VIVÊNCIA NO CUIDADO AMBULATORIAL DE FERIDAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UNIDADE ESPECIALIZADA DA REDE PÚBLICA

Autores/as

  • Pedro Warlley Vasconcelos Moreira Universidade Estadual Do Ceará - Uece
  • Leticia Silva Do Nascimento Universidade Estadual Vale Do Acaraú - Uva

Resumen

Introdução: As feridas crônicas representam um desafio constante para os serviços de saúde, exigindo cuidados especializados, contínuos e multiprofissionais. O tratamento adequado envolve avaliação criteriosa, escolha racional de coberturas, controle de comorbidades e educação em saúde. No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), os ambulatórios especializados exercem papel fundamental na prevenção de complicações e na promoção da qualidade de vida dos usuários. Este trabalho apresenta um relato de experiência vivenciado durante estágio supervisionado em uma unidade ambulatorial especializada em tratamento de feridas, localizada em um serviço público de saúde da capital cearense, como parte da pós-graduação em Estomaterapia. Objetivo: Relatar a experiência prática no cuidado a pessoas com feridas crônicas em um ambulatório público especializado, destacando a importância do atendimento sistematizado e do papel do enfermeiro estomaterapeuta nesse processo. Método: Trata-se de um relato de experiência realizado no ano de 2025, durante estágio prático da pós-graduação em Estomaterapia. O cenário foi um ambulatório da rede pública estadual de saúde, especializado no cuidado de pessoas com feridas agudas e crônicas. As atividades desenvolvidas incluíram observação direta, atendimentos supervisionados, registro em prontuário, troca de curativos e participação em ações educativas junto aos usuários. Resultados: A experiência permitiu o acompanhamento de pacientes com feridas de diversas etiologias, como úlceras venosas, lesões por pressão, pé diabético e feridas traumáticas. A atuação do enfermeiro estomaterapeuta foi essencial na avaliação detalhada da lesão, aplicação de escalas de classificação, planejamento do cuidado e escolha de produtos adequados para cada fase da cicatrização. Também foi evidente o impacto das comorbidades como diabetes e hipertensão no retardo do processo cicatricial. Outro aspecto relevante foi a escuta ativa e a educação em saúde, fundamentais para promover o autocuidado e a adesão ao tratamento. A convivência com a equipe multiprofissional permitiu compreender a importância do trabalho integrado e da continuidade do cuidado em rede. O atendimento ambulatorial, gratuito e regular, se mostrou essencial para o controle das infecções, alívio da dor e redução de hospitalizações. Conclusão: A vivência prática no ambulatório especializado em feridas foi uma experiência enriquecedora para a formação em Estomaterapia, contribuindo para o desenvolvimento técnico e humano no cuidado ao paciente crônico. O estágio evidenciou a complexidade do manejo de feridas e reforçou a necessidade de estruturação de serviços especializados na rede pública, capazes de ofertar atendimento regular, humanizado e resolutivo. O acompanhamento contínuo, a educação em saúde e a atuação do enfermeiro especialista foram fundamentais para o sucesso terapêutico observado.

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Publicado

2025-10-01

Cómo citar

Moreira, P. W. V., & Nascimento, L. S. D. (2025). VIVÊNCIA NO CUIDADO AMBULATORIAL DE FERIDAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UNIDADE ESPECIALIZADA DA REDE PÚBLICA. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2262