ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NO MANEJO DE FÍSTULAS ENTEROCUTÂNEAS
Resumo
Introdução: Fístulas são comunicações anormais entre estruturas internas do corpo ou entre órgãos e a superfície externa, podendo ser classificadas como internas ou externas. As fístulas enterocutâneas (FECs), que conectam o trato gastrointestinal à pele, geralmente surgem como complicações cirúrgicas graves e representam um desafio clínico significativo. Seu manejo demanda cuidados especializados para controle do efluente e proteção da pele ao redor da fístula. Nesse contexto, o papel da enfermagem se destaca, sobretudo na escolha e aplicação adequada de dispositivos coletores, visando preservar a integridade cutânea, reduzir complicações e favorecer a cicatrização. Objetivo: Analisar a atuação da enfermagem no cuidado a pacientes com fístulas enterocutâneas, com ênfase no uso de dispositivos coletores que promovam a cicatrização e contribuam para a melhoria da qualidade de vida. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada entre junho e julho de 2025, nas bases SciELO, PubMed, LILACS e BVS. Utilizaram-se os descritores controlados "Intestinal Fistula" e "Nursing Care", combinados pelo operador booleano AND. Foram incluídos artigos publicados entre 2021 e 2025, em português, com texto completo disponível e alinhamento temático. Foram excluídos editoriais, resumos, duplicatas, teses e estudos que não abordassem diretamente o tema. A seleção ocorreu em duas fases: leitura dos títulos e resumos, seguida da leitura integral dos textos elegíveis. Resultados: Foram localizados 12 artigos, dos quais apenas dois atendiam aos critérios de inclusão por abordarem diretamente a assistência de enfermagem a pacientes com FECs. Ambos destacaram o papel essencial da enfermagem no contexto de abdome aberto, evidenciando práticas como o controle do efluente, cuidados com a pele peri-fístula, uso de barreiras protetoras e aplicação de terapia por pressão negativa. A atuação da enfermagem também envolveu a reposição hidroeletrolítica, suporte nutricional e monitoramento contínuo das condições clínicas, contribuindo para a prevenção de complicações, manutenção da integridade cutânea e estímulo à cicatrização. Conclusão: O cuidado de enfermagem frente às fístulas enterocutâneas exige competência técnica, pensamento crítico e decisões fundamentadas em evidências. Os estudos analisados reforçam a relevância da atuação do enfermeiro na prevenção de complicações, no manejo adequado do exsudato e na proteção da pele. Evidencia-se ainda a necessidade de ampliar a produção científica sobre a temática, especialmente no que diz respeito à utilização de tecnologias de cuidado e à sistematização da assistência, de modo a fortalecer práticas seguras e centradas nas necessidades do paciente.Downloads
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Publicado
2025-10-01
Como Citar
Lins, A. S. D. L., Macêdo, E. G. C. D., Costa, S. B. G. D., & Leão, D. B. D. M. (2025). ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NO MANEJO DE FÍSTULAS ENTEROCUTÂNEAS. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/1998
Edição
Seção
Artigos