A ESTOMATERAPIA NO MANEJO DE LESÕES POR ARRAIA DE ÁGUA DOCE

Autores/as

  • Abel Duarte Da Mota Universidade Federal Do Pará
  • Rafaela Reis De Oliveira Universidade Federal Do Pará
  • Victor Daniel Da Silva Uchôa Universidade Federal Do Pará
  • Odenilce Vieira Pereira Universidade Federal Do Pará

Resumen

INTRODUÇÃO: As arraias são peixes cartilaginosos que habitam tanto em águas doces quanto em ambiente marinho, a presença dessa espécie é comum em todo o território brasileiro, possuindo grande predominância nas comunidades ribeirinhas da região Amazônica3. Acidentes envolvendo esses peixes são comuns e tornam-se problemas de saúde, não muito trabalhados por apresentar baixa mortalidade, mas com elevados números de casos que requerem capacitação de profissionais3,4. Diante dessa complexidade, a atuação do enfermeiro(a) estomaterapeuta é essencial desde o atendimento inicial até o cuidado prolongado com feridas complexas, com a ação na avaliação da lesão, controle da exsudação, escolha adequada de coberturas, prevenção de complicações e promoção da cicatrização.OBJETIVO: Discutir a atuação do enfermeiro estomaterapeuta, no manejo de lesões decorrentes de acidentes com arraias de água doce. MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa , na qual utilizou-se a coleta de dados provenientes de estudos encontrados nas bases de dados Scielo, Lilacs, BDENF e BVSMS. As buscas foram realizadas no mês de julho e os critérios de inclusão para a pesquisa foram: estudos publicados nos últimos 5 anos, em portugues, inglês ou espanhol e dentro da temática abordada, como lesão decorrente de acidentes com arraias e o manejo clínico das feridas. Excluíram-se estudos com textos incompletos, sem vínculo com o tema e fora do recorte temporal. RESULTADOS: Foram encontrados 20 estudos na BDENF, 4 na Scielo, 1 na Lilacs e 3 na BVSMS, quando usado estomaterapia nos descritores, os estudos achados foram escassos. Após aplicados os critérios de exclusão, foram selecionados 7 artigos e lidos na íntegra. Pode-se pontuar que as lesões acontecem após a pisada acidental em arraias que ficam camufladas nas areias dos rios, e quando se sentem ameaçadas movimentam-se com sua cauda e inserem o espigão caudal na vítima, gerando uma lesão perfuro cortante e irregular2. A dimensão da lesão está diretamente ligada à inserção do ferrão e a ação das toxinas do veneno, presentes e distribuídas pela epiderme de seu ferrão1. Tal toxina gera intensa reação inflamatória e o ferimento, inicialmente, apresenta-se edemaciado e eritematoso, podendo evoluir com necrose tecidual ou para uma lesão ulcerativa. Essas lesões podem levar meses para cicatrização, destacando-se o papel do estomaterapeuta com sua expertise na avaliação clínica detalhada da ferida, seleção de coberturas com base nas características do tecido e do exsudato, quando houver, prevenção e controle de infecções, além da educação do paciente para o autocuidado, com foco na prevenção de agravos. CONCLUSÃO: Conforme a literatura, afirma-se que é escasso os estudos acerca da atuação do estomaterapeuta no manejo clínico de lesões por acidentes com arraias e que, em alguns casos, o tratamento se dá por conhecimento popular. Faz-se imprescindível entender que a enfermagem em estomaterapia contribui para a redução de complicações, aceleração da cicatrização e melhora da qualidade de vida de pessoas acometidas por esse tipo de acidente. Sua inserção nos serviços de saúde, especialmente nos níveis primários, ambulatoriais e hospitalares, é estratégica para a oferta de um cuidado qualificado e centrado na recuperação tecidual segura e eficaz.

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Publicado

2025-10-01

Cómo citar

Mota, A. D. D., Oliveira, R. R. D., Uchôa, V. D. D. S., & Pereira, O. V. (2025). A ESTOMATERAPIA NO MANEJO DE LESÕES POR ARRAIA DE ÁGUA DOCE. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2079