobre o tema. 2,3,5

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Pinheiro, L. C. M. (2024). ESTOMIAS INTESTINAIS EM RECÉM-NASCIDOS: UM DESAFIO MULTIFACETADO PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM. A IMPORTÂNCIA DO ESTOMATERAPEUTA NO PLANEJAMENTO E PREPARO DOS CUIDADORES PARA ALTA HOSPITALAR. UM RELATO DE CASO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/968