CUIDADO HUMANÍSTICO ÀS PESSOAS COM DISFUNÇÃO MICCIONAL: ENSINO- APRENDIZAGEM DE CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO

Autores

  • MARIA ANEUMA BASTOS CIPRIANO
  • AURILENE SILVA LIMA
  • DAYANA MAIA SABÓIA
  • DIELSON ALVES DE SOUSA

Palavras-chave:

Disfunção Miccional, Teoria de Enfemagem, Cateterismo Intermitente Limpo

Resumo

Disfunção miccional é um diagnóstico por sintomas e investigações urodinâmicas definido pela International Continence Society, micção lenta e/ou incompleta, caracterizada como falha no armazenamento e esvaziamento vesical e tem o cateterismo intermitente limpo (CIL) como terapêutica mais usual. Objetivou-se compreender a vivência de pessoas com disfunção miccional quanto ensino-aprendizagem de CIL em preceitos humanísticos. Estudo descritivo, qualitativo, fundamentado em teoria humanística de Paterson e Zderad (1979), compreendendo cinco etapas: preparação da enfermeira para vir-a-conhecer; conhecimento intuitivo do outro; conhecimento científico do outro; síntese de forma complementar de realidades conhecidas e sucessão interna da enfermeira, de muitos para um único paradoxal. O cenário foi um hospital público quaternário em Fortaleza-CE. Participaram 11 pacientes encaminhados do ambulatório de urologia da referida instituição para ensino-aprendizagem de CIL, no período de abril a julho/2019. Utilizou-se entrevista semiestruturada, com questões sobre a vivência dos pacientes. Dos discursos, emergiram as categorias: O estar-melhor; Competência e aprendizagem do cuidado; Facilidades e dificuldades na realização do CIL. Aplicação da teoria humanística e folder utilizado na instrução de CIL foram interligadas a práticas clínicas, que aconteceu a 1ª e 2ª etapas em dois momentos: o treinamento e as entrevistas. Englobando a presença, encontro, relação, diálogo vivido, escolhas compartilhadas e possibilidades do estar-melhor. Em seguida 3ª, 4ª e 5ª etapas buscando descrever e compreender o experienciado, promovendo o bem-estar atento às necessidades do outro. O cuidado humanizado como estratégia de ensinar o outro, na aprendizagem do procedimento, foi papel e desafio na adesão ao CIL. Houve relatos carregados de emoções e sofrimento pela sua condição de saúde, no entanto, alguns participantes referem alívio e demonstram facilidade com o processo do CIL. As dificuldades relacionadas com questões socioeconômicas estavam presentes, e a falta de material para realizar o procedimento era fator que contribuía para não adesão ao tratamento. Com visão ampliada de múltiplas realidades vivenciadas e ações efetivas do enfermeiro por meio do diálogo, presença autêntica, ato de cuidar com olhar humanístico possibilitou melhor compreensão do processo de CIL.

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Referências

BENÍCIO CDAV, ROCHA DM, DOURADO GOL, BEZERRA SMG, ANDRADE EMLR, NOGUEIRA LT. Fatores associados ao conhecimento de pacientes e cuidadores acerca do cateterismo vesical intermitente limpo: revisão integrativa. REV ESC ENFERM USP· 2018;52:E03362 PATERSON, J. E; ZDERAD, L.Humanistic nursing. National League for Nursing, New York, 2.ed. 1988. PATERSON, J. E; ZDERAD, L.Humanistic nursing. National League for Nursing, New York, 2.ed. 1988.

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

CIPRIANO, M. A. B., LIMA, A. S., SABÓIA, D. M., & SOUSA, D. A. D. (2022). CUIDADO HUMANÍSTICO ÀS PESSOAS COM DISFUNÇÃO MICCIONAL: ENSINO- APRENDIZAGEM DE CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/416