TERAPIA A LASER PARA LEISHMANIOSE CUTÂNEA PEDIÁTRICA: RELATO DE CASO

Autores

  • Juliane Fonseca Martins Hospital Infantil Waldemar Monastier
  • Juliana Szreider De Azevedo Hospital Infantil Waldemar Monastier
  • Melissa Favile Erdmann Hospital Infantil Waldemar Monastier
  • Izabela Linha Secco Hospital Infantil Waldemar Monastier
  • Letícia Pontes Universidade Federal Do Paraná
  • Liliane Machado Do Amaral Hospital Infantil Waldemar Monastier
  • Talita Roberta Cruz Hospital Infantil Waldemar Monastier
  • Jocemari De Oliveira Hospital Infantil Waldemar Monastier

Resumo

Introdução: A leishmaniose cutânea (LC) é uma doença tropical negligenciada com diversas manifestações clínicas, que vão desde a LC localizada até formas graves e difusas.1 Combinada com a terapia sistêmica, a intervenção local, como a terapia a laser (TL), é altamente recomendada para as lesões únicas e pequenas.3 Objetivo: Relatar o avanço do processo cicatricial da lesão de uma criança portadora de LC após início da terapia a laser (TL) e emulsão a base de hidratantes e óleos essenciais (TEGUM®). Método: Caso de sucesso conduzido em um hospital público pediátrico, sob o parecer consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos de número 6.159.293. Resultados: Criança de dois anos admitida em 06/05/25 apresentando lesão ulcerada e exsudativa em panturrilha direita, início há 30 dias após picada de inseto. No domicílio, mãe relatou o uso de água oxigenada para limpeza, pedra hume, babosa e antibiótico tópico, sem melhora. Apresentava 3,5 cm de largura x 1,5 cm de comprimento x 0,5 cm de profundidade, pele ao redor ressecada e com descamação, bordas irregulares, maceradas e hipergranuladas, pústulas peri lesão, 20% de tecido de granulação e 80% com necrose de liquefação. Além disso, o tecido estava friável e com sangramento fácil ao toque. Clinicamente, a hipótese diagnóstica era LC, mas a conduta inicial foi realizar o primeiro curativo, visto que o tratamento sistêmico com Anfotericina só poderia ser estabelecido após a coleta do anatomopatológico: limpeza vigorosa com soro fisiológico 0,9% e polihexametileno biguanida, cobertura primária com prata e secundária com gaze e atadura. Reavaliado no dia seguinte, sendo adicionado ao tratamento tópico solução de ácido hipocoroso para limpeza, cobertura antimicrobiana (DACC Sorbact®) e alginato de cálcio para facilitar a hemostasia. Em 13/05, o paciente foi submetido à biópsia da lesão e iniciou tratamento sistêmico com o antifúngico. Porém, até que o resultado não estivesse disponível, a Comissão de Cuidados com a Pele manteve o tratamento tópico conservador nos curativos subseqüentes, considerando algumas contraindicações do laser. A cada troca, era observado que a lesão evoluía com tecido de granulação, mas não em seu tamanho. Em 06/06, após confirmação laboratorial de LC, iniciado laser de baixa potência associado ao azul de metileno. A segunda aplicação da TL ocorreu em 11/06: lesão involuiu para 1 cm x 1,5 cm e sem profundidade e foi agregado o TEGUM® nas bordas e leito da ferida. Após mais duas sessões de laser (16 e 18/06), a lesão apresentou-se epitelizada na avaliação do dia 25/06. A partir dessa data, a Comissão orientou manter sem cobertura, realizar a cada 12 horas limpeza com solução fisiológica 0,9 % e hidratação em toda a área da lesão com TEGUM®. Conclusão: O laser de baixa potência, em sinergia com a emulsão hidratante a base de óleos essenciais, potencializou a cicatrização da úlcera cutânea em 19 dias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Downloads

Publicado

2025-10-01

Como Citar

Martins, J. F., Azevedo, J. S. D., Erdmann, M. F., Secco, I. L., Pontes, L., Amaral, L. M. D., Cruz, T. R., & Oliveira, J. D. (2025). TERAPIA A LASER PARA LEISHMANIOSE CUTÂNEA PEDIÁTRICA: RELATO DE CASO. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2239