ATUAÇÃO DE ENFERMEIRA ESTOMATERAPEUTA EM INSTITUIÇÃO PÚBLICA E PRIVADA:
RELATO DA PRÁTICA PROFISSIONAL
Resumo
Introdução: Gestores da saúde buscam por profissionais que englobe diversas competências necessárias para estarem atuantes na área da saúde¹. Um profissional a frente do serviço de estomaterapia, seja instituição pública ou privada, necessita de ser alguém com múltiplas habilidades para se fazer efetivo e eficaz àquilo que lhe compete. Objetivo: Relatar a prática de especialista em estomaterapia atuante no setor público e privado. Metodologia: Pesquisa tipo relato de experiência ocorrida de 2017 a 2023 em instituições pública e privada da cidade de Fortaleza-CE nas quais a pesquisadora esteve pertencente ao serviço de estomaterapia. Resultados: Entre 2017 a 2020, a pesquisadora esteve em um serviço público de uma rede de referência de doenças dermatológicas. Lá, pode-se executar tarefas assistenciais e gerenciais, pautadas em protocolos assistenciais e rotinas, tanto em ambulatório quanto em unidade hospitalar, lidando com públicos variados e fazendo uso de produtos previamente licitados. O baixo investimento financeiro governamental ainda é um ponto forte bastante evidenciado e que necessita com urgência de ser visto de maneira mais próxima, tendo em vista a carência de alguns itens necessários para uma melhor terapêutica a ser usada nos pacientes. Em contrapartida, existe uma equipe contendo vários especialistas direcionados por um coordenador também especialista. Já no setor privado, também consta atrelado aos protocolos institucionais, rotinas gerenciais diferindo nas auditorias por operadoras de saúde e suas contratualizações. Esta experiência abrange o ano de 2019 ao período atual. Neste meio, o serviço consta como uma enfermeira estomaterapeuta e acadêmico de enfermagem, além da formação das comissões de pele composta por enfermeiros capacitados, podendo ou não ser especialista e que auxiliam diretamente aos cuidados e necessidades dos clientes. É notório que, neste âmbito, os processos ocorrem com maior brevidade, o que resulta em melhor resposta no tratamento e consequente redução do período de internação. Ambas corroboram com o que diz Teixeira, Menezes e Oliveira (2016), quando se fala em versatilidade do especialista e atuação nos mais diferentes âmbitos.
Outro ponto muito importante também relatado pelos autores supracitados é a permanência da boa comunicação com as equipes multiprofissionais e gerentes de enfermagem, o que torna parte do processo assistencial mais leve quando bem alinhado. É relevante ressaltar que independente do local, o serviço de estomaterapia faz a diferença e, conforme Silva, Silva e Cunha (2012) é primordial também nas capacitações das equipes generalistas.
Conclusão: É notório que existe peculiaridades ao comparar um setor especializado nos serviços público com privado. Em ambos, é evidente a necessidade do especialista em estomaterapia se fazer presente nos meios relatados além de estar com afinco em busca de conhecimentos que lhe propiciem subsídios para o desenvolvimento do senso crítico diante das situações, como tomadas de decisões