CAPACIDADE DISCRIMINATÓRIA DA TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA EM ÚLCERAS DE PÉ DIABÉTICO

Autores

  • RONESCA SECH DE SANTANA

Palavras-chave:

Diagnóstico Diferencial, Diabetes mellitus, Estomaterapia, Síndrome do Pé Diabético, Termografia Infravermelha

Resumo

A síndrome do pé diabético é a complicação mais comum, dispendiosa, grave e evitável. O risco de uma pessoa com diabetes mellitus (DM) apresentar úlceras nos pés ao longo dos anos é de 30% e chega a ser responsável por 85% das causas de amputações de membros inferiores, onerando de forma significativa os sistemas de saúde. A prevalência de úlceras no pé varia de 4% a 10% e a incidência ao longo da vida pode chegar a 25% entre pessoas com DM. É possível retardar ou mesmo evitar o desenvolvimento de úlceras nos pés. Para tanto, os profissionais de saúde avaliam o tipo de doença subjacente, o estado geral através da análise dos índices de pressão tornozelo braquial (ITB), perfis de pressão plantar e testes para neuropatia do pé, além disso, tecnologias avançadas como microscopia confocal da córnea, tomografia por ressonância magnética e ultrassonografia Doppler fornecem ferramentas para diagnosticar a prevalência de neuropatia e angiopatia periférica, úlceras nos pés e seus riscos. No entanto, esses métodos são considerados intrusivos e caros o que culmina na falta de adesão do paciente, especialmente no que se refere a visitas médicas frequentes. Neste contexto, o objetivo deste estudo é esclarecer o potencial diagnóstico clínico da termografia infravermelha (TRI) em comparação com as medidas convencionais não invasivas para complicações nos pés. Para tal, foi realizada uma revisão narrativa da literatura, através das bases de dados PubMed, Cochrane Library e Medline. A síntese e a análise dos dados foram realizadas por meio de uma narrativa estruturada que revelou diferença entre áreas de angiossomas, distinguiu efetivamente as diferenças de temperatura entre os pés, infecções subclínicas e áreas de alta pressão plantar. Diante disto, a termografia infravermelha tem potencial para fornecer informações adicionais sobre a circulação, infecções subclínicas e a gravidade da doença vascular, podendo ser útil na avaliação de úlceras do pé diabético, mas precisa da combinação de outras ferramentas para triagem clínica além de estudos mais robustos. Espera-se com este trabalho, prover conhecimento científico ao profissional de saúde para que este desenvolva estratégias de monitoramento de feridas de forma mais rápida para um desfecho clínico positivo e assim contribuir com a diminuição do impacto financeiro no sistema de saúde causado pela gestão de feridas. Além de melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas por úlceras diabéticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Mourão LF, Marques ADB, Moreira TMM, Oliveira SKP de. Aplicativos móveis para promoção de cuidados com pé diabético: revisão de escopo. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2022 Mar 31;24. 2. IDF Diabetes Atlas 10th edition [Internet]. Available from: www.diabetesatlas.org 3. Gao L, Li T, Wang S, Wang J. Successful application of extracorporeal circulation compression perfusion in the treatment of diabetic foot: a retrospective cross-sectional study. Journal of International Medical Research. 2021;49(10). 4. Abbade LPF, Frade MAC, Pegas JRP, Dadalti-Granja P, Garcia LC, Bueno Filho R, et al.

Consensus on the diagnosis and mana. Anais Brasileiros de Dermatologia [Internet]. 2020;95:1–18. Available from: https://doi.org/10.1016/j.abd.2020.06.002 5. Mendonça AC, Júnior JAF, Frade MAC, Barbosa RI, das Neves LMS, de Jesus Guirro RR, et al.

Thermographic Characterization of Cutaneous Ulcers of Different Etiologies. Journal of Medical Systems. 2020 Sep 1;44(9).

Downloads

Publicado

2022-12-14

Como Citar

SANTANA, R. S. D. (2022). CAPACIDADE DISCRIMINATÓRIA DA TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA EM ÚLCERAS DE PÉ DIABÉTICO. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/341