MANEJO DE CRISTAIS DE FOSFATO EM ESTOMAS URINÁRIOS

Authors

  • Claudia Renata Pedroso Périco Universidade Católica De Santos
  • Andressa Aparecida Nascimento De Matos Hospital Ana Costa

Abstract

INTRODUÇÃO: Os estomas urinários são alternativas cirúrgicas utilizadas para derivação do fluxo urinário em casos de neoplasias, traumas ou disfunções vesicais irreversíveis. A urostomia mais comum é a derivação ileal, que pode cursar com complicações locais e metabólicas (1). Além das complicações comuns dos estomas´urinários, uma intercorrência frequente, porém subnotificada é a formação de cristais de fosfato, causados pela baixa ingesta hídrica e dieta rica em cálcio, sódio ou proteínas, infecções com bactérias produtoras de urease como Proteus que alteram a alcalinidade urinária, favorecendo à de sais, pelo contato direto com a pele periestoma. Caracterizada por uma placa esbranquiçada viscosa e arenosa de difícil remoção, podem causar obstrução, dor, sangramento, dificuldade no cuidado, risco de infecção e dificuldade em manter o dispositivo coletor(2). O reconhecimento precoce por parte do estomaterapeuta é essencial para prevenção dessas complicações, pois pode ser o indício de formação de cálculo renal OBJETIVO: Discorrer sobre a formação de cristais de fosfato em estomas urinários e discutir as condutas para prevenção, identificação e manejo dessa complicação.MÉTODO: A revisão do tipo narrativa foi construída a partir da leitura de artigos científicos, os quais foram publicados em periódicos indexados em bases de dados. RESULTADOS: Enfatizaram a importância da educação pré-operatória, posicionamento correto da estomia e o acompanhamento contínuo por enfermeiros especializados em estomaterapia, sugerem protocolos de avaliação sistemática para detecção precoce de complicações para redução da morbidade e melhora da qualidade de vida(1). Ressalta-se importância do treinamento do paciente e familiares no autocuidado, especialmente no manejo do dispositivo coletor e na higiene da pele periestoma, prevenção de complicações urinárias, como infecções e obstruções do sistema coletor(2). Evidencia a necessidade de monitoramento contínuo da função renal e do débito urinário em pacientes com urostomia (2). A importância da orientação sobre a formação de cristais de fosfato na borda do estoma foi evidenciada, relacionados ao contato prolongado da urina alcalina com a pele. As orientações nutricionais e de hidratação foram predominantes nos estudos para prevenir infecções urinárias e complicações renais (3). Este estudo salienta a estratégias para a prevenção de infecções do trato urinário, incluindo ingestão adequada de líquidos e monitoramento do pH da urina. Cuidados com a pele periestoma para evitar dermatites por contato, o uso mensal de compressa de vinagre com água na proporção de 1:2 ou 1:3, durante 20 minutos . Dicas sobre o uso de dispositivos de coleta noturnos, visando conforto e segurança durante o sono. O material também reforça a importância do suporte emocional e da educação contínua para o paciente e seus familiares(4). CONCLUSÃO: Os cristais de fosfato representam uma complicação prevenível e de fácil manejo quando identificado precocemente, ressaltando a importância da educação do paciente e familiares, no cuidado periestoma e na aplicação de protocolos que envolvam hidratação, dieta adequada, controle do pH urinário e prevenção de infecções do trato urinário (1,3). A capacitação da equipe assistencial e o seguimento especializado são estratégias eficazes para garantir a qualidade de vida ao estomizado.

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Published

2025-10-01

How to Cite

Périco, C. R. P., & Matos, A. A. N. D. (2025). MANEJO DE CRISTAIS DE FOSFATO EM ESTOMAS URINÁRIOS. Brazilian Congress of Stomatherapy. Retrieved from https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2039