ESTOMATERAPIA NO MANEJO DO PENFIGOIDE BOLHOSO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
O penfigoide bolhoso (PB) é uma doença autoimune em que ocorre formação de bolhas na pele, sendo menos frequente nas mucosas. Auto anticorpos são formados contra antígenos específicos da zona de membrana basal. Acomete geralmente idosos, com mais de 70 anos, raramente crianças e adultos jovens. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo relatar a condução do caso de um paciente idoso com penfigoide bolhoso e seu tratamento. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado no mês de julho de 2023. O relato se deu em um hospital publico de Teresina onde a equipe viu-se diante de uma problemática que é o manejo de pacientes com a doença, sendo, algumas vezes, de grande extensão e extremamente dolorosas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O paciente era um idoso, conforme a literatura, 83 anos e que possuía grande parte do corpo acometido pela doença, incluindo cabeça e orgãos genitais, com bolhas já rompidas. Primeiramente procurou-se melhorar o quesito dor, onde a equipe mobilizou-se para que fosse administrado analgésicos conforme prescrição antes da realização dos curativos. Para a limpeza das lesões escolheu-se a solução de polihexanida biguanida (PHMB) por ser um potente antimicrobiano, de amplo espectro que destrói bactérias gram- positivas, gram-negativas, dentre outros e que possui baixa toxicidade, menor probabilidade de gerar resistência bacteriana e efeitos adversos. A cobertura escolhida foi a gaze não aderente rayon, devido componentes que além de proteger vão ajudar no tratamento de lesões. Possui vitaminas E e A, que garantem um processo de reparação tecidual na lesão. Além disso, possui óleos de copaíba e melaleuca, oferecendo um efeito anti-inflamatório, antifúngico, antibacteriano e analgésico. A escolha principal dessa cobertura foi a retirada não traumática, causando menos dor ao paciente. Orientou-se troca a cada 48 horas. CONCLUSÃO: Para o manejo de pacientes com tais lesões necessita- se de mais pesquisas voltadas ao tema, para que os pacientes acometidos possam sentir menos desconforto e ter um seguimento com valor positivo no tratamento das mesmas. Uma das dificuldades encontradas foi o desconhecimento da equipe ao realizar os curativos, ressaltando a necessidade do enfermeiro estomaterapeuta nas instituições públicas do Brasil, minimizando sequelas e propiciando uma melhor reabilitação e qualidade de vida.