DIRETRIZES CLÍNICAS DE ENFERMAGEM PARA O ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
Resumen
Introdução: As mulheres apresentam maior predisposição à incontinência urinária devido a diversos fatores, principalmente anatômicos. A condição de alta prevalência afeta significativamente a qualidade de vida, saúde mental e vida social (1). Apesar da elevada demanda, ainda há lacunas na assistência prestada por enfermeiros, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS); esse reflexo pode ser atribuído à escassez de formação e informações sobre o tema durante a graduação (2). No Brasil, embora haja respaldo legal para atuação do enfermeiro no tratamento conservador da IU (3), observa-se a ausência de instrumentos padronizados para nortear a prática clínica (2). Assim, a elaboração de diretrizes clínicas específicas para a consulta de enfermagem emerge como uma tecnologia inovadora e necessária, com potencial de qualificar o cuidado e fortalecer o protagonismo da enfermagem. Objetivo: Elaborar uma diretriz clínica para consulta de enfermagem voltada ao atendimento de mulheres com incontinência urinária, fundamentada em evidências científicas e no processo de enfermagem. Método: Trata-se de um estudo participativo, fundamentado no modelo de tradução do conhecimento. A construção da diretriz segue três etapas: 1) averiguação do conhecimento prévio de enfermeiros sobre IU; 2) síntese de evidências por meio de revisão integrativa sobre terapias conservadoras e intervenções aplicáveis na prática ambulatorial de enfermagem; 3) elaboração coletiva de um produto tecnológico — as diretrizes clínicas — em reuniões online com o grupo participante. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 80307823.5.0000.5060). Resultados: O produto resultante são diretrizes clínicas estruturadas em capítulos que abordam: respaldo legal para atuação do enfermeiro; anatomia e fisiologia do trato urinário inferior; processo de enfermagem aplicado à IU; instrumentos de avaliação clínica e diagnósticos segundo a CIPE®; planejamento de intervenções conservadoras como o Treinamento da Musculatura do Assoalho Pélvico (TMAP), uso de biofeedback, eletroestimulação, orientações comportamentais e reavaliação periódica. O material está sendo construído de forma colaborativa, considerando a aplicabilidade na APS e em ambulatórios especializados. Conclusão: As diretrizes clínicas representam uma inovação tecnológica de base científica voltada à prática de enfermagem, promovendo a qualidade do cuidado, a segurança clínica e a valorização profissional. Ao instrumentalizar enfermeiros para o manejo da IU com embasamento técnico-científico, as diretrizes contribuem para a consolidação de práticas baseadas em evidências e para o fortalecimento da assistência à saúde da mulher no SUS.Descargas
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Publicado
2025-10-01
Cómo citar
Almeida, M. V. D. S., Primo, C. C., Costa, I. G., Lima, E. D. F. A., Rédua, H. H. C. B., Assis, G. M., & Freitas, P. D. S. S. (2025). DIRETRIZES CLÍNICAS DE ENFERMAGEM PARA O ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA BASEADA EM EVIDÊNCIAS. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2274
Número
Sección
Artigos
