ANÁLISE DA PROFUNDIDADE REAL DOS EQUIPAMENTOS CONVEXOS NO BRASIL

Autores/as

  • Talles Fernandes De Souza Universidade Federal De São João Del Rei, Campus Centro Oeste Dona Lindu
  • Victória Corrêa Nunes Universidade Federal De São João Del Rei, Campus Centro Oeste Dona Lindu
  • Larissa Carvalho De Castro Victorianunesc22@Gmail.com
  • Juliano Teixeira Moraes Universidade Federal De São João Del Rei, Campus Centro Oeste Dona Lindu
  • Caroline Ambires Madureira Universidade Federal De São João Del Rei, Campus Centro Oeste Dona Lindu
  • André Luiz Campos Pacheco Universidade Federal De São João Del Rei, Campus Centro Oeste Dona Lindu

Resumen

Introdução: As complicações periestomais, como dermatites, retrações, sangramentos ,estão entre os principais desafios enfrentados por pessoas com estomias de eliminação. Vazamentos frequentes de efluentes são apontados como uma das principais causas desses eventos, afetando negativamente a qualidade de vida, segurança e o conforto das pessoas com estomia. A convexidade presente nas barreiras cutâneas dos sistemas coletores constitui uma estratégia terapêutica eficaz para a prevenção e manejo dessas complicações, especialmente em estomias planas ou retraídas. No entanto, a ausência de padronização técnica e terminológica entre os fabricantes dificulta a escolha clínica adequada, uma vez que classificações como "leve" "suave" ,"rasa", "moderada" ou "profunda" são frequentemente utilizadas sem a indicação objetiva da profundidade da convexidade. Objetivo:Determinar a profundidade média dos equipamentos coletores com barreira convexa utilizados por pessoas com estomia de eliminação. Método: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Foram analisados 17 sistemas coletores com barreira convexa de seis fabricantes com atuação no mercado brasileiro. Destes, 15 produtos apresentaram dados objetivos de profundidade em milímetros (mm), obtidos por meio de catálogos técnicos, contato com fornecedores e registros públicos. Os produtos foram classificados com base nos critérios do consenso de McNichol et al. (2021): rasa (<1,5 mm), moderada (1,5 a 6,3 mm) e profunda (>6,3 mm). Para cada categoria de classificação com os dados obtidos, foram calculadas as estatísticas descritivas de contagem de produtos (n), média, mediana, desvio padrão (DP), e os valores de mínimo e máximo para determinar a amplitude. Os dados foram organizados em tabelas e gráficos elaborados no Microsoft Excel®. Resultados: Nenhum produto analisado se enquadrou na categoria rasa. Dos 15 dispositivos mensuráveis, 9 (60%) foram classificados como convexidade moderada e 6 (40%) como profunda. Os produtos com convexidade moderada apresentaram profundidade média de 5,00 mm (DP = 1,01), mediana de 4,70 mm e variação entre 3,5 mm e 6,0 mm. Já os produtos classificados como profundos apresentaram média de 7,40 mm (DP = 0,92), mediana de 7,00 mm, com intervalo entre 6,7 mm e 9,0 mm. Dois dispositivos, foram descritos apenas de forma qualitativa como "profunda" ou "mais profunda", sem especificações numéricas.A amplitude de variação (máximo – mínimo) foi de 2,5 mm na categoria moderada e de 2,3 mm na categoria profunda.Conclusão: Os dados evidenciam a predominância de barreiras com convexidade moderada e profunda no mercado brasileiro, e demonstra a falta de dispositivos com convexidade rasa, o que também aponta uma possível lacuna na oferta para perfis abdominais menos complexos. Identificou- se ainda variação nas medidas dentro da mesma categoria, sugerindo ausência de padronização técnica entre os fabricantes. Além disso, a utilização de classificações subjetivas e a omissão de dados objetivos dificultam a comparação entre produtos e a escolha baseada em evidências. Portanto, o presente estudo apresenta subsídios técnicos para a prática clínica e a transparência das informações fornecidas pelas indústrias.

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Publicado

2025-10-01

Cómo citar

Souza, T. F. D., Nunes, V. C., Castro, L. C. D., Moraes, J. T., Madureira, C. A., & Pacheco, A. L. C. (2025). ANÁLISE DA PROFUNDIDADE REAL DOS EQUIPAMENTOS CONVEXOS NO BRASIL. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/1995