CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO E SOCIODEMOGRÁFICO DE HOMENS COM QUEIXAS DE SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR EM CONSULTA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA

Autores

  • LEONARDO BRUNO GOMES DA SILVA FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - FENSG/UPE
  • JOEL AZEVEDO DE MENEZES NETO ISRAELITA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ALBERT EINSTEIN - ESTOMATERAPIA
  • JABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHO FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - FENSG/UPE
  • ISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - FENSG/UPE
  • MARÍLIA PERRELLI VALENÇA FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - FENSG/UPE
  • CARINA RIBEIRO DE OLIVEIRA FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - FENSG/UPE
  • THAYSA TAVARES DA SILVA FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - FENSG/UPE
  • MARIA CLARA CORDEIRO ANDRADE FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - FENSG/UPE

Resumo

Introdução: A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina, condição que afeta homens e mulheres de todas as faixas etárias. Estima-se que ocorra em 11% a 34% dos homens e 13% a 50% das mulheres com mais de 60 anos. Em homens está associada a diversos fatores, destacando-se a idade avançada, a presença de hiperplasia prostática benigna, procedimentos cirúrgicos, medicamentos, assim como o tratamento de câncer de próstata. Esses fatores têm sido identificados como os mais relevantes na etiologia da incontinência urinária masculina1,2,3. Objetivo: Caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico de homens com queixas de disfunção do trato urinário inferior durante uma consulta de enfermagem em estomaterapia. Método: Estudo transversal descritivo retrospectivo, a partir da análise de dados de prontuários de homens que realizaram consulta de enfermagem especializada prévia ao estudo urodinâmico. A coleta de dados foi realizada em julho de 2023, foram analisados prontuários do período de janeiro a junho de 2023, em um serviço municipal especializado no estado de Pernambuco. A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa, com o parecer favorável para sua realização sob o número do parecer: 5.997.673. Resultados: Foram incluídos 24 homens que apresentavam queixas urinárias. Desses entrevistados, de acordo com o perfil sociodemográfico, a média de idade foi 58,54 anos, com pessoas entre 23-79 anos; 54% eram aposentados; 42% possuíam ensino médio completo; 46% consideravam-se pardos; 83% tinham o catolicismo como religião; e 63% eram casados. Em relação ao estilo de vida, 88% não praticavam nenhum tipo de exercício físico; 42% não tinham uma vida sexual ativa; 96% consumiam algum tipo de bebida considerada irritante para a bexiga pelo menos uma vez ao dia. Em relação às comorbidades, 63% tinham hipertensão arterial; 42% tinham diabetes mellitus; 88% nunca haviam recebido qualquer tipo de tratamento comportamental; e 92% não utilizavam nenhum tipo de medicamento para incontinência urinária. Em relação às queixas urinárias apresentadas, 75% apresentavam noctúria pelo menos duas vezes todas as noites; 64% tinham sintomas de urgência urinária; 45% relataram sintomas de hesitação; 80% tinham gotejamento pós-miccional; assim como 70% sentiam como se a bexiga não tivesse sido esvaziada corretamente. Conclusão: Podemos concluir que todos os homens participantes do estudo apresentaram pelo menos um fator que pode agravar ou desencadear a incontinência urinária. Além disso, os dados demonstraram a ausência de tratamento conservador que decorrente da falta de acesso ou busca por tratamento pode levar a uma persistência dos sintomas e a um aumento do impacto negativo na qualidade de atividades de vida diária dos homens afetados, assim como a presença de sintomas de urgência urinária, hesitação e gotejamento pós-miccional. Esses resultados estão em consonância com a literatura existente sobre a incontinência urinária em homens, contribuindo para uma melhor compreensão dessa condição. Dessa forma, o estudo motiva os profissionais de saúde a adotarem uma abordagem diferenciada em relação à saúde masculina. Assim como o oferecimento de serviços de tratamento comportamental para incontinência urinária.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

BRUNO GOMES DA SILVA, L. ., AZEVEDO DE MENEZES NETO, J. ., CARNEIRO DA SILVA FILHO, J. ., CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS, I. ., PERRELLI VALENÇA, M. ., RIBEIRO DE OLIVEIRA, C. ., TAVARES DA SILVA, T. ., & CLARA CORDEIRO ANDRADE, M. . (2023). CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO E SOCIODEMOGRÁFICO DE HOMENS COM QUEIXAS DE SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR EM CONSULTA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/742