ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA NO CUIDADO ONCOLÓGICO
Abstract
Introdução: o avanço das terapias oncológicas tem aumentado a sobrevida de pacientes com câncer, mas também impõe adversidades relacionadas ao manejo complexo de sequelas. O cenário oncológico atual, com sua crescente incidência, exige da equipe de saúde uma atuação eficaz diante de complicações que afetam a qualidade de vida, como feridas, estomias de eliminação, disfunções do assoalho pélvico (incontinências), além do manejo de drenos e fístulas. Essas condições exigem um cuidado especializado e integral(1). Nesse contexto, destaca-se a assistência do enfermeiro estomaterapeuta, para a recuperação física, psicossocial e melhoria da qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Sua atuação transcende a assistência técnica, englobando uma visão holística(2). Objetivo: refletir sobre a relevância do estomaterapeuta na oncologia, abordando suas intervenções e a necessidade de reconhecer a importância da sua atuação como membro indispensável da equipe multiprofissional. A complexidade do tratamento oncológico exige abordagem especializada, na qual o enfermeiro estomaterapeuta é fundamental. Método: trata-se de um estudo de reflexão, de natureza teórica, fundamentado na análise da literatura em bases de dados eletrônicas sobre a atuação do enfermeiro estomaterapeuta no contexto oncológico. O estudo não se propõe a esgotar o tema, mas a fomentar a reflexão sobre a importância desse profissional na equipe multiprofissional de oncologia. Resultados: o desenvolvimento profissional em estomaterapia configura-se como um pilar fundamental para a excelência do cuidado em enfermagem, especialmente no cenário oncológico. A complexidade dos casos de pacientes com estomas e feridas oncológicas exige dos estomaterapeutas uma constante atualização de conhecimentos e habilidades(3). No cuidado com estomias de eliminação, frequentemente decorrentes de neoplasias colorretais e urológicas, o estomaterapeuta atua em todas as fases: pré- operatório (orientações e preparo do paciente), pós-operatório imediato (e aplicação adequada do equipamento coletor e o ensino do autocuidado) e no seguimento de longo prazo (prevenção e tratamento de complicações). Em pacientes submetidos à quimioterapia, a vigilância sobre a estomia e a pele periestoma deve ser intensificada, considerando a maior agressividade do efluente(1). A assistência do estomaterapeuta é essencial para a reabilitação, promovendo a autonomia e a reinserção social do paciente. Além disso, o enfermeiro estomaterapeuta contribui para a integralidade do cuidado ao estabelecer um vínculo terapêutico com o paciente oncológico, acolhendo demandas físicas, emocionais e sociais. A escuta ativa qualificada e o suporte contínuo favorecem o enfrentamento do diagnóstico e do tratamento, minimizando impactos negativos na autoestima e na qualidade de vida(2). Dessa maneira, a assistência prestada ultrapassa os aspectos técnicos, consolidando-se como um cuidado centrado na pessoa. Nesse contexto, protocolos de assistência especializados, tornam-se instrumentos indispensáveis para assegurar a uniformidade e a segurança nos cuidados prestados. A padronização das condutas, fundamentada em evidências científicas, qualifica o atendimento e otimiza os recursos, especialmente em serviços de alta complexidade oncológica(3). Assim, o desenvolvimento profissional contínuo, aliado à utilização de protocolos e à prática reflexiva, reafirma o papel do estomaterapeuta como agente essencial na promoção de uma assistência eficaz, segura e resolutiva às pessoas em situação de estomaterapia decorrente do câncer. Conclusão: a atuação do enfermeiro estomaterapeuta, é imprescindível para o cuidado integral ao paciente oncológico.Downloads
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Published
2025-10-01
How to Cite
Santos, J. C. D., Pappalardo, B. D. S., Zwietasch, V. D. F. P., Silva, J. M. L. D., Escobar, L. D. M., Costa, C. C. P. D., & Souza, N. V. D. D. O. (2025). ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA NO CUIDADO ONCOLÓGICO. Brazilian Congress of Stomatherapy. Retrieved from https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/1946
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Artigos