RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE PELE NO MANEJO DE FERIDA INFECTADA EM PÉ DIABÉTICO COM TECNOLOGIA DE LIMPEZA ATIVA

Autores/as

  • Elizandre De Paula Silva Imip
  • Giovanna Barbosa Medeiros Universidade De Pernambuco
  • Gabriela Maria Da Silva Rocha Imip

Resumen

Introdução: O pé diabético é uma complicação grave do diabetes mellitus, caracterizada por infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos, frequentemente associadas à neuropatia e à doença vascular periférica. Trata-se de uma condição que acarreta alto risco de internação, amputações e elevação das taxas de morbimortalidade, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes e os custos do sistema de saúde. Diante da complexidade dessas feridas, torna-se essencial o uso de estratégias eficazes para o preparo do leito, controle da infecção e estímulo à cicatrização. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada como enfermeira atuante na Comissão de Pele, durante o acompanhamento do tratamento de uma ferida infectada em pé diabético, com o uso de cobertura com tecnologia de limpeza ativa. Descrição da Experiência: Durante as visitas clínicas realizadas pela Comissão de Pele em uma instituição hospitalar, foi acompanhada uma lesão complexa em membro inferior, associada a complicações do pé diabético. A conduta envolveu a utilização de curativo com ação de limpeza ativa, visando à remoção de exsudato, biofilme e tecido desvitalizado. O acompanhamento foi realizado por meio de trocas programadas da cobertura, avaliação sistemática do leito da ferida e registro clínico padronizado. Observou-se, ao longo do processo, redução significativa do exsudato, eliminação progressiva do tecido necrótico e aparecimento de tecido de granulação. Ao término do plano terapêutico, a ferida apresentava-se com leito limpo, sem sinais de infecção ativa, favorecendo o avanço do processo cicatricial. Resultados: A utilização da cobertura com tecnologia de limpeza ativa mostrou-se uma ferramenta eficaz no manejo de feridas infectadas associadas ao pé diabético, contribuindo para a estabilização clínica da lesão e melhor evolução local. A atuação da Comissão de Pele foi fundamental para a definição da conduta, suporte técnico à equipe de enfermagem assistencial e padronização do cuidado. A experiência reforçou a importância da avaliação criteriosa, da escolha adequada de produtos e da integração entre conhecimento técnico e prática baseada em evidências na assistência de enfermagem. Conclusão: O relato reforça o papel estratégico da enfermagem na gestão de feridas complexas e destaca como a atuação da Comissão de Pele pode impactar positivamente os desfechos clínicos. O uso de tecnologias avançadas, alinhadas à prática baseada em evidências, contribui para um cuidado mais seguro, eficaz e humanizado, especialmente em casos com múltiplas comorbidades, como o pé diabético.

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Publicado

2025-10-01

Cómo citar

Silva, E. D. P., Medeiros, G. B., & Rocha, G. M. D. S. (2025). RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE PELE NO MANEJO DE FERIDA INFECTADA EM PÉ DIABÉTICO COM TECNOLOGIA DE LIMPEZA ATIVA. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2216