RESÍDUO PÓS MICCIONAL (RPM) EM IDOSOS COM CONFUSÃO CRÔNICA EM ILPI

Authors

  • Iris Koth Da Silva Unip
  • Kailane Manuela Schendroski De Araújo Unip
  • Maria Eduarda Antunes Feitosa Unip
  • Joselaine Nadia Da Silva Rodrigues Unip
  • Liliane Pires Unip
  • Adriana Cecel Guedes Unip
  • Marili Calabro Unip

Abstract

Título: Resíduo pós miccional (RPM) em idosos com confusão crônica em ILPI Introdução: O controle adequado da micção é um processo complexo que depende da integridade funcional do sistema nervoso central (SNC). Em indivíduos com demência, alterações neurodegenerativas podem comprometer estruturas responsáveis pela percepção da plenitude vesical e pela coordenação da resposta miccional, resultando em disfunções urinárias, entre elas o aumento do resíduo pós-miccional (RPM). Esse acúmulo de urina na bexiga favorece a ocorrência de infecções do trato urinário (ITU) e pode evoluir para complicações urológicas e renais mais graves(1).Objetivo: Avaliar o resíduo pós-miccional em idosos com demência residentes em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória e quantitativa, realizada em duas ILPIs no estado de São Paulo, que abrigam 14 e 31 idosos, respectivamente. Os critérios de inclusão foram: diagnóstico de enfermagem (DE) de Confusão Crônica e presença de qualquer DE relacionado à alteração urinária. Após aplicação dos critérios, 20 idosos participaram do estudo. A avaliação do RPM foi realizada por meio de ultrassonografia portátil (POCUS), modelo 910. Resultados: A maioria dos participantes (n=18) era do sexo feminino, com idade média de 81,5 anos. Metade dos idosos estava institucionalizada há menos de dois anos. Quanto às comorbidades, 90% apresentavam condições clínicas associadas, com destaque para Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica. Em relação à mobilidade, 4 idosos deambulavam sem auxílio, 8 com auxílio, e 10 estavam restritos ao leito. No que se refere à incontinência urinária (IU), 77% apresentavam IU funcional e 33% IU de urgência. Todos faziam uso contínuo de fraldas, tanto diurnas quanto noturnas. A média dos valores de RPM foi de 77 ml. Dentre os participantes, 40% apresentaram RPM inferior a 50 ml, 35% entre 50 e 100 ml, e 20% superior a 100 ml. A literatura diverge quanto aos valores considerados normais ou aceitáveis de RPM. A Sociedade Brasileira de Urologia considera como normal valores inferiores a 50 ml(2). Estudo com pacientes com IU funcional demonstrou maior risco de ITU em indivíduos com RPM superior a 100 ml(3). Conclusão: Os idosos avaliados apresentaram diferentes tipos de incontinência urinária, com predominância da forma funcional. Os valores de RPM foram heterogêneos, com maior prevalência de medidas inferiores a 100 ml. A associação desses dados, em estudos futuros, com variáveis como incidência de ITU ou insuficiência renal pode contribuir para a definição de parâmetros clínicos mais precisos e para a elaboração de protocolos de esvaziamento vesical, visando à prevenção de complicações.

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Published

2025-10-01

How to Cite

Silva, I. K. D., Araújo, K. M. S. D., Feitosa, M. E. A., Rodrigues, J. N. D. S., Pires, L., Guedes, A. C., & Calabro, M. (2025). RESÍDUO PÓS MICCIONAL (RPM) EM IDOSOS COM CONFUSÃO CRÔNICA EM ILPI. Brazilian Congress of Stomatherapy. Retrieved from https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2296