AUTOCUIDADO E CONTINÊNCIA FECAL:
IRRIGAÇÃO EM COLOSTOMIA
Resumo
INTRODUÇÃO: O processo de transição demográfica e epidemiológica, observado mundialmente, permitiu uma transposição das principais causas de morbimortalidade no território brasileiro, nessa realidade as doenças infectoparasitárias deram lugar às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como cardiopatias e os cânceres.¹ Dentre estes, enfatiza-se o de colorretal, que tem o ato cirúrgico como método de diagnóstico, cura ou paliação, podendo nestes dois, como tentativa de salvar vidas, valer-se da confecção de estomias de eliminação (EI), que é a exteriorização da alça intestinal na parede abdominal por , sendo classificada em ileostomia ou colostomia, conforme a parte exposta². Outrossim, a EI provoca modificações físicas, psicossociais e econômicas, a mais citada a incontinência fecal³. No entanto, na ocorrência de uma enfermagem mais humanizada, não apenas para navegar de equipamentos coletores, mas uma assistência holística com melhoria da qualidade de vida das pessoas com estomias, poderá ser feita com a utilização do procedimento de irrigação das colostomias elegíveis?. OBJETIVO: Analisar o conhecimento científico e difusão deste, a cerca do procedimento de irrigação em pessoas com colostomia em cólon descendente e sigmoide. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de escopo, realizada nas bases de dados MEDLINE, via PubMed, CINAHL e SCOPUS, acessadas pela plataforma periódicos CAPES, acesso CAFe, utilizando os descritores controlados: "Colostomia", "Terapêutica com Irrigação", "Irrigação em Colostomia" e "Autocuidado". Pergunta de pesquisa: Quais os autocuidados para realizar irrigação em colostomia de cólon descendente ou sigmoide?, estratégia PCC, "P" Participantes- pessoas com colostomia, "C" Conceito- procedimento de irrigação e "C" Contexto - autocuidado. Realizou-se a pesquisa aplicando operador booleano "AND", resgatando 43 artigos, destes 2 foram excluídos por duplicidade. Após aplicação dos critérios de inclusão, acervos que respondam a pergunta de pesquisa e atendam ao objetivo, nas variadas metodologia e idiomas, redija sobre procedimento de irrigação em colostomia como autocuidado; bem como os de exclusão, literatura sobre outras estomias e/ou outros cuidados com colostomia, ficando 23 artigos, lidos na íntegra. RESULTADOS: Nesse estudo, observou-se que a literatura apresenta como autocuidado a introdução de 300-500ml de água em temperatura ambiente em velocidade controlada, pois os extremos, quente e fria, e instalação rápida podem provocar cólicas abdominais ou vasovagais. Além de orientar a realização pela manhã no banho, visando higienização corporal e dos materiais utilizados. Bem como, lubrificação do cone que introduzido na colostomia, minimizando dores e dificuldade de encaixe do equipamento. Acrescenta-se, obrigatoriedade de anotar quantidades de líquidos infundados, consistência inicial e final das fezes, quaisquer problemas apresentados, tempo utilizado, intervalo entre irrigações e quaisquer intercorrências no período de intestino limpo. Enfatiza-se, registro da duração e qualidade do sono após procedimento, atividades sexuais e modificações na rotina social, ambiental e familiar. CONCLUSÃO: Compreende-se que, a literatura apresenta didática e teoricamente o procedimento de irrigação em colostomia, descrevendo alguns autocuidados que as pessoas que fazem uso dessa atividade podem e devem executar. No entanto, é notório a desatualização da temática, constatando que se faz necessário aprofundamento científico melhoria da qualidade de vida das pessoas com colostomia em cólon descendente ou sigmoide obtenção de cuidados pessoais e vivências desse público.