QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO

Authors

  • Maria Heloisa Madruga Chaves Pontificia Universidade Católica Do Paraná
  • Beatriz Dos Santos Rissato Pontificia Universidade Católica Do Paraná
  • Drielle Fernanda Arruda Universidade Federal Do Paraná
  • Gabriela Theinel Póntifícia Universidade Católica Do Paraná
  • Isabel Cristina Santos Pontificia Universidade Católica Do Paraná
  • Isabelle Evangelista Pontificia Universidade Católica Do Paraná
  • Ana Rotilia Erzinger Pontificia Universidade Católica Do Paraná
  • Rita Domaski Pontificia Universidade Católica Do Paraná

Abstract

Introdução: As estomias de eliminação são procedimentos cirúrgicos que exteriorizam parte do sistema digestório ou urinário, criando uma abertura para a eliminação de fezes, gases ou urina. Podem ser temporárias ou permanentes e são indicadas em casos de disfunções, obstruções ou lesões causadas por doenças como câncer, doenças inflamatórias intestinais ou traumas. Nos EUA, estima-se que 1 milhão de pessoas vivam com estomias, com 100.000 a 130.000 novos casos anuais. No Brasil, o câncer colorretal é uma das principais causas, com cerca de 40.000 novos casos anuais. A presença de uma estomia impacta significativamente a qualidade de vida (QV) dos pacientes, gerando desafios físicos, emocionais e sociais, como medo de vazamentos, depressão e isolamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define QV como um conceito multidimensional, envolvendo saúde física, psicológica e relações sociais. Diante disso, é essencial ampliar a discussão sobre o tema e melhorar o atendimento de enfermagem, especialmente por estomatoterapeutas. Objetivos: analisar os impactos da estomia na QV por meio de revisão bibliográfica, com objetivos específicos como caracterizar as publicações, identificar aspectos da QV em pacientes estomizados e analisar dados epidemiológicos relevantes. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em seis etapas, utilizando a estratégia PICO para definir critérios de elegibilidade. Foram incluídos artigos em português, inglês e espanhol, publicados nos últimos 5 anos, nas bases SciELO, PubMed, BDENF, MEDLINE e CAPES. Os descritores incluíram termos como Ostomy, Quality of Life e Nursing. Resultados: Dos 30 artigos selecionados, 53,33% vieram do Portal CAPES, seguidos por SciELO (23,33%) e PubMed (10%). 63,33% dos artigos utilizaram instrumentos validados para avaliar QV (como SF-36 e WHOQOL), abordando domínios físicos (dor, limitações), psicológicos (autoestima, depressão) e sociais (apoio familiar). Discussão: Os estudos destacaram que: Pacientes idosos (faixa etária predominante) enfrentam mais dificuldades no manejo do estoma, especialmente em áreas rurais, onde 81% relataram problemas com troca de bolsas e cuidados com a pele. Jovens apresentaram pior QV inicial, mas melhoraram em casos de estomias temporárias. Homens acima de 60 anos e mulheres em geral têm maior dificuldade de adaptação, influenciada por fatores sociais e emocionais, como estigma e depressão. Falta de orientação pós-cirúrgica foi um problema comum, levando a ansiedade e isolamento. A presença de um estomatoterapeuta foi associada a melhores resultados, mas ainda é uma realidade limitada. Considerações Finais: O estudo evidenciou que a QV de pacientes estomizados é afetada por fatores biopsicossociais, exigindo uma abordagem individualizada e multidisciplinar. Idosos enfrentam desafios práticos, enquanto jovens e mulheres lidam mais com impactos emocionais. A educação em saúde e o suporte de estomatoterapeutas são cruciais para promover autonomia e adaptação. Conclui-se que há necessidade de maior capacitação profissional e políticas públicas direcionadas a essa população, visando melhorar seu bem-estar e inclusão social.

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Published

2025-10-01

How to Cite

Chaves, M. H. M., Rissato, B. D. S., Arruda, D. F., Theinel, G., Santos, I. C., Evangelista, I., Erzinger, A. R., & Domaski, R. (2025). QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO. Brazilian Congress of Stomatherapy. Retrieved from https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2057