TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA NO TRATAMENTO DE LESÃO: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Abstract
Introdução: A pele é o maior órgão do corpo humano e tem como principal função a proteção contra agentes externos ao organismo e que podem comprometer à saúde. Quando há fatores que desencadeiam alterações na integridade da pele como traumas, processos degenerativos, inflamatórios, circulatórios, defeitos congênitos ou distúrbios no organismo, resultam em um dano na pele (feridas). Diante das diversas tecnologias oferecidas para o tratamento de feridas, otimizando a recuperação rápida e efetiva destaca-se a Terapia por Pressão Negativa (TPN), onde, demonstra-se grande relevância no tratamento de feridas complexas. Objetivo: Conhecer sobre o uso da terapia por pressão negativa (TPN) para o tratamento de feridas. Metodologia: Trata-se de um estudo que consiste em uma pesquisa bibliográfica por meio de uma revisão exploratória da literatura. Para o levantamento dos dados, foram selecionados artigos científicos, no idioma português, nas bases de dados da LILACS e BDENF, indexadas a BIREME e utilizado a combinação entre os Descritores em Saúde e os Operadores Booleanos. De acordo com os critérios de inclusão e exclusão, foram analisados 7 artigos. Resultados: Ao analisar os artigos, identificou-se que a terapia funciona através de um material de interface (espuma ou gaze), que é colocado diretamente em contato com o leito da ferida, cobrindo toda sua extensão. Esse material é coberto por uma película transparente que oclui completamente o local, isolando-a do meio externo. Um tubo de sucção é conectado a um reservatório e acoplado ao sistema que é ligado à bomba de vácuo. A pressão aplicada varia entre 50 e 125 mmHg, podendo ser contínua ou intermitente. Essa pressão drena o excesso de fluidos, reduz a carga microbiana e o edema, melhora a circulação sanguínea local e, como resultado, promove a formação de tecido de granulação, acelerando o processo de cicatrização. A TPN realiza o tratamento ativo da ferida em meio úmido, sendo possível monitorar e localizar a pressão subatmosférica. Outra vantagem é pelo fato de necessitar de troca apenas a cada 48 a 72 horas, reduzindo o número de trocas de curativos, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes e reduzir a taxa de hospitalização. Como desvantagem, a espuma pode aderir na lesão e o procedimento da troca de curativo ser doloroso e ocasionar sangramento. Além disso, o alto custo financeiro, especialmente devido à necessidade de trocar o refil e o curativo em ambiente asséptico pelo menos uma vez por semana torna-se um fator limitante em muitas ocasiões. Considerações finais: Os métodos terapêuticos para o processo de cicatrização de lesões são diversos, porém a escolha da técnica utilizada deve sempre facilitar a cicatrização e não prejudicar, se escolhido de forma inadequada, pode não apenas retardar a cicatrização como também piorar sua condição clínica. No entanto, é o profissional enfermeiro o responsável por avaliar a ferida, determinar o tipo de tratamento adequado e orientar e supervisionar a equipe de enfermagem. Cabe a esse profissional, prescrever coberturas adequadas e monitorar continuamente a evolução da ferida e o estado geral do paciente.Downloads
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Published
2025-10-01
How to Cite
Schell, A. F. B., Soares, L. F., & Oliveira, G. D. (2025). TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA NO TRATAMENTO DE LESÃO: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Brazilian Congress of Stomatherapy. Retrieved from https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2243
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Artigos
