DESFECHO DE CURA DE ÚLCERAS DIABÉTICAS NA REDE PRIMÁRIA DE SALVADOR-BA
Palavras-chave:
Atenção básica, Cicatrização de feridas, Estomaterapia, Úlceras do pé diabéticoResumo
INTRODUÇÃO A úlcera do pé diabético é considerada uma complicação grave da DM pelo alto risco de amputações de extremidades causando elevadas taxas de morbimortalidade1. As feridas diabéticas normalmente apresentam um tempo de cicatrização maior que o esperado em decorrência de fatores intrínsecos e extrínsecos que dificultam e retardam o processo fisiológico da cicatrização2. Diante da representatividade dos fatores que acarretam em desfechos desfavoráveis na cicatrização de feridas torna-se necessária a instituição de medidas capazes de controlar esses fatores e assim proporcionar maior resolutividade na cura de úlceras de pé diabético3. OBJETIVO A partir dessas premissas, estudo objetivou descrever o tratamento de úlceras diabéticas com o uso de curativos especiais em pacientes atendidos nas salas de curativos das unidades de saúde da rede primária de Salvador- Bahia.
METODOLOGIA Trata-se de um .estudo de corte transversal, descritivo, que acompanhou 19 usuários, maiores de 18 anos, no período outubro de 2016 a setembro de 2017, aprovado pelo CEP sob parecer nº 453482. No recorte do estudo utilizou-se os dados de 07 pacientes que evoluíram com epitelização total da lesão. RESULTADOS A etiologia das úlceras foram neuroisquêmicas e neuropáticas, o trauma foi a principal causa do surgimento, todos os pacientes apresentavam sinais de infeção com classificação leve o que revelou a importância da intervenção precoce para a infecção. O tamanho inicial das lesões variou entre quatro cm2 até 16cm2. O percentual médio da redução dos diâmetros das úlceras foi de 36% nas primeiras quatro semanas. Como terapias tópicas foram utilizadas as coberturas: espuma de poliuretano com e sem prata iônica; hidrofibra com e sem prata iônica; compressa com vaselina sólida e cadexômero de iodo, desbridamento instrumental da UBS. Pela pesquisa foram incluídas o uso de palmilhas artesanais para controle da descarga, a oxigenoterapia hiperbárica com acompanhamento médico para com controle metabólico e da infecção.
CONCLUSÃO O conjunto de intervenções e a indicação adequada das coberturas favoreceram o desfecho de cura entre três a seis meses.
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Referências
Sociedade Brasileira de Diabetes. (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes- Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf 2. Ladeira PRS de, Isaac C, Paggiaro AO, Hosaka EM, Ferreira MC. Úlceras Nos Membros Inferiores De Pacientes Diabéticos: Mecanismos Moleculares E Celulares. Rev med (Säo Paulo) [Internet]. 2011;90(3):122- 7.http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/58903/61881. 3. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde; 2016. http://www.as.saude.ms.gov.br/wpcontent/uploads/2016/06/manual_do_pe_diabetico.pdf