AÇÃO DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA NA QUALIDADE DA FERIDA E REPARO TECIDUAL EM ÚLCERAS NO PÉ DA PESSOA COM DIABETES: ESTUDO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO DUPLO CEGO

Autores/as

  • Priscilla Farias Chagas Universidade Nove De Julho
  • Thaís Barbosa Dos Santos Universidade Nove De Julho
  • Gesiane Dos Santos Trivino Coordenadoria Geral De Atenção Básica 5.1 - Rio De Janeiro
  • Raquel Agnelli Mesquita Ferrari Universidade Nove De Julho
  • Anna Carolina Ratto Tempestini Horliana Universidade Nove De Julho
  • Kristianne Porta Santos Fernandes Universidade Nove De Julho

Resumen

Introdução: As úlceras no pé de pessoas com diabetes ainda representam um desafio importante para a saúde pública, afetando diretamente a qualidade de vida desses indivíduos. A Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (aPDT) tem se mostrado uma alternativa promissora no cuidado dessas feridas, embora ainda existam lacunas científicas quanto à sua efetividade clínica. Objetivo: Analisar a ação da aPDT na qualidade da ferida e no processo de reparo tecidual, por meio da escala de Bates-Jensen (BJ), em pessoas com úlcera no pé da pessoa com diabetes. Método: Trata-se de um estudo clínico controlado randomizado duplo cego. Foram incluídos 94 pacientes, randomizados em dois grupos: grupo aPDT (n = 47), submetido ao cuidado padrão do setor de feridas associado à aPDT, e grupo controle (n = 47), que recebeu o mesmo cuidado padrão, associado à simulação da aPDT com o equipamento desligado, três vezes por semana, totalizando dez sessões consecutivas. O equipamento utilizado foi um cluster de laser vermelho (660 nm), com potência de 100 mW e energia de 6J por ponto, totalizando 24J por sessão. O fotossensibilizador utilizado foi o azul de metileno 1%. A escala BJ apresenta 13 características para serem avaliadas: tamanho, profundidade, bordas, tipo e quantidade de tecido necrótico, exsudato, epitelização e condições da pele perilesional. Como desfechos secundários, foram aplicadas: a Escala de Wagner, Fontaine, Rutherford, taxonomia Nursing Outcomes Classification (NOC) e o instrumento Diabetes-21. Critérios de inclusão: pacientes de ambos os sexos; acometidos por úlceras no pé da pessoa com diabetes, pacientes com escore na escala BJ entre 13 a 60. Critério de exclusão: menores de 18 anos; feridas de outras etiologias, pacientes com índice tornozelo-braquial (ITB) com valor menor que 0,7 ou maior que 1,3 e Pacientes com hemoglobina glicada maior que 8%. Os resultados demonstraram que o grupo tratado com aPDT apresentou redução significativa dos escores clínicos na BJ a partir da quinta sessão (p = 0,002), com manutenção da melhora até o follow-up de 30 dias após a última aplicação. As demais escalas clínicas também evidenciaram melhora significativa somente no grupo aPDT (p < 0,001). Esses achados reforçam a presença de uma melhora progressiva no grupo aPDT, em contraste com a estabilidade observada no grupo Controle. Além da queda nas medianas, nota-se também uma redução na dispersão dos dados nas últimas avaliações, sugerindo que os participantes responderam de forma mais uniforme à intervenção. No follow-up de 30 dias, os escores permanecem baixos, indicando que o efeito terapêutico se mantém mesmo após o término das sessões. Conclusão: A aPDT demonstrou ser uma intervenção eficaz e segura para a melhoria da qualidade das feridas em pés de pessoas com diabetes, com efeitos positivos sustentados mesmo após o fim do protocolo. Esses achados reforçam o potencial da aPDT como tecnologia assistencial de apoio à cicatrização e apontam para a importância de serviços especializados com atuação de profissionais capacitados, como enfermeiros especialistas em feridas, para garantir intervenções eficazes e individualizadas.

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Publicado

2025-10-01

Cómo citar

Chagas, P. F., Santos, T. B. D., Trivino, G. D. S., Ferrari, R. A. M., Horliana, A. C. R. T., & Fernandes, K. P. S. (2025). AÇÃO DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA NA QUALIDADE DA FERIDA E REPARO TECIDUAL EM ÚLCERAS NO PÉ DA PESSOA COM DIABETES: ESTUDO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO DUPLO CEGO. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2084