APLICABILIDADE DA ESCALA DE CUBBIN & JACKSON NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES DE TERAPIA INTENSIVA

Autores

  • GIOVANNA BARBOSA MEDEIROS UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • BRUNO VINICIUS DE ALMEIDA ALVES UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • IGOR MICHEL RAMOS DOS SANTOS UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • MARÍLIA PERRELLI VALENÇA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • CAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • GLAUCIA ADLA SOARES PEREIRA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • ISABEL COMASSETTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
  • ISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

Resumo

INTRODUÇÃO: As Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) são designadas para tratar pacientes críticos, são aqueles que se encontram com patologias que agravam seu estado de saúde trazendo a necessidade de um cuidado contínuo e complexo, utilizando procedimentos de alta complexidade. Nesse contexto, sabe-se que o cuidado hospitalar intensivo tem fatores que ocasionam o desenvolvimento de lesão por pressão (LPP), visto que geralmente esses fatores são multicausais, tolerância do tecido mole à pressão e cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição, como uso de sedativos. Sendo assim, a escala de Cubbin & Jackson foi elaborada especificamente para estratificar o risco de LPP em pacientes críticos. OBJETIVO: Avaliar aplicabilidade da escala de Cubbin & Jackson na avaliação do risco de lesão por pressão em pacientes de terapia intensiva. METODOLOGIA: Estudo observacional realizado nas UTI’s do Hospital público de alta complexidade do nordeste brasileiro, no período de agosto a dezembro de 2022. Utilizaram na coleta de dados um instrumento com dados sociodemográficos, clínicos e a aplicação da Escala de Cubbin & Jackson a cada 24 horas desde a admissão até alta e/ou o aparecimento de LPP. A escala avalia idade, peso, antecedentes pessoais, pele, estado de consciência, mobilidade, estado hemodinâmico, respiração, necessidades de oxigênio, nutrição, incontinência e higiene, esses itens são pontuados 1 a 4 pontos, classificando os pacientes como alto (? 29) ou baixo risco (?30) para desenvolver LPP. O estudo foi autorizado pela instituição e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, sob CAAE: 60611922.5.0000.5192. RESULTADOS: Foram avaliados 133 pacientes críticos internados nas UTI’s. Desses, a partir da aplicação da escala de Cubbin & Jackson, foram identificados 28 pacientes classificados como de alto risco para desenvolver LPP e 104 como baixo risco. A média do tempo de internação teve a mesma variação para ambos os grupos, 12 a 16 dias, com diferença apenas do desvio padrão, p: 0,661, demonstrando que o tempo de internação não apresentou diferença estatística no aparecimento de LPP. Em relação avaliação de risco de LPP, segundo a escala os indivíduos com alto risco e que desenvolveram LPP representaram apenas 32,1%, no entanto, o baixo risco e com LPP foram 28,8%, já os classificados em baixo risco e não possuía LPP representaram 71,1% dos indivíduos estudados. As medicações mais utilizadas nos indivíduos desse estudo foram os sedativos associados aos analgésicos em ambos os grupos. Assim, 92,3% indivíduos com LPP faziam uso de sedativos e analgésicos. Quanto ao uso de antibióticos, o grupo que apresentou LPP fizeram mais uso desse fármaco 64,1%. Sendo assim, quem faz o uso de antibiótico tem uma razão de chances 4,38 vezes maior para o aparecimento de LPP do que quem não faz o uso. CONCLUSÃO: A escala de Cubbin & Jackson por meio das 12 categorias investigadas foi capaz de avaliar o risco de LPP em pacientes críticos de UTI. Os resultados permitem considerar que a utilização desta escala é positiva na identificação dos pacientes sob risco de desenvolvimento de LPP.

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Publicado

2024-01-02

Como Citar

BARBOSA MEDEIROS, G. ., VINICIUS DE ALMEIDA ALVES, B. ., MICHEL RAMOS DOS SANTOS, I. ., PERRELLI VALENÇA, M. ., NICEIA BRANCO VILA NOVA, C. ., ADLA SOARES PEREIRA, G. ., COMASSETTO, I. ., & CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS, I. . (2024). APLICABILIDADE DA ESCALA DE CUBBIN & JACKSON NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES DE TERAPIA INTENSIVA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/594