ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA ESTOMATERAPEUTA NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM LESÃO ONCOLÓGICA NO ÂMBITO DOMICILIAR:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • VALÉRIA DE OLIVEIRA COSTA VIDAS HOME CARE
  • ANGÉLICA ROSA DIAS PAIXÃO VIDAS HOME CARE

Resumo

Introdução: as feridas oncológicas consistem na quebra da integridade da pele devido à infiltração de células malignas nas estruturas cutâneas em decorrência da proliferação descontrolada, gerada pelo processo de oncogênese. Lesões oncológicas são feridas complexas, e como características são: exsudativas, fétidas, dolorosas, com presença de prurido, sangramento e com alta carga bacteriana, desta forma o manejo clínico dessas feridas também é complexo, especialmente quando o objetivo é realizar o controle de sinais e sintomas, já que em muitos casos o prognóstico de cicatrização é nulo. Neste contexto destaca – se a importância da enfermeira estomaterapeuta no manejo clínico desses pacientes, levando em consideração as características da ferida e o histórico clínico. Vale ressaltar que a qualidade de vida desses pacientes e seus familiares sofre um impacto psicológico e social. No âmbito domiciliar o vínculo e a confiança que é estabelecido pela enfermeira estomaterapeuta, tem papel fundamental na continuidade do cuidado, atuando com qualidade e de forma individualizada. Objetivo: relatar a importância da atuação da enfermeira estomaterapeuta no manejo de sinais e sintomas de uma paciente com lesão oncológica no âmbito domiciliar. Método: este trabalho descreve a assistência prestada a uma paciente com ferida oncológica, tratamento realizado em ambiente domiciliar, com atuação conjunta da enfermeira estomaterapeuta e do enfermeiro visitador. Paciente idosa, com diagnósticos de: Adenomegalia, adenocarcinoma, hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2. Paciente residia com o filho e nora, com histórico de internação em 09/11/2022, devido ao surgimento de massa palpável em região inguinal direita, medindo aproximadamente 12 cm, com presença de exsudato purulento e odor fétido. SIC lesão com surgimento há mais ou menos um ano, a qual só foi observada pelo filho após a piora no odor. Em 07/12/2023, iniciou-se o tratamento em ambiente domiciliar pela equipe de enfermagem e avaliação da enfermeira estomaterapeuta, por solicitação da operadora de saúde, no inicio sendo realizado com metronidazol, Hidrofibra com prata como curativo primário com troca a cada 24h, gaze algodoada e filme transparente com troca a cada 12h, com o intuito de realizar controle antimicrobiano, do volume de exsudato de aspecto purulento e do odor. A evolução dos sintomas e do aspecto da ferida foi positiva, com redução do tamanho, melhora no tecido presente e exsudato, conduta com solução de PHMB e gaze não aderente com emulsão de Petrolatum, nesta fase a paciente conseguia deambular com menos dificuldade, conseguia se acomodar na poltrona sem a preocupação de molha – lá devido ao alto volume de exsudato, houve diminuição no odor, fator que incomodava ela e sua família. Resultados: O uso das coberturas em conjunto com a quimioterapia contribuiu para a redução total do tumor, no inicio do tratamento mensurava cerca de 10 cm, reduzido em 1 cm em sete meses. Conclusão: evidenciou-se que a atuação da enfermeira estomaterapeuta foi essencial durante o tratamento, tanto na escolha de coberturas adequadas para o manejo eficaz da ferida, quanto no controle de sintomas, promovendo a qualidade de vida da paciente e seus familiares.

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Publicado

2024-01-02

Como Citar

DE OLIVEIRA COSTA, V. ., & ROSA DIAS PAIXÃO, A. . (2024). ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA ESTOMATERAPEUTA NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM LESÃO ONCOLÓGICA NO ÂMBITO DOMICILIAR:: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/602