TRAJETÓRIA E IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA NO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Resumo
Introdução: A estomaterapia é uma área de atuação exclusiva do enfermeiro que atua na prevenção e o tratamento de feridas, incontinências urinaria e anal, cuidado com estomias, fístulas, tubos e drenos1. A estomaterapia surgiu nos anos 1950 nos Estados Unidos, com os cuidados de Normal Gill aos estomizados, após ela mesmo ter sido estomizada. Com os cuidados da pele em relação a dermatite, os especialistas passam a dar atenção a pacientes com feridas agudas e crônicas. No Brasil a especialidade surge em 1990 na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo2. No Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) o serviço de estomaterapia estruturou-se com ênfase no desenvolvimento técnico- científico, avanço tecnológico e qualificação do profissional estomaterapeuta, além disso, o plano de cuidados de enfermagem estava voltado para autonomia do paciente e desospitalização precoce. Objetivo: relatar a trajetória de desenvolvimento e consolidação do serviço de estomaterapia do HNSC. Método: trata-se de um relato de experiência do processo de estruturação do serviço. Resultados: O serviço de estomaterapia teve início a partir da criação de um Grupo de Estudos a Pacientes com Lesão Pele (GEPLP) em 2002 ações educativas e assistenciais. A consolidação ocorre em 2006, com a elaboração e implementação de protocolos assistenciais de tratamento de feridas. Em meados de 2011, se constitui o primeiro Serviço de Estomaterapia do Rio Grande de Sul com duas enfermeiras exclusivas para atendimentos de feridas e estomias em nível hospitalar e ambulatorial. Em 2014 já com quatros enfermeiras ampliou-se as atividades contemplando a prevenção de lesão por pressão, demarcação pré- operatória para pacientes com possível confecção de estoma, acompanhamento de indicadores,implementação de um sistema de consultoria e formação de profissionais consultores. Além disso, a realização de teste e parecer de materiais utilizado pelo serviço, orientação para alta e vinculação ambulatorial. Em 2023 inicia o atendimento a pacientes com disfunções do assoalho pélvico (DAP) por estomaterapeutas, sendo solicitado ao COREN-RS um parecer sobre o atendimento do estomaterapeuta nas DAP3. Por fim, em 2024, devido a ampliação da instituição e criação de um centro de oncologia outras duas estomaterapeutas integram-se ao grupo. A assistência perpassa pela prevenção e tratamento de feridas, cuidados a pessoas estomizadas, incontinência urinária e anal, dor pélvica, prolapso, constipação entre outros. Dentre os recursos utilizados destacam-se: coberturas e correlatos, terapia por pressão negativa, fotobiomodulação, eletroestimulação e adjuvantes para uso em pacientes estomizados. Conclusão: a atuação do serviço é voltada à qualificação profissional, planejamento e organização dos cuidados especializados. A consolidação do serviço transformou práticas assistenciais, proporcionando excelência, segurança e humanização no atendimento prestado.Downloads
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Publicado
2025-10-01
Como Citar
Santos, A. A. D., Peruzzo, A. B., Delevati, C. F., Erichsen, C. G., Maciel, F. H., Grewsmuhl, M., Vizzotto, S., & Barilli, S. L. S. (2025). TRAJETÓRIA E IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA NO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/1985
Edição
Seção
Artigos