FORTALECENDO A AUTONOMIA E O VÍNCULO EM PACIENTE PEDIÁTRICO COM ESTOMIA

Autores/as

  • Rosaura Soares Paczek Prefeitura Municipal De Porto Alegre/Rs
  • Cristhiane De Souza Silveira Escola De Saúde Pública Do Rio Grande Do Sul

Resumen

Introdução: As estomias pediátricas são indicadas principalmente em decorrência de malformações congênitas, adquiridas ou traumas, sendo mais prevalentes em crianças do sexo masculino com idade entre 0 e 5 anos1. A confecção da estomia exige um processo de adaptação tanto da criança quanto da família, sendo o apoio familiar fundamental diante das dificuldades diárias. O treinamento progressivo com o enfermeiro é essencial para que os cuidadores estejam preparados até a alta hospitalar. Para orientar e apoiar adequadamente, o profissional de saúde deve ter capacitação técnica e abordagem humanizada, fornecendo informações e orientações sobre os cuidados com a estomia, como a higiene, troca do dispositivo coletor e uso dos materiais disponíveis. Isso ajuda a reduzir a ansiedade e o medo causados pela falta de conhecimento2. É fundamental que os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, reconheçam as famílias como possuidoras de conhecimento, respeitando e compartilhando seus saberes e experiências. Esse reconhecimento fortalece a confiança e estabelece um vínculo entre profissionais e familiares, contribuindo para o enfrentamento da terapêutica clínica e para um crescimento mais saudável da criança3. Objetivo: Relatar a experiência no atendimento a paciente pediátrico com estoma de eliminação. Método: Relato de experiência sobre o atendimento à criança em idade pré- escolar com estomia de eliminação em um Serviço de Referência no sul do Brasil em 2025. Resultados: Após o cadastro do paciente no serviço de referência, é agendada uma consulta com a Enfermeira Estomaterapeuta para uma avaliação abrangente. Nesta consulta, são revisadas a técnica de troca do equipamento coletor e a adaptação do modelo utilizado, considerando as necessidades individuais de cada paciente. No caso de pacientes pediátricos, a interação com a equipe de saúde torna-se ainda mais essencial, sendo fundamental envolver a criança no processo de troca do equipamento coletor, permitindo que ela participe ativamente da escolha do modelo mais adequado. Ao longo desse momento, a equipe deve apresentar os produtos de forma lúdica e educativa, explicando sua função e modo de uso. Durante a troca do equipamento, é importante questionar a criança sobre a presença de dor e incentivá-la a sinalizar qualquer desconforto. Ademais, deve-se permitir e incentivar que ela expresse seus sentimentos livremente, conduzindo o procedimento com calma e transmitindo segurança. A participação ativa da criança deve ser estimulada, promovendo sua autonomia e compreensão do processo. Além disso, estabelecer um vínculo de confiança é essencial. Conversar com a criança, respeitar seu tempo e escutá-la com atenção contribui para que ela se sinta acolhida, parte do tratamento e segura com os profissionais envolvidos. Conclusão: A participação ativa da criança no cuidado com o estoma é essencial para promover sua autonomia, reduzir medos e facilitar a adaptação à nova condição de saúde. Essa participação deve ser gradual e adequada à faixa etária, nível de desenvolvimento e condições clínicas da criança.

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Publicado

2025-10-01

Cómo citar

Paczek, R. S., & Silveira, C. D. S. (2025). FORTALECENDO A AUTONOMIA E O VÍNCULO EM PACIENTE PEDIÁTRICO COM ESTOMIA. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2028