CLORETO DE DIALQUIL CARBAMOIL E LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO HERPES ZOSTER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumen
INTRODUÇÃO: O herpes zoster, decorrente da reativação do vírus varicela-zoster, pode evoluir com lesões ulceradas e dor intensa, principalmente em idosos e imunocomprometidos. Além do risco de infecção secundária e cicatrização lenta, a neuralgia pós-herpética pode comprometer a qualidade de vida. A utilização de curativos com Cloreto de Dialquil Carbamoil (DACC), que atua pela adesão física de microrganismos hidrofóbicos, associada à laserterapia de baixa intensidade (LBI), pode otimizar o controle da colonização bacteriana, modular o processo inflamatório e acelerar a cicatrização. A combinação do DACC, que reduz a carga bacteriana sem liberação de agentes químicos, com a fotobiomodulação, que estimula fibroblastos, angiogênese e modulação inflamatória, resultou em melhora acelerada do reparo tecidual e controle da dor. Estudos recentes sugerem que o uso de laser associado a curativos antimicrobianos pode ser sinérgico, principalmente em feridas com risco de colonização crítica, como as decorrentes de herpes zoster. OBJETIVOS: Relatar a experiência clínica com o uso combinado de curativo de DACC e LBI no tratamento de úlceras secundárias a herpes zoster, avaliando evolução cicatricial, dor e controle de colonização. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa do tipo relato de experiência, desenvolvida em um consultório de enfermagem, no município de João Pessoa - Paraíba, com uma paciente que apresentou múltiplas lesões ulceradas no braço esquerdo, após episódio agudo de herpes zoster. O registro fotográfico foi realizado mediante a autorização e assinatura do termo de consentimento pela paciente. CASO CLÍNICO: M.L.S., 86 anos, hipertensa, apresentando lesões ulceradas dolorosas no braço esquerdo decorrentes de herpes zoster, em fase de úlceras e com exsudato moderado. A paciente queixava-se de dor intensa (8/10 na EVA) e dificuldade para higienização devido à sensibilidade local. O protocolo adotado: curativo primário com DACC, trocado 2 vezes por semana, nas primeiras quatro semanas e 1 vez por semana nas próximas quatro semanas, totalizando 12 (doze) sessões de curativos. Foi associada a laserterapia de baixa intensidade (660 nm e 808 nm, 100 mW, dose de 2 J/cm2), pontual nas bordas e leito das úlceras, 2 vezes por semana. Higienização com PHMB a 0,1%, secundário com gaze estéril, campo operatório estéril e fixação com atadura. Acompanhamento por 60 dias. RESULTADOS: Na primeira troca, as lesões apresentaram diminuição do exsudato e da sensação dolorosa, bordas sem hiperemia e um tecido de granulação saudável. A partir do quinto curativo observou-se a retração das bordas e diminuição das lesões. Ao realizar o décimo curativo, observou-se a presença de tecido de epitelização e regeneração total da pele no décimo segundo curativo. CONCLUSÃO: A associação do curativo com o DACC à LBI demonstrou-se uma estratégia segura, eficaz e de fácil aplicação no manejo de úlceras decorrentes de herpes zoster, promovendo rápida resolução do processo inflamatório, redução significativa da dor e aceleração da cicatrização. O DACC contribuiu para a redução da colonização bacteriana e prevenção de infecção, sem uso de agentes químicos ou risco de resistência antimicrobiana, enquanto a LBI atuou de forma sinérgica, estimulando a angiogênese, a proliferação fibroblástica e a reepitelização, além de apresentar efeito analgésico comprovado.Descargas
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Publicado
2025-10-01
Cómo citar
Enrique, E. M., Alencar, G. L. D., & Sousa, A. T. O. D. (2025). CLORETO DE DIALQUIL CARBAMOIL E LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO HERPES ZOSTER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2115
Número
Sección
Artigos
