ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE CRIANÇA COM ESTOMIA INTESTINAL

Autores

  • SABRINA MEIRELES DE ANDRADE
  • PRISCILLA VOGADO CORREIA
  • MANUELA COSTA MELO
  • LEILA BERNARDA DONATO GOTTEMS
  • IVONE KAMADA
  • ANA LÚCIA DA SILVA

Palavras-chave:

Estomaterapia, Perfil de saúde, Estomia, Crianças, Cuidados de enfermagem

Resumo

Introdução: A estomia é um procedimento cirúrgico terapêutico e consiste na exteriorização de qualquer víscera oca do corpo. Quando confeccionada na infância está geralmente relacionada aos tratamentos de alterações congênitas, traumas ou algumas situações clínicas agudas ou crônicas1,3. A elaboração deste estudo justificou como um importante instrumento aos gestores e profissionais de saúde condições de elaborarem estratégias para o cuidado, proporcionando segurança aos familiares nos manejos dos cuidados relacionados à criança4,5. Objetivo: Caracterizar o perfil clínico epidemiológico de crianças com estomia atendidas no ambulatório de um hospital público de ensino de referência na área infantil, no Brasil. Metodologia: Estudo descritivo, documental, retrospectivo e de natureza quantitativa, realizado por meio da extração de dados sociodemográficos e clínicos de prontuários eletrônicos de crianças com estomia, acompanhadas de 2014 a 2018. Os dados passaram por estatística descritiva e, na análise, foram organizados em uma planilha no programa Microsoft Excel versão 2010, distribuídas em três tabelas, seus valores representados em frequência absoluta e relativa. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, n.CAEE 08732919.0.0000.0030 e Protocolo n. 3.285.441. Resultados: Das 85 crianças com estomia, houve predominância do sexo masculino, idade entre 1 a 4 anos. Anomalia anorretal foi considerada o principal diagnóstico. Constatou-se elevado número de colostomias confeccionadas. A maioria das estomias foi confeccionada no lado esquerdo do abdômen, e predominou a exteriorização da estomia em dupla boca. No que diz respeito às complicações, 4 (4,7%) apresentaram prolapso e 2 (2,4%) hérnia paraestomal. A dermatite de contato apresentou-se em 36 (42,4%) crianças. O contato com efluentes na pele foi considerado como o principal causador da complicação na região periestomal. Dermatite de contato foi a complicação periestomal mais frequente2. Conclusão: relevantes aspectos relacionados ao planejamento do cuidado pautado na demanda de cada criança e na educação em saúde para a prevenção de complicações, ações indispensáveis na oferta do cuidado de enfermagem seguro e de qualidade, como também favorecer operacionalização das políticas públicas relacionadas à saúde da criança com estomias.

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Referências

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

ANDRADE, S. M. D., CORREIA, P. V., MELO, M. C., GOTTEMS, L. B. D., KAMADA, I., & SILVA, A. L. D. (2022). ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE CRIANÇA COM ESTOMIA INTESTINAL. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/431