AVALIAÇÃO DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS RELACIONADO AO CÂNCER COLORRETAL
Palavras-chave:
Estomias, Colostomia, Estomaterapia, Enfermagem, Neoplasia ColorretalResumo
Introdução: Estomias são realizadas por meio de intervenções cirúrgicas com o propósito de exteriorizar um órgão interno para o meio externo, originando um orifício, que possui como função auxiliar na digestão de alimentos, respiração, saída de fezes e urina, entre outros; O indivíduo estomizado necessita de cuidados específicos que supram suas necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais. O estoma promove uma alteração clínica que afeta a qualidade de vida dos indivíduos de forma ampla. Objetivo: Avaliar as pessoas com estomia de eliminação intestinal cadastradas no serviço público. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa para avaliação de pessoas com estomias relacionado ao câncer. Resultados: Os resultados mostraram que a maioria dos pacientes eram do sexo feminino (51,0%), residiam em regiões interioranas do estado do Piauí (54,0%), com idade média de 65 anos, aposentados (67,0%) e com baixa escolaridade (44,0%). As estomias eram decorrentes de neoplasias malignas do reto (62,0%) e do cólon (21,0%), apresentaram como principal comorbidade a hipertensão arterial (43%), com predominância de colostomias (80,0%) definitivas (62,0%) e de pacientes que não realizaram a demarcação do estoma no pré-operatório (98,0%). Na avaliação a maioria dos estomas são protuso-saliente (60,0%), de formato oval (77,0%), regular(65,7%), coloração vermelho vivo (98,0%), com tamanho médio de 35mm, com ausencia de complicações (58,0%) e pele periestomal integra (52,0%). Houve predominância do uso do equipamento coletor de uma peça plana, drenável, opaco e placa recortável (90,0%). A maioria dos pacientes relataram boa adaptação (59,0%). Conclusão: As pessoas com estomia atendidas no serviço de referência em Teresina, no estado do Piauí, Brasil, é em sua maioria do sexo feminino, de baixa escolaridade, aposentados (a), procedente dos demais municípios do Piauí, na faixa etária de 61 a 80 anos, com cobertura do SUS, que realizaram a cirurgia no serviço de referência em oncologia. A doença de base da cirurgia geradora da estomia foram neoplasias de reto e colón, resultando em colostomias e ileostomias definitivas e sem demarcação prévia do local do estoma. Sendo que a maior parte dos indivíduos apresentaram uma ou mais comorbidades associadas, e as principais foram hipertensão arterial e diabetes. A avaliação dos resultados obtidos aponta para a necessidade de aperfeiçoar procedimentos e rotinas e a necessidades de enfermeiros capacitados em hospitais e ambulatórios para evitar complicações e orientar sobre os cuidados com a estomia.
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Referências
MARECO, Ana Paula Miranda et al. A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DE PACIENTES COM ESTOMIAS INTESTINAIS. ReBIS-Revista Brasileira
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