ENFERMAGEM URUPEDIÁTRICA: EXPERIÊNCIA AMBULATORIAL NO MANEJO A CRIANÇA COM DISFUNÇÃO MICCIONAL

Autores

  • DEIDIANE RODRIGUES DE SOUSA CRUZ
  • DIELSON ALVES DE SOUSA
  • ANTONIA BEATRIZ QUEIROZ DE OLIVEIRA
  • IRISJANYA MAIA GONDIM
  • MARIA DOS SANTOS XAVIER
  • LIDIANE DO NASCIMENTO RODRIGUES

Palavras-chave:

INCONTINÊNCIA URINÁRIA, EDUCAÇÃO EM SAÚDE, PEDIATRIA, ESTOMATERAPIA

Resumo

Introdução: A incontinência urinária confere condição que acomete grande quantitativo de crianças, desde o nascimento, causada principalmente por malformações congênitas do tubo neural, entre elas a mielomeningocele e meningocele, por problemas na coordenação da musculatura estriada esquelética e esfinctérica do fechamento uretral, gerando aumento da pressão vesical, dissinergia detrusor-esfincteriana, ao resíduo pós-miccional, e à infecção urinária com ou sem o refluxo vesicoureteral. O paciente pediátrico, envolvido no binômio familiar, se insere como foco do cuidado de enfermagem, através da educação em saúde, acompanhamento e apoio ambulatorial. Objetivo: Relatar cuidado de enfermagem ambulatorial a pacientes pediátricos com incontinência urinária submetidos ao cateterismo intermitente limpo. Método: Trata-se de relato de experiência descrevendo ações de enfermagem no cuidado de pacientes pediátricos incontinentes em ambulatório de estomaterapia, no ano de 2022, em hospital terciário pediátrico na cidade de Fortaleza-CE. Resultados: O cuidado de enfermagem envolve atendimento de pacientes incontinentes, educação em saúde do cuidado acerca da anatomia da criança, além de orientação do procedimento de cateterismo intermitente limpo. A demanda deste grupo é livre e procedente dos consultórios de especialidades médicas da urologia e nefrologia, por meio de um fluxograma de avaliação e encaminhamento ambulatorial com breve histórico da disfunção, exames pertinentes, orientações por escrito de coleta de resíduo pós miccional e necessidade de treinamento do cateterismo intermitente limpo, e guia de encaminhamento para recebimento de material médico-hospitalar na secretaria de saúde do município de origem. Realiza-se consulta de enfermagem sistematizada, coleta do resíduo pós miccional e identifica-se a necessidade do treinamento quanto ao cateterismo domiciliar. Identificada a necessidade, é agendado treinamento, caso não, orienta-se autocuidado e são contra referenciados ao ambulatório de origem para seguimento clínico. Além da consulta quanto ao cuidado com o treinamento do cuidador e/ou do paciente, se organiza o seguimento ambulatorial com interconsultas pré agendadas e paralelas às consultas médicas especializadas, orientação e preenchimento da solicitação para recebimento de material médico-hospitalar para realizar o procedimento, orientando o cuidador a dar entrada na Guia na Secretaria de Saúde de referência do domicílio do paciente. Outra parte importante é a consulta de retorno para avaliação do Diário de Eliminações para certificar a eficácia do treinamento. Para garantir continuidade do tratamento são (re)agendados periodicamente em: 30 dias para reavaliar aplicação do Diário de Eliminações, 6 meses e 12 meses para acompanhamento e (re)adequações, se necessário. A família se mostra receptiva referente aos cuidados recebidos, contudo, há dificuldades no manejo do cateterismo, visto que tal procedimento gera reações inesperadas na criança, logo, muitos cuidadores necessitam de acompanhamento longitudinal através de 3 ou 4 consultas.

Conclusão: O enfermeiro estomaterapeuta inserido nesse contexto deve ter a capacidade de manejar e sensibilizar o familiar quanto a importância do cuidado adequado e lúdico da criança, evitando traumas relacionados ao procedimento. Assim, o cuidado de enfermagem a criança incontinente apresenta diversas nuances, as quais o enfermeiro deve ser capacitado para executar, com a finalidade de proporcionar atenção integral e singular.

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Referências

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ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther., 18: e1520. https://doi.org/10.30886/estima.v18.907_PT

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

CRUZ, D. R. D. S., SOUSA, D. A. D., OLIVEIRA, A. B. Q. D., GONDIM, I. M., XAVIER, M. D. S., & RODRIGUES, L. D. N. (2022). ENFERMAGEM URUPEDIÁTRICA: EXPERIÊNCIA AMBULATORIAL NO MANEJO A CRIANÇA COM DISFUNÇÃO MICCIONAL. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/418