ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO DE FERIDAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Authors

  • Alice Da Silva Hospital Universitário-Ufpi
  • Katia Cilene Gonçalves Da Silva Hospital Universitário-Ufpi
  • Elaine Ferreira Braz Lima Hospital Universitário-Ufpi

Abstract

INTRODUÇÃO: Pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são especialmente vulneráveis a Lesões por Pressão (LP), devido à exposição a diversos fatores de risco, como mobilidade reduzida, aporte nutricional inadequado, fricção e cisalhamento, tempo de internação prolongado, uso de drogas vasoativas, idade avançada e presença de comorbidades (WENZEL, WHITAKER, 2024). Há uma variedade de coberturas no mercado com diferentes ações no processo de cicatrização, o que reforça a necessidade de o enfermeiro conhecer essas opções para otimizar o manejo de feridas (MACÊDO et al., 2021). OBJETIVO: Relatar a experiência de residentes de enfermagem no tratamento de feridas em uma UTI. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a atuação de residentes de enfermagem no tratamento de feridas em pacientes internados em uma UTI localizada no estado PI, composta por 20 leitos, entre março e agosto de 2024. RESULTADOS: Durante seis meses, as residentes prestaram cuidados a pacientes críticos, incluindo aqueles em ventilação mecânica invasiva, uso de drogas vasoativas, monitorização invasiva e procedimentos cirúrgicos à beira-leito. As lesões mais prevalentes nesta unidade foram as Lesões por Pressão (LP), principalmente nas regiões sacral e coccígea, além de dermatites associadas à incontinência (DAI) e lesões causadas por dispositivos médicos(LPDM). Após a identificação de uma lesão, sua notificação era registrada no sistema de informação do hospital e comunicada à equipe multiprofissional, em foco a enfermagem, o que favorecia as medidas preventivas como as mudanças de decúbito, o uso de coberturas adequadas para o manejo das lesões identificadas, avaliação da equipe nutricional e, quando necessário, uso de medicamentos sistêmicos para controle da dor ou infecção de acordo com o quadro clínico do paciente. É essencial que o enfermeiro tenha conhecimento sobre as coberturas para promover uma cicatrização rápida e prevenir complicações. As principais coberturas utilizadas pelas residentes, conforme a etiologia e características das lesões, incluíam espumas com bordas de silicone para gerenciamento da pressão, fibras com e sem prata, hidrogel, alginato, ácidos graxos essenciais, papaína a 10% e 15 %, coberturas com PHMB e gazes com petrolato. Entre essas, devido às lesões mais comuns identificadas, como LP nos estágios 1, 2 e 3, destacaram-se o uso de AGE, fibras com ou sem prata, espumas, hidrogel ou papaína. O acompanhamento diário e as trocas de curativo conforme recomendado evidenciaram a melhora das lesões quando a cobertura adequada era aplicada. CONCLUSÃO: A experiência das residentes na UTI reforçou a importância do conhecimento técnico e da colaboração multiprofissional no tratamento de lesões complexas. O manejo de feridas em pacientes críticos exigiu mais do que a escolha de coberturas, demandando compreensão da etiologia das lesões e uma abordagem preventiva contínua. O envolvimento ativo na identificação, notificação e intervenção terapêutica permitiu que as residentes desenvolvessem habilidades práticas essenciais para o cuidado intensivo, aprimorando sua capacidade de resposta e sensibilidade no manejo de lesões.

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Published

2025-10-01

How to Cite

Silva, A. D., Silva, K. C. G. D., & Lima, E. F. B. (2025). ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO DE FERIDAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Brazilian Congress of Stomatherapy. Retrieved from https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2092