VIVÊNCIAS DE DOCENTES DE ENFERMAGEM SOBRE O ENSINO DA ESTOMATERAPIA EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • CAROLINA CABRAL PEREIRA DA COSTA
  • NORMA VALÉRIA DANTAS DE OLIVEIRA SOUZA
  • RAQUEL CABRAL FERMIANO
  • ALINE DE OLIVEIRA NASCIMENTO SILVA
  • FERNANDA ARAUJO BASTOS
  • GIULIA CAMPBELL SAIJA

Palavras-chave:

Estomaterapia, Ensino, Enfermagem, Educação

Resumo

Introdução: A pandemia de COVID-19 gerou repercussões multidimensionais, observando-se impactos que se refletiram nas esferas social, econômica, política e cultural¹. Essas repercussões também impactaram no ensino, especialmente no desenvolvimento do curso de especialização em estomaterapia, quando houve a necessidade de repensar o meio de oferta do curso, o qual sempre ocorreu na modalidade de ensino presencial. Assim, implementou-se o ensino remoto emergencial em meados do ano 2020 para as aulas teóricas e, posteriormente, retomaram-se os estágios no início do ano de 2021, caracterizando-se, desta forma, o ensino híbrido. Destarte, as atividades vinculadas aos cursos de especialização bem como aquelas relacionadas aos projetos de extensão, ligas acadêmicas e iniciações científicas, basearam-se nesse modelo didático, mediado pelo uso das tecnologias, para fins educacionais².

Objetivo: Relatar a experiência de docentes de enfermagem para desenvolver o processo ensino aprendizagem ligado à estomaterapia em tempos de pandemia de COVID-19.

 

Método: Estudo caracterizado como relato de experiência, cuja vivência ocorreu entre julho de 2020 a julho de 2021, envolvendo docentes de uma faculdade pública fluminense.

 

Resultados: A pandemia de COVID-19 ressignificou o trabalho docente, uma vez que foi preciso se reinventar e descobrir novas formas de ensinar³. No âmbito da graduação, os diferentes projetos de extensão, ligas acadêmicas e atividades de pesquisa, buscaram manter suas atividades através da realização de lives, eventos online, postagens em redes sociais, no sentido de socializar e abordar os conteúdos relacionados a área da estomaterapia. No contexto da pós-graduação em Estomaterapia não foi diferente, já que, com a utilização do ensino remoto emergencial, iniciou-se as descobertas de diferentes estratégias, a fim de que o discente mantivesse seu interesse em um curso que é estruturalmente presencial, considerando-se o ensino teórico-prático e prático. Com as aulas remotas, os docentes estomaterapeutas do curso buscaram introduzir metodologias ativas, mesmo de forma online, o que se constituiu em grande desafio para o coletivo. Além disso, por não ser possível inicialmente a realização de atividades práticas, muitos docentes, mostravam, pelas câmeras, os materiais e equipamentos, a fim de ilustrar o conteúdo e aproximar o estudante da realidade. As dificuldades nestes processos foram inúmeras, pois muitos docentes não tinham, a princípio, aproximação com as tecnologias digitais da comunicação (TIC). Por sua vez, os discentes também não estavam acostumados com esta modalidade de ensino. No entanto, a vontade de manter a oferta do curso e garantir a qualidade do ensino, resultou em que os docentes e discentes envidassem esforços cognitivo e psicoafetivo para a efetividade do processo ensino aprendizagem. Ademais, após o retorno dos estágios no ano de 2021, permitiu fortalecer e consolidar o ensino desenvolvido de forma remota.

 

Conclusão: É notório que a pandemia de COVID-19 trouxe desafios e dificuldades para o ensino, porém também permitiu inserir outras modalidades de ensino que podem contribuir para fortalecer a formação e qualificação na enfermagem. A experiência do ensino remoto emergencial e, posteriormente híbrido, trouxe conhecimento e união do coletivo acadêmico em prol do ensino de qualidade, que podem ser utilizados em tempos de não pandemia, desde que com a devida avaliação e critérios.

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Referências

Referências: 1. Carvalho SO; Silva GAA; Moura MCS; Santos BKI; Medeiros AMB; Duarte

GM; Vasconcelos CDA; Silva GRF (2022) Utilização de podcast para educação em estomaterapia durante a pandemia de Covid-19. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther., 20: e1522. https://doi.org/10.30886/estima.v20.1207PT 2. Nascimento FL. Ensino remoto: o uso do Google Meet na pandemia da Covid-19. BOCA 2021;7(19):44-61. https://doi.org/10.5281/zenodo.5028436%20%20%204. 3. Souza KR, Santos GB, Rodrigues AMS, Felix EG, Gomes L. Diários de professores(as) na pandemia: registros em cadernetas digitais de trabalho e saúde. Interface (Botucatu). 2022; 26: e210318 https://doi.org/10.1590/interface.210318

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

COSTA, C. C. P. D., SOUZA, N. V. D. D. O., FERMIANO, R. C., SILVA, A. D. O. N., BASTOS, F. A., & SAIJA, G. C. (2022). VIVÊNCIAS DE DOCENTES DE ENFERMAGEM SOBRE O ENSINO DA ESTOMATERAPIA EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/314

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