CENÁRIO DE SIMULAÇÃO CLÍNICA PARA TREINAMENTO NA AVALIAÇÃO DA ESCALA DE?OXFORD EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Autores/as

  • Manuela De Mendonça Figueirêdo Coelho Universidade Federal Do Ceará
  • Manuela Dos Santos Gomes Universidade Federal Do Ceará
  • Beatriz Alves De Oliveira Universidade Federal Do Ceará
  • Ana Kelve De Castro Damasceno Universidade Federal Do Ceará
  • Viviane Mamede Vasconcelos Cavalcante Universidade Federal Do Ceará

Resumen

Introdução: A incontinência urinária (IU) feminina é prevalente e acarreta repercussões físicas, emocionais e sociais1. A avaliação da força da musculatura do assoalho pélvico pela Escala de?Oxford (0–5) constitui passo decisivo para o diagnóstico e o direcionamento terapêutico, mas ainda é pouco dominada por estudantes e enfermeiros na prática cotidiana1. A simulação clínica realística desponta como estratégia pedagógica capaz de articular conhecimento teórico, habilidades técnicas e postura ética em ambiente seguro, favorecendo a consolidação de competências essenciais ao cuidado da mulher2-5. Método: Estudo metodológico, qualitativo e aplicado, inserido no projeto guarda chuva “Cenários de Simulação Clínica e em Realidade Virtual para o Cuidado de Enfermagem”. O desenvolvimento seguiu as Healthcare Simulation Standards of Best Practice (INACLS). As etapas contemplaram: (1)?levantamento da demanda educacional; (2)?planejamento do cenário; (3)?definição de objetivos de aprendizagem; (4)? estruturação do ambiente e dos recursos; (5)?elaboração de roteiros (facilitador e paciente padronizada); (6)?construção de checklist de desempenho; e (7)?organização do prebriefing, briefing, simulação e debriefing segundo o modelo?PEARLS. Por envolver apenas construção de material didático, o estudo foi dispensado de submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa (Resolução?CNS?510/2016). Resultados: O produto é um cenário misto (paciente padronizada + insumos reais) ambientado em consultório ginecológico simulado. A paciente fictícia é Maria, 47?anos, três partos vaginais, queixa de perdas urinárias aos esforços. A duração total é de 55?minutos: prebriefing?(5?min), briefing?(5?min), execução? (20?min) e debriefing?(30?min). Um participante ativo (estudante ou enfermeiro) conduz a consulta enquanto até oito observadores acompanham. Materiais essenciais incluem luvas, lubrificante hidrossolúvel, ficha da Escala de?Oxford, prontuário simulado e EPI. O checklist avaliativo contempla dez itens, distribuídos em comunicação, técnica e ética, permitindo feedback formativo imediato. O cenário atinge três objetivos principais: (a)?executar a avaliação da musculatura do assoalho pélvico com base na Escala de?Oxford; (b)?aplicar comunicação terapêutica centrada na mulher; e (c)?registrar adequadamente os achados clínicos. Todos os componentes — roteiros, checklist, fluxograma decisório e orientações para briefing/debriefing — foram consolidados em manual operacional para futura aplicação em disciplinas de graduação, programas de capacitação e educação permanente. Conclusão: A construção do cenário de simulação clínica oferece recurso pedagógico inovador, de baixo custo e alta fidelidade, que supre lacuna na formação de enfermeiros e aprimora conhecimentos de estomaterapeutas quanto à avaliação funcional do assoalho pélvico. Ao integrar aspectos técnicos, comunicacionais e éticos, o material tende a aumentar a segurança do profissional e a qualidade da assistência à mulher com IU. Estudos posteriores deverão validar o cenário com grupos de alunos e medir seu impacto no desempenho clínico, possibilitando ajustes e disseminação em currículos de Enfermagem.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Publicado

2025-10-01

Cómo citar

Coelho, M. D. M. F., Gomes, M. D. S., Oliveira, B. A. D., Damasceno, A. K. D. C., & Cavalcante, V. M. V. (2025). CENÁRIO DE SIMULAÇÃO CLÍNICA PARA TREINAMENTO NA AVALIAÇÃO DA ESCALA DE?OXFORD EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/2340