IMPLANTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO DE INCONTINÊNCIA EM UM INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • CLICIANE FURTADO RODRIGUES
  • ELAINE CARININY LOPES DA COSTA
  • SANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRA

Palavras-chave:

Estomaterapia, Incontinência urinária, Cuidados de Enfermagem

Resumo

INTRODUÇÃO. Segundo o International Continence Society (ICS), a Incontinência Urinária (IU) é considerada como qualquer perda involuntária de urina, possui uma alta prevalência, variando entre 25 a 45% sendo mais comum no sexo feminino1,2. Dentre os fatores de risco destacam-se: o envelhecimento, traumas pélvicos, obesidade, tipo de parto, climatério, constipação intestinal, uso de anti-hipertensivos, fumo, depressão e a prática de exercícios intensos3. Pesquisas apontam que a IU é pouco abordada pelos profissionais da saúde durante as consultas, além disso, as pessoas que apresentam IU, pouco relatam a situação aos profissionais por considerarem que a IU faz parte do envelhecimento ou por constrangimento, dificultando dessa forma, a busca pelo tratamento adequado por parte da pessoa com IU, além da dificuldade de acesso aos serviços especializados para o tratamento4,5. Neste sentido, considerando que o tratamento cirúrgico da IU ainda é o mais predominante e considerando as inúmeras evidências de que o tratamento de fortalecimento do assoalho pélvico é eficaz, no entanto pouco realizado sobretudo, na Atenção Básica que ainda é muito limitada, é que se propôs a criação de um Laboratório de Incontinência-LABINC, que realiza assistência gratuita e especializada voltada para o tratamento, possibilita assim a reabilitação do assoalho pélvico controlando a incontinência urinária resultando na melhoria da qualidade de vida da pessoa atendida pelo LABINC. OBJETIVOS: Relatar a experiência de implantação do Laboratório de Incontinência – LABINC em um Instituto Federal do Piauí.

METODOLOGIA. Trata-se de um relato de experiência sobre o processo de implantação do Laboratório de Incontinência no Instituto Federal do Piauí na cidade de Teresina, capital do Piauí, cujos recursos foram adquiridos por meio de um edital específico dentro do próprio instituto. RESULTADOS: Inicialmente foi feita a divulgação do LABINC em redes sociais, canais de comunicação, rádios locais e por meio de visitas ao médicos urologistas da cidade para que pudessem conhecer o serviço oferecido. Os pacientes atendidos são maiores de 18 anos com boa condição cognitiva capaz de assumir a responsabilidade pelo tratamento, seguindo corretamente as orientações. Dentre as ações desenvolvidas, destaca-se: a avaliação do assoalho pélvico para identificar tensão, contração (força), relaxamento, sustentação e coordenação das contrações do assoalho pélvico. Ressalta-se que cada atendimento é registrado em um impresso para acompanhar a evolução do caso. Além da avaliação do assoalho pélvico, é realizado eletroestimulação e biofeedback, bem como a prescrição de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico conforme a evolução do caso, associado as mudanças comportamentais e técnicas de relaxamento da musculatura do assoalho pélvico. CONCLUSÃO. Com a implantação do LABINC foi possível atender pessoas com IU de forma gratuita e com qualidade garantindo assim a reabilitação da musculatura do assoalho pélvico, reduzindo e até mesmo eliminando os episódios de perda de urina.

 

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Referências

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

RODRIGUES, C. F., COSTA, E. C. L. D., & BEZERRA, S. M. G. (2022). IMPLANTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO DE INCONTINÊNCIA EM UM INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/419

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