TRATAMENTO PARA HIPERGRANULAÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • MAURÍCIO GOMES DA SILVA NETO
  • JULLIANY LOPES DIAS
  • GABRIELA SHIHADEH IWATA DE FREITAS

Palavras-chave:

Hipergranulação, Feridas e lesões, Estomia, Estomaterapia

Resumo

Introdução: A hipergranulação é uma complicação relacionado feridas, incluindo estomias, principalmente gastrostomias e traqueostomias. Sua causa, ainda não é bem definida na literatura, que aponta alguns fatores predisponentes como: cicatrização por segunda intenção, umidade excessiva, irritantes (efluentes de estomias e corpos estranhos), fricção, infecção e curativos oclusivos. Esta complicação interfere na qualidade de vida das pessoas afetadas, pois pode estar associada a sangramento persistente, exsudação, desconforto ou dor e pode exigir internação hospitalar1-2. Objetivo: Revisar a literatura científica acerca dos métodos de tratamentos descritos para hipergranulação em feridas e estomias. Método: Estudo de revisão integrativa da literatura segundo o método descrito por Whittemore, Knalf3, seguindo os seguintes passos: identificação do problema de pesquisa; busca na literatura; avaliação dos dados; análise dos dados e apresentação. As buscas de referências foram realizadas nas seguintes bases de dados CINAHL, LILACS, SciELO, PubMed, Web of Science e Embase. As palavras-chave utilizadas foram: overgranulation e hypergranulation. Resultados: Foram encontradas 544 referências que foram tratadas utilizando o EndNote Basic®, foram excluídas 209 duplicatas. Após leitura dos títulos e resumos 286 referências foram excluídas, e após leitura e análise dos artigos na íntegra, 16 trabalhos foram incluídos. A maioria dos estudos são estudos de caso (n=15) único ou séries de casos, relatando o tratamento em feridas (n=11), incluindo queimaduras, feridas operatórias complicadas, úlcera do pé diabético, além de alguns estudos tratando da hipergranulação em estomias (n=05). Acerca do tratamento encontramos o uso de vários métodos com divergências nas técnicas de limpeza e coberturas utilizadas. Nos estudos incluídos nesta revisão os métodos de tratamento utilizados foram: crio cirurgia, uso do laser com hidrocoloide e com Potássio Titanil Fosfato, desbridamento cortante, nitrato de prata, esteroide tópico (acetato de hidrocortisona a 0,25%, hidrocortisona creme 1% e clobetasol 0,05%), pomada com mel, sais hipertônicos, papaína e óleo com extrato de Neem e Hypericum perforatum L. Conclusões: Estudos que descrevam o tratamento para hipergranulação seja em feridas ou em estomias são escassos, com metodologias frágeis e apresentam diversos métodos empregados. Observamos uma disparidade nos tratamentos da hipergranulação, com nível de evidência científica baixo necessitando de estudos com desenhos que permitam a avaliação destes métodos, bem como sua efetividade e segurança.

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Referências

Vuolo J. Hypergranulation: exploring possible management options. Br J Nurs. 2010;19(6 Suppl):S4–S8. https://doi.org/10.12968/ bjon.2010.19.Sup2.47244 2. Mitchell A, Llumigusin D. The assessment and management of hypergranulation. Br J Nurs. 2021; Mar 11;30(5):S6-S10. doi: 10.12968/bjon.2021.30.5.S6. 3. Whittemore R, Knaf K. The integrative review: updated methodology. J Adv Nurs. 2005; Dec;52(5):546-53.

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

NETO, M. G. D. S., DIAS, J. L., & FREITAS, G. S. I. D. (2022). TRATAMENTO PARA HIPERGRANULAÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/411