TERAPIA FOTODINÂMICA NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS DECORRENTES DA DOENÇA DO PÉ RELACIONADA AO DIABETES MELLITUS
Resumen
Introdução A Doença do Pé Relacionada ao Diabetes Mellitus (DPRDM) é uma complicação frequente e debilitante, associada a elevado risco de infecção, amputações e comprometimento da qualidade de vida. Entre os desafios terapêuticos, destaca-se a dificuldade na cicatrização das úlceras crônicas, agravada por fatores como neuropatia, isquemia e controle glicêmico inadequado. Nesse contexto, a terapia fotodinâmica (TFD) tem emergido como alternativa adjuvante promissora. A TFD combina o uso de um agente fotossensibilizador e luz com comprimento de onda específico para ativar espécies reativas de oxigênio, promovendo ação antimicrobiana, redução da carga bacteriana e estímulo à cicatrização tecidual1. Objetivo Identificar as evidências científicas disponíveis sobre a eficácia, segurança e aplicabilidade clínica da terapia fotodinâmica no tratamento das lesões associadas à DPRDM. Método Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conforme o modelo metodológico de Mendes, Silveira e Galvão2, estruturada em seis etapas, incluindo formulação da questão de pesquisa, definição de critérios de amostragem, extração e análise dos dados, e síntese dos achados. A estratégia PICO foi utilizada para nortear a busca sistemática nas bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scopus e Web of Science, sem restrição de idioma ou recorte temporal. Foram incluídos apenas estudos primários com aplicação de TFD em seres humanos. Dos 333 artigos inicialmente identificados, 22 atenderam aos critérios de inclusão, dos quais três utilizaram especificamente a TFD no manejo do pé diabético. Resultados Os estudos analisados demonstraram que a TFD apresenta resultados clínicos positivos como coadjuvante no tratamento das úlceras decorrentes da DPRDM. Observou-se epitelização completa da lesão em até 30 dias após tratamento combinado de TFD, laserterapia e membrana de celulose3. A ação antimicrobiana promovida pelas espécies reativas de oxigênio foi associada à redução de infecções locais e à melhora do ambiente tecidual, favorecendo a cicatrização mesmo em pacientes com comorbidades ou diabetes descompensado4. Em combinação com outras tecnologias a TFD demonstrou potencial sinérgico, otimizando os resultados terapêuticos5. Contudo, os protocolos terapêuticos variaram quanto ao tipo de fotossensibilizador, tempo de exposição, intensidade e frequência de aplicação, o que dificulta a padronização clínica. Conclusão A terapia fotodinâmica mostra-se uma estratégia segura e eficaz como adjuvante no tratamento de úlceras decorrentes da DPRDM. Seus benefícios incluem ação antimicrobiana, estimulação da cicatrização e potencial aplicação em pacientes com controle glicêmico inadequado. Embora os achados sejam promissores, a escassez de estudos com alto rigor metodológico e a heterogeneidade dos protocolos indicam a necessidade de mais pesquisas que estabeleçam parâmetros técnicos padronizados e validem sua eficácia em diferentes contextos clínicos.Descargas
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Publicado
2025-10-01
Cómo citar
Rocha, L. S., Coutinho, C. C. S., Seiffert, M. A., Brum, B. N. D., & Prazeres, S. M. J. (2025). TERAPIA FOTODINÂMICA NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS DECORRENTES DA DOENÇA DO PÉ RELACIONADA AO DIABETES MELLITUS. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2241
Número
Sección
Artigos
