USO DA PELÍCULA EPIDÉRMICA EM POLIURETANO ENXERTADA COM ACRILAMIDA EM DEISCÊNCIA CIRÚRGICA PÓS MAMOPLASTIA ONCOLÓGICA

Authors

  • Erika Machtoub Enrique Regennera Serviços De Enfermagem
  • Ana Thereza Da Cunha Uchôa Hospital Universitário Lauro Wanderley

Abstract

INTRODUÇÃO: A deiscência mamária é uma complicação cirúrgica caracterizada pela abertura parcial ou total da ferida operatória podendo ocorrer na mamoplastia oncológica com técnicas reconstrutivas e interferir na cicatrização. A tensão excessiva nos retalhos, comprometimento vascular dos tecidos, infecção local, diabetes mellitus, tabagismo, obesidade, uso de corticosteróides ou imunossupressores e radioterapia prévia podem favorecer essa situação. A película epidérmica em poliuretano enxertada com acrilamida é uma membrana transparente, semipermeável e estéril, o seu uso na deiscência cirúrgica mamária foi eficaz na promoção da cicatrização por segunda intenção, controle do exsudato e redução de infecções, protegendo a ferida contra contaminação externa sem impedir a troca gasosa, reduzindo a manipulação e permitindo a inspeção visual da lesão sem necessidade de remoção. Além de favorecer a regeneração tecidual e acelerar o fechamento da ferida com redução da dor. OBJETIVOS: Relatar um caso de deiscência de ferida operatória após mamoplastia oncológica e a eficácia da película epidérmica em poliuretano enxertada com acrilamida na reparação tecidual. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa do tipo relato de caso, desenvolvido em um consultório de enfermagem, no município de João Pessoa - Paraíba, com uma paciente que foi submetida a uma quadrantectomia com ressecção de linfonodo e mamoplastia oncológica à direita e mamoplastia à esquerda e apresentou deiscência da incisão cirúrgica da mama direita. O registro fotográfico foi realizado mediante a autorização e assinatura do termo de consentimento pela paciente. CASO CLÍNICO: M.I.M.R., 62 anos, sexo feminino, obesidade grau 1, hipertensa, apresentando deiscência grau 1 (leve) de ferida operatória em mama direita após quinze dias da mamoplastia oncológica. As lesões apresentavam um tecido de granulação friável, com esfacelos e bordas hiperemiadas. Realizada limpeza com polihexametileno biguanida (PHMB) a 0,1%, em todas as lesões, em seguida aplicada a película epidérmica com curativo secundário de gaze estéril e fixação com o filme antialérgico. RESULTADOS: Na primeira troca, as lesões apresentaram diminuição do esfacelo, bordas sem hiperemia e um tecido de granulação saudável. A partir do quarto curativo observou-se a retração das bordas e diminuição considerável do exsudato. Ao realizar o sexto curativo, observou-se a presença de tecido de epitelização com regeneração total da pele. Foram realizados um total de 7 curativos com troca 2x na semana, sendo o último para fortalecer a pele epitelizada e evitar o surgimento de novas lesões. CONCLUSÃO: O uso da película epidérmica em poliuretano enxertada com acrilamida. foi eficaz no tratamento conservador da deiscência mamária pósmamoplastia oncológica, promovendo cicatrização por segunda intenção com boa evolução clínica, menor dor, proteção da ferida e menor manipulação, além de acelerar o processo cicatricial e epitelização total da pele, num curto período de tempo, proporcionando uma melhor qualidade de vida a paciente. Trata-se de uma alternativa viável, segura e de baixo custo, com potencial para ampliar as opções terapêuticas em complicações cirúrgicas da mama.

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Published

2025-10-01

How to Cite

Enrique, E. M., & Uchôa, A. T. D. C. (2025). USO DA PELÍCULA EPIDÉRMICA EM POLIURETANO ENXERTADA COM ACRILAMIDA EM DEISCÊNCIA CIRÚRGICA PÓS MAMOPLASTIA ONCOLÓGICA. Brazilian Congress of Stomatherapy. Retrieved from https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2247