A VIVÊNCIA DE UMA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM NO PROGRAMA DE VOLUNTARIADO ACADÊMICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Auwany Santos França Universidade Federal Do Paraná
  • Cinthia Tiemy Cardoso Maier Ebserh - Chc/Ufpr
  • Lucas Borges De Oliveira Ebserh - Chc/Ufpr
  • Márcia Cristina Dos Santos Almeida Batista Ebserh - Chc/Ufpr
  • Renilda Pereira Royko Kozlowski Ebserh - Chc/Ufpr
  • Shirley Boller Universidade Federal Do Paraná

Resumo

Introdução A inserção de acadêmicos em programas de vivência prática, como o Programa de Voluntariado Acadêmico (PVA), permite uma aproximação com a realidade profissional, favorecendo o desenvolvimento do raciocínio clínico e o aprofundamento nos cuidados específicos da área¹. No contexto da estomaterapia o PVA passa a ser uma estratégia educativa que proporciona aos estudantes oportunidades supervisionadas de atuação prática voltadas ao cuidado de pessoas com estomias, feridas e incontinências². Objetivo Relatar a experiência de uma acadêmica de enfermagem no Programa de Voluntariado Acadêmico executado no serviço de estomaterapia de uma universidade pública do sul do Brasil. Método Trata-se de um relato de experiência, que seguiu as recomendações propostas por Mussi?. A vivência ocorreu em um hospital universitário vinculado à rede pública de saúde, que abriga, dentre seus setores especializados, a Equipe de Cuidado com a Pele (ECP). Essa equipe é composta por enfermeiros especialistas, responsáveis pela avaliação, prevenção e tratamento de lesões cutâneas em pacientes internados, bem como pela capacitação técnica aos profissionais de enfermagem³. A experiência relatada é de uma acadêmica de enfermagem que executou, de forma supervisionada, as atividades referentes ao cuidado com a pele no período de abril a julho de 2025. Por ser um relato de experiência, sem coleta de dados pessoais, o estudo não exigiu aprovação do Comitê de Ética (CEP). Resultados A experiência proporcionou um ambiente acolhedor e educativo, no qual a acadêmica pôde vivenciar a prática clínica especializada, participando da avaliação, escolha e realização de curativos em diferentes tipos de lesões cutâneas, além do acompanhamento de pacientes com estomias e incontinência. O contato direto com os profissionais permitiu desenvolver um olhar clínico mais atento às particularidades de cada paciente, compreendendo que o cuidado deve ser individualizado e fundamentado em evidências. A autonomia dos enfermeiros e sua capacidade de tomar decisões acuradas inspiraram a estudante, que passou a entender o papel protagonista do enfermeiro na condução da terapêutica. O raciocínio clínico foi estimulado constantemente, por meio da discussão de casos, escolha de coberturas e avaliação da resposta terapêutica. A prática do PVA também contribuiu para maior segurança na execução de técnicas, além de despertar interesse contínuo pela área, motivando o aprofundamento teórico e o desejo de seguir carreira na estomaterapia. Conclusão O PVA em estomaterapia foi uma experiência enriquecedora, que ampliou os conhecimentos da acadêmica para além dos conteúdos aprendidos em sala de aula. Por meio da prática supervisionada pelos especialistas, a vivência propiciou não apenas o aprimoramento de habilidades manuais e psicomotoras, mas também despertou a motivação para buscar outros programas institucionais, como projetos de iniciação científica e extensão, alinhados à área de estomaterapia. Além disso, a experiência se consolidou como um mecanismo de inserção no ambiente científico, possibilitando a participação em congressos na área, e que certamente irão contribuir na formação acadêmica. Relatos como este podem estimular outros estudantes a buscarem experiências semelhantes, reconhecendo o valor da prática supervisionada como ferramenta essencial na formação de um enfermeiro crítico, autônomo e humanizado, atuante na produção do cuidado especializado em feridas e estomias.

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

França, A. S., Maier, C. T. C., Oliveira, L. B. D., Batista, M. C. D. S. A., Kozlowski, R. P. R., & Boller, S. (2025). A VIVÊNCIA DE UMA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM NO PROGRAMA DE VOLUNTARIADO ACADÊMICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/1943