INTEGRAÇÃO E TRANSIÇÃO DO CUIDADO EM ESTOMATERAPIA NO CENTRO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO A DIABÉTICOS E HIPERTENSOS DE SÃO LUÍS – MA
Resumen
Introdução O cuidado de pacientes com doenças crônicas, como diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS), exige integração entre a atenção básica e os serviços especializados. A estomaterapia tem papel fundamental na prevenção e manejo de lesões em pacientes crônicos, sendo essencial para reduzir complicações, otimizar recursos e promover atenção integral à saúde. Apesar disso, muitas unidades de saúde enfrentam desafios na comunicação e no encaminhamento de casos de maior complexidade, tornando necessária a implementação de protocolos de compartilhamento do cuidado. Objetivo Descrever o processo de integração e transição do cuidado em estomaterapia, incluindo triagem, encaminhamento e acompanhamento de pacientes com DM e HAS, utilizando protocolo estruturado entre as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o Centro Municipal de Atendimento a Diabéticos e Hipertensos de São Luís – MA. Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, caracterizado como relato de experiência, com abordagem qualitativa. O fluxo de cuidado inicia-se na Atenção Básica, onde os pacientes com Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) são avaliados clinicamente pelos médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Exames laboratoriais de rotina, como hemoglobina glicada, colesterol, triglicerídeos, hemograma e função renal, são solicitados conforme necessidade clínica. A estomaterapeuta realiza a triagem dos casos encaminhados para o Centro Municipal de Atendimento a Diabéticos e Hipertensos de São Luís – MA, com base na Ficha de Compartilhamento do Cuidado, que contém informações clínicas, critérios de hipertensão arterial mal controlada, histórico de descompensação, resultados de exames recentes e estratificação de risco cardiovascular segundo a SBC (2017). Pacientes de alto risco vascular ou com lesões cutâneas recebem acolhimento integral, avaliação de sensibilidade com monofilamento e encaminhamento para exames complementares ou especialistas conforme indicado (endocrinologista, cardiologista, nefrologista ou angiologista). O compartilhamento do cuidado ocorre via aplicativo de mensagens em grupo institucional formado pelos diretores das 58 UBS do município, garantindo comunicação ágil e centralizada. Em media por dia são enviadas 6 a 8 fichas . A estomaterapeuta organiza os atendimentos: em média, 20 pacientes/dia, distribuídos entre curativos (12–14 pela manhã) e consultas (4–6 à tarde). Casos espontâneos também são acolhidos seguindo o mesmo protocolo. Conclusão O uso de aplicativo de mensagens para integração da equipe multiprofissional, associado à condução da triagem clínica pela estomaterapeuta, demonstrou-se uma ferramenta eficaz para otimizar o cuidado e reduzir riscos de complicações em pessoas com DM, HAS e lesões cutâneas. Essa experiência reforça a relevância de estratégias de comunicação e protocolos compartilhados para ampliar a resolutividade na atenção à saúde.Descargas
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Publicado
2025-10-01
Cómo citar
Fonseca, C. S. C., Costa, C. D. J. M., Mendes, J. C. F., & Oliveira, A. M. D. (2025). INTEGRAÇÃO E TRANSIÇÃO DO CUIDADO EM ESTOMATERAPIA NO CENTRO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO A DIABÉTICOS E HIPERTENSOS DE SÃO LUÍS – MA. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2171
Número
Sección
Artigos
