TECNOLOGIA QUE PREVENI: EXPERIÊNCIA COM SENSOR VESTÍVEL NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO.
Resumen
INTRODUÇÃO: A prevenção da lesão por pressão (LP) é uma das metas prioritárias de segurança do paciente, sendo a equipe de enfermagem a principal responsável por sua execução. Em 2023, a LP ocupou o terceiro lugar entre os incidentes mais notificados no Brasil, com mais de 60 mil registros. As diretrizes da National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP) enfatizam a importância de medidas fundamentais, como reposicionamento frequente, avaliação diária da pele e hidratação. Com os avanços tecnológicos, novas abordagens vêm sendo integradas às práticas tradicionais, favorecendo a detecção precoce de riscos e contribuindo para a redução da incidência de LP. A diretriz mais recente, de 2025, já menciona o uso de sensores de monitoramento, ainda com evidência limitada de efetividade. Contudo, realizamos um estudo com essa tecnologia e apresentamos nossa experiência prática e seus resultados preliminares. OBJETIVO: Relatar a experiência da utilização de sensores de reposicionamento em pacientes internados na Unidade de Internação Adulto de um hospital da região metropolitana de Porto Alegre/RS. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência. A aplicação dos sensores iniciou-se em novembro de 2024, em uma unidade de internação com 24 leitos, cujo perfil de pacientes incluía indivíduos pós-CTI, acamados e com restrição de mobilidade. O critério para uso do sensor foi a Escala de Braden igual ou inferior a 12, indicando alto risco para o desenvolvimento de LP. Os pacientes também utilizaram curativos multicamadas AQUACEL® Foam Pro como medida complementar. As demais ações preventivas estabelecidas na instituição foram mantidas. O teste foi encerrado em fevereiro de 2025. RESULTADOS: Foram monitorados 48 pacientes com o uso do sensor de reposicionamento. A taxa média de aderência ao protocolo foi de 92,25%. Durante o período, três pacientes desenvolveram LP em estágio 1 após serem transferidos da Unidade C2, e um paciente apresentou LPP estágio 1 após recusar o uso do sensor. Seis pacientes que já apresentavam LP no momento da internação não desenvolveram novas lesões. Os demais pacientes receberam alta com a pele íntegra, evidenciando o potencial da tecnologia como ferramenta auxiliar na prevenção. CONCLUSÃO: A aplicação dos sensores de reposicionamento, integrada às medidas preventivas tradicionais, demonstrou-se uma estratégia eficaz no cuidado de pacientes com risco elevado para LP. Os dados obtidos revelam elevada adesão ao protocolo e preservação da integridade cutânea, inclusive entre pacientes com histórico prévio de lesões. Embora ainda não haja evidência robusta da efetividade dessa tecnologia no Brasil, a experiência vivida aponta para sua relevância na detecção precoce de riscos e no fortalecimento da cultura de segurança. Conclui-se que a incorporação de tecnologias inovadoras, associada a protocolos estruturados e à atuação da equipe de enfermagem, representa um avanço significativo na qualidade da assistência e na segurança do paciente hospitalizado.Descargas
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Publicado
2025-10-01
Cómo citar
Pinheiro, E. L., Coppola, I. D. S., Machado, S. C., Souza, G. C. D., & Baisch, A. (2025). TECNOLOGIA QUE PREVENI: EXPERIÊNCIA COM SENSOR VESTÍVEL NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2235
Número
Sección
Artigos
