LASER DE BAIXA INTENSIDADE PARA O TRATAMENTO DE DEISCÊNCIA CIRÚRGICA EM MASTOPEXIA: RELATO DE CASO

Autores

  • JULIANA BALBINOT REIS GIRONDI
  • MILENA RONISE CALEGARI
  • FELIPE DE OLIVEIRA DUARTE
  • LUIZA SHEYLA EVENNI PORFÍRIO WILL CASTRO
  • MARIA FERNANDA LEHMKUHL LOCCIONI
  • ISABEL AMANTE

Palavras-chave:

Deiscência da Ferida Operatória, Enfermagem, Estomaterapia, Terapia com Luz de Baixa Intensidade

Resumo

Introdução: A ferida operatória tem como objetivo aproximar as bordas para uma cicatrização de primeira intenção. Entretanto a deiscência, que é uma complicação da ferida operatória, pode retardar o processo de cicatrização e com isso necessitar de uma grande formação de tecido de granulação para o seu preenchimento até que ocorram a contração e a epitelização da lesão. A ??terapia com Laser de Baixa Intensidade se faz adjuvante nestes casos por ser um tratamento não invasivo que auxilia na cicatrização tecidual, uma vez que apresenta eficiente ação anti-inflamatória e analgésica, auxilia no processo de reparo tecidual1. Objetivo: Relatar o efeito do tratamento do laser de baixa intensidade no processo cicatricial em deiscência cirúrgica de mastopexia. Método: Trata-se de estudo de caso aprovado sob parecer

3.520.261 e CAEE: 1221251920000012. Mulher, 15 anos, com neoplasia bilateral. No primeiro atendimento (D1) apresentou deiscência de mama direita e esquerda, o que ocorreu em aproximadamente 15 dias após a cirurgia, em uso de papaína 5%. mama direita apresentando área de 3,5 cm², com 80% de esfacelos e 20% de granulação; mama esquerda: com 12,5 cm², 60% de esfacelo e 40% de granulação. Realizado higiene das feridas2 e iniciado tratamento com laser vermelho 3J perilesão e 2J no leito associado a uso de espuma com prata de borda siliconada; sendo essa as terapêuticas utilizadas em todas as sessões. No segundo atendimento (D4), mama direita: 3,5 cm² (10% de esfacelo, 90% de granulação) e mama esquerda: 12,5 cm² (10% de esfacelo, 90% de granulação); terceiro atendimento (D7) mama direita: 2,07 cm² (10% de esfacelos, 90% de granulação), mama esquerda: 2,5 cm² (10% de esfacelo, 90% de granulação); quarto atendimento (D10) mama direita: 1,5 cm² (100% granulação) e mama esquerda: 2,5 cm², (5% de esfacelo, 95% de granulação). Resultados: Após uma sessão com tratamento de laser houve diminuição significativa do tecido desvitalizado no leito tecidual. Nas aplicações subsequentes houve a diminuição do tamanho das lesões em em 10 dias e granulação total em ambas. Em um mês de aplicação de laserterapia de baixa potência associada ao uso da prata houve uma reparo tecidual total em um período de um mês de tratamento. Conclusão: a laserterapia de Baixa Intensidade proporcionou seus efeitos esperados, como ação anti inflamatória e analgésica, auxiliando no processo de reparo tecidual, além da cicatrização de forma efetiva melhorar a qualidade de vida da paciente. Entretanto, sugere-se a realização de novos estudos com ampliação da amostra para aplicação em outras realidades.

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Referências

Masson VA, Silva MN, Damiani GV, Volpato V. Cicatrização de lesão por deiscência cirúrgica com laser em baixa intensidade. Revista Feridas [Internet]. 2021 Oct. 17 [cited 2022 Jul. 27]; 1845-1849. Available from: https://doi.org/10.36489/feridas.2021v9i51p1845-1849 2. Murphy C, Atkin L, Swanson T, Tachi M, Tan YK, Vega de Ceniga M, Weir D, Wolcott R. International consensus document. Defying hard-to-heal wounds with an early antibiofilm intervention strategy: wound hygiene. J Wound Care [Internet]. 2020 Mar. 1 [cited 2022 Jul. 27]; 29(Suppl 3b):S1–28. Available from: https://doi.org/10.12968/jowc.2020.29.Sup3b.S1 3. Trescheri, GP, et al. Sistematização da consulta de Enfermagem em pré-operatório às mulheres com câncer de mama. Enfermagem em Foco [Internet]. 2020 Dec. 12 [cited 2022 Jul. 27] ;40-47. Available from: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/3400

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

GIRONDI, J. B. R., CALEGARI, M. R., DUARTE, F. D. O., CASTRO, L. S. E. P. W., LOCCIONI, M. F. L., & AMANTE, I. (2022). LASER DE BAIXA INTENSIDADE PARA O TRATAMENTO DE DEISCÊNCIA CIRÚRGICA EM MASTOPEXIA: RELATO DE CASO. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/379