COBERTURAS UTILIZADAS NAS COMPLICAÇÕES DE GASTROSTOMIAS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA NO CEARÁ.

Autores

  • DEIDIANE RODRIGUES DE SOUSA CRUZ
  • IRISJANYA MAIA GONDIM
  • MARIA LUIZA PEREIRA COSTA
  • DIELSON ALVES DE SOUSA
  • LIDIANE DO NASCIMENTO RODRIGUES

Palavras-chave:

GASTROSTOMIA, CUIDADO À CRIANÇA, ENFERMAGEM, ESTOMATERAPIA

Resumo

INTRODUÇÃO: A gastrostomia, é um procedimento cirúrgico que é inserido um tubo na parede abdominal até o estômago, é indicada para crianças impossibilitadas de receber oralmente o aporte calórico adequado por longo prazo, as principais indicações para a realização da GTT em Pediatria, são problemas de saúde neurológicos, que comprometem a deglutição e a capacidade de se alimentar via oral. (MELLO; MANSUR, 2012). Sendo assim, o cuidado a crianças com gastrostomia é realizado pela equipe multidisciplinar, cabendo ao enfermeiro planejar, gerenciar e organizar ações educativas que envolvam a família ou cuidadores, participando de treinamentos durante o período de internação hospitalar (NÓBREGA et al., 2019). A troca do tubo de gastrostomia é de responsabilidade do enfermeiro, desde que esse profissional tenha habilitação com treinamento e segurança para realização do procedimento, a fim de garantir uma assistência segura. (SOUZA et al., 2021).

OBJETIVO: Relatar as coberturas utilizadas nas complicações de gastrostomias em hospital pediátrico de referência no Ceará. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa. Realizado em um hospital terciário de referência pediátrica em Fortaleza-Ceará. Os dados foram extraídos de 348 planilhas do serviço especializado de enfermagem em feridas, estomias e incontinências (SEEFI) alimentadas diariamente por profissionais do setor no período de novembro de 2020 a novembro de 2021. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer 5.077.873, em conformidade com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: O estudo mostrou que as dermatites relacionadas a vazamento de dietas e sulco gástrico (45 -60,1%), e o granuloma (19 -25,3%) foram as complicações registradas com maior frequência. No ambulatório de estomaterapia os profissionais recomendam o Spray barreira (29 -39,2%), seguido da hidrocolóide em pó com (12-16,2%), NACL 20% com (15 - 20,3%). Segundo Rodrigues et al, (2018) é recomendado para o granuloma uso de compressa salina 3 a 4 vezes ao dia, ou pomada a base de corticosteróides. A presença do meio úmido favorece o crescimento do tecido de granulação, o local deve ser limpo e seco, e manter o tubo em 90º. Em alguns casos, era recomendado a associação do spray barreira com hidrocolóide em pó. Já nas unidades de internações houve predomínio do spray barreira (29 -29,4%). Observou-se que muitos tratamentos foram instituídos, mas a terapêutica mais comum foi o uso de Corticoide tópico (21 -28,8%), seguido do uso do hidrocolóide em pó (18 -24,7%) e do spray barreira (12 - 16,4%).O uso da conduta terapêutica depende do tipo de complicações, o estomaterapeuta deve ser cauteloso na escolha do produto e ter embasamento científico, os produtos precisam ser padronizados e está incluído no protocolo de cada instituição hospitalar (MELO; FERNANDES, 2011). Conclusão: Concluiu-se que o serviço de estomaterapia, através da realização do parecer/interconsulta e do atendimento no ambulatório, pode identificar as coberturas mais utilizadas a fim de estudar sua eficácia e padronizar o cuidado com as complicações.

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Referências

MELO, E. M.; FERNANDES, V.S. Avaliação do conhecimento do enfermeiro acerca das coberturas de última geração. Rev. Estima, v. 9, n. 4, p. 12 – 20, 2011. MELLO, G; MANSUR, G. Gastrostomia Endoscópica Percutânea: técnicas e aplicações. Editora Rubio, 2012. 240p. NÓBREGA, V. M; ARAUJO, M. G. F; et al. Vivências maternas no cuidado à criança gastrostomizada: subsídios para atuação da equipe de saúde. REME – Rev Min Enferm., v. 23, p. e-1250, 2019. SOUZA A.T, SOARES S, SOUZA N.V, COSTA C, PEREIRA

S.R, CARVALHO E. Complicações e cuidados de enfermagem relacionada à gastrostomia. REAID, v. 95, n. 35, p. e-21101, 2021. Rodrigues L.N, et al. Complicações e cuidados relacionados ao uso do tubo de gastrostomia em pediatria. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther. v. 16, e. 1018, p. 1-6, 2018. DA SILVA, T. P.; RIBEIRO, C. R. G.; RESCK, Z. M. R.;

DÁZIO, E. M. R. Nursing care for the person with gastrostomy: integrative review. Estima – Brazilian Journal of Enterostomal Therapy, [S. l.], v. 16, 2018. Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/374. Acesso em: 3 jul. 2022.

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

CRUZ, D. R. D. S., GONDIM, I. M., COSTA, M. L. P., SOUSA, D. A. D., & RODRIGUES, L. D. N. (2022). COBERTURAS UTILIZADAS NAS COMPLICAÇÕES DE GASTROSTOMIAS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA NO CEARÁ. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/318